A "Banalização do mal" é uma expressão criada por Hannah Arendt (1906-1975), teórica política alemã, em seu livro "Eichmann em Jerusalém", cujo subtítulo é "Um relato sobre a banalidade do mal".
quinta-feira, 29 de dezembro de 2022
"Apenas cumpro meu dever", ou "Defendo a democracia" -
domingo, 23 de outubro de 2022
A PANDEMIA DA BURRICE
Quem chama de “teatro” os recentes acontecimentos envolvendo a ordem ilegal de prisão expedida contra Roberto Jefferson não passa de um rematado imbecil.
Acusam-no de seu passado, do que fez e com quem se aliou, transformando a questão em um personalismo retardado, de um Bolsonaro contra Bob Jeff, e embaçam o cerne da questão: quem não defende valores e princípios como a liberdade – liberdade de não ser preso por quem não detém esta prerrogativa – não merece a mesma.
Esta mesma cegueira não enxerga as declarações de Bolsonaro como a única atitude esperada de um Chefe de Estado – o que queriam? Que o Presidente apoiasse a reação? Que convocasse o povo ás ruas? Que suicidasse não só sua candidatura mas, igualmente, seu cargo? Não, os imbecis se valem disso para achincalhar e desmerecer a luta por valores e princípios – quase afirmando que o Presidente não os defende também, pois “condenou” o acontecido.
A imbecilidade de quem sorri, debochado, de tais acontecimentos, também não os permite enxergar a função didática de todo acontecimento de grande repercussão: se reações similares a de Roberto Jefferson houvessem sido praticadas desde o início da sanha ditatorial do STF, se o povo houvesse ido às ruas em fúria contra o atual estado de exceção, tais togados teriam entendido claramente os limites que não poderiam ultrapassar, sob pena de um destino trágico.
É covardia desertar da luta por estes valores, alegando o passado criminoso de Roberto Jefferson, sua reação violenta ou que isso poderia prejudicar a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro: o que está em questão são os princípios fundamentais, não o Bezerro de Ouro personalista ao qual se aferram. Esta guerra civil que o Brasil atravessa – sim, a enfrentamos realmente – não foi por nós iniciada: não é nossa a origem do divisionismo, do “nós” contra “eles”, das calúnias absurdas, dos assassinatos de reputações e do torpe e sujo ativismo judicial descarado que nos subjuga.
Ao fim e ao cabo ficou provado, sim, que armas podem nos defender – não apenas da cobiça de criminosos como, igualmente, da sanha de tiranos que almejam uma ditadura. Assim está, na Constituição norte-americana.
E aos que alegam que os policiais - cumprindo uma determinação ilegal desde suas origens - estavam "apenas cumprindo seu dever", ficam as alegações abaixo:
"Eu apenas obedeci ordens"
(Eichmann, Nuremberg, 1946)
sábado, 8 de outubro de 2022
UMA ANÁLISE INCÕMODA, MAS REAL - PARTE II
LULA ELEITO, ESQUEÇA O CONGRESSO
Em uma apresentação estranha da “Síndrome de Estocolmo”, onde o sequestrado afeiçoa-se ao sequestrador, a grande mídia em geral e os raros veículos razoavelmente conservadores em particular tem relativizado, diariamente, as consequências de uma eventual vitória e posse do criminoso Luis Inácio nas urnas.
Alegam, em uníssono, que Lula e seus cúmplices não teriam como impor suas pautas contra um Congresso – leia-se Senado e Câmara dos Deputados Federais – de “centro-direita” (sic). Baseiam sua crença no fato notório que este mesmo Congresso, na presente legislatura, boicotou e sabotou todas as ações do Governo Bolsonaro que por lá passaram, valendo-se das tristes características parlamentaristas de nossa natimorta Constituição socialista.
Realmente, tudo isso se deu mas esquecem tais analistas algumas particularidades que desmontam, por completo, tais análises: em primeiro lugar o Presidente Bolsonaro respeita as leis, a Constituição, e jamais incorreu no crime implícito de “governar por coalizão”. Não ofereceu cargos, loteou ministérios ou – pior – comprou apoios. E é justamente apontando para este último item que entra a segunda particularidade a ser analisada.
A primeira providência de Luis Inácio ao assumir seu primeiro mandato foi fechar o Congresso Nacional.
Sim, o termo é esse e tal golpe contra a democracia se deu não por força de armas mas pela sedução do dinheiro – Lula comprou o parlamento e governou sem oposição. Ao menos, uma oposição real, efetiva, e o subsequente escândalo do Mensalão revelou a medonha extensão da ditadura silenciosa imposta ao povo brasileiro, até hoje não compreendida em toda sua gravidade pelos cidadãos.
Poderíamos ter a certeza de que as atuais bancadas da Câmara e Senado “jamais venderiam seus ideais”? Pensar assim é de uma inocência que beira o medo de enxergar a verdade. Alguns, pouquíssimos, certamente não cederiam mas a grande maioria sim – pois que assim podre é o homem, desde as primeiras dentadas de Eva na maçã e as desinteligências entre Caim e Abel. Desnecessário dizer que raras e eventuais contrariedades no Congresso seriam prontamente resolvidas por parlamentares saltitantes, que endereçariam seus queixumes ao STF.
Esta última casa citada – STF – acomodará gostosamente mais dois integrantes indicados pelo alcoólatra, indiferentes a sabatinas pagas por neo-mensalão 2.0 turbo. Não se espantem se proposta posterior, de aumento do número de Ministros, venha a ser considerada e aprovada por este mesmo Congresso de “centro-direita”.
Para coroar, e evitando o “erro” já admitido pelo terrorista José Dirceu, toda a cúpula das Forças Armadas será substituída por um generalato mais, digamos, compreensivo e progressista.
Quanto á grande mídia – amiga ou nem tanto – estas serão regiamente subornadas e não sobrará nenhuma voz discordante: ou aplaude ou fecha. Esta afirmativa se aplica em particular às redes sociais, cujo controle e pesada censura será exercido sem nenhuma vergonha ou contrariedade: imitadores de foca viscejarão em mares de 100 milhões de seguidores, enquanto as plataformas banirão canais “antidemocráticos” que ameaçarão o país, graças aos seus 10, 20 mil inscritos formadores de “gabinetes do ódio”.
Em meio a todo este cozido horroroso estamos nós, povo brasileiro, esperando que “algum líder” nos conclame para irmos ás ruas gritar para o TSE que sabemos o que fizeram. Abrimos mão de nossa livre iniciativa de protestar e aguardamos, covardemente, que Bolsonaro tenha sua candidatura cassada por pedir isso aos cidadãos.
O Presidente jurou fidelidade ao povo brasileiro – mas ninguém entendeu.
sexta-feira, 7 de outubro de 2022
UMA ANÁLISE INCÕMODA, MAS REAL
O papel degradante ao qual as empresas de pesquisa se prestaram tiveram, ao menos, a utilidade de esfregar em nossas caras as evidências de uma combinação prévia: todos acertaram nos percentuais “obtidos” pelo descondenado, mas variaram gritantemente – e sempre para menos – nos votos a favor de Bolsonaro.
Isso evidencia a premeditação dolosa dos resultados e, por isso, o Presidente hoje tem de lidar com dois adversários: as urnas e a nossa omissão. As urnas, inauditáveis, indubitáveis, impolutas e sacrossantas não podem, sequer, serem postas em dúvida sob pena de prisão e banimento moral pela grande mídia. Mas a nossa omissão pode e deve ser resolvida – e de maneira bastante simples, embora desafiadora e trabalhosa.
Em primeiro lugar é preciso fazer chegar aos ouvidos iluminados de Suas Altezas Supremas que, sim, nós sabemos que houve fraude e que não admitiremos sua repetição no segundo turno.
É preciso mobilização popular por todo o Brasil e em Brasília, massiva o suficiente para dar, de forma clara, este recado simples. Apenas dizer isso.
Suas Altezas pretendem repetir aqui o vexame institucional perpetrado nos EUA na excrescência eleitoral que alijou Donald Trump do poder – e que, lá, nada foi feito devido ao respeito do povo norte-americano por sua tradição democrática sem sobressaltos.
Lembremos, pois, às Suas Altezas, que – para o melhor ou para o pior – nosso Brasil não conta com tal tradição nem respeito. E que isso instile a prudência em seus atos e combinações.
Já o segundo adversário que Bolsonaro enfrenta é a nossa omissão.
Da moleza de não irmos às ruas mostrar aos Iluminados que sabemos o que fizeram no verão passado ao comodismo arrogante do “já ganhou”, trafegamos pela estrada da preguiça ao reclamarmos das absurdas filas de votação – criadas por dolo do TSE – e que fizeram muita gente desistir de votar.
Vivemos em uma verdadeira guerra, talvez uma avant prémiére suave de conflitos subsequentes à imposição do alcoólatra ao poder – e o desistente deve considerar-se um desertor, que escolheu entregar o futuro de sua família á sanha de uma quadrilha sem limites humanos ou morais.
É hora de união, de conseguir mais votos – em quantidade estratosférica, que sufoquem os mais perniciosos algoritmos já instalados nas urnas – e de nos conscientizamos que não se trata de uma simples eleição: é uma batalha.
Você é o combatente, e não pode desistir.
Converta votos, grite nos ouvidos Iluminados e só saia da seção eleitoral após votar.
E que Deus ajude o Brasil.
quinta-feira, 28 de julho de 2022
A FOME DO MAL
Acabei de saber agora, via Gustavo Gayer no YouTube, de mais uma decisão arbitrária e ilegal da citada plataforma, amparada pelo TSE/STF, eternos cúmplices em nossa atual ditadura judicial.
A bola da vez foi o canal Vista Pátria, de Allan Frutuozo, que ficará mudo, de "castigo", por uma semana em decorrência da libido ditatorial de Alexandre, o Imoraes, Fachin Carmem Miranda e o momentaneamente oculto Barroso Boca de Veludo.
Bom ver o Gustavo alertando e ajudando o Allan - tal qual, ele mesmo diz, foi ajudado pelo canal Terça Livre em seu início.
Bom saber que existe uma ajuda - ainda que restrita a pessoas e canais mais palatáveis que eu e minha inconveniente e mal educada OPNews TV. Ambos - canais palatáveis e minha notória insuportabilidade - são fatos notórios e não tenho nenhuma pretensão de negar ou minimizar.
A verdade é que a função jornalistica é, de per si, algo de inconveniente e insuportável. E quem age diferente não é jornalista: é, no máximo, Relações Públicas.
Sou assim, deste modo sempre agi e não será agora - perigosamente próximo de meus últimos dias sobre a terra - que irei mudar.
Se sou persona non grata em rádios, TV's, jornais e mesmo nas plataformas digitais para merecer tal mão estendida, devo aqui relatar que, incrivelmente, ainda existem pessoas que prestam atenção na mensagem que passo - e não em mim, horroroso, como mensageiro.
Não apenas relato como torno público meu agradecimento a tais pessoas que, através de seus views em meu canal do YT, de seus compartilhamentos e suas contribuições no PIX - única fonte de renda que um pária ideológico como eu dispõe - me permitem sobreviver e me incentivam, a cada maldito dia, a prosseguir nessa guerra ingrata que tudo me tirou - menos a vergonha na cara.
Não tenho a ajuda de famosos do YouTube. Meu canal foi desmonetizado e vive em eterna "shadow ban'. Minha antipatia é verdadeira e irremediável - tal como um pé chato, de nascença.
Mas falo a verdade. Analiso fatos sob a luz mais crua, conforme aprendi com meu mestre Olavo de Carvalho.
E dele também aprendi que, qualquer concessão que eu faça á verdade - mesmo por gentileza ou gratidão - será um serviço prestado á mentira.
Prossigo na luta enquanto lúcido o suficiente, respirando o necessário e me alimentando com o possível.
Não me queixo.
Se existe alguém com motivos suficientes para isso, é aquele que nasceu sem uma vocação e - pior - sem uma missão.
Não tenho dinheiro para comprar uma briga mas estou em todas elas.
Meu aplauso a todos os que tombaram, vítimas desta infame ditadura judicial que vivemos.
Que Deus nos proteja.
sexta-feira, 22 de julho de 2022
A NARCO-DITADURA COMUNISTA É UMA REALIDADE NO BRASIL
sexta-feira, 25 de março de 2022
DESLUMBRE TRANSCENDENTE -
Percebo verdadeira epidemia - até em analistas respeitados como Paulo Henrique, do PHVox, Ítalo Lorenzetti ou mesmo Bernardo Kuster - de maravilhamento quanto á consagração da Rússia ( e mais da Ucrânia, do mundo, da Mãe Terra, dos povos, etc.) feita hoje por Bergoglio, o Sede Vacante.
Fácil perceber que todos estão absolutamente embasbacados pelo visual da cerimônia, pela riqueza vaticana, pela arte transcendente que transborda das paredes sagradas e pelo peso mundial - embora ignorado pela grande mídia - do ato.
Tais como garotos ginasianos deslumbrados com a casa de seu novo amigo rico, deixaram que o fausto obscurecesse a fé e o entendimento de como cumprir ordens.
E a ordem, dada por Nossa senhora, foi absolutamente clara e literalmente repetida por mais de 100 anos: consagrar a Rússia, para que seus erros não se espalhem pelo mundo.
A Mãe de Deus mandou que se consagrasse A RÚSSIA, não a Ucrânia, a Mãe Terra (isso uma desaforada bergolhice) ou qualquer outro lugar ou coisa. Precisará Nossa Senhora voltar e desenhar o que disse, para que os estúpidos entendam? A RÚSSIA! Somente a RÚSSIA, e dita em voz alta, clara e com todas as dioceses, de todo o planeta, imitando o praticado pelo Vigário de Cristo!
É óbvio que os dias se seguirão. Também se torna cada vez mais óbvio que Vladmir Putin cometeu um erro crasso ao subestimar o amor dos ucranianos pela sua terra e suas famílias.
Infelizmente já noto que até mesmo a recente (de hoje) declaração do Chefe das Forças Armadas Russas, de que "concentrariam seus esforços em Donbass, para poupar os civis" - uma clara confissão de que não há mais como movimentar a máquina de guerra do Kremlin - já começa a ser atribuída á intercessão da Virgem Maria após o teatro litúrgico de hoje.
A humanidade reduziu seu alcance mental á um tweet, a um post no Instagram, e mesmo um antigo gibi do Pato Donald, hoje, seria um desafio intelectual para a média cerebral mundial.
Da busca da catarse pelo conhecimento total, descambamos para pequenos orgasmos múltiplos das emoções picotadas de fofoquinhas da internet.
O apocalipse já aconteceu, e o mundo hoje é um deserto de homens e ideias.
quinta-feira, 24 de março de 2022
A CONSAGRAÇÃO DE BERGOGLIO -
Amanhã ás 18:30 - em divergência ao fuso horário, que nos apontaria uma hora antes - será realizada aqui em Cabo Frio a Liturgia de acompanhamento á consagração Papal da Rússia á Nossa Senhora.
Esta consagração, em tese, já foi realizada três outras vezes embora em nenhuma delas o nome Rússia tenha sido citado explicitamente e, quando o foi, seguiu-lhe acompanhamentos como "e demais povos do mundo", etc., sendo logicamente inválido e contrário ao pedido pela mesma Nossa Senhora á Irmã Lúcia, em sua aparição.
Sua nulidade é óbvia, senão nenhuma necessidade de repeti-la três, quatro vezes haveria. E desta vez não será diferente: Bergoglio - que faz as vezes de Papa - já anunciou que "consagrará a Rússia e a Ucrânia" invalidando, portanto, o cumprimento do pedido da Mãe de Deus. (maiores informações acesse aqui - https://permanencia.org.br/drupal/node/5224 )
Tal ato, infelizmente, pode ser interpretado apenas como uma declaração política, de alinhamento do Vaticano - malgrado todos nós, fiéis - ao globalismo representado pelo atual presidente da Ucrânia, Zelenski, e todas as demais nações ocidentais cúmplices dessa tentativa de governança mundial.
Estamos, pois, diante do absurdo de ver alguém que se diz Vigário de Cristo na terra brincar com pedidos da Santa Mãe de Deus e debochar do Pai, em sua insolência mentirosa.
Saiba Bergoglio que ele pode enganar até mesmo todos os cristãos do mundo, mas jamais enganará a Deus - e as consequências virão.
Estarei na igreja, não como crente mas como jornalista, pois mesmo as abominações podem e devem ser noticiadas para que todos saibamos o que se passa quando a política se infiltra na Verdade Revelada.
quarta-feira, 23 de março de 2022
SOCIEDADE
A sociedade é uma criação do homem, fruto de seu instinto gregário e da necessidade de proteção.
Naturalmente, regras e padrões surgiram para balancear os individualismos, os abusos, omissões e frear aquilo que passou a ser considerado crime.
Assim sendo, é perfeitamente normal - uma obrigação moral, diria - que o indivíduo se ajuste a sociedade, jamais tendo a pretensão que a sociedade se ajuste a seus gostos, egoísmos, taras ou preferências.
Elementos que assim agem, impondo seus gostos aos demais e criminalizando a repulsa aos mesmos, são sociopatas egoístas, infelizmente elevados pela mídia ao posto de "inovadores, a frente de seu tempo".
Nós, que respeitamos hábitos e gostos frutos de um consenso de milênios, somos acusados de "preconceituosos, retrógrados", apenas por reprovamos absurdos de egocêntricos exibicionistas.
O homem deve se ajustar a sociedade, nunca a sociedade ao homem, pois isso é personalismo totalitário.
Quando em Roma, aja como romano...
domingo, 6 de março de 2022
Uma "preview" de meu livro "ELE TEM RAZÃO" - A introdução
A LAJE PRÉ MOLDADA DO EGO -
“O brasileiro é sueco com a mulher do próximo e mineiro com a própria” diz um antigo ditado, que hoje não é mais citado pelo temor que sejamos processados por xenofobia, mineirofobia ou até mesmo suecofobia.
Disparidades assim – perfeitamente normais em um percentual bastante grande da população de qualquer país do mundo – são muito bem conhecidas entre nós, nascidos e criados em território verde e amarelo. Entretanto, nem todos os patrícios se deram conta do agravamento, notório e limítrofe do padrão esquizofrênico desta conduta nos últimos 35 ou 40 anos.
Algo de profundo e forte se modificou na psique de brasileiros e mais alguns numerosos povos mas, espantosamente, não é objeto de análise ou estudo por parte de sociólogos, antropólogos ou mesmo cientistas políticos – honrosa exceção feita ao nosso filósofo e professor Olavo de Carvalho, que Deus o tenha, único a discorrer com regularidade sobre o problema e cuja atividade – ainda que focada quase unicamente em brasileiros – me conforta, por excluir de meu senso de ridículo a impressão de que somente eu estaria vendo coisas em um país imaginário.
Ora, todos temos amigos que batem no peito estufado dizendo-se “direitistas” mas, ao mesmo tempo e sem ver nisso nenhuma contradição, apoiam a vacinação obrigatória contra a COVID 19, resmungando que “deveria ter uma lei que obrigasse essa gente a se vacinar”.
Esse mesmo povo, que gasta suas noites e finais de semana assistindo canais conservadores no YouTube, sacode o derrière às primeiras batidas de um “pancadão” e se diverte com as letras obscenas da, digamos assim, canção. É natural, eles acham, votar em Jair Bolsonaro mas nada enxergar de errado na contradição entre esta auto definição e a existência, por exemplo, de Conselhos Tutelares ou a reivindicação de grupos gay pela legalização de seu casamento, se não no religioso, ao menos no civil. Alegam, tais direitistas, questões de divisão de bens, heranças e outras justificativas que promovam seu caráter bom e imparcial.
Pergunto se já ocorreu a essa gente ser o casamento uma instituição destinada a constituir famílias, oriundas da procriação entre homens e mulheres? Não conseguiriam jamais separar a discussão material de bens, heranças ou pensões, do propósito fundamental de um dos pilares de nossa sociedade judaico-cristã? Ou, para eles, isso é apenas um moralismo retrógrado?
E quanto ao outro exemplo citado, os Conselhos Tutelares? A osmose de conceitos esquerdizantes terá sido tão profunda que encaram como natural o Estado impor seu braço forte sobre o pátrio poder? Com que naturalidade enxergam um poder estatal arrogar saber mais que nós, pais e mães, o que é melhor para nossos filhos? Ou simplesmente afastam esses pensamentos, lembrando-se das monstruosidades ou crimes praticados por uma minoria contra seus próprios rebentos? Tomam as exceções como regra?
Um outro ponto digno de nota: a posse e uso de armas de fogo. Dentro desta mesma mentalidade – crítica feroz da violência nas cidades grandes e até mesmo arguta observadora do Estado paralelo do crime nas periferias – cabe a indignação contra a perda do direito ás ruas, sofrida pelo cidadão comum, e a aprovação do desarmamento total da população. Creem piamente que somos todos uns celerados, desprovidos de equilíbrio emocional, e que fuzilaremos o primeiro barbeiro que raspar o para-lamas de nosso carro. Alegam ainda que o revólver .38, que o tiozão tem guardado na gaveta da mesinha de cabeceira, será invariavelmente roubado e se transformará em acervo do arsenal bélico da bandidagem urbana, ao lado de fuzis de guerra AR-15.
Em suma, para tal mentalidade o casamento não é um sacramento com o propósito de perpetuação da espécie e da sociedade através do amor entre um casal mas, sim, um direito contratual oferecido pelo Estado, o mesmo Estado que sabe o que é melhor para nossos filhos e nos conhece tão bem a ponto de proibir a posse de armas de fogo – afinal somos todos uns imaturos mentais.
Em que momento os citados direitistas aceitaram calados a perda da condição de adultos e abraçaram, gostosamente, a eterna adolescência imposta pelas instituições? Que espécie de cegueira os impede de ver a evidente contradição entre seu alegado conservadorismo e o culto socialista do Estado grande, poderoso e forte?
Seria fácil apontar inúmeros aspectos desse nonsense ambulante que é o brasileiro do século XXI, não esquecendo que semelhantes idiossincrasias são visivelmente manifestadas por povos de diversos países, notadamente os que sofreram maior influência da cultura de massas norte-americana durante os últimos 80 ou 90 anos.
Para compreendermos este fenômeno – por que pensamos como esquerdistas se somos de direita – é preciso retroceder na linha do tempo e traçar um cronograma de acontecimentos capitais na moldagem deste tipo de personalidade, sempre levando em conta a conjuntura do momento social, econômico, político e cultural nas quais tais fatos se deram. Tal é o enredo desta obra e é sobre isso que trataremos a partir de agora.
MINHA CIDADE EM UMA ELEIÇÃO SEM ANÁLISE -
Andei revirando velharias da imprensa da cidade onde moro - Cabo Frio, RJ, e o resultado foi decepcionante.
De um militante que persegue diplomas e usa como exemplo de suprema humildade a maiêutica socrática para fazer uma análise pretensiosa, acadêmica e esquerdista das eleições - embora o texto seja antigo e o blog esteja desativado - até luminares do ridículo como os blogueiros e professores Chicão e Totonho - desavergonhadamente militantes - cujas páginas prudentemente sumiram, tudo o que resta para lermos sobre...vá lá, "análises políticas" da cidade são os comentários - alguns muito bons, por sinal - de Manoel Atanásio, personagem local.
Cabe aqui o destaque a esta exceção porque meu amigo Atanásio jamais teve a pretensão de ser quem não é, nunca teve aspirações filosóficas e sempre concentrou seu foco em um jornalismo feroz, tal como a velha escola ensinava.
Um furibundo blogueiro, Álex Garcia, em seus dias de bom - ou mau - humor também era assim mas o mesmo, creio, cansou desta labuta ingrata.
Temo em pensar que tudo o que o cabofriense contará para se informar nestas eleições seja o mercantilismo de Moacir Cabral, donoi do mais antigo jornal local, a ovariana militância de uma ex repórter policial Renata Cristiane, que se meteu a ser "analista política", a cegueira de um aposentado Álvaro Neves ou os velhos mercenários das rádios e TV's.
Não é justo nem prudente deixar tudo nas mãos do pobre Atanásio.
Onde estão os verdadeiros professores?
Professores possuem um dom admirável, divino, que é a didática. Confundir o ato de ensinar com a baixeza de conscientizar é reduzir ao mais humano estelionato uma missão dada por Deus.
A didática da chinelada funcionava
Penso que a didática exige amor e paciência infinitos com os que apresentam dificuldades. Já a conscientização doutrinária vale-se da discriminação pura e simples aos recalcitrantes. Expurgo, exclusão e zoação.
É o que vemos nas salas de aula hoje.
Professor, eu?
Jamais, nem de longe imaginei-me um dia professor. Minha megalomania levou-me ao jornalismo, a catarse da didática ditatorial.
Beleza
Não confunda estética com conjuntivite.
A beleza não está nos olhos de quem vê, está no que acolhe e inspira nossa alma.
Artis gratia artis é conversa de cego que se acha pintor.
O TOVARISH VLADMIR VLADMIROVICH -
Putin não tem como não ser, intrinsecamente, comunista.
Ele foi criado e formado pela KGB - e sabemos que não existe isso de "ex KGB" - todo o seu ser, seu pensamento, foi formado e moldado por ela.
Por outro lado é hoje notoriamente sabido que o comunismo - na acepção básica do proposto por Karl Marx e levado a efeito por Lenin - há muito não existe: ele sobrevive, unicamente, como caminho para o poder graças a práxis dialética, ao pensamento dúbio, triplo, multiforme, que não cultiva dogmas e tudo se utiliza em seu benefício para chegar ao comando.
Com este modo de agir, o eurasianismo de Alexandr Dugin (nada além de uma colcha de retalhos ideológica, encomendada pela KGB no pós muro de Berlim) caiu gostosamente no colo de Putin, que hoje ousa posar até de "conservador", como chamado por alguns direitosos míopes ou com disfunção cognitiva.
Apoiado nesse eurasianismo, Vladmir Vladmirovich finge ser defensor da Igreja Ortodoxa Russa (nada além de uma instituição estatal) ao mesmo tempo em que apoia grupos muçulmanos que matam católicos e destroem suas igrejas.
Prega, para o povo russo, a moralidade - chegando até mesmo a perseguir gays - enquanto a influência gramsciana do veneno russo é sentida diariamente em nossa cultura de massas e em nossa atual vivência da total emasculação do homem ocidental - a frouxidão dos líderes diante da crise Rússia X Ucrânia é notória.
Nesta brevíssima pincelada mostro apenas alguns poucos dados e informações, públicas, pelas quais enxergamos facilmente que Putin nada mais é que comunista, seguindo a velha estratégia de camaleão das narrativas.
A diferença entre um burro e um gênio, hoje, é a data de nascimento
Se eu, com todo o conhecimento que tenho agora, levantasse questões políticas, teológicas ou filosóficas em meus 20 anos de idade, certamente diriam: "Até que ele não é tão burro".
Nos dias de hoje, este mesmo conhecimento me coloca no pretenso pedestal de "elite pensante".
Não sei se agradeço ou amaldiçôo Paulo Freire.
Assassinato da gravidez
Aprendi não só com minha vivência nas ruas mas, também, com o professor Olavo a chamar as coisas pelo nome.
Manuela Dávila e todos os políticos, magistrados, artistas, influenciadores ou mesmo pessoas comuns que defendem o aborto são - nada mais, nada menos - ASSASSINOS.
Travestem sua apologia ao crime de assassinato com pomposo disfarce de "defesa do direito da mulher", esquecendo-se que o que está na barriga de uma grávida não é um tumor: É UM SER HUMANO!
É impossível conviver com celerados amorais que ostentem tais tipos de ideias. A companhia destas pessoas é cancerígena para a alma, e seu lugar é na CADEIA!
Quem sois vós?
Quem é você, na verdade?
O que você mostra aqui ou o que você jamais poderá esconder de Deus?
Não reclame da falsidade das relações humanas: a mentira começa quando você prefere apresentar seu personagem das redes sociais do que sua essência de alma.
Você tem livre arbítrio.
Você escolhe o que mostrar e envergonhar.
Diploma é papel pintado
Exibindo total descompromisso com a verdade de suas premissas, a cavalgadura uspiana (*) Mário Sérgio Cortella revela sua submissão a grande mídia, enchendo o peito para arrotar delirantes acusações a Bolsonaro, em recente entrevista: "Quando nós temos pessoas que não declaram na sua trajetória simpatia pela democracia, o risco fica mais evidente", diz o "diplomado".
Olavo sempre professor, sempre Mestre
Acabrunhado pela solidão intelectual sobre a qual tracei resmungos auto-piedosos ontem, resolvi buscar alento n'O Imbecil Coletivo, de O.C.
Redes sociais
Alguns "influencers" da direita brasileira replicam, ipsis litteris, "la Espana miserable, envuelta en sus andrajos, desprecia todo lo cuanto ignora" (Antonio Machado).
É mais que urgente a necessidade de pararem de se comportar como uma torcida organizada de time de futebol.
A análise profunda da realidade sócio-politica brasileira desapareceu, com honrosas e solitárias exceções, do panorama das redes sociais de hoje.
Arrogância
Se eu, em minha ignorância patética, sinto-me absolutamente sozinho - sem ter com quem debater, compreender ou mesmo estudar - fico imaginando o inferno solitário vivido por Olavo de Carvalho, do alto de seu Everest de sabedoria e cultura.
EFEITOS COLATERAIS DO JORNALISMO -
Minha capacidade de argumentar pró ou contra as mesmas circunstâncias transformou-me numa espécie de Protágoras: fez-me descrer da objetividade do intelecto e acabei por descambar em um vergonhoso ceticismo relativista - quem era leitor do Lagos Jornal, na primeira década deste século desvairado, acompanhou isso.
Em boa hora meu professor, Olavo de Carvalho, entubou meus neurônios terminais em poderosos pulmões filosóficos, que trouxeram-me de volta ao conservadorismo.
Salvo in extremis da apnéia cognitiva, devo a Olavo minha ressurreição.
Olavo Roots.
Olavo Semper Rectum.
Ex multis ad unum - pensamentos ao fazer barba
"Olavo tem razão", hoje, é pleonasmo.
A rotina é só uma ilusão de segurança, cujo efeito colateral é o tédio.
Que o legado de Olavo una todos os brasileiros de bem.
A verdade é que existem verdades.
Estou absolutamente certo que existem certezas e absolutos.
OLAVO RULES:
Não parar,
Não precipitar,
Não retroceder!
O livro de quem não valia nada, hoje vale muito.
Carlos Andreazza - o pseudo intelectual que jamais acertou nenhuma de suas previsões - é um dos diretores executivos da Editora Record que, em um rompante pré menstrual, cancelou unilateralmente seu contrato com Olavo de Carvalho.
O último livro lá publicado pelo professor foi "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota", que há muito não está mais disponível e, provavelmente, jamais será reimpresso.
Pois bem, tal livro de tal autor - amplamente esculhambado pela esquerda - atingiu, de ontem para hoje, a cifra de 900 reais nos sebos.
Mais que a ganância de uns, fica a lição de que quem lacra não lucra.
Pobres almas que pretendem deter a imortalidade...
Olavo de Carvalho
Olavo foi uma cruza perfeita entre Aristóteles e Dercy Gonçalves, não fossem seus palavrões, o povo jamais teria ouvido falar dele.
Pois eis que morreu meu professor: um dos maiores intelectuais e filósofos do planeta está, agora, sob a graça e proteção do Pai.
A dor da perda só é compensada por saber que a morte de um pensador é sua ascenção á perenidade humana.
Olavo sempre teve razão.
A palavra mais certa
A dificuldade de entendermos Deus deve-se, basicamente, ao fato da Divina Essência transcender o conteúdo significativo de qualquer palavra existente.
Nuremberg
Diante de tantas mortes - adultos, atletas, jovens e crianças - em decorrência da vacinação, o mínimo que se espera dos líderes mundiais é um novo Tribunal de Nuremberg.
Agora o xingamento leviano "genocida" faz sentido.
Entendeu, esquerda?
Você é marxista?
Simples assim.
Conservadorismo é ideologia?
Sempre existiu a discussão se o bom senso, o senso comum, a sabedoria popular poderia ser considerada como uma das gêneses da filosofia.
Obviamente existem os que a defendem, bem como os que a repudiam, mas adivinhem quais tipos de filósofos defendem ou negam uma e outra?
Evidentemente filósofos conservadores aceitam e abraçam o bom senso enquanto os pensadores esquerdistas o repudiam - pois NAO É POSSÍVEL CRIAR IDEOLOGIAS quando temos a tradição como base!
Conservadorismo não é ideologia. É o resultado do aprendizado humano durante séculos.
Liberalismo não é ideologia. É, no máximo, um pensamento econômico.
Já o "progressismo", a esquerda, é o desejo individual de um grupo para que o mundo se curve às suas idiossincrasias!
Então não diga que "minha ideologia é de direita" se você é conservador e não sofre desta doença chamada "ideologia"!
Apenas defendamos que a vida humana seja como sempre foi!
Fraqueza em Combate
O ponderável, o razoável, ambos só são cabíveis até a deflagração da guerra.Uma vez iniciados os conflitos o raciocínio torna-se binário: amigo ou inimigo, ponto final.
Pois que da dúvida nasce a fraqueza em combate.
sábado, 1 de setembro de 2012
Do jornal Opinião, "Coisas da vida" - João Sem-sonho
João Sem-sonho
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Sem script, sem bússola, sem prognósticos
Observam-nos, analisam-nos, medem-nos.
E pior, concluem.
O espontâneo ou involuntário torna-se premeditado e mau.
Não sabem que voamos cegos, sem a menor idéia de onde ou como estamos.
E nem imaginam que, quanto mais nos sentimos vigiados e observados como num Big Brother, mais metemos os pés pelas mãos para escapar do paredão.
E pior: involuntariamente.
E se o silêncio for apenas sentir-se out?
E se a distância for apenas achar-se indigno?
E se? E se?
Mas quando a mágoa se instala, ela expulsa os bons olhos.
Poderia eu culpar alguem por isso?
As vezes, uma mão estendida é tudo o que o náufrago quer.
Ele, mais do que ninguém, sabe que vai morrer.
sábado, 24 de dezembro de 2011
Feliz Natal e que se danem
Onde estão todos?
Por aí, e se eu quiser vê-los, será preciso renunciar à tudo o que me tornei.
Precisarei ser - não o que sou, por mais abjeto que pareça a minha tosca presença nesta terra - mas apenas uma massa informe, amoldada a tudo o que os outros disseram, pensaram ou tentaram fazer de mim.
Não sou flor que se cheire, sou insuportável e realmente inconvivível, mas ao menos sou autêntico e meus absurdos são e foram feitos e ditos de maneira absolutamente convicta e sincera - posso não estar certo, mas creio em meus erros piamente.
Não há quem me suporte, e não culpo ninguém por isso.
Se alguém, que conviveu comigo, me acha um grosso, mal educado, tosco, brigão, rude, paranóico ou mesmo metido a dono da verdade, eu posso aceitar. Dêem-me o merecido pé na bunda antes que eu me chute por conta própria.
Mas se alguém me acha feio que seja, mas sem ter convivido comigo - tudo baseado em opiniões alheias - então à esses eu digo que não há remédio além do preconizado pelo imortal Nélson Rodrigues: "Cresçam", e aprendam a vida pelos seus próprios sentidos.
Sim, eu sei: sou o fim da picada, não há como dialogar comigo.
E é por isso que o Natal, para mim, é apenas uma data fictícia para uma falsa comemoração de uma instituição folclórica: familia.
Minha familia sou eu e meus fantasmas.
E que se danem os que se fazem de surdos, cegos e desentendidos.
Feliz Natal para mim. E para meus fantasmas também.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Vencido?
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Abissum abissus invocat
Pessoas cobram. Tudo cobram: posturas, opiniões, ser alegre, atitudes, pontos de vista, ser otimista, afetos, desafetos, ser "pra cima!" - tudo é uma festa! A festa da alegria obrigatória.
Negada nos é a paz de estar à sós consigo mesmo, de curar a alma em recato, a não ser pelo sumiço e reclusão - sempre classificada pelos cobradores e comentaristas do alheio como "fuga".
Quase meio século de vida, e ainda não descobri uma razão para minha existência - uma missão, que fosse.
Nada, tudo aleatório, menos a boa sorte, que nunca vem.
Existir é uma sentença, e acordar é a punição que se renova a cada manhã.
E quem tenta nos animar só nos ofende e oprime, com a superioridade de seu otimismo hiperativo.
Melhor é destino de aborto: sem deixar grãos de amores eternos.
E sem deixar montanhas de reclamações cujo único perdão é oferecer-se escravo.
Não me critiquem, não me julguem, não tentem me animar.
Ninguém obriga uma coruja a apreciar o belo sol.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Queria ser Peter Fonda e filho do John Wayne com Grace Kelly. Mas sou só o primo pobre do Austin Powers
Uma criança é como um avião decolando - não se deve abortar o procedimento, sob pena de um desastre catastrófico. E o que acontece quando sua própria casa, seu porto seguro, se encarrega de conscientizá-lo, diuturnamente, de que você já perdeu, está fora do páreo por besta que é? O que acontece após 16, 17 anos dessa lavagem cerebral ininterrupta?
Culpar os pais, amaldiçoar o passado, dizer-se sobrevivente é a saída de uns. Nem mais fácil, nem mais difícil - apenas menos amorosa com os progenitores. Já a saída de outros é florear os raros bons momentos, pela falta absoluta de bases afetivas. É o momento em que o filho salva a pele dos pais.
É, sob esta ótica, preferível insinuar uma felicidade passada - evidentemente ilusória - do que cair na real que somos frutos de um nada absoluto.
Cinco almas, cinco fantasmas. Três vieram esperados, ou ao menos encarados com naturalidade.
Um, acidente. O outro, vingança.
Mas nenhum se salvou.
Amaldiçoar o passado, libertar-se dele? E o que restará em mim?
Se viemos do caos, é natural que construamos um personagem com histórias, tradições, manias. Se deixamos isso pra trás - por inconveniência óbvia e gritante - não correremos o risco de, aí sim, nos transformarmos em zumbís? Sem recheio, sem referências, sem histórias contadas sob óticas doentes mas ainda assim, histórias?
Não sei as respostas, mas meu senso prático e minha noção do ridículo me manda falar sobre minha história apenas como um passado saudoso, já que ressuscitar todas as mágoas beirando meio século de vida é um contra-senso.
Adolescente revoltado já é um saco. Imaginem um velho transviado!
Igualmente, esquecer minhas ilusões, minhas histórias da carochinha, libertar-me e deixar que as traças me purifiquem. Ok, faz sentido, mas e agora?
E agora nada, pois poucas páginas do triste catálogo das teratologias familiares foram escritas com tintas tão negras quanto esta.
E só quem viveu - ou sobreviveu - sabe.
Minhas dores não são piores ou mais fortes que as de ninguém. São apenas minhas - e únicas.
Fé cega
Tal qual um médico que se embrenha seis anos entre cadáveres e emergências plantonadas ao molho pardo, o sujeito descobre ao longo de sua experiência o quanto o ser humano é frágil. Basta uma poeirinha em um vaso sanguíneo e pronto: o poderoso ditador do Ladrostão ficará reduzido a um vegetal.
Para este - odiado e execrado por toda uma população - o diagnóstico não vem acompanhado de nada. Resume-se a um "o Ditador sofreu uma isquemia associada a uma poliesculhambose galopante reumática, que atingiu o córtex provocando o tilt cerebral e um edema irreversível do juízo". E ponto final.
Mas se o enfermo é alguém que o doutor nutre afeição, a coisa vai diferente: "o meu querido sofreu uma isquemia associada a uma poliesculhambose galopante reumática, que atingiu o córtex provocando o tilt cerebral e um edema irreversível do juízo, mas tudo vai ficar bem se ele tentar reagir!"
É compreensível, afinal médicos também são seres humanos.
Mas, o que fazer quando esfriamos a cabeça e compreendemos que o quadro é irreversível?
Não sei.
Eu, como doente, imploraria a esse médico tão amigo, que gosto tanto, por minha salvação. Não por minha vida, mas para tê-lo, ao meu amigo, junto à mim enquanto pudesse.
Mas jamais me atreveria a prescrever tratamentos ou esperançar curas, já que sou apenas uma besta ignorante. Responsabilidade demais nas costas desse doutor? Sim, com certeza é.
Mas é a responsabilidade de quem enxerga o que o outro ainda não viu, sua incapacidade ou doença.
Passividade? Pode-se dizer que sim, mas simplesmente prescrever uma receita e achar que somente os esforços do doente o curarão, é ledo engano.
E assim o paciente entra em uma espiral descendente, onde ele passa a enxergar sua doença, sabe que outros a enxergam, mais ou menos que intui o caminho a seguir mas sabe que jamais o fará sozinho.
Doenças sociais, que afastam o próximo do convívio do paciente, ainda tem este requinte de perversidade: isola-o, torna-o um animal selvagem à espera de um veterinário que jamais virá.
A diferença é que os animais são mais nobres, sabem que não há mais saída e ficam para trás, ao menos para morrerem com dignidade.
E quando nada mais resta, que se salve ao menos a dignidade.
Mas os doentes sempre acreditam, em uma fé irracional, que uma mão se estenderá.
"Bem-aventurados os que crêem, pois serão salvos"
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Feitiço X feiticeiro
Cada mágoa, cada tristeza, cada aborrecimento...
Era um tempo em que eu não sabia de mim mesmo
Tempo em que acreditava poder consertar erros fortuitos.
Hoje sei que o erro sou eu;
aborto vivo, paradoxo humano
e o feitiço se vira a cada lamento, finalmente apresentado
Cada dor que percebo, me vejo nela
cada queixa, lá estou
cada tempo perdido, foi comigo
ao invés de providências, vergonha
Se a sorte existir, serei perdoado
sempre viví da grandeza alheia
se a sorte existir, esquecerei os escombros
da guerra que ser eu causou.
Se a sorte existir, serei esquecido
a vida alheia não para, e dela viví
se a sorte existir, perdoarei a mim mesmo
pela crença absurda de ser bom à alguém.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Chega
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Rio, Cidade Maravilhosa...é ruim, hein!?
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Rio de Janeiro: o melhor é de longe! |
Que me sirva de consôlo por amaldiçoar tanto uma outra terrinha de merda, Cabo Frio, sabendo que aqui sempre poderia estar pior - e que, se não está, é porque nem ser ruim os minhocas da terra sabem fazer bem.
Segue o texto:
BAIRROS DO RIO ZONA CENTRAL: Estácio, Cidade Nova e Catumbi: Bairros de merda que ninguém sabe que existem - pelo menos... não de nome. Ficam entre a Tijuca e o Centro da Cidade. Na verdade, as únicas provas de sua existência são o metrô e a prefeitura.
Lapa: Historicamente ocupado por prostitutas, drogados, mendigos, travestis e cafetões. Hoje em dia é ocupado por prostitutas, drogados, mendigos, travestis e cafetões.
Rio Comprido: Os moradores do Rio Comprido insistem que moram na Tijuca. Como se realmente fizesse diferença...
ZONA NORTE: Andaraí: Espremido entre a Tijuca, Maracanã, Grajaú e Vila Isabel, o bairro do Andaraí teve seus momentos de glória ao ser retratado na novela Celebridade, mas, atualmente, voltou a ser o que é na realidade: porra nenhuma. Confundido diversas vezes por seus limites, seus moradores admitem morar em todos os lugares adjacentes, menos no Andaraí.
Bonsucesso: o bairro mais mal localizado da cidade, conseguindo a façanha de ser cercado por 17 favelas, e ainda sim ser o bairro mais evoluído da Leopoldina.
Cascadura: Possui cerca de 1527 ônibus por habitante e uma estação de trem.
Cachambi: Também conhecido como Norte Shopping.
Encantado: É um bairro que não existe, está cadastrado por engano pela prefeitura. Alguns dizem que foi fundado pelo filho da Fada Madrinha.
Engenho de Dentro: É um pardieiro onde a única coisa que presta é o recém construído Engenhão, Estádio alugado ao Botafogo (um time de merda com uma torcida chorona que não chega a 10 pessoas). O passatempo de seus moradores é ficar fofocando na fila do Guanabara.
Grajaú: A definição correta para este lugar é "porra nenhuma", pois todos o consideram Grajaú um sub-bairro, mas não é da Tijuca e nem de Vila Isabel. Reza a lenda que existe uma reserva florestal por lá, mas ao que parece não passa de mais uma lenda urbana.
Inhaúma: Se o nome já é feio, imagina o bairro... seu maior ponto turístico é um cemitério onde pervertidos se encontram a noite para fazer sexo.
Madureira: O segundo lugar mais quente e zoneado do mundo. O bairro atrai macumbeiros e tias vendedoras de salgadinhos de toda cidade em busca dos produtos de "excelente qualidade" comercializados no Mercadão de Madureira (conhecido como o shopping da macumba).
Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro e Marechal Hermes: Quando você ouvir alguém dizer: ihhh isso é lá na casa do caralho! a coisa fica num desses bairros.
Maracanã: É uma extensão da Mangueira, com favelas verticais chamadas de prédios. Não há nada o que se fazer lá, a opção é se tornar um dos 30 moradores que correm em volta do estádio todo dia. Basta chover e pode-se esquiar ou andar de jetsky pelas ruas alagadas do bairro.
Méier: A capital do subúrbio carioca. Habitado por gente cafona, mas metida a descolada e moderninha. É dividido ao meio pela linha do trem, criando a noção de possuir uma metade feia e outra mais ainda.
Ilha do Governador: A Ilha é uma espécie Niterói que fede. Se não fosse pelo aeroporto do Galeão ninguém, são, iria até lá. Como está fora do continente os moradores acham que estão em uma comunidade de elite, mas na verdade é uma Vila da Penha cercada de cocô por todos os lados.
Lins de Vasconcelos: Local Incerto e Não Sabido L.I.N.S.
Olaria: Um pobre bairro que fica entre Penha e Ramos que não tem nada de especial, a não ser pelo seu famoso clube onde acontecem grandes bailes, como o Baile do Havaí e as domingueiras que aglomeram massas de toda parte da Leopoldina e seus cabelos empastados de creme. Tem também uma "praça de alimentações", a famosa 5 Bocas.
Irajá: Só Greta Garbo pra ir até lá ou Gilberto Gil pra inserir esse bairro horrível em uma de suas músicas. A principal atividade econômica do bairro é o cemitério.
Del Castilho: Se resume a algumas coisas: o shopping Nova América, favelas e o cofre forte da Igreja Universal do Reino de Deus.
Pavuna, Anchieta, Ricardo de Albuquerque e adjacências: Fazem fronteira com nobres municípios da Baixada Fluminense como Duque de Caxias, São João de Meriti e Nilópolis. A principal atividade econômica dos bairros é a indústria funerária, a exploração de serviços como a gatonet e a gato-velox e o jogo do bicho. P.S.: As adjacências são lugares como Guadalupe, Jardim América, Costa Barros, Barros Filho, Acari, Coelho Neto e Parque Colúmbia, que deveriam ser cercados por grades.
Pilares e Tomás Coelho: Conhecida por ser sede da rebaixada Caprichosos de Pilares, que se localiza embaixo de um viaduto mais usado como banheiro masculino. Resume-se apenas em um viaduto, camelódromo e favelas. Os moradores também tentam incluir o Norte Shopping no bairro, mas na verdade fica no bairro vizinho, Cachambi.
Todos os Santos: Duvido que você saiba onde fica!! Os moradores desse bairro têm grande dificuldade de pegar táxis, já que nenhum taxista conhece o bairro de nome.
São Cristóvão: Lugar feio, sujo e caindo aos pedaços. Hoje se resume à estação de trem-metrô e à Quinta da Boa Vista.
Santa Cruz, Campo Grande, Realengo e Bangu: Juntamente com Cuiabá, são fornos disfarçados. Aparelhos de ar condicionado não funcionam porque derretem.
Tijuca: Fica num vale abafado cercado de favelas habitadas por gente miserável. Composta ex-revolucionários, comunistas e anarquistas. Os tijucanos podem ser facilmente reconhecidos. São caboclos pensando ser ingleses. Sua mais nova invenção está em chamar a praça Varnhagem (também chamada de "Buxixo", pelo tijucano) de Baixo Tijuca, imitação deprimente do Baixo Gávea. Largue sua sogra por 10 minutos na Tijuca que uma bala perdida resolve seu pobrema.
Vila da Penha: Como a Vila Valqueire é um bairro de pobre metido a rico. É cheio de casas antigas e feias. A maior diversão dos moradores é fazer caminhada no valão, Ops! a rua Oliveira Belo. Ainda existem moradores que acham que a Vila da Penha não possui favelas por perto.
Vila Isabel: É uma reta que só tem boteco, casa de vila, outro boteco, casa de vila, outro boteco... ah, e uma porrada de pedras portuguesas soltas pelas calçadas.
Vila Valqueire: Um bairro nos confins (realmente lá no inferno) do subúrbio habitado por uma gente muito feliz só por não estar na merda total que estão seus vizinhos Campinho, Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro e Marechal Hermes. Se for telefonar para alguém que mora lá faz um 21... O bairro mais próximo fica várias léguas de distância.
Vicente de Carvalho: Dividido pelo metrô, tem o lado da favela (favela sem shopping) e o lado do shoping (favela com shoping). tem como cidadão ilustre o falecido Escadinha, traficante famoso. Assim como o binômio Tijuca-Rio Comprido, os seres viventes nessa área juram que moram na Vila da Penha, bairro "nobre"(??) das adjacências.
ZONA SUL: Largo do Machado: Esse "bairro" não existe. Devia se chamar estreito do Machado. Há lá apenas uma estação de Metrô com esse nome, mas do tipo que nem tem escada rolante. Se você está num carro e fala: olha estamos entrando no Larg... já está no Catete.
Leme: Um bairro vizinho de Copacabana, cercado de pensionistas que residem lá há mais de 100 anos, muitos bêbados e pivetes da favela local que infestam a maravilhosa praia de Copacabana.
São Conrado: Abriga uma das maiores favelas do mundo, a Rocinha, embora os cegos moradores do bairro falem que a Rocinha é um bairro à parte de São Conrado ou ainda tentem empurrá-la para a Gávea ou mesmo pro Leblon. Todas as janelas de casas e edifícios têm vista eterna pra Rocinha. Bem, os apartamentos de frente pro mar não dão vista pra Rocinha. Só pros seus moradores que pela manhã tomam sol, tarde assaltam turistas e à noite se acasalam nas mornas areias do Pepino.
Copacabana: Bairro decadente habitado por funcionários públicos que andam em bandos. A área é dominada jogadores de dama e xadrez de rua. O maior hobby é fazer compras na Av. Nossa Senhora de Copacana, o Champs-Élysées deles. Consta do Guiness Book de records, junto com o Catete, como a maior concentração de quitinetes no ocidente.
Gávea: Passagem de luxo pra Rocinha.
Botafogo: Se botá fogo num prédio, lambe tudo. Prédios velhos, apertados, escuros e sufocantes. Paraíso da fumaça negra.
Flamengo, Glória e Catete: Além dos mendigos e de gente afastada pelo instituto (que respondem por 98% da população desses bairros), os outros 2% são de velhos falidos, principalmente portugueses que empobreceram junto com o bairro e ex-suburbanos que vão morar lá em vilas antigas, cortiços e quitinetes só para dizerem que moram na zona sul e não precisarem aguentar horas de trem ou ônibus até o trabalho.
Ipanema: Abriga as mulheres mais gostosas da cidade. Só que elas não moram no bairro, mas vêm da Tijuca, Méier, Campo Grande, atrás de um mauricinho com um carro bacana. O resto é só viado e praia (fechada para moradores aos domingos). Também freqüentado por lutadores de jiu-jítsu e seus pit-bulls. Parece um grande estacionamento porque o trânsito fica parado das 8 às 23h. Os moradores são todos neuróticos por causa dos buzinaços intermináveis. Já está sendo apelidado de Nova Botafogo.
Laranjeiras: É tão ruinzinho que tem um palácio que nem o governador quer morar. Faz fronteira com lugares bonitos (Catumbi, Santa Teresa...) O filme melhor impossível com Jack Nicholson foi inspirado nos moradores de Laranjeiras que andam nas ruas se desviando de cocô de cachorro.
Leblon: É um bairro com gente rica. Grande concentração de corruptos, colarinhos brancos e, evidentemente, políticos. Também tem cocô de cachorro.
Lagoa: Lindo. Espaçoso. Visual espetacular. Mas por causa das duas bocas do Rebouças fica inacessível das 8 às 23 h. Conhecido como a Abaeté carioca. A lagoa tem a água escura e podre. Se você molhar as mãos na água pode escolher: tifo ou hepatite. Os moradores possuem máscaras antigás para usar durante o período de mortandade de peixes. Com assaltos freqüentes, é um veradeiro buraco negro de bicicletas.
Urca: Único bairro aposentado do mundo.
ZONA OESTE: Vargem Grande e Vargem Pequena: São como o Acre é para o Brasil: Ninguém lembra que existe e só tem mato. Rumores sobre a existência de um parque aquático falido ou sobre uma mansão habitada por Xuxa não foram confirmados, já que ninguém conseguiu achar esses bairros para conferir de perto.
Barra da Tijuca: (do espanhol Baja - Baixada) Uma espécie de Brasília com praia. Habitado por emergentes e pseudo-socialites que não têm grana pra morar no Leblon ou em Ipanema, a Barra da Tijuca é um bairro que adotou o Paulista way of life, onde as pessoas ficam em shoppings a maior parte da sua vida. Pela sua distância do resto do Rio de Janeiro, é considerado por muitos como sendo uma outra cidade. O governo de São Paulo inclusive já entrou com um processo para anexar esta "cidade" ao seu território por ela ser mais próxima de São Paulo do que do Rio de Janeiro. Alguns habitantes da Barra, aliás, acreditam que moram em Miami.
Recreio: Uma roça de luxo, que tenta se equiparar à Barra. Habitada por emergentes que não conseguiram ir pra Barra e vão pra lá pra dizerem que moram na Barra. É como um "estepe", um "consolo" para os emergentes que não tiveram grana pra morar na Baja. A padaria mais próxima está 1 ano-luz de distância.
Cidade de Deus: É disputado por dois bairros: Jacarepaguá e Barra da Tijuca. Quem mora em um diz que a favela faz parte do outro bairro e vice-versa. Graças ao filme de mesmo nome (e que não ganhou nenhum Oscar também) a Cidade de Deus agora é conhecida no mundo todo, principalmente por causa dos traficantes, dos tiroteios frequentes e das drogas, como maconha, cocaína e Tati Quebra-barraco.
Autor desconhecido
O cara que escreveu isso é um gênio.