A considerar datas precisas, os Donos do Mundo – chamemos assim,
doravante, o seleto grupo de metacapitalistas que, teoricamente,
decidem os destinos da humanidade alheios a governos ou povos –
deram-se conta, de forma ainda embrionária, do poder produzido pelo
medo na psique coletiva quando da crise dos mísseis, em Cuba, ao
raiar dos anos 60.
Por mais horrendos que tenham sido os acontecimentos em ambas as
Grandes Guerras mundiais, a mídia mainstream ainda não havia
desenvolvido por completo suas técnicas de influências sobre
nossa psique – mesmo utilizando ensinamentos gramscianos – e a
presença do rádio e da TV eram quotas insípidas, um potencial
ainda em níveis primários de aprendizado.
Testes inescrupulosos e de estrondoso sucesso foram realizados em
tempos imediatamente posteriores, criando assim a “paranóia
nuclear”, que desaguou no blockbuster temático contra a
guerra do Vietnã, justificando a aparição planejada do movimento
hippie – contra as guerras, contra a violência, contra o modo de
vida tradicional – burguês capitalista conservador – contra o
sistema, contra tudo: era a contra-cultura. E essa “nova
consciência e juventude” abriu as portas para a submissão de
multidões ao comando comportamental de alguns poucos que,
inevitavelmente, estenderiam tal poder ao determinar em quem votar, o
que consumir, o que amar, o que odiar e, principalmente, o que temer.
Festivais como o de Woodstock foram apenas a cerimônia de coroação
– agora sim, de fato e de direito – do poder efetivo, total e
duradouro dos atuais Donos do Mundo, em sua nova forma de gestão
midiática e cultural.
Por estes anos, nossos medos eram as guerras – ainda haviam
muitos sobreviventes da Segunda Grande conflagração – mas já se
testavam argumentos como “um terrível futuro tecnológico”,
disseminados em filmes de ficção científica, e mesmo o vulgar (mas
sempre eficiente) fim do mundo, através dos livros de Nostradamus,
ainda amparados pela contra-cultura. Mas era pouco.
Uma estratégia de prazo mais longo tomou corpo quando alguns
sheiks árabes puseram suas poltronas no deserto e resolveram
racionar o fornecimento de petróleo ao mundo, em 1973, criando a
“grande crise dos combustíveis fósseis” que, incrivelmente,
perdura até os dias de hoje.
Enquanto cidadãos comuns gemiam de dor nos bolsos ao abastecerem
seus carros, enfrentando racionamentos, filas, horários limitados de
funcionamento das bombas e outras agruras, os Donos do Mundo
perceberam estar diante da chance dourada de não apenas instilar um
poderosíssimo vetor de medo como, também, de mudança estrutural da
sociedade ao iniciarem a remoção da testosterona no exemplar macho
de nossa espécie – testosterona essa sempre causadora de inúmeros
problemas em suas incessantes tentativas de “domesticação” das
massas humanas. E como isso foi feito?
Argumentaram – sempre através da mídia mainstream e da
indústria cultural – que o petróleo não apenas havia se tornado
proibitivo em termos de preços como, também, era um produto em
extinção, com um curtíssimo prazo de existência sobre a face da
terra. Não bastasse isso, alegavam, os resíduos da produção e –
principalmente – queima destes combustíveis eram altamente
poluentes, ameaçando o próprio ar que respiramos. E incontáveis
cientistas prestaram alegre contribuição a tais teorias levando o
absurdo ao além, divulgando estudos sobre supostos estragos feitos
pela queima de combustíveis na camada de ozônio que circunda o
planeta e apontando diretamente – agora sim, embasados pela
“ciência”! - para uma “grave e real ameaça sobre nossa
existência sobre o planeta”, já que haviam acabado de parir um
monstro chamado “aquecimento global”, sempre causado pela
gasolina que você gastou ao ir de carro para o trabalho.
E estava pronta a primeira “paranóia comportamental do medo”,
o fim da raça humana sobre a terra devido ao “aquecimento global”.
Para evitar isso, inúmeras, detalhadas, minuciosas e exasperantes
regras foram criadas – determinando até que tipo de gás seria
permitido usar em embalagens de desodorantes spray ou em motores de
geladeiras e ar-condicionados domésticos – enquanto o procedimento
de remoção da testosterona era dirigido ao principal símbolo da
masculinidade pós guerras, o automóvel.
De fato, todos os valores e conceitos conservadores sobre Deus,
pátria, família, liberdade e os papéis masculinos, femininos e
infantis haviam sido reduzidos de suas profundidades filosóficas a
um nível mais popular, rasteiro, mas que de algum modo funcionava:
era o tripé “mulheres – armas – carros potentes” grandemente
disseminado pela mesma indústria cultural que, agora, procura
exterminá-los.
Vamos encurtar a história: hoje temos medo dos automóveis,
poluidores, barulhentos e agressivos, preferindo os mansos,
emasculados e silenciosos carros elétricos. Temos medo das mulheres
e não mais sentimos necessidade de protegê-las pois são, antes,
concorrentes no mercado de trabalho que mães e donas de nossos lares
– quase um arremedo de homossexualismo, ao termos relações
sexuais com “um igual” que nada de nós precisa, além de boa e
cinematográfica trepada. As mulheres, por sua vez, certamente
temerão homens inseguros, incapazes de protegerem a ela e seus
filhos e, mesmo, darem uma só opinião que não seja após horas de
pedidos de “desculpas pela intromissão”. As pobres mulheres não
tem mais homens e sim, filhos barbudos. E chegamos ao nível de nós,
pais e mães, temermos nossos próprios filhos pois, prenhes de
“direitos”, podem nos colocar na cadeia se seus caprichos não
forem atendidos. Para piorar, tanto homens quanto mulheres sofrem o
medo de expor gostos, opiniões e preferências publicamente pois,
eventualmente, podem estar em desacordo com a “unanimidade
consentida” e, por isso, serem banidos do convívio social – ou
melhor dizendo, das redes sociais – e terminarem solitários e
ridicularizados, em algum consultório de terapeuta ou, pior, cadeia.
O parágrafo acima foi todo destinado a alguns poucos – mas
potentes – medos de nossa vida doméstica; é hora agora de
examinarmos os temores globais que, estes sim, de fato, ameaçam a
existência da sociedade humana por sobre a terra, do modo que a
concebemos desde milênios atrás.
Sem traçar um retrospecto de tais terrores globais – caso o
fizesse este artigo, que já vai longuíssimo, se tornaria um livro –
podemos elencar apenas aqueles que preenchem nosso cotidiano, do
momento em que abrimos os olhos pela manhã até a hora em que –
sabe-se lá às custas de quantos remédios, terapias, superstições
ou mézinhas – voltamos à cama, para tentar dormir.
Temos então as “mudanças climáticas” (o termo “aquecimento”
não sobreviveu, vitimado pela verdade dos fatos) causadas por tudo –
do pum da vaca ao monóxido de carbono dos automóveis, passando pelo
gás CFC de geladeiras e embalagens spray até chegarmos, pasmem, na
alegação de que pastos para agropecuária não renovam o oxigênio
tal qual as florestas! E as “mudanças climáticas” seriam,
segundo tais doutores, responsáveis pelas enchentes, inundações,
furacões e até terremotos, em todo o planeta. Não é outra causa,
alegam, a responsável pelo hipotético derretimento das calotas
polares – e consequente e catastrófica elevação do nível dos
mares, arrasando (em tese) importantes metrópoles costeiras, sempre
ocidentais.
Do mesmo modo, verdadeiro bombardeio de notícias sensacionalistas
“mostram” a devastação que nós, homens, estaríamos provocando
no meio-ambiente, colocando todos os animais – desde que bonitinhos
e fofinhos – em perigo iminente de extinção, por nossa caça
predatória – interessante observar que, coincidentemente, animais
de aspecto repugnante nunca entram em tais listas.
Igualmente temos, de tempos em tempos, avisos sinistros da
aproximação de cometas e asteroides sempre noticiados,
sugestivamente, “quase em rota de colisão com a terra”, enquanto
divulgam-se – ainda a níveis de “boatos” – a existência de
cadáveres de extra-terrestres mantidos em sigilo por governos
poderosos, enquanto estes mesmos governos “deixam escapar”
filmagens – sempre desfocadas, mesmo em plena era das câmeras HD,
disponíveis em qualquer aparelho de telefone celular – de Objetos
Voadores Não Identificados, verdadeiras “ameaças” á Terra e
que, naturalmente, exigiriam a formação de um governo único,
global, para que possamos nos defender de tais “perigos”.
Correndo por fora mas participante essencial neste páreo estão
os problemas mais comezinhos de qualquer país: inflação,
desemprego, corrupção, criminalidade e até guerras, variando de
intensidade de uma nação à outra, mas sempre presentes e
terrivelmente preocupantes em todos os países. Igualmente
ameaçadoras são as opiniões ou atos comuns praticados pelo pobre
cidadão e que venha, eventualmente, a ofender alguém pertencente às
sacrossantas “minorias”: negros, gays, gordos, índios ou o que o
governante da vez assim considerar. Se tal acontecer, os tribunais
não terão piedade de sua alma.
Finalmente, e coroando de maneira apoteótica tal desfile de
horrores nossos de cada dia, estão as doenças: surtos, epidemias e
– a grande glória – pandemias! E de tais horrores ninguém –
repito, ninguém – escapa, pois um inimigo que não podemos ver,
detectar ou mesmo sair de perto é um inimigo onipresente, onisciente
e onipotente: é o medo diuturno, sem barreiras, algo como se
tivéssemos o próprio Deus Pai nos perseguindo, furioso, até em
nossos sonhos ou momentos mais íntimos – é o medo eterno!
A ciência progrediu demais para se conformar com um câncer
vulgar e aleatório, fora de seu controle. A cura para a maioria dos
casos seguramente já existe, mas é cuidadosamente sonegada de nós,
pois quimioterapias caríssimas – e dolorosas, verdadeiras torturas
– dão muito mais lucro.
Assim, depois do sucesso estrondoso da fabricação e disseminação
do vírus da AIDS, voltaram-se tais cérebros para a produção de
agentes que não fossem tão dependentes da interação humana –
até porque o ato de interagir é, precisamente, uma das coisas que
pretendem extinguir – e focaram seus esforços na produção de
vírus transmissíveis por via aérea ou – vá lá, a “evolução”
demora, às vezes – alimentar.
Encaremos a verdade: quisessem produzir um vírus eficaz e rápido
em sua letalidade – matando a quase totalidade da raça humana
sobre a terra – eles já teriam produzido. Entretanto tal
devastação causaria problemas para tais Donos do Mundo, pois
abriria oportunidades a algum país dissidente, que de alguma forma
conseguisse preservar boa parte de sua população, de formar
exércitos infinitamente superiores, em número, aos dos próprios
metacapitalistas – e o tiro sairia pela culatra. Deste modo, há de
se encontrar o delicado equilíbrio entre uma letalidade apavorante –
e, se tal não for atingido, a grande mídia e as estatísticas
falsas de hospitais providenciarão o pânico necessário – e a
permanência de seres humanos aptos à convocação militar, em caso
de necessidade.
De tentativas – por algum motivo não tão portentosas – como
Ebola, H1N1 e outros, chegamos na canhestra COVID 19, igualmente uma
doença, em si, pífia mas cuja vacina (anterior à própria doença),
esta sim, poderia causar os efeitos desejados. Desta vez a grande
mídia, auxiliada por artistas, formadores de opinião, governos e –
principalmente – organismos internacionais como a OMS, tais agentes
se superaram. Conseguiram criar, se não uma doença fatal, níveis
absurdos e alarmantes de lesões psíquicas e comportamentais na
quase totalidade dos seres humanos, causadas pelo bombardeio
diuturno, incessante e sensacionalista – auxiliado por normas
governamentais que configuravam um verdadeiro “Estado de Exceção”
mundial – de notícias falsas, estatísticas forjadas, leis
comportamentais constrangedoras e o fatal “lockdown”, confinando
a humanidade às suas tocas, tal qual ratos assustados.
O estrago causado na psique humana foi além do que se possa
medir, e viram os Donos do Mundo que estão em vias de obter,
finalmente, seus intentos.
A vacina contra a COVID é, em si, o verdadeiro veneno. Não só
nada previne – somente “atenuar efeitos” não configura uma
verdadeira vacina – como introduz em nossos organismos substâncias
desconhecidas e de efeitos, em sua maioria, ignorados. Os efeitos
conhecidos da mesma são, infelizmente, infartos, mortes súbitas, o
novo “câncer turbo” e diversas más formações fetais. E tais
colateralidades não são – e provavelmente, jamais serão –
divulgadas, pois teria que resultar, obrigatoriamente, em um Tribunal
Internacional infinitamente mais rígido que o de Nuremberg pós
guerra.
Muito mais poderia eu mostrar, exemplificar, mas definitivamente
ultrapassei todas as medidas aceitáveis de duração de um mero
artigo de opinião. O que temos citado, agora por último, são
apenas os medos, terrores e pavores com os quais o pobre e sequelado
(mentalmente) homem de hoje precisa enfrentar, carregando toda essa
vastidão fatal embutida dentro de si, enquanto cumpre suas
obrigações cotidianas e tenta conviver, normalmente, com amigos,
colegas, amores, filhos.
Este homem é a vítima do medo e, instintivamente, obedecerá
tudo o que mandarem na próxima (já a preparam) “pandemia”.
Este homem, caro leitor, pode ser você.
"O medo é o feitor mais eficiente que existe: todos o obedecem sem discutir"
Walter Biancardine