As
redes sociais são a “cracolândia” da sociedade humana e, em
momentos de tensão como o que atravessamos atualmente, diante das
agressões do Hamas á Israel, o anti semitismo de muita gente é
exposto sem nenhum disfarce, nas patológicas postagens que calhamos
de, eventualmente, ver.
Inadmissível seria, entretanto, qualquer espécie de censura a
tais entrevados, pois possuem os mesmos direitos de externar suas
opiniões que todos nós. Igualmente é covardia inaceitável
abandonar as redes, pois graças a elas a grande mídia perdeu o
monopólio da verdade e, hoje, podemos saber de fatos que jamais
seriam expostos poucos anos atrás. O que podemos fazer é estarmos
preparados – cultural, intelectual e psicologicamente – para
atravessarmos ilesos tal mar de ignorância, graças ao nosso
discernimento e bom senso, inclusive, filtrando o que é bom e o que
é nocivo.
Indo direto ao ponto – Hamas, muçulmanos, Sharia
e outros – é importante deixar claro que nossa “tolerância com
os intolerantes” é o poderoso motor que nos conduzirá,
inevitavelmente, ao fim da civilização ocidental judaico-cristã.
Por décadas a indústria cultural, show business e grande mídia
entupiram nossos ouvidos e nos adestraram, pavlovianamente, a uma
atitude de passividade diante de barbarismos horrendos e sub humanos,
praticados por povos hostis os quais, para cúmulo da hipocrisia
covarde, abrigavam-se de suas conflagrações internas nos refúgios
seguros dos países ocidentais.
Tal postura de “tolerância” revela o que temos de pior: na
realidade, consideramos tais pessoas como cachorros – irracionais
que, coitados, não sabem o que fazem. Assim, do alto de nossa
“superioridade”, mostramos á sociedade como somos evoluídos e
os acolhemos com paninhos para dormir, um pote de ração e ossos
para roerem. Em nosso covarde desprezo íntimo e inconfessável pelos
mesmos, não percebemos – ou nos recusamos a enxergar o mal – que
tais “cachorrinhos” tem, em sua gênese religiosa, ódio
mortal contra tudo o que somos, o que representamos, e quase
justificável desprezo por nossa covardia. E eles nos matarão e
esquartejarão nossos corpos na primeira oportunidade, pois esta é a
verdadeira, óbvia e visível razão de sua “fuga” para países
com uma tradição cultural que desprezam: o domínio de Allah e
morte aos infiéis.
Nós, ocidentais, sofremos uma terrível compulsão suicida de
nossa civilização e deliberadamente cegamo-nos, amparados pela
grande mídia assassina, preferindo proteger e fazer manifestações
em favor da barbárie religiosa (disfarçada de “tradições
culturais”) ou – requinte de “isentões” – considerarmos,
todos, apenas lixos humanos idênticos em sua podridão mas sempre
merecedores de nossa “piedade” superior. E o nome disso é
vaidade – a mais rasteira e abjeta vaidade.
Vamos exemplificar o modo de agir destes últimos, os “isentões”,
pela maior dificuldade em detectar sua perfídia: nas redes sociais –
Xwitter, especificamente – celerados digitais publicam supostas
cartas de (assim eles denominam) um dos “papas” da maçonaria,
Albert Price, na qual teria revelado pelos idos de 1871 que “tudo
o que hoje acontece em Israel é parte de um plano dos ‘Illuminati”
para provocar a terceira guerra mundial, através do fomento do
sionismo contra palestinos”. E a tal carta citaria “exemplos”,
expondo acontecimentos da primeira e segunda grande guerra,
“profetizando” demencialmente o que já aconteceu e oferecendo
isso como “prova” de suas alegações, aos idiotizados leitores.
Para piorar, usa o povo judeu como meras peças de seu xadrez medonho
e finaliza – este é o ponto – apontando Israel como verdadeira
“espoleta” que detonará o terceiro conflito mundial.
Evidentemente, esclarecem ao embasbacado leitor que a tal carta
“sumiu” e que as informações são oriundas de um site, https://bibliotecapleyades.net/ ,
o qual – de maneira nenhuma – tem autoridade ou legitimidade para
atestar a veracidade dos absurdos lá contidos e “profetizados”.
Como disse acima, apenas vaidade, a vaidade de “saber o que ninguém
sabe” e sair bem na foto.
Deixemos de lado tais misérias primárias, entretanto, e
analisemos a parte que nos afeta de modo mais direto – como seja, a
participação sempre criminosa da grande mídia, no conflito
em que o Hamas agride covardemente Israel e o povo civil judeu.
Não há como disfarçar: a grande mídia está, toda, contra
Israel. Basta folhear qualquer jornal e lá veremos os assassinos
sendo tratados como “combatentes” ou, no máximo, “extremistas”,
enquanto senhoras de idade – presas ilegalmente por manobra pérfida
do alto Comando de nossas Forças Armadas – estampam manchetes
nestes mesmos jornais sob a acusação de serem “terroristas”,
perigosíssimas e letais, com suas Bíblias e bengalas.
Ora, o simples fato da grande mídia, serva do globalismo, estar
contra Israel já exclui, à priori, este país da acusação
– feita por renomados ou mesmo anônimos dementes – de ser um
Estado participante do criminoso processo de globalização e
imposição de governo único mundial o qual, nestas horas, deixa de
ser tratado como mera “teoria da conspiração”.
Em diversos artigos anteriores já escrevi que a grande mídia, ao
longo do século XX e em nosso, atual, é sempre agente ativo em
todas as conflagrações mundiais. Não há uma só guerra, nos
últimos 150 anos, que editores sedentos de poder não tenham, de
alguma forma, promovido, piorado, desvirtuado ou conduzido tais
morticínios em favor dos interesses de seus soberanos – e sabemos
quem são.
E esta mesma mídia – convenientemente cega – jamais, em todos
os inúmeros conflitos em que Israel esteve envolvido, seja como
Estado ou povo judeu, lembrou-se de noticiar a perfídia
sempre utilizada contra eles. Dos vagões de trem nazistas, onde
atulhavam-se judeus rumo á “campos de trabalho” (diziam os
nazistas, os mesmos que os levavam às câmaras de gás “para uma
chuveirada”) á mais recente guerra do Yom Kippur – onde o povo
foi pego de surpresa em seu mais importante dia religioso, o Dia do
Perdão – jamais, repito, a grande mídia teve o pudor de lembrar
ao mundo que, se todas as guerras são horríveis, as contra os
judeus sempre foram mais, fruto de criminosa perfídia, sempre
empregada e nunca denunciada.
O atual e tétrico momento que Israel atravessa não foi
diferente: os ataques foram realizados ontem (shabbath), com o
agravante que, nesta mesma data, era relembrado o dia da Festa da
Torá, a Festa do Tabernáculo – era o último dia de tal festa, um
dia de alegria, de famílias reunidas e, novamente, tal perfídia
nenhum grande jornal lembrou. Todos pegos de surpresa e mortos
como moscas: homens, mulheres, pais, mães, avós, crianças, bebês,
turistas, todos.
Nenhuma lembrança. Ao contrário, insinuam – junto com
“isentões” das redes sociais – que seria impossível, á um
sistema de defesa tão sofisticado quanto o de Israel, não detectar
o avanço terrestre (coisa inédita) do Hamas sobre suas fronteiras
bem como a chuva de mísseis, disparados contra os judeus. Tudo isso
seria, segundo tais “luminares”, uma “estratégia de Nethanyahu
(aquele “fascista extrema-direita!”) para ter motivos de
atacar e dizimar o povo palestino”.
Meu professor Olavo de Carvalho ensinou-me que, para
analisarmos um fato, precisamos nos imbuir das conjunturas que
cercaram tal acontecimento e as pessoas nele envolvidas. Só assim,
“respirando a mesma atmosfera” e sentindo idêntica “vibração”
conjuntural, poderemos entender o que se passava na cabeça dos
personagens e construir uma verdadeira dialética em tal análise.
Ora, não é impossível que tenha realmente havido tal traição
por parte de comandos de tais forças de fronteiras – e ressalto
aqui a discriminação “comandos de forças de fronteiras” para
distinguir de quaisquer propósitos estratégicos de Nethanyahu. O
que analistas apressados não levam em conta é que, se tal hipótese
for verdadeira, isso de maneira alguma reflete a cabeça de um judeu
típico, um israelita, seja ele soldado ou estrelado general em comando. A presença
dos ensinamentos da Torá é constante na consciência de
maioria absoluta do povo judeu, e um general comum – por mais
importante que seja em suas funções – não escaparia dos grilhões
de sua própria cabeça.
Assim, a se comprovar que houve realmente uma leniência
proposital em tais forças de fronteira, ela terá sido ordenada não
por um general judeu, mas por um israelense fardado e traidor. E eles
são exceções, tal como Judas Iscariotes o foi.
Para completar o horrendo cozido de fake news midiáticas,
insinua-se também que Volodmir Zelenski – sim, aquele da Ucrânia
que muitos apontam como “herói” – teria fornecido armas ao
Hamas e que, na verdade, Putin é que estava certo, Putin sim, é que
seria o “herói conservador”. Impressionante virada de casaca em
frações de segundo, por parte da mídia podre e de “interneteiros”
sem a menor noção, interessados apenas em pix, cliques em seus
vídeos e pouco se lixando para o fato de nenhum dos dois, acima
citados, prestarem.
Tal é a tormenta na cabeça das pessoas que muitos chegam ao
ponto de fugirem do problema alegando que ambos – judeus e
muçulmanos – detestariam cristãos e, portanto, que se danassem e
morressem juntos. Tal pensamento é típico de cabeças ignorantes,
que atribuem idêntica persona á muçulmanos e árabes.
O árabe não é nem jamais foi nenhum problema. Temos no
Brasil inúmeros descendentes de libaneses, turcos e chegaram mesmo a
ser poderosa mola impulsora de comércios – e folclores – no
país. Já o Islã é uma ideia pessoal do sr. Maomé que prega a
morte para quem não se submeter às suas regras, e isso é uma coisa
bem diferente. Este sim, é o fanático que nos odeia e nos matará –
depois de abrigar-se entre nós – na primeira oportunidade que
tiver, obedecendo a Sharia.
Quanto a hipótese de judeus odiarem cristãos, é tão descabida
que só poderia ser fruto da grande mídia, anunciando como
“confrontos entre cristãos e judeus” meras batalhas por disputas
de territórios ou pontos estratégicos no Oriente Médio.
Não há como um judeu odiar um cristão, e vice versa. Temos o
mesmo Deus e, de diferente, apenas o fato de termos aceitado Jesus
como o Filho do Altíssimo, enquanto eles ainda aguardam seu Messias.
Todas as citações de que o Corão “reconhece e respeita Jesus e a
Virgem Maria” enquanto a Torá “não os trata com nenhuma
dignidade” são apenas recortes dolosamente selecionados e
expostos, com finalidades por demais óbvias para serem comentadas.
Neste momento, Israel acaba de decretar guerra ao Hamas – repito
e ressalto: ao Hamas, não aos palestinos, à Faixa de Gaza ou seja o
que for.
E é hora de compreendermos que não se trata apenas de uma guerra
contra um país ou um povo: é a guerra contra Deus, o nosso Deus
Único, e devemos total solidariedade ao povo judeu e ao Estado de
Israel.
Lembremos que o pacifismo abre as portas para os abusos e por isso
Jesus encheu os vendilhões do Templo de pauladas, e de lá os
expulsou.
E que Deus nos proteja e abençoe a todos – cristãos e judeus,
unidos em defesa d’Ele.
Walter Biancardine