domingo, 16 de março de 2008

O Sol Que Encontra Seus Olhos Verdes

Que a minha noite lhe traga a paz
e a tormenta na cama;
Que minha escuridão seja por tí perdoada;
Que o vento frio de minha vida se aqueça em seu Porto
E que seu porto seja eu mesmo -
enfim seguro.
Descanse em minhas madrugadas;
velarei teu sono em minha insônia apaixonada;
Descanse do passado, porque ele não mais é;
nosso novo dia começa,
e em seu despertar
minha vida, enfim, amanhecerá.

Surrealismo Buziano

Toninho Gump

O não-comparecimento do prefeito de Armação dos Búzios, Toninho Branco, á CPI que investiga irregularidades cometidas em sua gestão – à parte o surrealismo do Procurador-Geral do Município, que tentava explicar que sua ausência não seria, absolutamente, um não-comparecimento – reflete apenas o descaso com que a aparentemente pouca percepção conjuntural do Sr. Branco o permite agir.
Esta mesma conduta já rendeu ao chefe do Executivo buziano um lugar garantido no anedotário local (vide box abaixo), mas em que pese o lado simpático e até inocente que esta situação quase limítrofe sugeriria, sempre existirá todo o ônus das ações de seus auxiliares e dele próprio; encantado pelo poder, indulgente consigo mesmo e incapaz de discernir intenções alheias.
Em um premiado filme hollywoodiano – Forrest Gump – é feita uma metáfora de como o destino, representado por uma pena de pássaro que voa ao sabor do vento, conduz o personagem aos mais improváveis rumos, levando um homem sem maiores predicados á posições de destaque na vida.
Parafraseando a situação – não o personagem – do filme, poderíamos dizer que a pena do destino conduziu o Sr. Branco, Toninho Branco, ao inimaginável cargo de prefeito de Armação dos Búzios. Sentado na cadeira de chefe do Executivo, embebedou-se de poder e tornou-se pouco vigilante com suas próprias ações. Acreditou que, como o homem mais poderoso da cidade, poderia impor seus desejos ao corpo de vereadores. Acreditou que, escolhido pelas urnas, jamais erraria em seus atos. E, pior, acreditou que todos em volta estariam lá sem nenhuns objetivos outros que não o agradar-lhe.
O tempo e o isolamento imposto pela debandada dos homens de bem á sua volta, que não suportaram a surdez e cegueira decorrentes das insuficiências, apenas assanhou a enorme confusão no tardio raciocínio do prefeito, cuja Câmara de Vereadores – esgotados todos os limites da complacência e paciência – instaurou a CPI.
Resta agora que cada um pague pelas suas ações e omissões. E que o exemplo do corpo municipal de Armação dos Búzios consiga alcançar toda a região e retire os seus edis de eventuais posturas subservientes.
Em uma cidade justa, um parafuso de R$250 reais pode levar um prefeito para a cadeia. O que poderá acontecer, em uma outra cidade e por via de uma CPI justificavelmente instaurada, á um chefe do Executivo se ele não conseguir explicar onde gastou mais de US$300 milhões de dólares?

Pérolas de Toninho Branco


O secretariado de Toninho Branco


Assim que se elegeu prefeito, já se amontoavam sobre a mesa de Toninho Branco os pedidos para ser secretários em seu governo, feitos por um grupo que o apoiava. Sem saber como enfrentar a situação, Toninho Branco pensou, pensou e lascou:
- Hoje estou aquí, eleito prefeito desta cidade. Mas se eu não tivesse ganho, eu não teria sido chamado para nenhuma secretaria porque sei que não tenho competência para isso.
E concluiu o absurdo com uma lógica férrea:
- Como é então que vocês, que não ganharam nada, querem ser secretários?

O muro da vergonha

Na falta de coisa melhor para inaugurar, Toninho Branco resolveu promover uma festa para apresentar o novo e caríssimo muro de uma escola, muro esse que consumiu 70% do valor total gasto para edificar o prédio inteiro que ele cercava.
Em seu discurso de inauguração, Branco atribuiu a necessidade da obra aos inúmeros cavalos que pastavam ao redor e explicou, para horror e pasmo dos pais dos alunos:
- É tanto cavalo que não sei mais quem é criança e quem é cavalo!

Enchendo lingüiça

Inauguração de uma diminuta pracinha, nas proximidades da Rua da Lingüiça, Búzios. Novamente, para horror e desalento dos presentes, o prefeito Branco discursa:
- Esta praça foi inaugurada para a família de um amigo meu, e não para essas mulheres que sobem e descem essa rua cacarejando!
Algum áulico mais esclarecido tentou trazê-lo de volta á razão:
- Mas prefeito, assim o senhor está chamando todas as mulheres de galinhas!
Do alto de sua ciência, Toninho Branco fulminou o pobre ignorante:
- E é só galinha que cacareja?

Forrest Gump é assim mesmo, gente. Não mexe com ele não, que ele é doentinho.

Surrealismo Buziano

O não-comparecimento do prefeito de Armação dos Búzios, Toninho Branco, á CPI que investiga irregularidades cometidas em sua gestão – à parte o surrealismo do Procurador-Geral do Município, que tentava explicar que sua ausência não seria, absolutamente, um não-comparecimento – reflete apenas o descaso com que a aparentemente pouca percepção conjuntural do Sr. Branco o permite agir.

Esta mesma conduta já rendeu ao chefe do Executivo buziano um lugar garantido no anedotário local (vide box abaixo), mas em que pese o lado simpático e até inocente que esta situação quase limítrofe sugeriria, sempre existirá todo o ônus das ações de seus auxiliares e dele próprio; encantado pelo poder, indulgente consigo mesmo e incapaz de discernir intenções alheias.

Em um premiado filme hollywoodiano – Forrest Gump – é feita uma metáfora de como o destino, representado por uma pena de pássaro que voa ao sabor do vento, conduz o personagem aos mais improváveis rumos, levando um homem sem maiores predicados á posições de destaque na vida.

Parafraseando a situação – não o personagem – do filme, poderíamos dizer que a pena do destino conduziu o Sr. Branco, Toninho Branco, ao inimaginável cargo de prefeito de Armação dos Búzios. Sentado na cadeira de chefe do Executivo, embebedou-se de poder e tornou-se pouco vigilante com suas próprias ações. Acreditou que, como o homem mais poderoso da cidade, poderia impor seus desejos ao corpo de vereadores. Acreditou que, escolhido pelas urnas, jamais erraria em seus atos. E, pior, acreditou que todos em volta estariam lá sem nenhuns objetivos outros que não o agradar-lhe.

O tempo e o isolamento imposto pela debandada dos homens de bem á sua volta, que não suportaram a surdez e cegueira decorrentes das insuficiências, apenas assanhou a enorme confusão no tardio raciocínio do prefeito, cuja Câmara de Vereadores – esgotados todos os limites da complacência e paciência – instaurou a CPI.

Resta agora que cada um pague pelas suas ações e omissões. E que o exemplo do corpo municipal de Armação dos Búzios consiga alcançar toda a região e retire os seus edis de eventuais posturas subservientes.

Em uma cidade justa, um parafuso de R$250 reais pode levar um prefeito para a cadeia. O que poderá acontecer, em uma outra cidade e por via de uma CPI justificavelmente instaurada, á um chefe do Executivo se ele não conseguir explicar onde gastou mais de US$300 milhões de dólares?

Pérolas de Toninho Branco



Osecretariado de T

Assim que se elegeu prefeito, já se amontoavam sobre a mesa de Toninho Branco os pedidos para ser secretários em seu governo, feitos por um grupo que o apoiava. Sem saber como enfrentar a situação, Toninho Branco pensou, pensou e lascou:

- Hoje estou aquí, eleito prefeito desta cidade. Mas se eu não tivesse ganho, eu não teria sido chamado para nenhuma secretaria porque sei que não tenho competência para isso.

E concluiu o absurdo com uma lógica férrea:

- Como é então que vocês, que não ganharam nada, querem ser secretários?

O muro da vergonha

Na falta de coisa melhor para inaugurar, Toninho Branco resolveu promover uma festa para apresentar o novo e caríssimo muro de uma escola, muro esse que consumiu 70% do valor total gasto para edificar o prédio inteiro que ele cercava.

Em seu discurso de inauguração, Branco atribuiu a necessidade da obra aos inúmeros cavalos que pastavam ao redor e explicou, para horror e pasmo dos pais dos alunos:

- É tanto cavalo que não sei mais quem é criança e quem é cavalo!

Enchendo lingüiça

Inauguração de uma diminuta pracinha, nas proximidades da Rua da Lingüiça, Búzios. Novamente, para horror e desalento dos presentes, o prefeito Branco discursa:

- Esta praça foi inaugurada para a família de um amigo meu, e não para essas mulheres que sobem e descem essa rua cacarejando!

Algum áulico mais esclarecido tentou trazê-lo de volta á razão:

- Mas prefeito, assim o senhor está chamando todas as mulheres de galinhas!

Do alto de sua ciência, Toninho Branco fulminou o pobre ignorante:

- E é só galinha que cacareja?

domingo, 9 de março de 2008

Andrea

Dona de um olhar tão calmo....
E da calma que esconde a sede,
Da vida que resiste,
É semente germinando após a seca,
Gargalhada que ressurge.
E urge que haja vida!
Vidas paralelas,
Mesmos caminhos, mesmas direções,
Horários diferentes.
E basta de tanto passado!
Vidas paralelas
Mesmos erros, mesmas soluções,
Lembranças insistentes.
Tantas coincidências,
Tantos desencontros,
Vidas paralelas
Por tantos outros pontos
Vidas loucas, vidas belas.
E as paralelas dos pneus,
Na água da chuva, são duas
Estradas nuas,
Onde corres para o que é seu.