sexta-feira, 7 de outubro de 2022

UMA ANÁLISE INCÕMODA, MAS REAL


Acreditar que Jair Bolsonaro tem o ex-presidiário Lula como adversário no segundo turno é passar recibo de cabresto mental.

O papel degradante ao qual as empresas de pesquisa se prestaram tiveram, ao menos, a utilidade de esfregar em nossas caras as evidências de uma combinação prévia: todos acertaram nos percentuais “obtidos” pelo descondenado, mas variaram gritantemente – e sempre para menos – nos votos a favor de Bolsonaro.

Isso evidencia a premeditação dolosa dos resultados e, por isso, o Presidente hoje tem de lidar com dois adversários: as urnas e a nossa omissão. As urnas, inauditáveis, indubitáveis, impolutas e sacrossantas não podem, sequer, serem postas em dúvida sob pena de prisão e banimento moral pela grande mídia. Mas a nossa omissão pode e deve ser resolvida – e de maneira bastante simples, embora desafiadora e trabalhosa. 

Em primeiro lugar é preciso fazer chegar aos ouvidos iluminados de Suas Altezas Supremas que, sim, nós sabemos que houve fraude e que não admitiremos sua repetição no segundo turno.

É preciso mobilização popular por todo o Brasil e em Brasília, massiva o suficiente para dar, de forma clara, este recado simples. Apenas dizer isso.

Suas Altezas pretendem repetir aqui o vexame institucional perpetrado nos EUA na excrescência eleitoral que alijou Donald Trump do poder – e que, lá, nada foi feito devido ao respeito do povo norte-americano por sua tradição democrática sem sobressaltos.

Lembremos, pois, às Suas Altezas, que – para o melhor ou para o pior – nosso Brasil não conta com tal tradição nem respeito. E que isso instile a prudência em seus atos e combinações.

Já o segundo adversário que Bolsonaro enfrenta é a nossa omissão.

Da moleza de não irmos às ruas mostrar aos Iluminados que sabemos o que fizeram no verão passado ao comodismo arrogante do “já ganhou”, trafegamos pela estrada da preguiça ao reclamarmos das absurdas filas de votação – criadas por dolo do TSE – e que fizeram muita gente desistir de votar.

Vivemos em uma verdadeira guerra, talvez uma avant prémiére suave de conflitos subsequentes à imposição do alcoólatra ao poder – e o desistente deve considerar-se um desertor, que escolheu entregar o futuro de sua família á sanha de uma quadrilha sem limites humanos ou morais.

É hora de união, de conseguir mais votos – em quantidade estratosférica, que sufoquem os mais perniciosos algoritmos já instalados nas urnas – e de nos conscientizamos que não se trata de uma simples eleição: é uma batalha.

Você é o combatente, e não pode desistir.

Converta votos, grite nos ouvidos Iluminados e só saia da seção eleitoral após votar.

E que Deus ajude o Brasil.

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