quinta-feira, 20 de maio de 2010

Cachimbo da charge

O meu amigo e excelente cartunista Zel é uma das poucas pessoas que conheço que estampam, à olho nú, seu bom caráter. Homem de paz e avesso às quizumbas que eu, como exemplo de temperamento oposto, sempre me metí em toda vida, segue tranquilo em meio à sua arte cativando amigos e nos encantando com seu blog - certamente o mais ZEN da Região dos Lagos.
Deve ser por isso, por essa coisa ZEN, astral purificado, muita meditação transcedental, incenso e outros quetais, que meu amigo Zel, muito ZEN, produziu o texto que - peço aqui a devida autorização, e se for negada prontamente retirarei a postagem, pois o cara é gente boa e merece todo meu respeito - juro por Deus, não consegui entender nada.
Peço apenas ao meu caro amigo que me mande a receita do que ele tomou antes de escrever, que eu quero também!
Abração, Zel!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O Diabo somos nós - e o inferno são os outros

Momento introspectivo-confidente-político-roqueiro de Walter Biancardine
Enjoy it..
Simpatia pelo Diabo

Por gentileza deixem me apresentar
Sou um homem de fortuna e requinte
Estou por aí já faz alguns anos
Roubando almas e a fé de muitos homens

Estava por perto quando Jesus Cristo
Teve seu momento de duvida e dor
Fiz muita questão que Pilatos
Lavasse suas mãos e selasse seu destino

Prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo

Esperei em São Petersburgo
Quando percebi que era hora para mudanças
Matei o Czar e seus ministros
Anastácia gritou em vão

Pilotei um tanque
Usei a patente de general
Quando a Blitzkrieg urgiu
E os corpos apodreciam

Prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo

Assisti com orgulho
Enquanto seus reis e rainhas
Lutaram por dez décadas
Pelos deuses que eles criaram

Gritei bem alto
"Quem matou os Kennedys?"
Quando, afinal de contas,
Foram apenas você e eu

Permita-me por gentileza me apresentar
Sou um homem de fortuna e requinte
Deixei armadilhas para menestréis
Que morreram antes de chegarem a Bombaim

Prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo

Assim como todo polícia é criminoso
E todos os pecadores, Santos
Como cara é coroa

Basta me chamar de Lúcifer
Pois estou precisando de alguma restrição

Então se me conhecer
Tenha alguma delicadeza
Tenha simpatia, e algum requinte
Use toda sua polidez bem aprendida
Ou deitarei sua alma para apodrecer

Prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome, oh yeah
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo

Diga-me baby, qual é o meu nome
Diga-me doçura, qual é o meu nome
Diga-me baby, qual é o meu nome
Lhe digo uma vez, é sua culpa