segunda-feira, 31 de julho de 2023

ENCAIXANDO AS PEÇAS

 


Azucrinado por me julgar incompreendido por aqueles que leem meus artigos, livros ou acompanham as análises do YouTube, resolvi racionar aparições e comentários não apenas por frustrações pessoais mas, principalmente, por chegar ao ponto de eu mesmo provocar brigas e desentendimentos entre os poucos que ainda prestam atenção em mim.

Uma longa semana de abstenção se passou e ontem, domingo, seria o dia de fazer a live da semana mas – não ouso apontar quem o provocou – meu computador pifou poucas horas antes.

Demorada jornada de reparos se seguiu e nesse meio tempo deu a hora da Ave Maria. Como de costume, acendi uma vela e rezei, ainda que desconcentrado e ansioso para resolver o problema de meu instrumento de trabalho. As horas passaram, nada de solucionar o defeito mas uma coisa curiosa aconteceu: sei, por experiência, que a vela acendida às 18h dura em média três horas e já eram quase onze da noite e a mesma, já derretida, espalhara sua chama pelos pavios de velas anteriores que eu acendera – o fogo persistia, me chamando ou, na realidade, me puxando pelas orelhas para meditar.

Era Deus Pai, Todo Poderoso, esfregando em minha cara as verdades que o orgulho, a infantilidade e a preguiça me impediam de ver.

Não vou narrar o longo caminho que percorri até entender a mensagem – na verdade, uma determinação generosa – que agora exponho: os que me acompanham sabem dos problemas que enfrento e, portanto, é desnecessário repeti-los aqui. Entretanto, na verdade, não são problemas e sim uma oportunidade que o Pai me oferece.

Em meio a uma barafunda de pecados insistentemente cometidos ao longo de uma vida inteira – salpicados por declarações pomposas de desejos de solidão rural – compreendi que nada mais tenho a buscar nessa vida, a missão que me foi dada está (porcamente) cumprida e tudo o que se sucede hoje é, na verdade, uma generosa mão estendida por Deus para que eu tenha ainda alguma chance de redimir minha alma e, se tudo der certo, tentar merecer ao menos a oportunidade do purgatório.

Sim, pois sem essa chance o meu destino post mortem seria o inferno, puro e simples. Direto, sem escalas.

Tudo se encaixa: o lugar aqui é lindo – eu poderia cumprir esta sentença sob uma marquise ou em uma favela – mas é árido, duro, exige força; e mesmo a solidão que tanto me queixo é providencial, pois impede que minhas ações, decisões ou falas prejudiquem mais gente além das que já infelicitei.

E não há como não reparar no sutil senso de humor de Deus Pai, que me sentencia cumprir pena (melhor dizendo, buscar minha chance) em um tipo de lugar que tanto quis! Um misto de ironia e generosidade!

Faltavam exatos sete minutos para a meia noite quando o último resto de pavio, entre os restantes afogados na cera de orações anteriores, se apagou. E compreendi a verdade.

Deus é justo, está sempre presente, não nos abandona e mesmo aquilo que julgamos um mal é, na verdade, carinhosa advertência que Ele nos dá – e, no meu caso, a mão de um pai ajudando a salvar minha alma com a chance do purgatório.

Nada mais tenho a reclamar, tudo está compreendido, devo apenas agradecer.

E cumprir o tempo que me resta.


Walter Biancardine

sábado, 22 de julho de 2023

PONTO DE NÃO-RETORNO

 


A civilização ocidental atravessa hoje uma situação de fácil diagnóstico mas, por terrível que tal realidade seja e pior a solução, todos se encolhem em infantil processo psicológico de negação do problema.

Basta abrir qualquer jornal ou assistir noticiários para constatar que existem, de fato, forças globalistas dispostas a destruir o modus vivendi judaico-cristão e seus valores, princípios, dogmas, crenças e dois mil anos de uma sociedade estabelecida, dominante, funcional e – até pouco tempo atrás – vitoriosa. Disputam a primazia de tal holocausto os próprios globalistas ocidentais (grupo de Bildenberg, Escola de Frankfurt) e seus congêneres ao redor do globo, tais como o Eurasianismo russo da dupla Alexander Dugin/Vladmir Putin – estreitamente conjugado ao imperialismo Chinês, momentaneamente – e, correndo por fora, o Islamismo teocrático via terrorismo e movimentos migratórios pela Europa.

À soldo de tais grupos temos mocinhas de cabelo azul e suvaco cabeludo bem como verdadeira pandemia de homossexualismo fake – apenas obedecem ditames superiores – se unindo a discursos de pânico climático, novas doenças mundiais, abandono da alimentação tradicional em favor de absurdos como a ingestão de insetos, redução brutal da população mundial – abertamente pregada por delinquentes como Bill Gates – e o sutil controle mental via redes sociais; coisas assim são sempre generosamente cobertas pela grande e consorciada mídia mundial e, estrategicamente, endossadas por “estudos científicos” de acadêmicos renegados, que abandonaram a ciência em favor de um curandeirismo teatral da pajelança iluminista.

Tais tipos jamais foram maioria, mas gozam o privilégio de ter voz mundial através da mídia, das artes e das estruturas culturais. Deste modo, aos olhos do assustado cidadão comum, ganham ares de “consenso”, de visionários apontando o “caminho natural da evolução humana” e, de quebra, a salvação de nosso combalido planeta.

O objetivo é antigo e único: a instauração de um governo global, o fim dos países como entidades soberanas, a divisão do planeta em blocos de produção, beneficiamento e consumo e o estabelecimento de apenas duas classes sociais permitidas, constituídas por pirâmide de enorme e paupérrima base produtora/operária e seu olimpo, o rarefeito topo constituído de iluminada elite dirigente, abrigada e segura em alguma ilha de prosperidade e fartura, regendo nossos destinos – “você não terá nada e será feliz!”

Tudo isso, hoje, é feito e anunciado às escâncaras, não é segredo para ninguém e, justamente por isso – pela enormidade e monstruosidade do projeto e de sua saúde financeira – apressada e nervosamente negada por nós (este “nós” vale para todo o planeta), tachando tais ideias de “teorias da conspiração” e aceitando usar, tal qual os judeus de Varsóvia sob Hitler, a estrela amarela de nossa covardia e conveniente ignorância.

Sejamos objetivos: chegamos a um ponto de não-retorno por vias pacíficas, acordos, diplomacias ou negociações e a saída é uma só – como seja, a mais indesejada, destrutiva, caótica e mortal de todas, a guerra mundial. Hoje, apenas um país conta com poderio bélico e financeiro para fazer frente a fúria destrutiva Sino-Eurasiana-Muçulmana, e este país é os Estados Unidos da América. Não é à toa que o verdadeiro foco de infiltrados sabotadores chamado Partido Democrata norte americano apelou, desavergonhadamente, para as vexaminosas fraudes que tiraram Donald Trump do poder – este sim, único e solitário homem disposto a fazer algo mas, desde já o sabemos, “algo” este impossível de ser obtido por vias democráticas, já que a democracia hoje é fantoche da grande mídia cúmplice e globalista.

O que fazer? Ora, para crises extremas, soluções extremas.

Somente a pressão popular, dos povos de todos os países do mundo, darão respaldo para que líderes conscientes abandonem emergencialmente os preceitos democráticos e tomem as atitudes necessárias e aprovadas por esta mesma sociedade – origem de todo o poder, leis e instituições. E as consequências são previsíveis e – se quisermos a cura – inevitáveis: medonha, catastrófica e duradoura guerra mundial se abaterá sobre a humanidade, não há outra saída ou meio termo.

Mas serão as trevas que precederão um novo amanhecer, um sol que iluminará uma nova humanidade mais sábia, que entenderá jamais – sob nenhuma forma ou excusas – dar voz ou, sequer, direito de existência, a mentalidades demoníacas sempre paridas por um Karl Marx, uma Revolução Francesa ou demais monstros do gênero, saídos das profundezas mais abissais e trevosas da alma humana.

A dor será enorme. As perdas, irreparáveis. Mas sobreviveremos.


Walter Biancardine

domingo, 2 de julho de 2023

POR QUEM OS SINOS DOBRAM

 


Na famosa novela de Ernest Hemingway um homem chamado Roberto, dinamitador inglês, chega ao esconderijo de guerrilheiros a favor da república espanhola e conhece Maria, uma bela mulher que havia sido salva pelo grupo.

Não houve romance, a não ser em suas almas e na linguagem muda dos sentimentos. Eram tempos de uma sangrenta guerra civil, cotidiano de medo, caos e Guernica. A atração foi imediata, a morte os espreitava e, sem maiores conversas ou galanteios, se uniram em amor pois o amanhã era improvável.

O tema enfoca o quanto o sangue alheio nos importa, e a pressa do amor diante da morte - morte essa, por vezes, de quem sequer conhecemos: "Nenhum homem é uma ilha, inteiramente isolado, todo homem é um pedaço de um continente, uma parte de um todo. Se um torrão de terra for levado pelas águas até o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse o solar de teus amigos ou o teu próprio; assim, a morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti"disse John Donne.

A velhice leva o homem á guerra civil de sua existência; a luta cotidiana contra o fim de seus dias, a ceifadeira sempre à espreita – hoje, amanhã, depois. Quem sabe? E sob o impiedoso ataque dos dias, meses ou anos, os que ousaram resistir ao tempo aprenderam que já não mais restam tantos entardeceres para o romance e, tal qual Roberto e Maria, devem expressar seu amor urgente através de olhares, gestos e mesmo tons de voz.

Para mulheres mais jovens, impossível crer que tal secura tenha nascido sob manto tão pesado; para as mais velhas, o medo – de tudo, todos e da pouca vida que resta – as impede, em forma de recato.

Assim, os velhos percebem-se isolados e dão falta de pedaços do coração que oceanos tempestuosos da vida levaram. Muitos percebem, buscam juventude no fundo de um copo ou conversas desaforadas e mentirosas com amigos.

Mas pouquíssimos – homens ou mulheres – consideram que nenhum sentimento é uma ilha. Todo amor é parte de um coração, de uma história, e se tal fervor for levado pelos dias negros da vida, o homem diminui-se: menor e apartado como náufrago em ilha deserta, cercado apenas de lembranças por todos os lados. Assim, o fim de cada amor mais o tempo impiedoso, que insiste em passar, esses, tanto nos diminuem por também termos sentimentos, coração e história.

Por isso não perguntes por quem os velhos choram. Eles choram por ti.


Walter Biancardine

sábado, 1 de julho de 2023

A FALÊNCIA MENTAL BRASILEIRA


Sigo algumas páginas no Facebook por puro prazer - nada a ver com política ou filosofia - mas, ao ler comentários nas postagens das mesmas, desespera-me o grau quase selvagem de ignorância e falta completa de discernimento, aliado a pieguismos "woke" implementados pela grande mídia nas sequeladas cabeças de tais pobres infelizes.

Existem estudos, reais e disponíveis, onde apontam que o QI médio do brasileiro sofreu uma redução brutal, e hoje gira próximo á condição limítrofe dos 80 pontos - resultado indiscutível de um sistema de ensino criminoso, que aleijou mentalmente mais de cinco gerações, desde que a esquerda apossou-se do processo educacional no Brasil e elegeu o biltre Paulo Freire - cujas teorias não são aplicadas em nenhum outro país do mundo - como seu "patrono".

Em situações graves como a que vivemos hoje, empurrados rumo á uma ditadura sanguinária e escravocrata, tais sequelas tornam-se evidentes através das reações infantis e escapistas daqueles que buscamos atrair para quaisquer tentativas de impedir - ou ao menos dificultar - as intenções sinistras do narco-sistema político que ora nos domina.

Percebe-se, como único e derivativo prazer destas pessoas, o reclamar e queixar-se - comportamentos pretensamente militantes mas, na realidade, imaturos e birrentos aos quais se agarram, na eterna espera que algum "papai" ou "herói" ponha ordem na brincadeira e coloque de castigo os "meninos maus que estragaram tudo".

Temo por nosso futuro, pois escolaridade, hoje, é sinônimo de infantilidade, apatia e covardia.

Dias trevosos nos aguardam.

Walter Biancardine