Tanto quis, tanto pedí para saber de tudo;
Cada mágoa, cada tristeza, cada aborrecimento...
Era um tempo em que eu não sabia de mim mesmo
Tempo em que acreditava poder consertar erros fortuitos.
Hoje sei que o erro sou eu;
aborto vivo, paradoxo humano
e o feitiço se vira a cada lamento, finalmente apresentado
Cada dor que percebo, me vejo nela
cada queixa, lá estou
cada tempo perdido, foi comigo
ao invés de providências, vergonha
Se a sorte existir, serei perdoado
sempre viví da grandeza alheia
se a sorte existir, esquecerei os escombros
da guerra que ser eu causou.
Se a sorte existir, serei esquecido
a vida alheia não para, e dela viví
se a sorte existir, perdoarei a mim mesmo
pela crença absurda de ser bom à alguém.
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