domingo, 7 de julho de 2024

FIM DO MUNDO: JÁ ACONTECEU E VOCÊ PERDEU -

A sociedade ocidental europeia é baseada na fé no Deus de Israel, na razão filosófica grega e no saber jurídico romano; estas são as três colunas de nossa sociedade e que vivem, hoje, em estado terminal pela força da insanidade hegeliana – tudo destruir, para que, do nada restante, resulte uma nova sociedade paradisíaca.

À isso soma-se as aspirações secretas de Karl Marx – divinizar-se, tornar-se o novo Deus em lugar do Jesus Cristo por ele, teoricamente, derrubado – e podemos entender os porquês de, em suas obras, aparecer de forma evidente a mesma estrutura de toda a narrativa bíblica, com o proletariado sendo o povo crente e Marx (suas ideias) o novo Messias, que abriria as portas – através da revolução – ao paraíso na terra.

Colocando à parte as vicissitudes dos últimos 150 anos, o fato é que o tripé básico da sociedade ocidental está ruindo fragorosamente. O Deus de Israel foi contaminado pelo vírus da Teologia da Libertação; a filosofia grega sofre diuturna contestação – sejamos claros: negação – pela absoluta maioria dos filósofos atuais, auxiliados pela mídia e cultura de massas; e mesmo os princípios basilares do Direito Romano sucumbem ao ativismo judicial, um fenômeno preocupante que já se espalha pelo mundo.

A grande mídia ocupou, garantida pela preguiça e omissão de pais e mães, o lugar de formadora de valores e conceitos nas crianças e jovens. Igualmente, o comodismo e fobia em pensar transformou jornalistas em sábios e profetas; oráculos reveladores das verdades sobre todos os temas – se um famoso tem ou não um bom caráter ou mesmo se Deus existe e qual é o sentido da vida, tudo o que se diga sobre isso – desde que publicados em jornais, revistas e programas de TV –  assim tomamos como a Verdade Revelada.

A resultante disso é chegarmos ao ponto de, ao menos no Brasil, sequer termos a capacidade de falar. A ignorância deliberada transformou homens pensantes em pitecantropus, incapazes sequer de expressarem suas necessidades básicas.

Nenhuma de nossas instituições funciona, estamos sempre aquém de uma justa remuneração, vivemos em aglomerados sujos e feios e tudo o que nos retrata foca apenas na luxúria, diversão ou na exaltação do crime que compensa.

O Brasil já alcançou o preconizado pela Escola de Frankfurt: tudo foi devidamente destruído. O apocalipse – o fim de nosso mundo – aconteceu em 1979 e ninguém, até hoje, percebeu.

Somos zumbis em um mundo de escombros.


Walter Biancardine



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