segunda-feira, 22 de julho de 2024

DEFORMA TRIBUTÁRIA: A CONSOLIDAÇÃO DA DITADURA -

 


Assistia agora pouco a deputada Júlia Zanatta (PL/SC) via YouTube, na Rádio Auriverde, sendo entrevistada pelo excelente Alexandre Pitolli e discorrendo sobre a infeliz reforma – deforma, diria um realista – tributária, empurrada goela abaixo pelo Governo Federal.

Descontado o avanço vampiresco sobre as jugulares de nossos bolsos, o ponto que considerei realmente preocupante é a proposta de criação de um organismo Federal de regulação, com poderes superiores ao Congresso e, mesmo, aos poderes dos Governadores dos Estados, para “regulamentar” – leia-se “decidir” – a distribuição dos dinheiros públicos aos Estados da Federação.

A onipotência de um pequeno comitê gestor, responsável por este organismo, nos remete diretamente aos piores tempos dos governos militares, onde os Governadores viam-se obrigados a praticar a “política do pires na mão”, mendigando ao Governo Federal as verbas necessárias e, inclusive, aquelas arrecadadas por seus próprios Estados.

O objetivo é claro: governadores de oposição morrerão à míngua, seus Estados apodrecerão por falta de dinheiro e – política é assim – os mesmos jamais serão reeleitos; o povo obviamente preferirá escolher candidatos “alinhados” com o Governo Federal – leia-se “ditadura” – para que os serviços básicos, essenciais, voltem a funcionar em suas cidades.

Isso nos mostra claramente que a ditadura do Ludibriário já sente segurança o suficiente para, após consolidar o controle sobre o povo, começar a controlar os Estados.

Até o momento devo confessar minha enorme preocupação com os comentários e críticas que ouvi, de parlamentares e analistas políticos, sobre tal “deforma tributária”. Todos, sem exceção, concentram seus cuidados sobre o real e desenfreado avanço do Governo sobre nossos bolsos, mas nenhum deles – NENHUM – em momento algum, parou para alertar o povo sobre esta verdadeira “reorganização administrativa da ditadura” que, além de abarrotar seus cofres, garantirá que todos os Estados da Federação sejam submissos e cordatos, suplicantes por verbas e dispostos a dar em troca toda a obediência necessária, exigida pelos ditadores.

Anotem o que estou dizendo: este “Comitê Gestor”, que decidirá quanto cada Estado receberá, será evidentemente composto pelos eternos apaniguados da ditadura – e pouco interessam seus cargos e ocupações: que sejam políticos, empresários, padres ou até “personal trainers”, não importa. Todos estarão ali para fechar as torneiras aos Estados governados pela oposição e regar, com fartura, aqueles cujos Governadores sejam aliados. Cabe observar que esta rega farta irá diretamente para os bolsos de tais elementos, não para as necessidades do povo, como por hábito acontece no sistema petista.

Aquilo que escrevo tem tanta repercussão quanto o furto de um bujão de gás em Xambiobá, e por isso peço aos leitores – caso algum seja bem relacionado com pessoas influentes – que ajude a espalhar este alerta, pois tal Comitê nada mais é que a consolidação da ditadura do Ludibriário, no Brasil.

E lembro: há que se impedir tal barbárie já, imediatamente, pois a proposta segue lépida e fagueira em nosso omisso Legislativo.

O aviso está dado, depois não reclamem.


Walter Biancardine



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