Não é de hoje que a censura se abate nas redes sociais, seja por imposição da ditadura ou de livre iniciativa, já que Google, Facebook e tantas outras pertencem a metacapitalistas globalistas.
Sabemos, entretanto, que vídeos e fotos podem ser usadas como desmentidos cabais das mentiras noticiadas pela grande mídia ou proferida por governos espúrios e, por isso, são alvos preferenciais de ações censórias. Mesmo canais do YouTube onde uma pessoa apenas argumenta, sem valer-se de fotografias, prints ou vídeos, também é igualmente retaliado pelo poder de persuasão que a palavra pode exercer sobre as pessoas - não à toa existem a retórica, oratória e outras ferramentas de convencimento através do discurso.
O que é novidade - e que tive o desprazer de ser "desvirginado" pela mesma - é a ação censória contra a palavra escrita; algo somente visto nos regimes mais absolutistas e repressivos que já existiram.
Cabe notar que - para o bem de minha vaidade profissional e frustração da missão a qual sou imbuído - este tipo de censura, sobre aquilo que é escrito, normalmente é exercida mirando grandes escritores, verdadeiros magos literários e senhores de tamanha carpintaria gramatical que a simples leitura de seus textos, artigos ou livros pode abrir os olhos de toda uma população e subverter, perigosamente, o silêncio imposto pelas ditaduras.
Quando a gigantesca Google, através do Blogspot, veta e exclui meu artigo sobre a perseguição lacradora contra o jornalista Emílio Surita - algo que eu, com 27 vídeos excluídos, 3 contas extintas no Twitter e censuras contumazes no Facebook jamais havia sofrido, em 15 anos de página pessoal - isto quase me envaidece, fazendo com que meu ego carente considere a mim mesmo um verdadeiro artista das letras e, portanto, "merecedor" de tais atenções e perseguições, normalmente reservada aos grandes escritores.
Por outro lado, é inevitável a sensação de pequenez diante de forças tão enormes, que jogam no lixo anos de estudos, análises, buscas de aperfeiçoamentos pessoais e mesmo espirituais, invalidando todas os esforços por cultura superior, conhecimento e elevação do nível de consciência.
De modo pior e raiando a paranóia, chego a temer que tal inclemência desta ditadura chegue - quem sabe? - ao ponto de retirar, vetar ou mesmo proibir os livros que já escrevi e, pior, inviabilize minhas pretensões de publicar, futuramente, em quaisquer editoras.
Para finalizar, confesso que ainda não decidi como devo pensar ou mesmo reagir. De um lado, a fúria contra o despotismo arbitrário e ditatorial em que vivemos e, por outro, a secreta alegria - vaidade mesmo - por desconfiar ser um escritor de calibre bem superior ao que eu mesmo me classificava.
Abandonei o YouTube por causa da censura e meus vídeos roubados - digo, excluídos. Agora, meu artigo foi roubado - digo, excluído - pelo Google.
Se sou censurado onde quer que eu vá, talvez seja a hora de reconsiderar a volta ao YouTube.
Veremos.
Walter Biancardine
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