Se eu, em minha ignorância patética, sinto-me absolutamente sozinho - sem ter com quem debater, compreender ou mesmo estudar - fico imaginando o inferno solitário vivido por Olavo de Carvalho, do alto de seu Everest de sabedoria e cultura.
domingo, 6 de março de 2022
EFEITOS COLATERAIS DO JORNALISMO -
Minha capacidade de argumentar pró ou contra as mesmas circunstâncias transformou-me numa espécie de Protágoras: fez-me descrer da objetividade do intelecto e acabei por descambar em um vergonhoso ceticismo relativista - quem era leitor do Lagos Jornal, na primeira década deste século desvairado, acompanhou isso.
Em boa hora meu professor, Olavo de Carvalho, entubou meus neurônios terminais em poderosos pulmões filosóficos, que trouxeram-me de volta ao conservadorismo.
Salvo in extremis da apnéia cognitiva, devo a Olavo minha ressurreição.
Olavo Roots.
Olavo Semper Rectum.
Ex multis ad unum - pensamentos ao fazer barba
"Olavo tem razão", hoje, é pleonasmo.
A rotina é só uma ilusão de segurança, cujo efeito colateral é o tédio.
Que o legado de Olavo una todos os brasileiros de bem.
A verdade é que existem verdades.
Estou absolutamente certo que existem certezas e absolutos.
OLAVO RULES:
Não parar,
Não precipitar,
Não retroceder!
O livro de quem não valia nada, hoje vale muito.
Carlos Andreazza - o pseudo intelectual que jamais acertou nenhuma de suas previsões - é um dos diretores executivos da Editora Record que, em um rompante pré menstrual, cancelou unilateralmente seu contrato com Olavo de Carvalho.
O último livro lá publicado pelo professor foi "O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota", que há muito não está mais disponível e, provavelmente, jamais será reimpresso.
Pois bem, tal livro de tal autor - amplamente esculhambado pela esquerda - atingiu, de ontem para hoje, a cifra de 900 reais nos sebos.
Mais que a ganância de uns, fica a lição de que quem lacra não lucra.
Pobres almas que pretendem deter a imortalidade...
Olavo de Carvalho
Olavo foi uma cruza perfeita entre Aristóteles e Dercy Gonçalves, não fossem seus palavrões, o povo jamais teria ouvido falar dele.
Pois eis que morreu meu professor: um dos maiores intelectuais e filósofos do planeta está, agora, sob a graça e proteção do Pai.
A dor da perda só é compensada por saber que a morte de um pensador é sua ascenção á perenidade humana.
Olavo sempre teve razão.
A palavra mais certa
A dificuldade de entendermos Deus deve-se, basicamente, ao fato da Divina Essência transcender o conteúdo significativo de qualquer palavra existente.
Nuremberg
Diante de tantas mortes - adultos, atletas, jovens e crianças - em decorrência da vacinação, o mínimo que se espera dos líderes mundiais é um novo Tribunal de Nuremberg.
Agora o xingamento leviano "genocida" faz sentido.
Entendeu, esquerda?
Você é marxista?
Simples assim.
Conservadorismo é ideologia?
Sempre existiu a discussão se o bom senso, o senso comum, a sabedoria popular poderia ser considerada como uma das gêneses da filosofia.
Obviamente existem os que a defendem, bem como os que a repudiam, mas adivinhem quais tipos de filósofos defendem ou negam uma e outra?
Evidentemente filósofos conservadores aceitam e abraçam o bom senso enquanto os pensadores esquerdistas o repudiam - pois NAO É POSSÍVEL CRIAR IDEOLOGIAS quando temos a tradição como base!
Conservadorismo não é ideologia. É o resultado do aprendizado humano durante séculos.
Liberalismo não é ideologia. É, no máximo, um pensamento econômico.
Já o "progressismo", a esquerda, é o desejo individual de um grupo para que o mundo se curve às suas idiossincrasias!
Então não diga que "minha ideologia é de direita" se você é conservador e não sofre desta doença chamada "ideologia"!
Apenas defendamos que a vida humana seja como sempre foi!
Fraqueza em Combate
O ponderável, o razoável, ambos só são cabíveis até a deflagração da guerra.Uma vez iniciados os conflitos o raciocínio torna-se binário: amigo ou inimigo, ponto final.
Pois que da dúvida nasce a fraqueza em combate.
sábado, 1 de setembro de 2012
Do jornal Opinião, "Coisas da vida" - João Sem-sonho
João Sem-sonho
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Sem script, sem bússola, sem prognósticos
Observam-nos, analisam-nos, medem-nos.
E pior, concluem.
O espontâneo ou involuntário torna-se premeditado e mau.
Não sabem que voamos cegos, sem a menor idéia de onde ou como estamos.
E nem imaginam que, quanto mais nos sentimos vigiados e observados como num Big Brother, mais metemos os pés pelas mãos para escapar do paredão.
E pior: involuntariamente.
E se o silêncio for apenas sentir-se out?
E se a distância for apenas achar-se indigno?
E se? E se?
Mas quando a mágoa se instala, ela expulsa os bons olhos.
Poderia eu culpar alguem por isso?
As vezes, uma mão estendida é tudo o que o náufrago quer.
Ele, mais do que ninguém, sabe que vai morrer.
sábado, 24 de dezembro de 2011
Feliz Natal e que se danem
Onde estão todos?
Por aí, e se eu quiser vê-los, será preciso renunciar à tudo o que me tornei.
Precisarei ser - não o que sou, por mais abjeto que pareça a minha tosca presença nesta terra - mas apenas uma massa informe, amoldada a tudo o que os outros disseram, pensaram ou tentaram fazer de mim.
Não sou flor que se cheire, sou insuportável e realmente inconvivível, mas ao menos sou autêntico e meus absurdos são e foram feitos e ditos de maneira absolutamente convicta e sincera - posso não estar certo, mas creio em meus erros piamente.
Não há quem me suporte, e não culpo ninguém por isso.
Se alguém, que conviveu comigo, me acha um grosso, mal educado, tosco, brigão, rude, paranóico ou mesmo metido a dono da verdade, eu posso aceitar. Dêem-me o merecido pé na bunda antes que eu me chute por conta própria.
Mas se alguém me acha feio que seja, mas sem ter convivido comigo - tudo baseado em opiniões alheias - então à esses eu digo que não há remédio além do preconizado pelo imortal Nélson Rodrigues: "Cresçam", e aprendam a vida pelos seus próprios sentidos.
Sim, eu sei: sou o fim da picada, não há como dialogar comigo.
E é por isso que o Natal, para mim, é apenas uma data fictícia para uma falsa comemoração de uma instituição folclórica: familia.
Minha familia sou eu e meus fantasmas.
E que se danem os que se fazem de surdos, cegos e desentendidos.
Feliz Natal para mim. E para meus fantasmas também.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Vencido?
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Abissum abissus invocat
Pessoas cobram. Tudo cobram: posturas, opiniões, ser alegre, atitudes, pontos de vista, ser otimista, afetos, desafetos, ser "pra cima!" - tudo é uma festa! A festa da alegria obrigatória.
Negada nos é a paz de estar à sós consigo mesmo, de curar a alma em recato, a não ser pelo sumiço e reclusão - sempre classificada pelos cobradores e comentaristas do alheio como "fuga".
Quase meio século de vida, e ainda não descobri uma razão para minha existência - uma missão, que fosse.
Nada, tudo aleatório, menos a boa sorte, que nunca vem.
Existir é uma sentença, e acordar é a punição que se renova a cada manhã.
E quem tenta nos animar só nos ofende e oprime, com a superioridade de seu otimismo hiperativo.
Melhor é destino de aborto: sem deixar grãos de amores eternos.
E sem deixar montanhas de reclamações cujo único perdão é oferecer-se escravo.
Não me critiquem, não me julguem, não tentem me animar.
Ninguém obriga uma coruja a apreciar o belo sol.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Queria ser Peter Fonda e filho do John Wayne com Grace Kelly. Mas sou só o primo pobre do Austin Powers
Uma criança é como um avião decolando - não se deve abortar o procedimento, sob pena de um desastre catastrófico. E o que acontece quando sua própria casa, seu porto seguro, se encarrega de conscientizá-lo, diuturnamente, de que você já perdeu, está fora do páreo por besta que é? O que acontece após 16, 17 anos dessa lavagem cerebral ininterrupta?
Culpar os pais, amaldiçoar o passado, dizer-se sobrevivente é a saída de uns. Nem mais fácil, nem mais difícil - apenas menos amorosa com os progenitores. Já a saída de outros é florear os raros bons momentos, pela falta absoluta de bases afetivas. É o momento em que o filho salva a pele dos pais.
É, sob esta ótica, preferível insinuar uma felicidade passada - evidentemente ilusória - do que cair na real que somos frutos de um nada absoluto.
Cinco almas, cinco fantasmas. Três vieram esperados, ou ao menos encarados com naturalidade.
Um, acidente. O outro, vingança.
Mas nenhum se salvou.
Amaldiçoar o passado, libertar-se dele? E o que restará em mim?
Se viemos do caos, é natural que construamos um personagem com histórias, tradições, manias. Se deixamos isso pra trás - por inconveniência óbvia e gritante - não correremos o risco de, aí sim, nos transformarmos em zumbís? Sem recheio, sem referências, sem histórias contadas sob óticas doentes mas ainda assim, histórias?
Não sei as respostas, mas meu senso prático e minha noção do ridículo me manda falar sobre minha história apenas como um passado saudoso, já que ressuscitar todas as mágoas beirando meio século de vida é um contra-senso.
Adolescente revoltado já é um saco. Imaginem um velho transviado!
Igualmente, esquecer minhas ilusões, minhas histórias da carochinha, libertar-me e deixar que as traças me purifiquem. Ok, faz sentido, mas e agora?
E agora nada, pois poucas páginas do triste catálogo das teratologias familiares foram escritas com tintas tão negras quanto esta.
E só quem viveu - ou sobreviveu - sabe.
Minhas dores não são piores ou mais fortes que as de ninguém. São apenas minhas - e únicas.
Fé cega
Tal qual um médico que se embrenha seis anos entre cadáveres e emergências plantonadas ao molho pardo, o sujeito descobre ao longo de sua experiência o quanto o ser humano é frágil. Basta uma poeirinha em um vaso sanguíneo e pronto: o poderoso ditador do Ladrostão ficará reduzido a um vegetal.
Para este - odiado e execrado por toda uma população - o diagnóstico não vem acompanhado de nada. Resume-se a um "o Ditador sofreu uma isquemia associada a uma poliesculhambose galopante reumática, que atingiu o córtex provocando o tilt cerebral e um edema irreversível do juízo". E ponto final.
Mas se o enfermo é alguém que o doutor nutre afeição, a coisa vai diferente: "o meu querido sofreu uma isquemia associada a uma poliesculhambose galopante reumática, que atingiu o córtex provocando o tilt cerebral e um edema irreversível do juízo, mas tudo vai ficar bem se ele tentar reagir!"
É compreensível, afinal médicos também são seres humanos.
Mas, o que fazer quando esfriamos a cabeça e compreendemos que o quadro é irreversível?
Não sei.
Eu, como doente, imploraria a esse médico tão amigo, que gosto tanto, por minha salvação. Não por minha vida, mas para tê-lo, ao meu amigo, junto à mim enquanto pudesse.
Mas jamais me atreveria a prescrever tratamentos ou esperançar curas, já que sou apenas uma besta ignorante. Responsabilidade demais nas costas desse doutor? Sim, com certeza é.
Mas é a responsabilidade de quem enxerga o que o outro ainda não viu, sua incapacidade ou doença.
Passividade? Pode-se dizer que sim, mas simplesmente prescrever uma receita e achar que somente os esforços do doente o curarão, é ledo engano.
E assim o paciente entra em uma espiral descendente, onde ele passa a enxergar sua doença, sabe que outros a enxergam, mais ou menos que intui o caminho a seguir mas sabe que jamais o fará sozinho.
Doenças sociais, que afastam o próximo do convívio do paciente, ainda tem este requinte de perversidade: isola-o, torna-o um animal selvagem à espera de um veterinário que jamais virá.
A diferença é que os animais são mais nobres, sabem que não há mais saída e ficam para trás, ao menos para morrerem com dignidade.
E quando nada mais resta, que se salve ao menos a dignidade.
Mas os doentes sempre acreditam, em uma fé irracional, que uma mão se estenderá.
"Bem-aventurados os que crêem, pois serão salvos"
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Feitiço X feiticeiro
Cada mágoa, cada tristeza, cada aborrecimento...
Era um tempo em que eu não sabia de mim mesmo
Tempo em que acreditava poder consertar erros fortuitos.
Hoje sei que o erro sou eu;
aborto vivo, paradoxo humano
e o feitiço se vira a cada lamento, finalmente apresentado
Cada dor que percebo, me vejo nela
cada queixa, lá estou
cada tempo perdido, foi comigo
ao invés de providências, vergonha
Se a sorte existir, serei perdoado
sempre viví da grandeza alheia
se a sorte existir, esquecerei os escombros
da guerra que ser eu causou.
Se a sorte existir, serei esquecido
a vida alheia não para, e dela viví
se a sorte existir, perdoarei a mim mesmo
pela crença absurda de ser bom à alguém.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Chega
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Rio, Cidade Maravilhosa...é ruim, hein!?
Rio de Janeiro: o melhor é de longe! |
Que me sirva de consôlo por amaldiçoar tanto uma outra terrinha de merda, Cabo Frio, sabendo que aqui sempre poderia estar pior - e que, se não está, é porque nem ser ruim os minhocas da terra sabem fazer bem.
Segue o texto:
BAIRROS DO RIO ZONA CENTRAL: Estácio, Cidade Nova e Catumbi: Bairros de merda que ninguém sabe que existem - pelo menos... não de nome. Ficam entre a Tijuca e o Centro da Cidade. Na verdade, as únicas provas de sua existência são o metrô e a prefeitura.
Lapa: Historicamente ocupado por prostitutas, drogados, mendigos, travestis e cafetões. Hoje em dia é ocupado por prostitutas, drogados, mendigos, travestis e cafetões.
Rio Comprido: Os moradores do Rio Comprido insistem que moram na Tijuca. Como se realmente fizesse diferença...
ZONA NORTE: Andaraí: Espremido entre a Tijuca, Maracanã, Grajaú e Vila Isabel, o bairro do Andaraí teve seus momentos de glória ao ser retratado na novela Celebridade, mas, atualmente, voltou a ser o que é na realidade: porra nenhuma. Confundido diversas vezes por seus limites, seus moradores admitem morar em todos os lugares adjacentes, menos no Andaraí.
Bonsucesso: o bairro mais mal localizado da cidade, conseguindo a façanha de ser cercado por 17 favelas, e ainda sim ser o bairro mais evoluído da Leopoldina.
Cascadura: Possui cerca de 1527 ônibus por habitante e uma estação de trem.
Cachambi: Também conhecido como Norte Shopping.
Encantado: É um bairro que não existe, está cadastrado por engano pela prefeitura. Alguns dizem que foi fundado pelo filho da Fada Madrinha.
Engenho de Dentro: É um pardieiro onde a única coisa que presta é o recém construído Engenhão, Estádio alugado ao Botafogo (um time de merda com uma torcida chorona que não chega a 10 pessoas). O passatempo de seus moradores é ficar fofocando na fila do Guanabara.
Grajaú: A definição correta para este lugar é "porra nenhuma", pois todos o consideram Grajaú um sub-bairro, mas não é da Tijuca e nem de Vila Isabel. Reza a lenda que existe uma reserva florestal por lá, mas ao que parece não passa de mais uma lenda urbana.
Inhaúma: Se o nome já é feio, imagina o bairro... seu maior ponto turístico é um cemitério onde pervertidos se encontram a noite para fazer sexo.
Madureira: O segundo lugar mais quente e zoneado do mundo. O bairro atrai macumbeiros e tias vendedoras de salgadinhos de toda cidade em busca dos produtos de "excelente qualidade" comercializados no Mercadão de Madureira (conhecido como o shopping da macumba).
Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro e Marechal Hermes: Quando você ouvir alguém dizer: ihhh isso é lá na casa do caralho! a coisa fica num desses bairros.
Maracanã: É uma extensão da Mangueira, com favelas verticais chamadas de prédios. Não há nada o que se fazer lá, a opção é se tornar um dos 30 moradores que correm em volta do estádio todo dia. Basta chover e pode-se esquiar ou andar de jetsky pelas ruas alagadas do bairro.
Méier: A capital do subúrbio carioca. Habitado por gente cafona, mas metida a descolada e moderninha. É dividido ao meio pela linha do trem, criando a noção de possuir uma metade feia e outra mais ainda.
Ilha do Governador: A Ilha é uma espécie Niterói que fede. Se não fosse pelo aeroporto do Galeão ninguém, são, iria até lá. Como está fora do continente os moradores acham que estão em uma comunidade de elite, mas na verdade é uma Vila da Penha cercada de cocô por todos os lados.
Lins de Vasconcelos: Local Incerto e Não Sabido L.I.N.S.
Olaria: Um pobre bairro que fica entre Penha e Ramos que não tem nada de especial, a não ser pelo seu famoso clube onde acontecem grandes bailes, como o Baile do Havaí e as domingueiras que aglomeram massas de toda parte da Leopoldina e seus cabelos empastados de creme. Tem também uma "praça de alimentações", a famosa 5 Bocas.
Irajá: Só Greta Garbo pra ir até lá ou Gilberto Gil pra inserir esse bairro horrível em uma de suas músicas. A principal atividade econômica do bairro é o cemitério.
Del Castilho: Se resume a algumas coisas: o shopping Nova América, favelas e o cofre forte da Igreja Universal do Reino de Deus.
Pavuna, Anchieta, Ricardo de Albuquerque e adjacências: Fazem fronteira com nobres municípios da Baixada Fluminense como Duque de Caxias, São João de Meriti e Nilópolis. A principal atividade econômica dos bairros é a indústria funerária, a exploração de serviços como a gatonet e a gato-velox e o jogo do bicho. P.S.: As adjacências são lugares como Guadalupe, Jardim América, Costa Barros, Barros Filho, Acari, Coelho Neto e Parque Colúmbia, que deveriam ser cercados por grades.
Pilares e Tomás Coelho: Conhecida por ser sede da rebaixada Caprichosos de Pilares, que se localiza embaixo de um viaduto mais usado como banheiro masculino. Resume-se apenas em um viaduto, camelódromo e favelas. Os moradores também tentam incluir o Norte Shopping no bairro, mas na verdade fica no bairro vizinho, Cachambi.
Todos os Santos: Duvido que você saiba onde fica!! Os moradores desse bairro têm grande dificuldade de pegar táxis, já que nenhum taxista conhece o bairro de nome.
São Cristóvão: Lugar feio, sujo e caindo aos pedaços. Hoje se resume à estação de trem-metrô e à Quinta da Boa Vista.
Santa Cruz, Campo Grande, Realengo e Bangu: Juntamente com Cuiabá, são fornos disfarçados. Aparelhos de ar condicionado não funcionam porque derretem.
Tijuca: Fica num vale abafado cercado de favelas habitadas por gente miserável. Composta ex-revolucionários, comunistas e anarquistas. Os tijucanos podem ser facilmente reconhecidos. São caboclos pensando ser ingleses. Sua mais nova invenção está em chamar a praça Varnhagem (também chamada de "Buxixo", pelo tijucano) de Baixo Tijuca, imitação deprimente do Baixo Gávea. Largue sua sogra por 10 minutos na Tijuca que uma bala perdida resolve seu pobrema.
Vila da Penha: Como a Vila Valqueire é um bairro de pobre metido a rico. É cheio de casas antigas e feias. A maior diversão dos moradores é fazer caminhada no valão, Ops! a rua Oliveira Belo. Ainda existem moradores que acham que a Vila da Penha não possui favelas por perto.
Vila Isabel: É uma reta que só tem boteco, casa de vila, outro boteco, casa de vila, outro boteco... ah, e uma porrada de pedras portuguesas soltas pelas calçadas.
Vila Valqueire: Um bairro nos confins (realmente lá no inferno) do subúrbio habitado por uma gente muito feliz só por não estar na merda total que estão seus vizinhos Campinho, Oswaldo Cruz, Bento Ribeiro e Marechal Hermes. Se for telefonar para alguém que mora lá faz um 21... O bairro mais próximo fica várias léguas de distância.
Vicente de Carvalho: Dividido pelo metrô, tem o lado da favela (favela sem shopping) e o lado do shoping (favela com shoping). tem como cidadão ilustre o falecido Escadinha, traficante famoso. Assim como o binômio Tijuca-Rio Comprido, os seres viventes nessa área juram que moram na Vila da Penha, bairro "nobre"(??) das adjacências.
ZONA SUL: Largo do Machado: Esse "bairro" não existe. Devia se chamar estreito do Machado. Há lá apenas uma estação de Metrô com esse nome, mas do tipo que nem tem escada rolante. Se você está num carro e fala: olha estamos entrando no Larg... já está no Catete.
Leme: Um bairro vizinho de Copacabana, cercado de pensionistas que residem lá há mais de 100 anos, muitos bêbados e pivetes da favela local que infestam a maravilhosa praia de Copacabana.
São Conrado: Abriga uma das maiores favelas do mundo, a Rocinha, embora os cegos moradores do bairro falem que a Rocinha é um bairro à parte de São Conrado ou ainda tentem empurrá-la para a Gávea ou mesmo pro Leblon. Todas as janelas de casas e edifícios têm vista eterna pra Rocinha. Bem, os apartamentos de frente pro mar não dão vista pra Rocinha. Só pros seus moradores que pela manhã tomam sol, tarde assaltam turistas e à noite se acasalam nas mornas areias do Pepino.
Copacabana: Bairro decadente habitado por funcionários públicos que andam em bandos. A área é dominada jogadores de dama e xadrez de rua. O maior hobby é fazer compras na Av. Nossa Senhora de Copacana, o Champs-Élysées deles. Consta do Guiness Book de records, junto com o Catete, como a maior concentração de quitinetes no ocidente.
Gávea: Passagem de luxo pra Rocinha.
Botafogo: Se botá fogo num prédio, lambe tudo. Prédios velhos, apertados, escuros e sufocantes. Paraíso da fumaça negra.
Flamengo, Glória e Catete: Além dos mendigos e de gente afastada pelo instituto (que respondem por 98% da população desses bairros), os outros 2% são de velhos falidos, principalmente portugueses que empobreceram junto com o bairro e ex-suburbanos que vão morar lá em vilas antigas, cortiços e quitinetes só para dizerem que moram na zona sul e não precisarem aguentar horas de trem ou ônibus até o trabalho.
Ipanema: Abriga as mulheres mais gostosas da cidade. Só que elas não moram no bairro, mas vêm da Tijuca, Méier, Campo Grande, atrás de um mauricinho com um carro bacana. O resto é só viado e praia (fechada para moradores aos domingos). Também freqüentado por lutadores de jiu-jítsu e seus pit-bulls. Parece um grande estacionamento porque o trânsito fica parado das 8 às 23h. Os moradores são todos neuróticos por causa dos buzinaços intermináveis. Já está sendo apelidado de Nova Botafogo.
Laranjeiras: É tão ruinzinho que tem um palácio que nem o governador quer morar. Faz fronteira com lugares bonitos (Catumbi, Santa Teresa...) O filme melhor impossível com Jack Nicholson foi inspirado nos moradores de Laranjeiras que andam nas ruas se desviando de cocô de cachorro.
Leblon: É um bairro com gente rica. Grande concentração de corruptos, colarinhos brancos e, evidentemente, políticos. Também tem cocô de cachorro.
Lagoa: Lindo. Espaçoso. Visual espetacular. Mas por causa das duas bocas do Rebouças fica inacessível das 8 às 23 h. Conhecido como a Abaeté carioca. A lagoa tem a água escura e podre. Se você molhar as mãos na água pode escolher: tifo ou hepatite. Os moradores possuem máscaras antigás para usar durante o período de mortandade de peixes. Com assaltos freqüentes, é um veradeiro buraco negro de bicicletas.
Urca: Único bairro aposentado do mundo.
ZONA OESTE: Vargem Grande e Vargem Pequena: São como o Acre é para o Brasil: Ninguém lembra que existe e só tem mato. Rumores sobre a existência de um parque aquático falido ou sobre uma mansão habitada por Xuxa não foram confirmados, já que ninguém conseguiu achar esses bairros para conferir de perto.
Barra da Tijuca: (do espanhol Baja - Baixada) Uma espécie de Brasília com praia. Habitado por emergentes e pseudo-socialites que não têm grana pra morar no Leblon ou em Ipanema, a Barra da Tijuca é um bairro que adotou o Paulista way of life, onde as pessoas ficam em shoppings a maior parte da sua vida. Pela sua distância do resto do Rio de Janeiro, é considerado por muitos como sendo uma outra cidade. O governo de São Paulo inclusive já entrou com um processo para anexar esta "cidade" ao seu território por ela ser mais próxima de São Paulo do que do Rio de Janeiro. Alguns habitantes da Barra, aliás, acreditam que moram em Miami.
Recreio: Uma roça de luxo, que tenta se equiparar à Barra. Habitada por emergentes que não conseguiram ir pra Barra e vão pra lá pra dizerem que moram na Barra. É como um "estepe", um "consolo" para os emergentes que não tiveram grana pra morar na Baja. A padaria mais próxima está 1 ano-luz de distância.
Cidade de Deus: É disputado por dois bairros: Jacarepaguá e Barra da Tijuca. Quem mora em um diz que a favela faz parte do outro bairro e vice-versa. Graças ao filme de mesmo nome (e que não ganhou nenhum Oscar também) a Cidade de Deus agora é conhecida no mundo todo, principalmente por causa dos traficantes, dos tiroteios frequentes e das drogas, como maconha, cocaína e Tati Quebra-barraco.
Autor desconhecido
O cara que escreveu isso é um gênio.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Fraudes, erros, enganos, decepções, etc...
Que tudo aquilo que diziam admirar na gente não passa de uma camuflagem involuntária, de gestos, opiniões, o que mais seja mas todos cuidadosamente arrumados pelo destino e encanto alheio para vestir-nos com a aparência de príncipes?
O que fazer quando descobrimos que somos um erro?
Um erro da natureza, um aborto; que nossos hábitos, gostos, manias e limitações - principalmente as limitações - são socialmente inaceitáveis?
Mudar, tentar mudar, é o que todos dizem. Mas há um limite para isso, pois só descobrimos que somos um erro quando constatamos que somos 100% errados, nada escapa. E aí? Devolver para a fábrica? Reinventar-se?
Reinventar...palavra fácil de dizer, mas impossível de fazer quando o ato envolve praticamente nascer de novo.
O que fazer com nossos eternos enganos?
Consertá-los, pedir perdão, é o normal. Mas se os enganos são nosso pão de cada dia, alimentados vigorosamente pelo fato de sermos uma fraude, um erro da natureza? Rezar por uma paciência infinita alheia, que nos perdôe? Ou tentar a impossível reinvenção, com o fim de parar de errar?
O que fazer com a decepção inexorável dos outros, sobre nossa pessoa?
Nada. Talvez este seja o ponto final do raciocínio - que muitos poderão chamar de conformista, derrotista, comodista e outros "istas". Como fazer com que um megalomaníaco torne-se modesto franciscano? Como fazer com que um vaidoso torne-se insensível aos espelhos? Como mudar a essência, a natureza de um ser, por pior que ela seja?
A ciencia ainda não tem a resposta.
Talvez devamos buscá-la no que de aproveitável este ser abortivo ainda tenha - quem sabe um bom senso de isolar-se, por mais que condenem essa atitude (incompreensível de início mas com benefícios sempre sentidos ao longo do tempo).
Quem sabe a auto crítica de saber-se um erro da natureza e, se não há como parar de errar, que ao menos tenha a grandeza de errar sozinho.
Quem sabe a honestidade de, amando, permitir que a amada seja finalmente feliz, longe de todo o mal que ele a causa.
Quem sabe fechando os ouvidos para todos os argumentos compreensivelmente contrários, que virão.
Quem sabe, finalmente, a coragem?
L'audace, l'audace...toujour l'audace...
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Delírios morféticos de um pescoço empenado
O caso é que, em um ato bucolicamente doméstico, fui dar uma agachadinha (hummmm...boiola) para pegar meu chinelo e arrumei uma ingrizia no pescôço, resultando em uma fantástica dor de cabeça de uma semana, incurável, misturada com um portentoso torcicolo e mais um monte de merda originadas pela velhice, sedentarismo e falta de hábito - graças à Deus - em dar agachadinhas.
Estando agora eroticamente rígido, tal qual um falo em prontidão procriatória, a única solução encontrada pela moderna medicina para aliviar a dor e meus queixumes foi a administração de morfina, a qual tem produzido altas ondas - tão boas que já escreví 14 músicas de sucesso internacional, gravei 3 álbuns históricos que me colocarão ao lado de Jimmi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e aquela cachaceira da Amy Whiskyhouse, além de ter realizado expedições astrais por toda a galáxia - uma delas, inclusive, ao banheiro nefasto de uma rodoviária, tendo eu chegado em péssima hora, pela tardinha.
Ia eu dizer mais alguma coisa, mas não lembro mais o que é. Deve ser o efeito da tal codeína - nome chique da morfina - que me permite, ao menos, virar o pescoço e passar os dias sem ganir de uma dor tão filha da puta que não desejo nem à Dilma. Mentira. À Dilma eu desejo, sim.
Não sei que fim vai levar este tratamento, se à rehab ou à cura. Estou já há uma semana nessa balada e nem sinal de melhoras. Fui ontem tirar radiografias mas os facultativos me disseram que eu "estou muito bem!", que foi só uma distensão. Vamos ver no que vai dar. O que sei é que andar de moto assim é uma loucura! Nem escuto os xingamentos e a sensação é de estar em um tapete voador de Ali Maluf e os 40 Ladrões.
Assim, sem mais para o momento,escrevo esta portentosa catilinária sobre a ameaça das drogas em minha vida burguesa, a "onda do mal" que pode prejudicar minha juventude e adolescência dos meus poucos 47 anos tolhendo, de vez, todo o radioso futuro que terei ao alcançar, finalmente, a idade adulta.
Encerro perguntando se alguém teria o enderêço de um japonês pra me estalar e ver se conserta essa merda, antes que eu me transforme num Keith Richard.
Amigos leitores, aceitem um grande abraço de seu amigo venusiano, e de todos os Incas Venusianos e do Nacional Kid.
Muito doido.
sábado, 23 de julho de 2011
Flertando com o Diabo
A maldição dos 27 continua viva: Janis Joplin, Jimmy Hendrix, Jim Morrison e agora, Amy.
É isso aí garotada. o diabo não flerta - ele quer um relacionamento profundo. Quer seu corpo, sua alma, seu sangue, sua vida. Quem acha que vai fumar unzinho, bater uma carreirinha e sair na boa, se prepare porque perdeu, maluco.
Perdí a conta do número de amigos que se foram por overdose. Só agora, de relance, posso listar uma meia dúzia sem muito esforço. Garotada que pegava onda comigo no Arpoador, que comia sanduíche natural no Pepê, mas que caia de cabeça na marofa achando o mesmo que todo otário acha: "Quando eu quiser, saio dessa". Sai não, brôu. Só se for num saco preto.
Se a onda da droga fosse ruim, ninguém entrava, essa é que é a verdade. Dá barato, é a maior loucura. O único problema é o preço: sua vida. Tá disposto a pagar? Então vai em frente maluco, mas se lembra que além da sua vida, a grana que você deixa na mão do vagabundo paga a bala que vai matar sua mãe, otário.
Não cheguei aos 47 anos impune. Fiz muita porcaria por aí, me arrependo mas não vou bancar a Madalena Arrependida aqui. Meu caso é raro, pois tive sorte - muuita sorte. E a sorte é aleatória, injusta, não vê cara nem coração.
Que a partida estúpida da Amy sirva de lição aos milhares de deslumbrados que acham um fuminho a maior onda, a maior transgressão, coisa de descolados. Saiam enquanto é tempo, porque o Diabo canta suavemente, sua música é doce, mas o preço é sua vida.
Um epitáfio comum à todos os que acharam a viagem melhor que a vida: "Perdeu, otário".
Descanse em paz, Amy. Vou continuar meu porre em sua homenagem.
terça-feira, 10 de maio de 2011
Respeito
Acabei com meu jornal, esquecí do "Crônicas e Agudas" e nem rádio ou TV presto mais atenção.
Isolei-me do mundo e tanto se me dá os assassinatos inexplicáveis e impunes, as falcatruas judiciárias, os trambiques, conchavos e, principalmente, a decepcionante pequenez de pessoas que brigam entre sí, esquecendo um adversário comum. A vaidade, soberba, ira e bajulação desmedida entranhou no DNA dessa gente e por isso lembrei-me de esquecê-las.
Mas a verdade é que minha decisão refletiu apenas um egoísmo idiota, de quem usa o cansaço da vida e processos judiciais absurdos como desculpa.
É certo que não mais quero saber de política ou de toda a imundície que a cerca, mas deixei profundo débito perante a pessoa que mais amo na vida e que me conheceu jornalista.
Sei que ela aprendeu a amar e admirar não apenas o homem, mas aquele que escrevia, que dava a cara pra bater, que se desnudava em público e rasgava seus tormentos para quem quisesse ler. E até hoje, do momento em que cessei minhas atividades até estas mal-tecladas, ela conheceu apenas um destroço, a sombra de um homem que um dia fez seus olhos brilharem e que embaçou-se em sua covardia.
Tenho sido um zumbí, vagando sem função pela vida e empurrando o corpo de um (outrora) homem que não tem significado para ela, já que havia me tornado um amontoado de carne não-pensante.
Mesmo o meu filho, do qual não sei por onde anda, como está e o que faz, dedicou-se à escrever pelo meu feio cacoete literário e se nenhuns motivos de orgulho ele tem de mim, ao menos encontrou ocupação mais nobre que dopar-se em frente à TV e video-games, e creio que isto serve de um pouco de sombra do sol inclemente do desprêzo que ele me devota.
E é em respeito à estas pessoas que tento voltar a escrever. Para que eu ao menos pareça com a pessoa que um dia fui.
Talvez, bem lá no fundo de mim, em algum oásis dentro do meu deserto, ainda exista uma água salvadora que me dê inspiração.
Não mais política. Não mais ódios, denúncias ou ira.
Apenas histórias, tal qual minhas redações da sexta série.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
3 ANOS DE "CRÔNICAS & AGUDAS"
E é em respeito à você, que me atura há tanto tempo, que resolví sair do silêncio auto-imposto em protesto pela censura absurda de um prefeito em férias.
Saio do silêncio para não deixar passar em branco nossos 3 anos juntos. E peço perdão se a festa soa um tanto quanto soturna, mas convenhamos que comemorar sob ditadura, censurado, processado e ainda na expectativa de uma repressão e mordaça piores ainda em nosso direito de opinião, é dose.
Como presente (desculpem a soberba!) de aniversário, deixo aqui uma promessa: que nosso simpático bloguinho - um dos pioneiros da Região dos Lagos, acredite! - será novamente merecedor de atualizações constantes.
E como desejo de aniversário, formulado no assoprar das 3 velinhas, peço que dona Dilma crie juízo e pare de tentar calar a boca de todos que a incomodam, pois isso é uma peste que já contagiou estados e municípios.
Feliz aniversário, gente!
E muitos anos de vida!
Walter Biancardine
segunda-feira, 26 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
A culpa é do Mick Jaegger, aquele macumbeiro desgraçado!
Não há como negar que existe um complô mundial para nos deixar complexados com o tamanho de nosso Canarinho: tudo é feito para nos desestabilizar, para nos prejudicar mesmo; inclusive colocando lá na arquibancada aquele pé-frio do cacête, o macumbeiro-mor Mick Jaegger - o qual, desde que declarou sua Simpathy for the Devil, não esconde mais de ninguém que é chegado a bater um tambor e fumar um charuto. Ok, fumar o charuto ele já fumava, mas o recheio era outro. Agora é de erva-de-entrevar-caminho.
O sr. Jaegger, com aquela boca que poderia chupar um ôvo para fora de uma galinha, esteve presente em todos os jogos - sempre torcendo pela seleção perdedora - e agora, com a desculpa de levar o filho brasileiro, o pequeno Ganhapão Gimenes da Silva Jaegger para ver o jogo, lascou mais uma curimba fatal em nossos jogadores.
Caros leitores: para provar que não faço acusações infundadas, segue abaixo um vídeo feito com câmera oculta, o qual mostra uma sessão de descarrêgo realizada no abaitolá do Pai Keith Richards de Ogum, onde o trevoso Jaegger bate um poderoso tambor contra os meninos do Dunga.
Vejam só:
sábado, 26 de junho de 2010
CRÔNICAS & AGUDAS E OPINIÃO: UM SUCESSO MUNDIAL!
Pois é, caros leitores: o meu, o seu, o nosso OPINIÃO é um sucesso mundial!
OPINIÃO E CRÔNICAS & AGUDAS - PARA QUEM PENSA POR SUA PRÓPRIA CABEÇA!
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Carta à um Irmão Motociclista
Aos que nos invejam, digo que temos a Liberdade Absoluta, tão assustadora que é quase um vácuo - não caiamos no erro de crê-la solidão, pois assim a chamou a voz do que clama ao deserto de homens e idéias.
Há que se ter juízo para tê-lo na hora e medida certa.
Há que se ter juízo e culhões para dispensá-lo, na hora, medida e necessidade - nessecissanidade mental - certas.
Em nossos encontros nas estradas, contemos as novas;
mas contemo-nas à dedo pois as esperamos bem fornidas de glúteos e reentrâncias para que nos invejemos de esbórnias alheias!
Bebei cerveja, Jack Daniel´s, acendei os charutos, alegrai-vos!
Além das novas, contemos também as novidades eis que nada sabemos de nossos paradeiros, sonhos, esperanças, viagens, rumos, estradas, aventuras ou ocupações atuais – tantos são os caminhos que tomamos, os quilômetros que rodamos, as ausências sentidas... e tudo isso é deveras necessário saber, para que conjuminemos nosso próximo encontro, em algum posto de gasolina, à beira do asfalto.
Fazei uma tatuagem - dragões, caveiras e tribais inspiram e apontam o norte bússola à ser seguido.
Se não ainda a tens, comprai uma parruda moto estradeira - ou um sinistro triciclo, se o labirinto já foi condenado pelo otorrino - e pegai o asfalto, eis que não importa o destino e sim as estradas.
Usai o preto, necessário para que haja a claridade das certezas;
Deixai seus cabelos longos ao vento e, mesmo que já não mais os tenha,
mesmo que a barriga repouse sobre vosso tanque de gasolina,
sinta o vento e a poeira das estradas em seu rosto, na barba mal-feita.
E creiam todos: há vida após a morte.
Há vida após os 40.
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Cachimbo da charge
Deve ser por isso, por essa coisa ZEN, astral purificado, muita meditação transcedental, incenso e outros quetais, que meu amigo Zel, muito ZEN, produziu o texto que - peço aqui a devida autorização, e se for negada prontamente retirarei a postagem, pois o cara é gente boa e merece todo meu respeito - juro por Deus, não consegui entender nada.
Peço apenas ao meu caro amigo que me mande a receita do que ele tomou antes de escrever, que eu quero também!
Abração, Zel!
quarta-feira, 12 de maio de 2010
O Diabo somos nós - e o inferno são os outros
Enjoy it..
Por gentileza deixem me apresentar
Sou um homem de fortuna e requinte
Estou por aí já faz alguns anos
Roubando almas e a fé de muitos homens
Estava por perto quando Jesus Cristo
Teve seu momento de duvida e dor
Fiz muita questão que Pilatos
Lavasse suas mãos e selasse seu destino
Prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo
Esperei em São Petersburgo
Quando percebi que era hora para mudanças
Matei o Czar e seus ministros
Anastácia gritou em vão
Pilotei um tanque
Usei a patente de general
Quando a Blitzkrieg urgiu
E os corpos apodreciam
Prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo
Assisti com orgulho
Enquanto seus reis e rainhas
Lutaram por dez décadas
Pelos deuses que eles criaram
Gritei bem alto
"Quem matou os Kennedys?"
Quando, afinal de contas,
Foram apenas você e eu
Permita-me por gentileza me apresentar
Sou um homem de fortuna e requinte
Deixei armadilhas para menestréis
Que morreram antes de chegarem a Bombaim
Prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo
Assim como todo polícia é criminoso
E todos os pecadores, Santos
Como cara é coroa
Basta me chamar de Lúcifer
Pois estou precisando de alguma restrição
Então se me conhecer
Tenha alguma delicadeza
Tenha simpatia, e algum requinte
Use toda sua polidez bem aprendida
Ou deitarei sua alma para apodrecer
Prazer em lhe conhecer
Espero que adivinhem o meu nome, oh yeah
Mas o que lhes intriga
É a natureza do meu jogo
Diga-me baby, qual é o meu nome
Diga-me doçura, qual é o meu nome
Diga-me baby, qual é o meu nome
Lhe digo uma vez, é sua culpa
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Ainda a Ameba
Lendo agora o blog do Cartão Vermelho, deparei-me com um peculiar pedido do Sr. Dodói, solicitando que Alex retirasse a palavra “furto” da manchete estampada, pois a mesma estaria causando constrangimento aos seus familiares.
Ora, quem seria eu para não sensibilizar-me diante de tal argumento?
Uma coisa é chamarmos este senhor de ameba, dodói, plagiador, sem imaginação, sem talento, mascarado ou o que mais cada um de vocês pode acrescentar. Outra é envolvermos nisso mulher, filhos, mãe, pai ou mesmo avós e amigos.
Mantivesse eu, irretratável, a palavra objeto de sua queixa, estaria incorrendo na mesma ausência de caráter da qual acusei o já referido senhor.
Avisei, entretanto, minhas esperanças de que cada epíteto com o qual o brindo não sirva, doravante, de motivos de mais “constrangimentos”, ou mataremos pela raiz nosso sagrado direito de nos esbofetearmos até que vença o mais certo.
Segue abaixo o comentário, postado hoje (16/04) no blog Cartão Vermelho:
"Caro Alex:
Muito agradeço a publicação do meu texto, o qual espero tenha servido para deixar, aos leitores, bem claro QUAL é o VERDADEIRO OPINIÃO.
Lendo agora seu Cartão Vermelho, encontrei divulgada a solicitação do referido senhor blogueiro, no qual ele pede a retirada da manchete do texto, por estar causando constrangimentos em sua família. Entendo que o mesmo deveria ter pensado nestes constrangimentos ANTES de utilizar-se de um nome de maneira temerária, para que não se criasse esta polêmica. Do mesmo modo entendo que quem cometeu o ato indevido foi ELE, e não sua família e, portanto, faço aqui minha mea culpa pela utilização da palavra "furto" mas, sem o menor peso na consciência, substituo-a pela palavra "Plágio", a qual espero que fique bem entendida a intenção de que mais ninguém de sua família ou de suas relações se sinta constrangido pois, a seguir esta sucessão de "constrangimentos", o debate estará morto bem como o sacrossanto direito de mandar aqueles que nos incomodam, pastarem. Quero deixar claro, entretanto, que esta minha atitude se deve ao respeito que tenho à quem está de fora deste cozido imundo e à remota hipótese de que tenha sido, realmente, uma escolha descuidada e infeliz.
No mais, minhas considerações sobre o baixo quilate artístico e jornalistico do já referido blogueiro, bem como as dele sobre mim, tenho certeza, permanecerão as mesmas, ou seja, rasteiras, ao rés do chão.
Encerro esta esperando, reitero o já escrito, que este senhor caia em sí e reconheça o uso indevido do nome, pois ANTIGUIDADE É POSTO."
Recaída da Amebíase
Não me chamem de louco, mas vale a pena ler o “Ameba Digital”, do dodói.
Nele, existe uma redação – muito boa para um garoto da antiga 6ª série – na qual o autor se explica sobre o nome de seu blog, usurpado do meu. É de uma candura que faz gosto ver!
Tal qual um querubim, afirma que só o fez por não encontrar, na internet, nada além de um bar com o mesmo nome. Que inocente! Porém, mais abaixo, é que ele resolve deixar a infância de lado e começa a falar grosso: segundo o indigitado, serei processado por ter um jornal com o mesmo nome, o qual existe desde antes do bloguinho em questão. Se copiar um nome não é apropriar-se sem autorização e, se apropriar-se deste modo não é furto, então não sei mais o que o seria.
Depois, esbanjando virilidade, afirma que o seu veículo continuará com o mesmo nome, queiram eu, meus leitores ou as normas de caráter ou não. Até aí, embora não seja um direito dele, pouco se me dá eis que o verdadeiro OPINIÃO – TODO MUNDO TEM todos já conhecem. Devo acrescentar que neste mesmo blog, Crônicas & Agudas, existe um post de 30 de novembro de 2009, em que sou entrevistado pelo Lulacal em seu programa, no canal 8, para falar do jornal – já lançado.
Após uma série de caretas, sapateios com os pepezinhos, birrinhas do tipo “Tô nem aí” e outros quetais bastante populares nos jardins de infância, o mesmo se recompõe e me dá a grande satisfação de jurar que, na FACULDADE (a qual, já disse, não ensina talento nem caráter) só tirava 10 em redação! Meu Deus! Que menininho bom! Que estudioso! Fiquei muito satisfeito, viu?
Mas, meu caro mocinho: a nota 10 não tem méritos por sí só. Ou todos os seus colegas eram brilhantes ou você foi apenas o menos pior, já que alguém teria de tirar um grau maior. Raciocina, filho, raciocina.
Já na vida real, na imprensa real, onde somos julgados pelo quilate de nossa obra, o homem que se define como “The Voice Of Brazil” e estampa como sua a cara do William Bonner (Freud e a sua teoria da inveja do pênis devem explicar isso) apenas copia estilos alheios e propostas de jornais e blogs que não são seus. Suponho que exista alguma patologia da medicina psiquiátrica com os mesmos e exatos sintomas.
Vale ensinar também ao abstêmio que a bebida à qual se refere em sua miséria se chama Bacardí, é um rum barato, porém bastante eficaz em casos de dor de corno ou inveja do talento alheio.
Quanto à sugestão de aproximar-me com Deus, peço delicadamente que vá dizê-la, pessoalmente, ao próprio Belzebú, já que imagino a religião como algo infinitamente pessoal, íntimo. Não é decente usá-la como um cartão de visitas ou atestado de boa conduta.
Evite, meu filho, de cair na tentação de achar que Deus é surdo. Evite que sua mão esquerda saiba o que a direita faz. E, principalmente, evite colocar Deus como parte do secretariado de seu atual benfeitor ou como o articulador silencioso que garante sua permanência no poder.
Finalizando, afirmo que perdendo ou ganhando politicamente, eu sou o mesmo arrogante, beberrão, antipático e debochado de sempre. Não mudei, nem mudarei, já que os espinhos são minha marca registrada.
Já você, meu filho, livre-se desta pseudo superioridade sem fundamentos e lembre-se de suas origens, pois ser insuportável – como eu – é privilégio de quem tem berço sólido o bastante que o justifique.
Em tempo: caro dodói, aceito de bom grado a logomarca feita (acho) por você. Casa muito bem com o estilo debochado do VERDADEIRO OPINIÃO e pretendo usá-la na campeoníssima seção “Da Redação”. Para tanto, espero que me autorize seu uso. É assim que se faz, viu?
Beijinhos.
Ameba Digital
Há que se resistir à tentação de classificar determinadas atitudes tomadas por terceiros no rol das sandices, maluquices ou o que mais conste nos glossários da psiquiatria. Ações tidas como incoerentes podem esconder pura e simplesmente o enorme e obsceno rombo moral provocado pela ausência de caráter, para não falarmos na vergonha na cara – esta última provavelmente extinta ainda em traumática adolescência.
Imaginemos que o autor destas linhas, apreciador que é do bom e velho rock and roll, resolvesse abrir um bar dedicado ao gênero e xerocasse, sem a menor cerimônia, a razão social criada pelo meu amigo Luis Antônio: The House of Rock and Roll. Isso me seria imputado como demência ou safadeza? Ou, para entrarmos no ramo dos blogs, resolvesse eu fazer um segundo “Blog do Cartão Vermelho” ou “Freelancer Digital”? Qual seria o grau da ausência completa de criatividade (isso para não entrarmos mais à fundo na seara dos qualificativos desairosos) perpetrada por esta verdadeira “Ameba Digital”?
Que fique bem claro uma coisa: nesta segunda feira, 19 de abril de 2010, o VERDADEIRO blog OPINIÃO, sucessor do jornal de mesmo nome por mim lançado em novembro do ano passado, estará novamente no ar, reformado e arejado. Este blog já deveria estar completamente definido e funcional na internet – a bem da verdade – desde o lançamento da folha mas, por razões outras ficou no atoleiro dos problemas técnicos até agora. Mas, nunca é demais lembrar, o BLOG do OPINIÃO existe desde o ano passado e o homônimo é apenas um whisky paraguaio, falsificado sem o menor escrúpulo e – pior – talento.
Que o autor do plágio aceite as sugestões oferecidas por mim. Meu filho, crie um estilo próprio, pois até suas crônicas – pretensamente introspectivas e analíticas – fedem como cópia vagabunda do meu universo literário, o qual custou-me o batismo – por amigos – de “o Atormentado”. Você não tem sequer vivência para pretender o sarcasmo rude, o humor cruel que, tal qual um Saliéri na vida de Mozart, mal consegue intuir nos meus textos e menos ainda reproduzir.
Estude, leia e, principalmente, viva mais. Só isso dá o verdadeiro embasamento para o pretenso escritor. Dinheiro para estudar sei que possui, haja visto que, no dia seguinte após sair da Rede Lagos e se bandear para “O Lado Negro da Força”, o senhor estava na agência de automóveis do meu primo, todo pimpão, comprando um carro novo. Impetuosidade juvenil para tanto, também. Afinal, bem me lembro que, na antevéspera de sua saída da Lagos, o senhor possuiu-se de fúria extremada contra o blogueiro Totonho por o mesmo haver escrito algumas misérias contra seu então ídolo – e como me lembro do senhor escrevendo ao blog, defendendo apaixonadamente o objeto de sua fidelidade efêmera!
Não fique triste, meu rapaz. Não será por falta de nome que o senhor deixará de garatujar suas redações, que sempre poderão ser postadas – e quiçá mesmo lidas! - no seu novo e reluzente “AMEBA DIGITAL”.