quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Delírios morféticos de um pescoço empenado

Quando o urubú tá de azar o debaixo, realmente, consegue cagar no de cima.
O caso é que, em um ato bucolicamente doméstico, fui dar uma agachadinha (hummmm...boiola) para pegar meu chinelo e arrumei uma ingrizia no pescôço, resultando em uma fantástica dor de cabeça de uma semana, incurável, misturada com um portentoso torcicolo e mais um monte de merda originadas pela velhice, sedentarismo e falta de hábito - graças à Deus - em dar agachadinhas.
Estando agora eroticamente rígido, tal qual um falo em prontidão procriatória, a única solução encontrada pela moderna medicina para aliviar a dor e meus queixumes foi a administração de morfina, a qual tem produzido altas ondas - tão boas que já escreví 14 músicas de sucesso internacional, gravei 3 álbuns históricos que me colocarão ao lado de Jimmi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e aquela cachaceira da Amy Whiskyhouse, além de ter realizado expedições astrais por toda a galáxia - uma delas, inclusive, ao banheiro nefasto de uma rodoviária, tendo eu chegado em péssima hora, pela tardinha.
Ia eu dizer mais alguma coisa, mas não lembro mais o que é. Deve ser o efeito da tal codeína - nome chique da morfina - que me permite, ao menos, virar o pescoço e passar os dias sem ganir de uma dor tão filha da puta que não desejo nem à Dilma. Mentira. À Dilma eu desejo, sim.
Não sei que fim vai levar este tratamento, se à rehab ou à cura. Estou já há uma semana nessa balada e nem sinal de melhoras. Fui ontem tirar radiografias mas os facultativos me disseram que eu "estou muito bem!", que foi só uma distensão. Vamos ver no que vai dar. O que sei é que andar de moto assim é uma loucura! Nem escuto os xingamentos e a sensação é de estar em um tapete voador de Ali Maluf e os 40 Ladrões.
Assim, sem mais para o momento,escrevo esta portentosa catilinária sobre a ameaça das drogas em minha vida burguesa, a "onda do mal" que pode prejudicar minha juventude e adolescência dos meus poucos 47 anos tolhendo, de vez, todo o radioso futuro que terei ao alcançar, finalmente, a idade adulta.

Encerro perguntando se alguém teria o enderêço de um japonês pra me estalar e ver se conserta essa merda, antes que eu me transforme num Keith Richard.



Amigos leitores, aceitem um grande abraço de seu amigo venusiano, e de todos os Incas Venusianos e do Nacional Kid.

Muito doido.

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