quinta-feira, 15 de abril de 2010

Dodói tem cura?


Havia prometido escrever sobre o golpe de estado botocudo levado à efeito pelo nosso alcaide, mas diante de tamanha surpresa, desvio-me do assunto e aponto para outro.
Este assunto é o dodói.
Todo mundo sabe o que é o dodói: é o doentinho. É perfeitamente crível, examinada a sintomatologia exposta pelo paciente, que o dodói – uma vez devastado o corpo e transformado o mesmo em uma massa desengonçada e afeminada – invadiu não apenas suas primariedades mentais (sim, porque “faculdades” seria demais para tão pífio e solitário neurônio) como também os escombros de seu caráter.
Fazendo jus aos seus hábitos de camaleão, após juras de amor à fulano, prostituiu-se embolsando michê municipal e declarou ódio ao antigo ídolo. Agora, sentindo que seu “senhor que ajuda” pode cair de quatro à qualquer momento, esquece a notória arrogância e volta suas vistas ao antigo amo, crendo piamente que ninguém vai perceber e que, graças à isso, sua boquinha será perpetuada.
Não bastasse passar atestado de óbito de seu caráter, coroou o mesmo apropriando-se de nome de antigo jornal, contemporâneo do “Pasquim”, e que foi lançado aqui em Cabo Frio com todos os devidos avisos sobre a pertinência do batismo da folha.
Não bastasse o furto – sim, porque não encontro outro nome no vasto elenco de picaretagens do Código Penal para descrever a apropriação feita pelo doentinho – o mesmo é duplamente qualificado, pois o velho jornal que foi posto na geladeira por motivos pessoais mantém o herdeiro digital, que é um blog do mesmo nome.E, arrematando a demência, não apenas chupa o nome como também as propostas! É uma cleptomania sem fim!
Em texto escrito recentemente, acusei como um dos motivos para recolher o jornal uma profunda desilusão, não com o jornalismo, mas com os jornalistas – se assim podem ser chamados. E ví que estava certo.
Em outro texto, mais antigo e no qual eu defendia o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo, escreví “É preciso deixar bem claro que a decisão do Supremo não é contra as faculdades e sim contra a exigência do diploma. Bons alunos em boas faculdades continuarão fazendo o diferencial das empresas que os contratarem, da mesma maneira que aqueles agraciados apenas com talento e não com o grau, também continuarão a pesar no prato da balança.(...) Mas o pior de todos os argumentos é crer ingenuamente que o bacharelado dará a ética, correção, honestidade e caráter, que é obrigação dos pais ministrar.
Mas nem todos os jornalistas - formados, veteranos ou mesmo estagiários - tem a sorte de terem mãe.”.
E ví que estava certíssimo.

PS: O verdadeiro blog, o original, continuará saindo. Até que o dodói passe e faça com que o coitadinho caia em si diante do ridículo a que se expôe.
Lugar de dodói é junto dos médicos.

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