segunda-feira, 8 de julho de 2024

A DEMÊNCIA SIMPLÓRIA DA DIREITA -


Postei ontem, no Telegram, um simples link para um artigo que fiz em minha página pessoal: “CPAC BRASIL, 2024 -É difícil fazer com que entendam que conservadorismo é uma coisa, bolsonarismo é outra. LEIA -”. 

Neste artigo critiquei o excesso de menções à Bolsonaro como o principal responsável pelo ressurgimento da direita no Brasil, feitas no CPAC, lembrando que o mesmo apenas concordou e adotou o longo e eficaz trabalho desenvolvido, durante anos, pelo professor e filósofo Olavo de Carvalho. Em nenhum momento neguei ou menosprezei a fabulosa divulgação do sentimento patriótico, do orgulho em ser brasileiro bem como, em boa dose, dos valores conservadores feitos por nosso ex-presidente.

Entretanto e considerando que o congresso é “conservador”, não um ato de campanha de Jair Messias, nisto baseei meus argumentos ou estaremos diante de um desvio de foco.

O resultado, confesso, surpreendeu-me.

Críticas como “Olavo atacou Bolsonaro muitas vezes. E quanto à sua crítica ao bolsonarismo, não vejo como culto à personalidade, vulgo populismo. Se Bolsonaro morre, o bolsonarismo continuará” (sic) são, em si, uma contradição: se Bolsonaro morre e o “bolsonarismo” continua, evidentemente é um culto à personalidade. Já a expressão “populismo” foi enfiada aí sabe-se lá Deus por qual razão – talvez o simples hábito de repetir discursos já ouvidos, a síndrome do “papagaio”, pois culto à personalidade é uma coisa e populismo, outra. Devo explicar o básico?

Não satisfeita, a pessoa prossegue: “Vejo o bolsonarismo como a expressão mais pura e fidedigna do Conservadorismo. Olavo idealizou, Bolsonaro incorporou e deu forma” (sic). O que dizer disso?

Podemos começar pelo fato de que Olavo jamais “idealizou” o conservadorismo. Olavo nunca foi um ideólogo e, mesmo que fosse, não poderia idealizar um pensamento político anterior, inclusive, ao seu nascimento. Bolsonaro “incorporou”? Correto, mas o “dar forma” que a mesma alega resumiu-se à timidez e poda (demissão) de seus auxiliares verdadeiramente conservadores, exigida e obtida pelo sistema. Bolsonaro fez um (eficaz) governo positivista, orientação básica de todo militar, bem como teve o mérito de escolher um excelente ministério.

Um outro participante, mais moderado, opinou: “São coisas diferentes que querem o mesmo objetivo, quem insiste em bolsonarismo até pejorativo é a imprensa comunista paga com nosso imposto mas no Brasil o bolsonarismo é maior que o conservadorismo porém os dois movimentos se completam” (sic).

Necessário concordar com o “bolsonarismo pejorativo” adotado pela imprensa – por sinal, a mesma autora do termo “bolsonarista”, que as pessoas abraçaram, sem atinarem que estariam cedendo ao personalismo – vide o antigo “getulismo” – que assola o Brasil. Por outro lado, se admitimos o “bolsonarismo” como um “movimento” tal como alegado, e que o mesmo seria até maior que o conservadorismo, então novamente entregamos nossos destinos nas mãos de um homem, não de um ideal – e esta é a receita correta para a diluição, inconsistência e fraqueza argumentativa de qualquer pretensão.

O primeiro argumentador, entretanto, não deu-se por convencido e alegou: “não existe e não existiria Conservadorismo no Brasil sem Bolsonaro” (sic). E completou: “esse evento não faria sentido algum sem Bolsonaro. O q TODOS os palestrantes estão fazendo, bolsonaristas ou não, é prestar homenagens e agradecimentos ao ÚNICO LÍDER DE DIREITA NO BRASIL” (sic).

A confusão mental e a ignorância renitente dos fatos é notória. Primeiro, insiste em Jair como o “inventor” do conservadorismo; segundo, alega que o CPAC não faria sentido sem Bolsonaro e considera exigir algo para Olavo uma espécie de atentado contra a liderança de Jair. Onde uma coisa se mistura com outra, poder intelectual e liderança política?

Acrescento: trata-se de um congresso conservador ou estamos diante de um ato de campanha? Alegar que sua presença seria fundamental é algo que concordo e apóio, mas talvez tenha havido um exagero na redação da argumentação – uma evidência da incapacidade brasileira em expressar-se em sua própria língua. Já apontar Jair Messias como o único líder de direita no Brasil, concordo e assino embaixo, pois é um fato. Apenas às “homenagens” cabe meu reparo – tema inclusive de meu artigo original – que julguei desiguais entre nosso ex-presidente e o falecido filósofo Olavo.

Mas tem mais: “pelo q o Walter nos diz , nem todo Conservador é um Bolsonarista. Muito bem. Sem um líder, os "Conservadores" da Direita estariam perdidos, por puro preciosismo linguístico e/ou ideológico. E só resulta em uma coisa: Divisão, Discórdia” (sic). E tal declaração cabe uma análise mais apurada.

Sim, nem todo conservador é bolsonarista – eu, inclusive. Votei, voto e votarei em Bolsonaro porque, mais que uma boa e honesta pessoa, ele é de fato o único líder da direita brasileira. Em segundo lugar, alegar que “sem um líder os conservadores estariam perdidos por preciosismo linguístico e ideológico” é, em si, um absurdo demonstrativo da incapacidade interpretativa de um texto. Em nenhum momento julguei Bolsonaro alguém que não deveria liderar a direita; para piorar, a pessoa alega que eu estaria buscando confusão por “preciosismo” linguístico e – pasmem – ideológico.

Não, não é “preciosismo” linguístico, é expressar-se corretamente – coisa que a pessoa queixosa evidentemente não sabe fazer. Em segundo lugar, o absurdo por ela condenado como “preciosismo ideológico” é justamente o que separa um pensamento político de outro. Ou, tal como Vladmir Putin deseja aparentar, teremos algum dia um “conservador socialista”?

E assim, entre inúmeros resmungos – pois mais que entender, as pessoas desejam ganhar a discussão – o debate encerrou-se, não sem antes chamarem-me de “invejoso” (?) e de “provocador da desunião da direita”.

É notório o apego aos argumentos de “desunião da direita” e da elevação de um único homem – e dane-se o que ele pensa – como “salvador da pátria”, um real fanatismo xiita e messiânico (nenhum trocadilho com o sobrenome de nosso Bolsonaro). Tais discursos são repetidos por verdadeiros papagaios que, sequer, refletem e procuram entender o significado daquilo que eles próprios dizem – apenas repetem slogans e hashtags, brandindo-os como espadas, cujo manejo desconhecem mas julgam eficazes e matadoras.

Por muito tempo debochamos da ignorância esquerdista, de sua dissonância cognitiva, da incapacidade de interpretar um texto ou, sequer, expressarem-se. Igualmente ríamos de seu aparente “adestramento”, pois apenas sabiam repetir o que lhes era “ensinado”, de modo quase irracional e canino.

Era uma época em que nos orgulhávamos de nossa cultura, norteada por um homem do calibre de Olavo de Carvalho, e das argumentações precisas e eficazes de nossos representantes, quando em debates com esquerdistas, os quais quase sempre fugiam do mesmo.

O sonho, entretanto, acabou.

Talvez a pior consequência da morte de Olavo de Carvalho tenha sido a orfandade intelectual em que a direita se encontra, sem um pai que a puxe pelas orelhas e aponte a direção certa onde lutar, como argumentar e quais os pontos onde bater e se defender.

Aos poucos vamos voltando ao que sempre fomos: apenas frutos de uma – vá lá – “educação” construtivista, vítimas da lobotomia paulofreiriana e assim, miséria das misérias, terminamos por sermos iguais em desgraça: direitistas e esquerdistas se equivalem, em suas ignorâncias monolíticas e impermeáveis.

Cada vez mais o futuro deste país revela-se desalentador, e temo que uma simples vitória conservadora, nas urnas, apenas piore a situação pois o brasileiro tem o péssimo hábito de com nada mais se preocupar, se a vitória está garantida.

Que o bom Deus seja piedoso diante de nossa ignorância.

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32)


Link para o artigo original: 

https://walterbiancardine.blogspot.com/2024/07/cpac-brasil-2024-conservadorismo-ou.html

Walter Biancardine





domingo, 7 de julho de 2024

FIM DO MUNDO: JÁ ACONTECEU E VOCÊ PERDEU -

A sociedade ocidental europeia é baseada na fé no Deus de Israel, na razão filosófica grega e no saber jurídico romano; estas são as três colunas de nossa sociedade e que vivem, hoje, em estado terminal pela força da insanidade hegeliana – tudo destruir, para que, do nada restante, resulte uma nova sociedade paradisíaca.

À isso soma-se as aspirações secretas de Karl Marx – divinizar-se, tornar-se o novo Deus em lugar do Jesus Cristo por ele, teoricamente, derrubado – e podemos entender os porquês de, em suas obras, aparecer de forma evidente a mesma estrutura de toda a narrativa bíblica, com o proletariado sendo o povo crente e Marx (suas ideias) o novo Messias, que abriria as portas – através da revolução – ao paraíso na terra.

Colocando à parte as vicissitudes dos últimos 150 anos, o fato é que o tripé básico da sociedade ocidental está ruindo fragorosamente. O Deus de Israel foi contaminado pelo vírus da Teologia da Libertação; a filosofia grega sofre diuturna contestação – sejamos claros: negação – pela absoluta maioria dos filósofos atuais, auxiliados pela mídia e cultura de massas; e mesmo os princípios basilares do Direito Romano sucumbem ao ativismo judicial, um fenômeno preocupante que já se espalha pelo mundo.

A grande mídia ocupou, garantida pela preguiça e omissão de pais e mães, o lugar de formadora de valores e conceitos nas crianças e jovens. Igualmente, o comodismo e fobia em pensar transformou jornalistas em sábios e profetas; oráculos reveladores das verdades sobre todos os temas – se um famoso tem ou não um bom caráter ou mesmo se Deus existe e qual é o sentido da vida, tudo o que se diga sobre isso – desde que publicados em jornais, revistas e programas de TV –  assim tomamos como a Verdade Revelada.

A resultante disso é chegarmos ao ponto de, ao menos no Brasil, sequer termos a capacidade de falar. A ignorância deliberada transformou homens pensantes em pitecantropus, incapazes sequer de expressarem suas necessidades básicas.

Nenhuma de nossas instituições funciona, estamos sempre aquém de uma justa remuneração, vivemos em aglomerados sujos e feios e tudo o que nos retrata foca apenas na luxúria, diversão ou na exaltação do crime que compensa.

O Brasil já alcançou o preconizado pela Escola de Frankfurt: tudo foi devidamente destruído. O apocalipse – o fim de nosso mundo – aconteceu em 1979 e ninguém, até hoje, percebeu.

Somos zumbis em um mundo de escombros.


Walter Biancardine



SOLIDÃO: PERSONAGEM BÍBLICO E FORÇA TRANSCENDENTE -


"A companhia de um ser de outra natureza não basta para romper a solidão. Podemos estar sós num jardim, embora nos cerquem plantas e animais.'" (Sto. Tomás de Aquino)

Minha primeira intenção era escrever sobre o livre arbítrio e o determinismo behaviorista mas, dada a complexidade do tema e meu estado pessoal na época, troquei o propósito pela composição de um livro sobre a influência das ideologias sobre os estilos arquitetônicos, modas, etc.

Não obtive grandes progressos em meu estado de espírito, e então resolvi aproveitar o mesmo para produzir uma outra obra, mais de acordo com minha realidade e, igualmente, algo que julgo extremamente útil para o crescimento pessoal: a solidão - personagem bíblico e força transcendente.

Escreveu Sir Roger Scruton: “Somos criaturas carentes, e nossa maior necessidade é o lar - o lugar onde estamos, onde encontramos proteção e amor. Alcançamos esse lar através de representações de nossos próprios pertences, não sozinhos, mas em conjunto com os outros. Todas as nossas tentativas de fazer com que o ambiente pareça certo - através da decoração, arranjos e criação - são tentativas de dar boas-vindas a nós mesmos e àqueles a quem amamos.

Se meus problemas tornaram-se maiores que eu, os usarei como escada para escapar do fosso em que me jogaram. 

O que seria de mim sem Sto. Tomás, que ilumina meu intelecto, e Sta. Therezinha do Menino Jesus (Therese de Lisieux), que me puxou pelas orelhas em direção á Deus?


Walter Biancardine



sábado, 6 de julho de 2024

CPAC BRASIL 2024 - CONSERVADORISMO OU BOLSONARISMO?


Estou vendo, neste momento, transmissão do CPAC (Conservative Political Action Conference) Brasil, direto de Camboriú, SC, e tristemente percebo a dificuldade de projetar na mente da platéia - e dos próprios conferencistas - qualquer ideia de um pensamento político, como o Conservadorismo.

Todos, literalmente todos os palestrantes recorrem à figura de Jair Bolsonaro - e não estou eximindo o mesmo de seus méritos - para expressar ideais e visões de governo que os reúne no evento, e chegam ao cúmulo da recorrência insistente, repetitiva, do termo "bolsonarismo" ou "bolsonarista" para se definirem, definirem os ideais ali expostos e tudo o mais que pretendem dizer.

A tal ponto esta infantil insistência é repetida que chega-se a colocar em dúvida se o referido congresso é conservador ou bolsonarista.

Ser conservador não é ser bolsonarista, e vice-versa! Este modo de plasmar as próprias ideias é rebaixar-se à mentalidade de torcida de futebol, resumindo o embate entre duas visões de mundo e governo ao personalismo, culto à personalidade - valendo lembrar que o citado culto é criação da esquerda - que estariam em antagonismo, uma luta simplificada, simplória, que deixa de abordar a verdadeira crise civilizacional que somente o reerguimento conservador pode combater e neutralizar.

Votei, voto e votarei em Jair Messias Bolsonaro - mas não sou "bolsonarista", sou conservador.

Reconheço toda a força de Bolsonaro na divulgação, através de suas falas e ações, de algo bastante próximo ao conservadorismo e que o mesmo esmiuçou pelo país, atingindo até as camadas mais humildes.

Mas quem exclamou "levanta, Lázaro!" para a direita, a ressuscitou e teve a coragem - e mérito - de dar o pontapé inicial na divulgação do conservadorismo foi Olavo de Carvalho, com seus vídeos profundamente embasados, seu insuperável estôfo intelectual, chegando mesmo ao ponto de fazer o Brasil ser, talvez, o único país do mundo onde torcedores de futebol louvam um filósofo, colocando faixas nas torcidas dos estádios, em sua homenagem.

Se até hoje a maioria das pessoas não entendeu os porquês de Olavo falar tanto palavrão em seus vídeos - a cruza perfeita de Sócrates com Dercy Gonçalves - será realmente difícil fazer com que entendam que conservadorismo é uma coisa, bolsonarismo é outra.


Walter Biancardine



A DISSONÂNCIA COGNITIVA DE TÁBATA AMARAL -

 


Segundo o filósofo Olavo de Carvalho, dissonância cognitiva é a incapacidade das pessoas em lidar com realidades que contrariem suas crenças ideológicas ou pressupostos prévios.

No vídeo acima, a pré candidata esquerdista à prefeitura de São Paulo, Tábata Amaral, rechaça com justa razão as acusações feitas por Pablo Marçal – teoricamente direitista, sobre o qual falaremos mais abaixo – de que a mesma teria abandonado seu pai, à beira da morte, para estudar em Harvard, nos Estados Unidos.

Em seu depoimento, Tábata revela que seu pai era usuário de drogas – crack – e que teve sua saúde deteriorada pelo vício, vindo a falecer por conta disso. Entretanto, segundo ela, no momento da morte de seu pai a pré candidata havia sido selecionada por Harvard mas estaria ainda no Brasil, e acompanhara seus momentos finais.

Não cabe aqui discutir sobre todo o sofrimento enfrentado pela moça e, muito menos, sua força de vontade em prosseguir seus planos, apesar da enorme dor de sua perda. O que é digno de nota seria a contradição – a dissonância cognitiva – da pré candidata em ter um pai morto pelas drogas e, mesmo assim, ter em sua plataforma política e ideológica a liberação das mesmas.

Até que ponto pode uma crença lesar os sentimentos mais profundos e íntimos de uma pessoa? A adesão à uma ideologia teria o poder de cegar seus adeptos, mesmo perante as evidências mais dolorosas de sua falibilidade? Ideologias podem levar ao fanatismo e, consequentemente, à lesões psíquicas? Ou trata-se de reles e abjeto oportunismo político que, em nome de sua ambição, passa por cima das dores e tristezas suas e de sua própria família?

Não conheço Tábata pessoalmente, não conheço seu caráter, não posso responder; a questão permanece em aberto, para mim.

Já quanto à Pablo Marçal, trata-se de um vulgar estelionatário eleitoral, oportunista camaleônico que traveste-se da cor ideológica que aparente ser mais conveniente – e lucrativa – para ele.

Não sabia que o Pablo Marçal já tinha sido membro de uma quadrilha de roubo a bancos mas o fato é que bandidos, mesmo recuperados, não podem administrar uma das maiores e mais ricas prefeituras do Brasil e que alguém como Tábata – que já passou pelo drama familiar das drogas e, mesmo assim, milita pela liberação delas – também em nada contribuirão em favor da cidade mais populosa do Brasil.

Tábata Amaral é uma menina inteligente, esforçada e não merecia sofrer as sequelas mentais de uma preferência ideológica equivocada, que a transformou em uma dissonância cognitiva de saias.

Já Marçal, não faz jus sequer às três ou quatro linhas que qualquer articulista dedique á ele.


Walter Biancardine



sexta-feira, 5 de julho de 2024

TOGA NOSTRA: A MÁFIA DE TOGA -

 


Vamos direto ao ponto, pois ainda encontro-me em estado pós operatório e não posso ser muito desenvolto na carpintaria literária. Os trechos abaixo foram extraídos de postagens do X-Twitter, hoje, e dão um perfeito panorama do que abordarei:

Sr. Sepúlveda (PH Vox) –Ministros do STF alertam para os riscos da IA e dizem que a mesma precisa ser "regulada". Curiosamente, Luís Roberto Barroso, vai à China buscar uma aproximação com o judiciário de uma repressora e sangrenta ditadura comunista, e avalia lançar um projeto de cooperação de IA”.

Nikolas Ferreira (Deputado) –No apagar das luzes o Senado quer aprovar a Lei da Inteligência Artificial (PL 2338/23). O que ninguém te contou é que o texto foi redigido pela filha do Gilmar Mendes e abre a porteira para a regulação das redes sociais por canetada do executivo, sem passar pelo congresso”.

Revista Veja e subsequente resposta de Gustavo Gayer (Deputado) O que significa o indiciamento de Bolsonaro e o que acontece agora” – Resposta Gayer: Significa que a PF virou oficialmente uma Gestapo a serviço do Moraes e estão desesperados para desgastar o líder político que leva milhões pras ruas”.

Fernanda Salles (Repórter) – “Lista de apoiadores de Bolsonaro indiciados pela Polícia Federal em razão da manifestação de 7 de setembro de 2021:

· Zé Trovão (deputado)

· Turibio Torres

· Bruno Henrique Semczeszm

· Alexandre Urbano Raitz Petersen

· Juliano da Silva Martins

· Luiz Antonio Mozzini

· Rolff Pfeiffer

· Sérgio Reis (cantor)

· Eduardo Oliveira Araújo

· Wellington Macedo de Souza (jornalista)

· Oswaldo Eustáquio (jornalista)

· Antonio Galvan

· Joedir Dilson do Lago

Vista Pátria (Canal Allan Frutuoso, vigiado pelo STF) - “Facções criminosas do Brasil podem ter chegado a Portugal, admite Lewandowski”.

Vamos começar da última citação para a primeira: sabemos, por experiência acumulada desde o início do século XX, que as esquerdas possuem estreita ligação com o crime organizado, sendo o mesmo uma de suas maiores fontes de financiamento bem como braço armado.

A fala de Lewandowski, mais que uma constatação hipócrita, é um ato falho de quem sabe muito bem o que se passa, inclusive seus detalhes mais sórdidos – não à toa o principal expoente da ditadura judiciária no Brasil, Alexandre de Moraes, tem reconhecida ligação (inclusive advogou para) com o PCC – Primeiro Comando, uma facção criminosa rival do CV – Comando Vermelho – representada agora na mais alta Corte de Justiça deste país pelo sr. Flávio Dino e seu conhecido boné “CPX”, que garantiu a subida de Lula aos morros cariocas sem nenhum susto.

O elo entre STF e facções criminosas pode ser facilmente aduzido, tal como a ligação umbilical das esquerdas com o mesmo – e que ninguém espere provas, pois “contratos” deste tipo jamais seriam registrados em cartório. Basta-nos, mais que suas declarações, observar seus atos.

A confissão de Lewandowski, mais que um cínico lamento é uma ameaça, pois adverte aos que sabem das coisas jamais noticiadas pela mídia amiga, que a cúpula do Judiciário faz parte da máfia. A toga agora exibe seu poder internacional, capaz de desgraçar não só um país de terceiro escalão feito o Brasil como, igualmente, interferir no jogo de poder europeu.

Investigadores sempre aconselham: “follow the money” (siga o dinheiro) mas, na presente situação, basta-nos seguir o poder: o PCC está na Europa. Quem é o notório expoente, ex-advogado desta facção criminosa? Alexandre de Moraes. Quem indicou Moraes para o STF? O ex-vice Presidente da Dilma Roussef, Michel Temer. Ora, Michel Temer quase foi (escapou por “forças maiores”) investigado quando descobriram que o porto de Santos – área há muito sob seu domínio político – era uma das principais rotas de saída de drogas do Brasil, rumo à Europa – e, casualmente, ambientalistas denunciaram recentemente o alto teor de contaminação de mariscos, bem como de toda a fauna marinha que habita nas imediações deste porto, por cocaína, tal a quantidade de pó jogada ao mar em situações de “dispensa de flagrante”.

Para arrematar, a declaração levandovisquiana foi feita em Portugal – uma das principais portas de entrada das drogas oriundas do Brasil e (que coincidência!) país que abriga os empreendimentos educacionais de outro Ministro do STF, Gilmar Mendes.

Vale notar que não estou acusando ninguém; apenas expressando meu pasmo – tal como Jung – diante de tamanhas “coincidências”. Vamos agora às demais postagens do X-Twitter, mencionadas neste artigo.

A repórter Fernanda Salles (que era do Terça Livre, canal fechado pelo STF) elaborou uma pequena lista de apoiadores de Bolsonaro, indiciados pela Polícia Federal no inquérito referente à farsa do 8 de janeiro. Esta lista deve ser analisada em conjunto com todos os demais presos políticos – categoria de detentos que nenhuma democracia possui – sequestrados, é o termo, pelo STF seja pela farsa do “golpe”, ou pelo verdadeiro “Plano Cohen” (busquem no Google e vejam o que Getúlio Vargas fez com um mero estudo de um partido político, nos anos 30) em que se transformou o Inquérito das Fake News, uma ação persecutória penal que trata de algo sequer figurante como crime, em nossos códigos.

O objetivo é um só: cercar e prender Bolsonaro – e aqui vale lembrar que pouco importa se você o apoia ou não, trata-se de algo muito maior, que é a atuação ilegal e ditatorial de tal persecução ilegítima e de cunho pessoal, verdadeiro estupro à Constituição Federal e desmoralizante de todo o Poder Judiciário.

Cercam o ex-Presidente com a questão das supostas jóias; acuam-no igualmente com os atos – fraudulentos, posto que os vândalos eram notórios e identificados esquerdistas – do infame 8 de janeiro e, para não deixar de ser, adesivam o mesmo – bem como sua família – como integrante de suposto “gabinete do ódio”, vinculando-o ao sórdido “Plano Cohen” chamado “Inquérito das Fake News”.

Atingisse toda esta fúria, pessoal do STF e do declaradamente vingativo Lula, somente à Bolsonaro e poderíamos talvez “gritar mais baixo” mas o fato é que atinge quem nada tem a ver – como o sequestrado e comprovadamente inocente (via certidões do Aeroporto de Nova York) Filipe G. Martins – com objetivos claros e sinistros: impor o medo na população, fazê-la recusar comparecer em manifestações, temendo outra ação pérfida das Forças Armadas, bem como instaurar o silêncio geral por todo o Brasil, principalmente por parte das poucas e ainda atuantes vozes de protesto na internet.

Tal análise nos conduz diretamente à postagem da Revista Veja – e subsequente resposta do Deputado Gustavo Gayer – na qual o outrora glorioso periódico especula sobre “o quê acontecerá após o indiciamento de Bolsonaro”.

O Deputado responde com a clareza dos puros, afirmando que “a PF virou oficialmente uma Gestapo a serviço do Moraes”, refletindo o desespero persecutório contra o único líder de oposição à narco-juristocracia reinante, atualmente. E poderíamos acrescentar que, se a Polícia Federal rebaixa-se à ser o braço armado legal – Guarda Pretoriana – dos narco-ditadores de togas, o PCC e CV são seus notórios “braços armados informais” (ilegais, para resolver as coisas em última instância e como poderoso instrumento de chantagem terrorista).

A sede de poder e seu consequente pânico de perdê-lo, entretanto, não conhecem limites e, mesmo cercados por armas (legais e ilegais), poder (legal e ilegal) e a força das leis (deles próprios, agora vigentes), os assustadiços narco-jurisditadores procuram garantir a cumplicidade da grande mídia mundial ao manipularem e controlarem a internet, as redes sociais e até mesmo – pasmem – a inteligência artificial. Vale rever a postagem do sempre excelente – e ponderado – Sr. Sepúlveda, no X-Twitter:

Ministros do STF alertam para os riscos da IA e dizem que a mesma precisa ser "regulada". Curiosamente, Luís Roberto Barroso, vai à China buscar uma aproximação com o judiciário de uma repressora e sangrenta ditadura comunista, e avalia lançar um projeto de cooperação de IA”.

Vale lembrar o que eu mesmo escrevi, como arremedo à publicação de meu amigo: “‘Regular" a internet, "regular" as redes sociais e, agora, "regular" a Inteligência artificial. Quem "regula" os "reguladores"? Quem "regula" o STF?

Enfiando o dedo diretamente na ferida: o dinheiro chinês e a inteligência russa (antiga KGB) alimentam diretamente o Foro de São Paulo, associação ilícita que abriga não somente partidos de esquerda mas, igualmente, traficantes internacionais de drogas e grupos terroristas como as FARC’s, transformadas em “partido político” por interferência direta de Lula da Silva. Ou seja, China e Rússia financiam o tráfico de drogas latinoamericano, prestando assistência financeira, logística e política – não é outra a razão de Luís Roberto Barroso buscar a China como “parceira” para a tentativa de “domar” a internet e as redes sociais, rebeldes e livres demais para seus gostos.

Por “coincidência”, o Deputado Nikolas Ferreira denuncia: “No apagar das luzes o Senado quer aprovar a Lei da Inteligência Artificial (PL 2338/23). O que ninguém te contou é que o texto foi redigido pela filha do Gilmar Mendes e abre a porteira para a regulação das redes sociais por canetada do executivo, sem passar pelo congresso”.

Por óbvio que o corajoso Nikolas sabe de tudo e, de modo previdente, restringe sua denúncia apenas ao fato – por si já escandaloso – de ser a filha do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, quem está redigindo as “trancas” que nos acorrentarão às mais sórdidas prisões – bocas, vozes e opiniões encarceradas.

O STF associou-se ao PCC e CV, via Alexandre de Moraes e Flávio Dino. O primeiro, Alexandre, foi posto por Michel Temer – controlador da maior porta de saída de drogas da América Latina, o Porto de Santos – para abrir caminho e o segundo, Dino, por Lula para aproximar o Foro de São Paulo (e seus traficantes e terroristas) da mais alta Corte de Justiça do país. Por sua vez, esta última “aproximação” estabelece, definitivamente, o controle russo-chinês sobre as ações da mais perversa ditadura já implantada em solo brasileiro.

Este é o resumo da ópera, cujo libreto nos impele a dar a situação como insolúvel e emigrar para Marte, via Space X do Elon Musk – porque fugir para a Europa ou qualquer outro país de nada vale: o poder da droga, aquele baseadozinho que seu filho fuma na faculdade, já dominou tudo.

Somos uma civilização em estado terminal.



Walter Biancardine




quinta-feira, 4 de julho de 2024

A TÍSICA MORAL DA LITERATURA BRASILEIRA -


Digno de nota é o fato de não dispormos de um só herói, no sentido específico do termo, em toda a gama de publicações ficcionais no Brasil.

Quando digo "herói" refiro-me á coragem física, moral, intelectual ou mesmo espiritual - não há, pois em nome de um tacanho "realismo", a falta de caráter é a tônica dominante em tais personagens; uma trilha quiçá aberta pelo indecente "Macunaíma", cuja aclamação reflete, à perfeição, todo o valor dado por nossa "elite" cultural à falta de vergonha na cara.

Sabemos que nada se dá na vida real sem que, antes, tenha sido publicado em algum livro - fato por demais evidente e de acontecimentos sobejamente coincidentes com a literatura. Cabe, então, a pergunta: onde a nata literária nacional pretende levar o Brasil? Que espécie de exemplos creem os mesmos serem capazes de oferecer ao público, através de seus personagens ditos "heróicos"?

Por inúmeras vezes afirmei ser o "brasileiro típico" uma cruza perfeita entre Jeca Tatú e Macunaíma, e infelizmente ainda não tive a oportunidade de perceber que estava errado.

Que Shakespeare ocupe as mãos - e as cabeças - de nossos filhos.


Walter Biancardine



TAMBÉM EXISTEM BOAS SURPRESAS -

 


Recém operado e ainda me abstendo de artigos mais longos, não posso evitar de – fugindo de meus temas habituais – comentar sobre uma surpresa que tive ontem, a qual produziu um efeito tão profundo que, sequer, tenho o mesmo já devidamente digerido e analisado; estas linhas são uma espécie de “primeiras impressões”.

Buscava eu uma moça nas redes sociais, a qual deveria fazer um contato profissional. Coincidentemente, ela é homônima de uma antiga colega de meus tempos de escola ginasial e, quando me deparei com seu perfil, não resisti e enviei uma mensagem.

Para minha felicidade ela respondeu e tivemos uma boa e agradável conversa, relembramos de pessoas e fatos há muito empoeirados em minhas memórias e isso rendeu-me uma enorme alegria – alegria desproporcionalmente grande a de um bom reencontro. E foi justamente sobre esta desproporção que pus-me a pensar, ao fim da noite.

Aqueles 12 ou 13 heroicos seguidores, que acompanham meus artigos, sabem de tudo o que sucedeu comigo nos últimos anos. Sabem do isolamento involuntário no qual vivo, sabem da perda de minhas raízes, referências e até mesmo das pessoas que não mais vejo ou tenho contato, familiares inclusive. 

Neste cotidiano de náufrago em que vivo, essa perda total de tudo se faz poderosamente presente em cada passo que dou, chegando ao ponto de render-me um livro – Pretérito Perfeito – onde, através de uma ficção semi-autobiográfica, busquei exorcizar e virar de vez a página desta vida passada. Igualmente, esta perda é objeto de uma atual investigação filosófica que faço, na qual entendo a solidão como personagem bíblico (os desertos dos profetas) de profundo significado e, igualmente, necessária ferramenta para nosso despertar transcendente e auto consciente, tese que pretendo publicar até o final do ano.

Neste estado de coisas, chega-me a feliz descoberta de uma pessoa pertencente a uma época passada e que trouxe de volta tudo o que, um dia, eu fui – quase uma lembrança material de mim mesmo, de minhas origens, de tudo aquilo que eu próprio já duvidava ter realmente sido um dia minha vida, enquadrando este passado quase como uma neurose, uma mentira na qual eu teimava acreditar.

Como descrever a exclamação de surpresa “mas então tudo aquilo que eu fui era verdade”? Ou mesmo “as histórias que lembro aconteceram, de fato”?

É preciso uma desconexão muito grande para chegar a esse ponto. Não vou aqui aprofundar o mérito desta desconexão, involuntária, mas certamente nem eu mesmo fazia ideia da extensão, da gravidade de tal estado mental em que me encontrava.

Devo gratidão a esta pessoa pelo reencontro proporcionado – com ela e comigo mesmo – e, igualmente, pela gentileza do trato, fazendo-me sentir novamente como um igual, um ser humano como todos os demais, ocupando um lugar no espaço, tendo um passado real e existindo de fato.

Não há como retribuir tal benesse.



Walter Biancardine




quarta-feira, 3 de julho de 2024

O BÁSICO -

A conhecidíssima - ao menos para os de minha geração - socialite Carmem Mayrink Veiga, célebre por sua elegância reconhecida internacionalmente (e particularmente acrescento, por seu "ar" de Audrey Hepburn, que sempre me seduziu), adotava o estranho hábito de marcar seus jantares em horários inusitados: 20:35h, 19:55h, 20:17h e por aí vai.

Esclarecia ela que tal método devia-se à notória - e deseducada - "tradição" brasileira da mais descarada falta de pontualidade: 

" - quando as pessoas veem um horário tão estranho, tendem a cumpri-lo, ao menos por aguardarem alguma surpresa", alegava. 

E funcionava!

Ora, somos incapazes de respeitar o tempo alheio sendo pontuais, mas exigimos toda correção e seriedade de nossos políticos.

Reclamamos da demora no atendimento dos serviços públicos, mas lá comparecemos de bermudas, chinelos de dedo e na hora em que bem entendemos.

Ficamos furiosos com um Alexandre de Moraes exibindo, do alto de sua vaidade, os prisioneiros políticos de nossa ditadura - tal qual fosse (para usar uma expressão mayrinkiana) um "tableau de chasse" - mas sequer somos capazes de respeitar o básico das regras de um convívio social civilizado.

Como condenar políticos ladrões, se procuramos nos livrar da multa de estacionamento oferecendo "um café" para o guarda?

Como temos o atrevimento de exigir respeito, se nada respeitamos?


Walter Biancardine



terça-feira, 2 de julho de 2024

DEMOCRACIA, LIBERDADE E FELICIDADE NÃO SÃO OBJETIVOS -

 


É recorrente a estranheza de quem ouve ou lê tal sentença, a qual reflete meu pensamento e que, inclusive, expressei em meu romance “Pretérito Perfeito”. Assim, por questões de brevidade começarei comentando a liberdade, reproduzindo o que recentemente escrevi em outro artigo.

A liberdade não é um direito: ela é uma condição natural, inerente à existência do ser humano, que não pode ser negociada, condicionada ou concedida a ninguém, seja através da adesão a ideologias, crenças ou filosofias de vida. O homem é um animal gregário, seu DNA o impele à vida em sociedade tal qual formigas, elefantes ou macacos; enquanto ajustado ao meio social circundante, tal liberdade será desfrutada de forma natural e inquestionável.”

Desde modo, a liberdade é uma condição que nos foi dada por Deus e cuja única possibilidade de privação será o comportamento prejudicial de um indivíduo ao grupo social. Esta pena, presente na Palavra Revelada, reflete-se na criação humana das leis que, igualmente, preveem o afastamento do delinquente do convívio em sociedade.

Declarar que “queremos liberdade” é apenas um slogan pueril, palavra de ordem política ou reflete a absoluta falta de consciência de si mesmo, de sua real presença ontológica e da ciência que esta mesma liberdade é inversamente proporcional aos nossos afetos, necessidades de sobrevivência e, até mesmo, bens. Tudo se resume a uma questão de ter a coragem de escolher.

Já a democracia deve ser analisada sob ótica bastante semelhante à felicidade, pois ambas – de maneira alguma – podem ser encaradas como “objetivo”, sendo as mesmas a evidente consequência de nosso viver, dos atos ou escolhas por nós praticados ao longo da vida.

Quem encara qualquer um dos dois conceitos acima como objetivo está, simplesmente, rebaixando de forma materialista e condicional algo que, teoricamente, só seria alcançado SE tal coisa for comprada, feita ou concedida: “Só serei feliz se comprar aquela casa” ou “conseguir a promoção no trabalho é a única maneira de ser feliz”, ou ainda “preciso me casar com ela, só assim serei feliz”.

Para piorar, terceiriza a estranhos – no caso da democracia, especificamente – a possibilidade de vivê-la, pois crê ser responsabilidade de outrem (parlamentares, juízes, etc.) algo que está, evidentemente, em suas mãos; o esquecimento de suas escolhas ao votar, eleger ou rejeitar alguém em cujas mãos a pessoa entrega esta possibilidade – viver uma democracia – reflete a fuga completa de suas responsabilidades sociais.

Ambos – democracia e felicidade – são consequências diretas do que fazemos ao longo da vida. Se escolhemos representantes e governantes com prudência e sabedoria, o resultado ao longo do tempo nos trará, inevitavelmente, a democracia.

Igualmente, se tomamos decisões igualmente sábias para nossas vidas – um bom e honesto trabalho, onde possamos expressar aquilo ao qual somos vocacionados; a escolha de uma boa esposa ou marido, cientes de que naturalmente cederemos (com amor) boa parte de nossa liberdade – definirão uma trajetória a qual, um belo dia e sentado à sua varanda com um café nas mãos, você refletirá e certamente concluirá: - “Sim, eu sou feliz”.

A preguiça em pensar, preconceitos ou mesmo opiniões de terceiros, travestidas de “experiência de vida” nos trazem mais fracassos que a simples má sorte – e de nada adiantará culpar-se; você errou o alvo.


Walter Biancardine





INTROMISSÃO INCONSTITUCIONAL -


Na vida diária conseguimos encontrar as mais inesperadas formas de consciência de nossa real situação política, tais como nos deparamos com um boiadeiro (para mim, algo cotidiano) perfeitamente ciente dos males, inconveniências e intromissões do STF não apenas em nossas vidas ou, igualmente, sofremos a tristeza de vermos pessoas com o dito “terceiro grau” – médicos, advogados, engenheiros – a resumirem suas críticas em simples tabula rasa, classificando tudo e todos como “ladrões”.

Sei que tenho leitores entre ambas categorias – boiadeiros ou advogados – e, para os eventuais desinformados, resolvi exemplificar os atos abusivos desta citada Corte através de um exemplo mais palpável e facilmente compreensível.

Suponha ser você um cidadão casado, com filhos, e que atravessa uma crise conjugal com sua mulher. Ambos gastam-se durante a semana em seus trabalhos, veem-se somente à noite e, compreensivelmente, não usarão tal breve período de descanso – preparativo para o dia seguinte, duro e difícil – discutindo os problemas de seu casamento.

Pois bem: eis que chega o fim de semana e, obrigações com as crianças à parte, o casal precisa se haver com a visita constante, repetitiva e infalível de um amigo em comum, que os busca alegando atravessar período difícil e solitário; tudo o que deseja é espairecer e encontrar com quem conversar.

Esta situação permanece durante semanas, meses, e você e sua mulher jamais encontram tempo aos sábados e domingos – dias mais folgados – para resolverem seus questionamentos, já que devem atenção ao visitante. Ora, chega um dia em que você, já farto, chama este amigo e o diz atravessar, igualmente, um momento ruim com sua esposa e que precisa resolver isso. E qual é a reação de tal amigo? Concorda, aparenta compreender e até mesmo, eventualmente, oferece alguns conselhos – mas no fim de semana seguinte lá está ele novamente, a empurrar suas carências por sobre a sobrevivência do casal!

Assim age o STF diante do Congresso Nacional, diante do Poder Executivo – notadamente no governo Bolsonaro – e no trato com a Constituição Federal, com a diferença que a Corte Suprema não se vale de seus próprios problemas para impor sua intromissão perante o Congresso ou seus rasgos à Constituição; pelo contrário, vale-se dos problemas do Parlamento para – alegando “ajudar” – intrometer-se e sobrepujar, com a força da Lei, as deliberações desta casa legislativa.

Ele é o “amigo inconveniente”, que nos permite até duvidar se o mesmo busca apenas lenitivo para suas feridas ou visa, no fundo, o fim do casal – ou Congresso, para ficar bem claro.

É incompreensível que muitas pessoas ainda não enxerguem haver o STF fechado e inutilizado o Congresso, somente grave desinformação ou a deliberação de alienar-se poderá explicar tal ignorância, que não ocorreria se a situação fosse em seu casamento, tal qual o exemplo acima.

Quase sou forçado a crer que a verdade esteja no intento de alienarem-se, e baseio esta conclusão em um testemunho prestado pelo conhecido professor Bellei, postado em seu X-Twitter, no qual expressa seu pasmo ao perceber que, caminhando pelas ruas de seu bairro à noite, tudo o que ouve vindo das casas vizinhas são as vinhetas da Rede Globo – a mesma Rede Globo onipresente nas TV’s de qualquer restaurante de comida à quilo que você procure para almoçar.

São décadas de adestramento comportamental, décadas de hipnose gramscista, e será um trabalho longo e árduo “desadestrar” toda uma população.

Mas toda longa caminhada sempre começa com um humilde e pequeno passo.

Andemos, pois.



Walter Biancardine



segunda-feira, 1 de julho de 2024

REFORMA DE FACHADA -

 


Hoje, finalmente, fui submetido à tão adiada cirurgia para retirada de um “sei-lá-o-quê” que inopinadamente havia feito moradia em minha cara.

Tudo correu bem – óbvio, pois defuntos não escrevem – e, cercado de remédios, ataduras, esparadrapos e demais apetrechos para contenção da encosta (evitando a ruptura dos pontos e consequente “desabamento” da coisa toda), cá estou de volta aos teclados.

Entretanto, até que possa retirar o curativo ou eu mesmo fazer outro menor, serei obrigado a resumir meus artigos, pois o mesmo deixa-me um tanto “caolho” e impossibilitado de usar os óculos de leitura.

Que meus escassos leitores comemorem, pois estarão livres de meus “textões” por algum tempo.


Walter Biancardine



domingo, 30 de junho de 2024

O SENTIDO DA VIDA -


Use o que Deus nos deu, único e exclusivo dom humano.

Aproveite seu intelecto, use-o, desenvolva-o, busque as verdades primeiras e conheça o incognoscível.

Não se resuma, entretanto, apenas à razão: mais que um simples raciocínio, desfrute o transcendente. Ouça Mozart, Beethoven, Tchaikovski; leia Shakespeare, os clássicos gregos, poesias.

Veja um por do sol, sinta o vento no rosto, conte as estrelas do céu.
Só a alma humana pode enredar-se no sublime.
Permita-se elevar, sair da brutalidade carnal do cotidiano, pois o espírito é nossa única diferença dos animais.

Ouvir um batidão e acasalar, até as baratas fazem.


Walter Biancardine




FALE SOZINHO EM VOZ ALTA -


O conhecido Siegmund Freud dedicava-se a analisar uma paciente que havia adquirido fobia ao ato de beber água.

Em uma das sessões, sua paciente resolveu narrar tudo o que acontecera e citou que, estando a cozinhar, viu casualmente seu cachorro bebendo água em uma vasilha e, como todo cão, babando e pingando ao redor. Aquilo, segundo ela, havia causado profundo nojo nela. Ato contínuo, pegou um copo de água em cima da mesa e bebeu. Estava curada.

Freud morreu alegando que havia descoberto as virtudes terapêuticas da fala, da discussão consigo mesmo, de dizer em voz alta aquilo que jamais diríamos a ninguém.

O fato é que Siegmund nada descobriu: por diversas vezes relatei o surpreendente poder da solidão, chegando ao ponto de entender o deserto - tão citado na Bíblia - como um verdadeiro personagem das Escrituras. E esta solidão, a possibilidade de confessar - em voz alta - tudo aquilo que jamais diríamos, é um fato espantosamente desconhecido, até mesmo por muitos clérigos e outros que se dizem "espiritualistas".

Meditar não é falar. O que pensamos, normalmente não dizemos, e o silêncio em nada nos eleva.

A peregrinação solitária e compulsória, a vivência desta solidão acompanhada de suas vicissitudes, carências e sofrimentos podem e devem ser canalizadas como impulsionadores desta nossa tão necessária confissão em voz alta.

Só através dela perdi o nojo da vida, o nojo de mim mesmo, o nojo da água.

Freud apenas apropriou-se da sabedoria bíblica.


Walter Biancardine



NINGUÉM PODE ME DAR O QUE TENHO DE NASCENÇA -

A liberdade não é, ao contrário do que artistas, políticos e demagogos pregam, um direito: ela é uma condição natural, inerente à existência do ser humano, que não pode ser negociada, condicionada ou concedida à ninguém, seja através da adesão à ideologias, crenças ou filosofias de vida.

O homem é um animal gregário, seu DNA o impele à vida em sociedade tal qual formigas, elefantes ou macacos; enquanto ajustado ao meio social circundante, tal liberdade será desfrutada de forma natural e inquestionável.

Apenas um comportamento danoso ao bando, à matilha, ao grupo, pode justificar e promover sanções ao infrator, seja através de sua expulsão do meio (animais) ou - em nossas normas jurídicas - sua retirada compulsória do convívio em sociedade.

Abomino e repudio todo e qualquer um que pense ter o poder de me conceder algo que já possuo desde meu nascimento, como seja, minha liberdade.

Igualmente vejo como opressor todo aquele que exclui o meu pensar, meu intelecto, minhas opiniões, conclusões e crenças do conceito de "liberdade", acima descrito.

Quando uma realidade conflitante e prejudicial torna-se um consenso em uma sociedade, expressar nossos julgamentos é parte igual e preponderante de nossa liberdade inerente - mesmo justificada por algo tão frágil quanto o "consenso" - e, por isso, tanto quanto o encarceramento injusto, a censura é uma brutalidade arbitrária contra a condição natural do homem, dada por Deus, de criatura livre e pensante.

Não há nenhum pensamento filosófico que justifique ou embase a censura. A mesma é fruto direto de criações humanas como ideologias e suas leis resultantes, o que - no mais das vezes - sempre são diametralmente opostas aos absolutos divinos.

"É necessário que hajam dores, mas ai daqueles por quem as dores vem", diz a Bíblia.

E que Deus tenha piedade de tais pessoas, as quais são sobejamente conhecidas por nós.


Walter Biancardine





sábado, 29 de junho de 2024

PENA CAPITAL PARA BEBÊS E 40 GRAMAS LIBERADOS -

Em intervalo de tempo espantosamente curto, os integrantes da junta governativa da ditadura brasileira – leia-se STF – demoliram dois dos mais significativos e conhecidos valores de nossa sociedade, ao liberarem o aborto e as drogas.

A rapidez com que assim agiram demonstra a certeza de nenhumas satisfações terem a nos dar – afinal, somos uma ditadura – bem como revelam o cinismo e desfaçatez ao alegarem ser tudo “em consequência da imobilidade do Congresso”.

Pois bem, analisemos tal e esfarrapada desculpa: em primeiro lugar o poder Judiciário não é um “jogador no banco de reservas” do parlamento, entrando em campo quando este não apresenta “os resultados esperados”. Se deputados federais e senadores não se mexeram sobre tais temas, assim foi sua vontade e reflete a postura cautelosa diante de pautas tão delicadas, controversas (por conta exclusivamente da esquerda, que não aceita o consenso) e caras ao povo brasileiro que, em sua maioria absoluta, repudia drogas e aborto.

Em segundo lugar, não bastasse tal repulsa ser pública e notória, a decisão do STF é exatamente o oposto da vontade popular e esfrega em nossa cara que tais Ministros são cúmplices, partícipes dos grandes traficantes internacionais de drogas, conhecidos financiadores das esquerdas latino-americanas há décadas, bem como evidencia a subserviente vassalagem togada aos ditames da Escola de Frankfurt – “destruição total de tudo para que, do caos econômico e social resultante, algo novo e melhor emerja” – proposta essa seguida à risca por esquerdistas e globalistas, estes últimos de grande destaque como “Big Techs” e “Meta Capitalistas”.

A ânsia deste caos frankfurtiano pelos Ministros do STF pode ser sentida, de imediato, pelos absurdos resultantes: uma gestante – criminosa – que autorize o assassinato de seu bebê, com sete meses e meio de gravidez, é tão assassina quanto os que ordenaram essa morte, os Ministros supremos, ambos portadores de sociopatia terminal que – em condições normais de temperatura e pressão – os condenaria à reclusão perpétua em um sanatório para doentes mentais perigosos.

Não podemos esquecer dos médicos, os agentes do assassinato e sempre mais zelosos com suas carreiras que com o Juramento de Hipócrates que, igualmente, se acumpliciam como autores materiais da sentença de morte expedida pela Corte Suprema.

Assim, com o concurso de três cúmplices – a grávida (porque mãe não é), STF e suas excelências, os doutores médicos – uma injeção letal provocou a morte do bebê de sete meses, repito à exaustão, por assistolia, prática tão dolorosa e cruel que foi abolida mesmo em procedimentos veterinários de emergência, pelo tanto de sofrimento e dor absurdas que provocam nas vítimas.

Mas esta foi a vontade da grávida, do STF e dos médicos, todos aplaudidos de pé pela satânica e vitoriosa esquerda brasileira e mundial.

Vamos agora à questão das drogas. As mesmas são consideradas ilícitas em nosso Código Penal, sendo penalizados seu comércio, uso e posse – até ontem, agora não mais.

O tráfico de drogas é considerado crime hediondo no Brasil mas a proibição de seu porte, uso e comércio parece pouco ou nada ter pesado, na decisão do Supremo. Assim, o cidadão poderá carregar consigo até quarenta gramas de maconha – muito embora o Ministro Dias Toffoli tenha lamentado e julgado, para quem quisesse ouvir, que tal decisão deveria liberar igualmente todas as outras drogas.

Tal quantidade de maconha é suficiente para ser embalada em “tijolos” e rende até, aproximadamente, cem “baseados”. Se cada “baseado” é vendido à R$10,00 o “inocente” e “inimputável” portador do “tijolo” de maconha transportará por aí, livremente, uma carga no valor de uns R$1.000,00, para pasto e gáudio do gerente de sua “boca”.

Ora, a definição deste peso de 40 gramas é uma evidente liberação do tráfico de drogas – mas “só um pouquinho”, como diria a Ministra Carmem Lúcia, ao aprovar a censura – e seu livre transporte por todo o país. Em resumo, os Ministros do STF liberaram o tráfico de drogas, bem como seu consumo – a venda não vale à pena, pois traficante não gosta de pagar imposto, tirar alvará e correr o risco de seu “vapor” o processar na Justiça do Trabalho.

Mas onde entra a alegada “inação” do Congresso nessa história?

Não houve. A proposta foi apresentada por um pequeno e minoritário partido de esquerda, e foi fragorosamente derrotada em plenário – o Congresso, a voz do povo, o rejeitou.

Bastou, entretanto, que tal partido – minoritário por vontade do povo, que não elegeu seus candidatos – recorresse ao STF para que sua PROPOSTA rejeitada fosse transformada em LEI embora, teoricamente, a Corte Suprema “não legisle”. Deste modo temos a prova, esfregada em nossas caras, que o Supremo FECHOU o Parlamento e vivemos, de fato, em uma ditadura juristocrática.

Aliás, tantas e tão repetidas vezes propostas absurdas de partidos inexpressivos – ou de outros maiores, mas que foram derrotadas no Congresso – de esquerda foram “transformadas em lei” pelo STF que nos é lícito suspeitar que, na realidade, tais propostas seriam encomendadas pelo próprio Supremo aos venais parlamentares, a fim de emprestar mínima e tênue aparência de legalidade aos seus arbítrios autocráticos, bem como sua obediência à pautas obscuras, esquerdistas e globalistas, vindas do exterior ou de poderosos chefões internacionais das drogas.

Que o leitor tenha em conta, entretanto, que não é intenção deste artigo “vitimizar” o Congresso, pois toda essa inação deve-se à pencas de processos que os parlamentares respondem – ou responderão, caso se rebelem – ao STF, bem como ao tsunami de dinheiro do pagador de impostos, liberados pelo nosso Presidente comunista aos seus apoiadores do conhecido e majoritário “Centrão”, justamente para garantir um rebanho bovino e dócil.

Vivemos em uma situação extrema e paradoxal, cuja única solução talvez seja a “profetizada” pelo General Olímpio Mourão Filho, em 1964, ao dizer que “a continuar este sistema de governo o gangsterismo e a máfia se unirão, uma longa noite descerá sobre o Brasil até que uma guerra, acionando forças exógenas, venha a libertá-lo”.

É um paradoxo a covardia do Congresso, mas muitos foram comprados.

É um paradoxo a inação das Forças Armadas, mas sua cúpula foi cooptada – e, de todas as soluções esta seria a pior pelo positivismo de seus integrantes, que já experimentamos antes e resultou no que hoje vivemos.

Mas igualmente é um paradoxo nossa apatia, alegando temer prisões e mortes – as quais, sem agirmos, já acontecem.

Uma coisa é certa: sem dor, sofrimento e sacrifício – heroísmo, enfim – não sairemos dessa jamais.

Mas o brasileiro médio morre de vergonha – e medo – de ser herói.



Walter Biancardine



quinta-feira, 27 de junho de 2024

SENTENÇA DADA, SENTENÇA CUMPRIDA

 


O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, expediu sentença contra alguns médicos que se recusavam a realizar um procedimento de aborto, via assistolia fetal – um método tão cruel e doloroso que é vedado mesmo nos procedimentos veterinários – em uma gestante, que já contava com mais de sete meses de gravidez.

Tão medonho e pavoroso é o caso que, sem maiores ponderações, devemos ir diretamente ao fato: no sétimo mês de gravidez, é fora de questão que estamos tratando de um bebê. É um ser humano, uma criança – conheço não poucas pessoas, amigos e amigas, que nasceram aos sete meses de gravidez da mãe – dispondo de todas as condições de viver e se desenvolver, em uma infância plenamente normal.

Entretanto, por ordem – sentença de morte – expedida “legalmente” por Alexandre de Moraes, este bebê teve seu coração paralisado através de substâncias químicas, em um lento e dolorosíssimo processo, que o levou à morte.

O fato é que, com exceção do bebê, não há inocentes nesta história.

Alexandre de Moraes ordenou um assassinato, portanto é autor intelectual de um homicídio. Os médicos que realizaram tal procedimento – não sei quantos foram, se um ou mais de um – bem como toda a equipe envolvida, foram os executores deste mesmo homicídio. E a mãe da criança – pouco importa se pretendeu fazer o aborto com apenas duas semanas de gestação – é, igualmente, cúmplice e teve seu desejo de eliminar o bebê atendido. Se os trâmites legais demoraram e somente foram liberados com a mesma atingindo, já, sete meses de gestação, a mãe teria todo o direito de simplesmente recusar se submeter ao procedimento – por razões óbvias.

Em uma sequência enlouquecedora de ditames despóticos o STF – capitaneado por Alexandre de Moraes e endossado por Luís Roberto Barroso – fechou o Congresso e promulgou leis próprias, via “interpretação dos fatos” e sempre “provocados” por alguma ação jurídica de “partidos políticos” amigos, que incluem a implantação de uma ditadura, a feitura de presos políticos (já com mortes), exilados e censura.

Para piorar, pautas ideológicas foram, inopinadamente, impostas, tais como o aborto, a legalização das drogas e, até mesmo, a imposição do ensino da infame “linguagem neutra” nas escolas.

É evidente que, mais que um narco-estado, tais Ministros desejam empurrar aos brasileiros um padrão de sociedade semelhante aos piores bordéis, onde drogas e sexo promíscuo coroam a felicidade provocada pelas sequelas mentais do povo, oriundas de um sistema de ensino canibalizante do intelecto e fortemente festejada e incentivada por emissoras de televisão, jornais, revistas e emissoras de rádio.

Urge uma reação dura do povo brasileiro. Se não por vergonha, ao menos pelo mais básico e humano instinto de sobrevivência.



Walter Biancardine




quarta-feira, 26 de junho de 2024

O GOLPE NA BOLÍVIA -


Não percam seu tempo se acham que comentarei sobre os acontecimentos de hoje na bela e andina Bolívia.


Golpe? Que golpe?

Que eu saiba - e todos nós somos experimentados golpistas - um verdadeiro golpe de estado se dá com velhinhas de Bíblia na mão e segurando o terço, bem como escrevendo frases com batom em estátuas.

Aqueles amadores bolivianos teriam tentado dar um golpe de estado usando blindados, armas e soldados?

Sua principal presa política, Jeanine Añez Chávez, ainda mantém sua conta no X-Twitter e diz que é contra?

Que aprendam conosco, os verdadeiros golpistas, que temos canais fechados, contas bloqueadas, prisões sentenciadas a 17 anos, mortes na cadeia, exilados políticos e tudo isso graças à nossa heróica ação de fazer passeatas e acampar em frente aos quartéis!

Os militares bolivianos, igualmente, são uns primários: bons são os nossos, que utilizam as mais modernas estratégias de perfídia - sem falar nas corajosas pinturas de meio-fio - para deter os insanos que "atentam violentamente contra o estado democrático de direito"!

Ainda falta muito para que os pobres bolivianos se comparem ao nosso brilho!


Walter Biancardine



O MUNDO ACABA E CABO FRIO NEM AÍ -


A ditadura judicial não mais disfarça e abate, com sua mão pesada, os poucos corajosos que dela discordam.

De ontem para hoje, tivemos 24 horas de terror ao vermos nossas publicações excluídas e mesmo a Rádio Auri Verde Bauru noticiou, nesta manhã, a perseguição e exclusão que tem sido vítima.

Mas o quadro não se resume a isso: temos presos políticos como Filipe G. Martins - encarcerado sem nenhuma razão plausível - bem como idosos e mães de filhos pequenos igualmente presos, junto com doentes e que precisam de cuidados especiais.

Já tivemos um morto - o "Clezão" - e ficou por isso mesmo. Ninguém lembra ou menciona ter sido o pobre homem vítima desta ditadura.

Nosso Congresso foi fechado por aquele órgão de três letras, cujo nome sequer pode ser mencionado, e que descaradamente distorce as leis existentes, dando às mesmas o sentido ideológico que lhes convém.

Não temos liberdade de falar, de opinar, de discordar, de protestar e, alguns, sequer de ir e vir ou voltar ao Brasil - exilados políticos que são.

O Brasil esfacela-se sob este pesado bombardeio do sistema, naufraga economica e democraticamente, o povo empobrece, não pode reclamar e o quê os jornais, TV's e rádios de Cabo Frio fazem?

NADA.

Tenho amigos no meio radiofônico, televisivo e jornalistico mas a compulsão em falar a verdade já me fez perder muitos deles - apenas não será agora, em um momento tão grave, que agirei diferente: a mídia cabofriense está muda, finge que não vê porque É COVARDE! E tal adjetivo igualmente se aplica a muitos políticos locais, que prudentemente disfarçam seu horror em "estarem ocupados com outras importantes funções".

O Brasil naufraga, e nossa mídia fala que tal praia "ganhou a bandeira azul" dos tarados ambientais ou mesmo que sediaremos "evento com foco no turismo e tecnologia" - NEM UMA LINHA SEQUER SOBRE NOSSO PAÍS MERGULHANDO NO CAOS DITATORIAL!

É certo que mídias locais devem, preferencialmente, tratar dos assuntos pertinentes à comunidade mas a hipocrisia é evidente, a covardia é explícita e - sou capaz de apostar - caso um dia a liberdade venha a renascer sobre nosso país, tais medrosos prontamente vestirão a capa de "heróis da resistência"!

HIPÓCRITAS! COVARDES!

Que o leitor destas linhas saiba: de nada adianta assistir a TV Alto Litoral, ler Folha dos Lagos ou ouvir rádios - pouco importa o programa ou apresentador: VOCÊ ESTÁ SENDO ENGANADO por gente que, sequer, tem coragem para assinar o que pensa!

Um dia, quem sabe, teremos gente com testosterona novamente em Cabo Frio.

Até lá, que Deus tenha piedade de nós, e do Brasil.


Walter Biancardine 



ESTÁ EXPLICADO -

Alexandre Pittoli acaba de divulgar, neste exato momento em seu programa da Rádio Auri Verde Bauru, que uma postagem feita ontem no YouTube - onde apenas reproduziam um vídeo do Ministro Dias Toffoli, avisando ao Congresso que não adiantaria reagir à escandalosa decisão daquela Corte - foi REMOVIDA pelo Youtube.

Alexandre Pittoli concluiu o óbvio: existe uma pesadíssima e coordenada vigilância censória, que CENSURA INAPELAVELMENTE toda e qualquer referência à Corte.

Para completar, igualmente denunciou que o botão "LIKE" nos vídeos daquele canal FOI REMOVIDO.

Eis o porque de meu artigo de ontem ter sido, tantas e repetidas vezes, banido e excluido das páginas do Facebook.

As redes sociais obedecem - mesmo violando a lei, que veda a censura - às determinações daqueles sinistros e poderosos senhores.


Walter Biancardine