sábado, 29 de junho de 2024

PENA CAPITAL PARA BEBÊS E 40 GRAMAS LIBERADOS -

Em intervalo de tempo espantosamente curto, os integrantes da junta governativa da ditadura brasileira – leia-se STF – demoliram dois dos mais significativos e conhecidos valores de nossa sociedade, ao liberarem o aborto e as drogas.

A rapidez com que assim agiram demonstra a certeza de nenhumas satisfações terem a nos dar – afinal, somos uma ditadura – bem como revelam o cinismo e desfaçatez ao alegarem ser tudo “em consequência da imobilidade do Congresso”.

Pois bem, analisemos tal e esfarrapada desculpa: em primeiro lugar o poder Judiciário não é um “jogador no banco de reservas” do parlamento, entrando em campo quando este não apresenta “os resultados esperados”. Se deputados federais e senadores não se mexeram sobre tais temas, assim foi sua vontade e reflete a postura cautelosa diante de pautas tão delicadas, controversas (por conta exclusivamente da esquerda, que não aceita o consenso) e caras ao povo brasileiro que, em sua maioria absoluta, repudia drogas e aborto.

Em segundo lugar, não bastasse tal repulsa ser pública e notória, a decisão do STF é exatamente o oposto da vontade popular e esfrega em nossa cara que tais Ministros são cúmplices, partícipes dos grandes traficantes internacionais de drogas, conhecidos financiadores das esquerdas latino-americanas há décadas, bem como evidencia a subserviente vassalagem togada aos ditames da Escola de Frankfurt – “destruição total de tudo para que, do caos econômico e social resultante, algo novo e melhor emerja” – proposta essa seguida à risca por esquerdistas e globalistas, estes últimos de grande destaque como “Big Techs” e “Meta Capitalistas”.

A ânsia deste caos frankfurtiano pelos Ministros do STF pode ser sentida, de imediato, pelos absurdos resultantes: uma gestante – criminosa – que autorize o assassinato de seu bebê, com sete meses e meio de gravidez, é tão assassina quanto os que ordenaram essa morte, os Ministros supremos, ambos portadores de sociopatia terminal que – em condições normais de temperatura e pressão – os condenaria à reclusão perpétua em um sanatório para doentes mentais perigosos.

Não podemos esquecer dos médicos, os agentes do assassinato e sempre mais zelosos com suas carreiras que com o Juramento de Hipócrates que, igualmente, se acumpliciam como autores materiais da sentença de morte expedida pela Corte Suprema.

Assim, com o concurso de três cúmplices – a grávida (porque mãe não é), STF e suas excelências, os doutores médicos – uma injeção letal provocou a morte do bebê de sete meses, repito à exaustão, por assistolia, prática tão dolorosa e cruel que foi abolida mesmo em procedimentos veterinários de emergência, pelo tanto de sofrimento e dor absurdas que provocam nas vítimas.

Mas esta foi a vontade da grávida, do STF e dos médicos, todos aplaudidos de pé pela satânica e vitoriosa esquerda brasileira e mundial.

Vamos agora à questão das drogas. As mesmas são consideradas ilícitas em nosso Código Penal, sendo penalizados seu comércio, uso e posse – até ontem, agora não mais.

O tráfico de drogas é considerado crime hediondo no Brasil mas a proibição de seu porte, uso e comércio parece pouco ou nada ter pesado, na decisão do Supremo. Assim, o cidadão poderá carregar consigo até quarenta gramas de maconha – muito embora o Ministro Dias Toffoli tenha lamentado e julgado, para quem quisesse ouvir, que tal decisão deveria liberar igualmente todas as outras drogas.

Tal quantidade de maconha é suficiente para ser embalada em “tijolos” e rende até, aproximadamente, cem “baseados”. Se cada “baseado” é vendido à R$10,00 o “inocente” e “inimputável” portador do “tijolo” de maconha transportará por aí, livremente, uma carga no valor de uns R$1.000,00, para pasto e gáudio do gerente de sua “boca”.

Ora, a definição deste peso de 40 gramas é uma evidente liberação do tráfico de drogas – mas “só um pouquinho”, como diria a Ministra Carmem Lúcia, ao aprovar a censura – e seu livre transporte por todo o país. Em resumo, os Ministros do STF liberaram o tráfico de drogas, bem como seu consumo – a venda não vale à pena, pois traficante não gosta de pagar imposto, tirar alvará e correr o risco de seu “vapor” o processar na Justiça do Trabalho.

Mas onde entra a alegada “inação” do Congresso nessa história?

Não houve. A proposta foi apresentada por um pequeno e minoritário partido de esquerda, e foi fragorosamente derrotada em plenário – o Congresso, a voz do povo, o rejeitou.

Bastou, entretanto, que tal partido – minoritário por vontade do povo, que não elegeu seus candidatos – recorresse ao STF para que sua PROPOSTA rejeitada fosse transformada em LEI embora, teoricamente, a Corte Suprema “não legisle”. Deste modo temos a prova, esfregada em nossas caras, que o Supremo FECHOU o Parlamento e vivemos, de fato, em uma ditadura juristocrática.

Aliás, tantas e tão repetidas vezes propostas absurdas de partidos inexpressivos – ou de outros maiores, mas que foram derrotadas no Congresso – de esquerda foram “transformadas em lei” pelo STF que nos é lícito suspeitar que, na realidade, tais propostas seriam encomendadas pelo próprio Supremo aos venais parlamentares, a fim de emprestar mínima e tênue aparência de legalidade aos seus arbítrios autocráticos, bem como sua obediência à pautas obscuras, esquerdistas e globalistas, vindas do exterior ou de poderosos chefões internacionais das drogas.

Que o leitor tenha em conta, entretanto, que não é intenção deste artigo “vitimizar” o Congresso, pois toda essa inação deve-se à pencas de processos que os parlamentares respondem – ou responderão, caso se rebelem – ao STF, bem como ao tsunami de dinheiro do pagador de impostos, liberados pelo nosso Presidente comunista aos seus apoiadores do conhecido e majoritário “Centrão”, justamente para garantir um rebanho bovino e dócil.

Vivemos em uma situação extrema e paradoxal, cuja única solução talvez seja a “profetizada” pelo General Olímpio Mourão Filho, em 1964, ao dizer que “a continuar este sistema de governo o gangsterismo e a máfia se unirão, uma longa noite descerá sobre o Brasil até que uma guerra, acionando forças exógenas, venha a libertá-lo”.

É um paradoxo a covardia do Congresso, mas muitos foram comprados.

É um paradoxo a inação das Forças Armadas, mas sua cúpula foi cooptada – e, de todas as soluções esta seria a pior pelo positivismo de seus integrantes, que já experimentamos antes e resultou no que hoje vivemos.

Mas igualmente é um paradoxo nossa apatia, alegando temer prisões e mortes – as quais, sem agirmos, já acontecem.

Uma coisa é certa: sem dor, sofrimento e sacrifício – heroísmo, enfim – não sairemos dessa jamais.

Mas o brasileiro médio morre de vergonha – e medo – de ser herói.



Walter Biancardine



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