A liberdade não é, ao contrário do que artistas, políticos e demagogos pregam, um direito: ela é uma condição natural, inerente à existência do ser humano, que não pode ser negociada, condicionada ou concedida à ninguém, seja através da adesão à ideologias, crenças ou filosofias de vida.
O homem é um animal gregário, seu DNA o impele à vida em sociedade tal qual formigas, elefantes ou macacos; enquanto ajustado ao meio social circundante, tal liberdade será desfrutada de forma natural e inquestionável.
Apenas um comportamento danoso ao bando, à matilha, ao grupo, pode justificar e promover sanções ao infrator, seja através de sua expulsão do meio (animais) ou - em nossas normas jurídicas - sua retirada compulsória do convívio em sociedade.
Abomino e repudio todo e qualquer um que pense ter o poder de me conceder algo que já possuo desde meu nascimento, como seja, minha liberdade.
Igualmente vejo como opressor todo aquele que exclui o meu pensar, meu intelecto, minhas opiniões, conclusões e crenças do conceito de "liberdade", acima descrito.
Quando uma realidade conflitante e prejudicial torna-se um consenso em uma sociedade, expressar nossos julgamentos é parte igual e preponderante de nossa liberdade inerente - mesmo justificada por algo tão frágil quanto o "consenso" - e, por isso, tanto quanto o encarceramento injusto, a censura é uma brutalidade arbitrária contra a condição natural do homem, dada por Deus, de criatura livre e pensante.
Não há nenhum pensamento filosófico que justifique ou embase a censura. A mesma é fruto direto de criações humanas como ideologias e suas leis resultantes, o que - no mais das vezes - sempre são diametralmente opostas aos absolutos divinos.
"É necessário que hajam dores, mas ai daqueles por quem as dores vem", diz a Bíblia.
E que Deus tenha piedade de tais pessoas, as quais são sobejamente conhecidas por nós.
Walter Biancardine
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