domingo, 16 de fevereiro de 2025

SOMOS UNS BANANAS?


A esquerda teve, durante mais de quarenta anos, o monopólio absoluto dos meios de comunicação: seus expoentes são entrevistados, tentam impor suas versões dos fatos, divulgam seus pensamentos e doutrinas enquanto a direita chegou, por inanição, à extinção.

Quando, graças aos esforços de Olavo de Carvalho e à divulgação de Jair Bolsonaro, um novo embrião conservador se forma, um estranho desejo de auto-destruição se apodera dos direitistas e, prontamente, se põem a entrevistar e divulgar esquerdistas.

Pergunto se, algum dia, os programas usuais de TV convidaram conservadores: jamais ou, se o fizeram, usaram como plataforma de achincalhe (vide Enéias, no Jô 11 e Meia).

Quem se crê conservador, de direita e dispõe de algum meio de comunicação nas mãos jamais deverá dar voz a quem já a teve, monopolisticamente, durante meio século.

Essa tática - passar uma imagem de "imparcial" - apenas revela a fraqueza e submissão do entrevistador ou - de modo pior - uma secreta simpatia ou colaboracionismo com a canhota.

Nada há de importante naquilo que a esquerda diz. Nenhum esquerdista poderá revelar furos de reportagem, e nenhuma suposta moderação dos mesmos mudará o fato que - assim que puderem - nos colocarão em um paredão de fuzilamento.

É hora de escolher o personagem: ser um "isentão" frouxo, tentando angariar popularidade para si e que terminará seus dias desmoralizado e sentado dengosamente no colo de um esquerdista, ou assumir o ônus e os bônus de declarar-se abertamente um adversário - mais que adversário, um inimigo - de uma ideologia que já matou mais de 120 milhões de pessoas.

Aldo Rebelo, por exemplo, é muito simpático.

Mas puxaria o gatilho contra nós com um doce sorriso no rosto.


Walter Biancardine



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