Quando, graças aos esforços de Olavo de Carvalho e à divulgação de Jair Bolsonaro, um novo embrião conservador se forma, um estranho desejo de auto-destruição se apodera dos direitistas e, prontamente, se põem a entrevistar e divulgar esquerdistas.
Pergunto se, algum dia, os programas usuais de TV convidaram conservadores: jamais ou, se o fizeram, usaram como plataforma de achincalhe (vide Enéias, no Jô 11 e Meia).
Quem se crê conservador, de direita e dispõe de algum meio de comunicação nas mãos jamais deverá dar voz a quem já a teve, monopolisticamente, durante meio século.
Essa tática - passar uma imagem de "imparcial" - apenas revela a fraqueza e submissão do entrevistador ou - de modo pior - uma secreta simpatia ou colaboracionismo com a canhota.
Nada há de importante naquilo que a esquerda diz. Nenhum esquerdista poderá revelar furos de reportagem, e nenhuma suposta moderação dos mesmos mudará o fato que - assim que puderem - nos colocarão em um paredão de fuzilamento.
É hora de escolher o personagem: ser um "isentão" frouxo, tentando angariar popularidade para si e que terminará seus dias desmoralizado e sentado dengosamente no colo de um esquerdista, ou assumir o ônus e os bônus de declarar-se abertamente um adversário - mais que adversário, um inimigo - de uma ideologia que já matou mais de 120 milhões de pessoas.
Aldo Rebelo, por exemplo, é muito simpático.
Mas puxaria o gatilho contra nós com um doce sorriso no rosto.
Walter Biancardine
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