As fronteiras são, antes de tudo, um fenômeno histórico. Desde os primórdios da civilização, os povos sentiram a necessidade de delimitar territórios para garantir sua soberania, preservar sua cultura e assegurar um desenvolvimento ordenado. O conceito de nação, alicerçado na identidade coletiva, nos costumes e na continuidade histórica, sempre dependeu da existência de limites bem defendidos, físicos e simbólicos.
Tais limites não são apenas linhas arbitrárias desenhadas em mapas. Elas representam a segurança dos povos nativos, protegendo-os de ameaças externas, garantindo alguma estabilidade econômica e social, além de permitir a auto-organização interna da sociedade. Sem essas barreiras, qualquer comunidade torna-se vulnerável a invasões, conflitos, influências culturais nocivas e, como vemos na contemporaneidade, a uma imigração desordenada e imposta por elites globalistas que desprezam as bases culturais e históricas das nações, em nome de seu interesse na “governança global”.
Assistimos, passivos, a uma imposição puramente ideológica travestida de "ajuda humanitária". A imigração forçada, patrocinada por organismos supranacionais e ONG’s, ignora a lógica do acolhimento racional e do aproveitamento de mão de obra qualificada. Pelo contrário, os países são compelidos a absorver grandes contingentes de imigrantes sem formação profissional, frequentemente oriundos de regiões instáveis e que, ao invés de contribuírem economicamente, tornam-se dependentes de sistemas de assistência estatal já sobrecarregados.
As consequências dessa política são catastróficas. No âmbito social, gera-se um impacto direto na coesão nacional, pois a inserção artificial e forçada de populações culturalmente diversas tende a desestabilizar e ameaçar os valores, tradições e costumes locais, inclusive no que tange ao aspecto religioso, se levarmos em consideração o radicalismo islâmico.
Sob o prisma racial, observa-se um aumento da tensão entre grupos nativos e estrangeiros, alimentando o ressentimento, promovendo conflitos, segregação e crimes, em vez de uma integração harmoniosa.
Igualmente, a imposição do multiculturalismo indiscriminado leva à erosão dos valores nacionais. Em nome de uma suposta "tolerância", populações anfitriãs são forçadas a aceitar costumes que muitas vezes colidem com suas próprias tradições, criando um tremendo choque civilizacional e promovendo uma fragmentação identitária, ainda que aceita de forma passiva, dada a doutrinação imposta pela grande mídia. Ao mesmo tempo, a globalização demagógica desvaloriza a meritocracia e o esforço individual ao priorizar a vitimização de grupos específicos como justificativa para sua inserção forçada em sociedades que não foram consultadas nesse processo.
No campo econômico e financeiro, os efeitos são ainda mais alarmantes. O impacto sobre os cofres públicos é imediato: um aumento exponencial dos custos com assistência social, saúde pública e segurança.
Em muitos casos, os imigrantes ilegais ou de baixa qualificação são mantidos por auxílios governamentais, pagos pelos contribuintes locais, o que onera a economia e compromete investimentos essenciais para o crescimento sustentável. Além disso, a pressão sobre o mercado de trabalho leva à desvalorização salarial e à precarização das condições laborais para os próprios cidadãos nativos, acentuando desigualdades e agravando a insatisfação popular.
Fronteiras existem por um motivo: para preservar a soberania, a identidade e a segurança das nações. A destruição delas, sob a desculpa da "ajuda humanitária", é um projeto ideológico que ignora as consequências reais de uma imigração descontrolada – pior: provocada deliberadamente, pela exclusiva ambição de poder global.
Todo país tem o direito e o dever de decidir quem pode entrar em seu território, levando em consideração sua capacidade econômica e a compatibilidade cultural dos imigrantes.
Rejeitar essa imposição globalista não é xenofobia; é uma questão de sobrevivência nacional e respeito à história e tradição dos povos.
Walter Biancardine
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