Irrita-me ver gente indignada com os cuidadosos e seletivos "vazamentos" divulgados pela grande mídia, onde o Ten. Cel. Mauro Cid faz acusações contra Bolsonaro. Ora, se é uma delação, é para acusar!
A grande questão hoje, entretanto, são as ameaças explícitas feitas pelo ditador Alexandre de Moraes, onde ele exige algum conteúdo realmente incriminatório - ponto para Mauro Cid - ou "sua família sofrerá consequências".
Não chegarei ao ponto de crer que tudo isso seja uma estratégia pré-elaborada, contando com a quase nula possibilidade que tais vídeos fossem revelados. Para piorar, quem poderia assegurar que o juiz do caso participaria da delação (algo ilegal) e o ameaçaria ou à sua família?
Tal estratégia não houve, e Mauro Cid quis apenas livrar-se da prisão, mostrando uma pouca resistência às pressões - coisa que Filipe G. Martins soube lidar - e evidenciou que ser conservador não é para "homens de geléia", como diria Olavo de Carvalho.
O ponto positivo - extremamente positivo, agora que a Justiça norte-americana aponta o dedo contra Moraes - são as provas das ameaças à família de Mauro Cid, o que é algo próximo aos métodos dos piores mafiosos da história; até no mundo do crime se sabe que não se deve mexer com isso.
Temos, de um lado, um homem bom mas fraco; de outro, um psicopata envolvido no crime organizado e serviçal de globalistas, que deu um golpe de Estado na República. No meio disso tudo, estão um Congresso inteiro inerme, apavorado - ou em sociedade com o STF - e um indignado povo brasileiro que não ousa, entretanto, admitir que só o sangue nas ruas retirará qualquer ditadura do poder.
Resta-nos apenas aguardar o desenrolar dos acontecimentos.
Tomar borrachada de PM aos 61 anos dói demais.
Walter Biancardine
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