terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

REBELDIA É FUNDAMENTAL -


Como classificar alguém que, supostamente, transgride normas e convenções se vestindo como um marginal, usando vocabulário de quinze palavras, ouvindo músicas cujo único tema é sexo e se entregando abertamente à inconsciência, dopado que está pelos efeitos das drogas?

O que dizer de alguém cujo comportamento é chocante perante a sociedade, com modos inconvenientes ou atitudes de evidente e explícita lascívia?

A conhecida e glamourizada “vagabundagem escolar” será, ainda, um passaporte para a outrora ambicionada posição de “fodão” perante o grupo de amigos? E este mesmo grupo de amigos? Serão realmente aqueles que, após termos nos submetidos aos testes de admissão – sempre humilhantes – e já fazendo parte do mesmo, nos darão um certificado de “aprovado” e “apto para o convívio”?

Como classificar a “revolta” de jovens que se posicionam frontalmente contra os pais, descumprem suas normas, mentem, enganam e até os desacatam, sempre amparados na certeza de serem seus progenitores as únicas criaturas na face da terra que sempre os amarão, por piores que sejam?

Pior de tudo: o que esperar de alguém que crê, piamente, que a vida adulta – mercado de trabalho, relações sociais, obrigações – ainda comporta toda essa gama comportamental, classificada pelos psicólogos atuais como “rebeldia”?

Quem já passou dos dezoito anos e assim se mantém não é um rebelde, trata-se apenas de um sociopata ou, na melhor das hipóteses, um mimado filhinho de papais permissivos e medrosos.

Meu jovem, o mundo mudou e tudo na vida – inclusive alguns conceitos – também. 

Para ser um verdadeiro rebelde nos dias atuais, há que se estudar, e muito. Há que se aprender, se formar, formar o caráter, a disciplina e seus valores e princípios. 

Nada há que seja mais rebelde, mais “contra o sistema” que tudo isso, pois tudo o que este mesmo sistema deseja – e se esforça para que você se torne – é sua estupidez, a formulação de críticas vãs, a leniência, passividade travestida de “desprezo” e toda a poderosa e manipulável ignorância, incentivada pela cultura de massa e grande mídia. Este é o autômato ideal, o tão falado “gado”, o homem da Nova Ordem Mundial.

Nada é mais rebelde hoje que ir à igreja, estudar e buscar ser uma pessoa esclarecida e útil.

É algo como estender uma cruz diante do capeta.

Experimente, vale à pena.


Walter Biancardine



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