quarta-feira, 14 de junho de 2023

MR. SANDMAN, EU SONHO OU FUJO?

 

Uma antiga canção, de um grupo musical feminino norte-americano chamado The Chordettes apelava, nos idos de 1954, a uma criatura folclórica – Mr. Sandman – que trouxesse um sonho para elas.

É preciso discernimento nessa altura da vida, esbarrando perigosamente nos 60 anos, para distinguir se ainda mantemos vivos alguns sonhos ou se os mesmos, que nos acompanharam por toda uma existência, não seriam fuga em traje esporte fino.

Não há motivos para corar quando me dou conta de meus dias serem tomados pelos mesmos ideais da juventude – cevados pelo tanto de enriquecimento intelectual que a vida, generosamente, me proporcionou – e persistir na luta cotidiana por um Brasil decente, um povo de olhos afiados e ouvidos perspicazes, imunes à cantilena canhota, e que imponham o devido respeito aos inúmeros empregados que contratamos: burocratas, técnicos, políticos, magistrados e militares.

Mr. Sandman, traga-me o sonho de um povo consciente de que ele é a fonte, a origem e única justificativa para a existência das leis e instituições, que tão caras nos custam e tantos males nos impõem, pela soberba de acharem-se verdadeira casta.

Mas sou humano, Mr. Sandman, e reconheço que aspirar a uma vida digna – em boa casa, família reunida, filho ao lado e a tão almejada Audrey Hepburn como esposa – despencou, nesta altura de tantos anos vividos, da categoria de sonho para a simples e covarde fuga, praticada todas as noites, agarrado a meu travesseiro e em desesperada tentativa de pegar no sono – outra fuga mas que, ao menos, me refaz para mais um dia. E deste último parágrafo, egoísta e troféu de uma vida derrotada, me envergonho.

Meus dias caminham apressadamente para o fim mas se, ao chegar o último deles, eu houver conseguido a primeira parte de minhas pretensões, fecharei os olhos tranquilo na certeza que meu filho não herdará nossa desfaçatez, hipocrisia vermelha e passividade cotidianas.

Isto sim, será verdadeiro troféu.

Mr. Sandman, someone to hold
Would be so peachy before we're too old
So please turn on your magic beam
Mr. Sandman, bring us, please, please, please
Mr. Sandman, bring us a dream



terça-feira, 6 de junho de 2023

PARALAXE JUDICIÁRIA, IDEOLÓGICA OU CIVILIZACIONAL?

 

A definição de paralaxe cognitiva, segundo o Professor Olavo de Carvalho, é o deslocamento ou afastamento entre o eixo da construção teórica e o eixo da experiência real do indivíduo que está fazendo esta construção.

Ora, abordando aquilo que é exposto nos diversos e vastíssimos códigos que balizam a construção normativa legal brasileira, poderemos extrair inúmeros exemplos de verdadeira paralaxe judiciária. Cito, por fácil e repetitivo que observamos, as diversas leis que nos garantem a liberdade de expressão ou a proibição de censuras por um lado e as inúmeras decisões – por vezes colegiadas – do Supremo Tribunal Federal, guardião último de nossa Constituição, impondo justamente o cerceamento ao sagrado direito de falar, não apenas por parte da imprensa como de indivíduos em redes sociais. Pior: os citados Ministros não apenas censuram como removem o conteúdo, processam, multam e mesmo prendem aqueles que manifestam pontos de vista divergentes da “opinião padrão” consentida por tal Corte.

Já a paralaxe ideológica encontra sua corporificação em todo o espectro esquerdista, surgido teoricamente para defender as escolhas democráticas apontadas pela voz do povo, prega a liberdade, luta pelos oprimidos, desassistidos e tem como ideal máximo uma sociedade sem classes e plena em distribuição de renda. E o que vemos?

A mesma esquerda que prega liberdade taxa de “nazista, fascista”, quaisquer pensamentos políticos opostos aos seus e exclui – discriminando socialmente, de modo por vezes violento – os discordantes. Sobrecarrega os oprimidos e desassistidos com inominável carga tributária e os mais diversos obstáculos para que consigam um emprego, e quanto a “sociedade sem classes e plena em distribuição de renda”, desnecessário relembrar o enriquecimento faraônico de seus líderes, a criação de verdadeiras “castas” no estamento burocrático (lembremos o esquerdista Raimundo Faoro, criador do termo) e a nenhuma distribuição de renda – pelo contrário, a concentração da mesma evidenciou-se na promoção, durante os governos do PT, dos “Campeões Nacionais” tais como JBS, Ambev, Odebrecht e outras, sempre denunciadas por corrupção durante a falecida Operação Lava-Jato e verdadeiro estandarte da economia fascista – sim, o termo é esse – em que submergimos.

Para finalizar constatamos, perplexos, a verdadeira paralaxe civilizacional em que vivemos.

A infeliz sociedade atual não mais é formada intelectualmente pelo pensamento de sábios, filósofos, literários ou acadêmicos dedicados pois a grande mídia e a cultura de massas tomaram esse lugar. De que valem as elocubrações de um Olavo de Carvalho, de um Louis Lavelle ou mesmo São Tomás de Aquino se a verdade final é atribuída aos rompantes de uma Mírian Leitão, Glenn Greenwald, Gérson Camarotti e tantos “exemplos de sabedoria”?

As consequências se fazem sentir quando nos damos conta que a mesma sociedade que condena a discriminação do indivíduo por seus hábitos sexuais execra outros por suas escolhas políticas; os mesmos “esclarecidos” que abraçam árvores na Lagoa Rodrigo de Freitas, soltam pombas brancas e dizem “viva a vida, abaixo a violência” são os primeiros a crer que matar uma criança ainda no útero materno é um direito, baseado em estúpido refrão “meu corpo (?), minhas regras”, e em seguida consomem, alegremente, toneladas da maconha vendida pelos mesmos criminosos que não hesitarão em matá-los, durante um assalto – o dinheiro gasto na maconha pagou a bala que o matou.

Hipnotizados, castrados, teleguiados pela grande mídia e cultura de massas, os integrantes de nossa sociedade atual cumprem as pautas determinadas por essa mesma esquerda globalista e promovem verdadeira caça às bruxas contra os raros indivíduos pensantes, que observam – pasmos – a esquerda impor a mesma hipocrisia que tanto condenou nos anos 60.

Sim, porque hipocrisia é o termo de mais fácil assimilação para expor a monstruosidade praticada contra nós, de forma mais concisa e sem a necessidade de recorrer a dicionários para entender alertas como este – e que me perdoe o mestre Olavo, por tal escorregada.


Walter Biancardine

sábado, 3 de junho de 2023

NÃO PODEMOS NOS DISTRAIR

 


Olavo de Carvalho assumiu como missão de vida a formação de uma intelectualidade brasileira revigorada, liberta das amarras esquerdistas e não mais prisioneira das mentiras ideológicas que resultaram no estranho e único caso brasileiro, que é um país sem vida cultural superior.

Considerando o deserto intelectual do Brasil, saiu-se o professor maravilhosamente bem, pois contarmos hoje com algo em torno de umas dez cabeças realmente pensantes e atuantes no panorama cultural nacional, é verdadeira e gloriosa vitória.

Evidentemente tal pensamento superior nenhuns efeitos produz na massa – ao menos de maneira imediata – pois necessita da dinâmica natural de um demorado processo de capilaridade inversa, onde tal conhecimento infiltra-se de cima para baixo, sempre naturalmente traduzido para termos e linguajares apropriados a cada uma dessas camadas e é neste contexto que julgo encaixar-me.

Em um nível mais profundo de pensamento sei que podemos confiar em pessoas e canais como o Sr. Sepúlveda, Paulo Henrique do PH Vox, Centro Dom Bosco, Bernardo Kuster e o próprio canal do professor Olavo de Carvalho e mais alguns, que dedicam-se a divulgar recortes de seus pensamentos. Já nas camadas mais populares é que a situação torna-se preocupante, pois contamos com um número muito mais restrito de personalidades que realmente transmitem princípios, valores e crenças caras a nós, conservadores. Poderia citar o canal de Luiz Camargo e, bem mais raso porém muito mais comunicativa, a Bárbara (Te Atualizei). Mesmo um Diogo Forjaz com toda sua cultura e um Kim Paim e sua notória perspicácia não se encaixam nestes termos, por focarem muito mais nos fatos cotidianos e sem maiores preocupações em transmitir valores filosóficos.

Desnecessário dizer que minha preocupação concentra-se exatamente nesta faixa “popular” da transmissão de valores e princípios, pois muitas vezes poderemos observar alguns, citados acima ou não, mas encaixados nesta categoria, resvalarem perigosamente rumo a um liberalismo cômodo ou escorregando em tristes estratégias de “click bait”.

O pensamento liberal ou mesmo as armadilhas do “click bait”  de maneira alguma encaixam-se em supostas formas de simplificação do discurso para fácil compreensão das massas. Posso usar exemplos próprios de simplificação em minha lavra, ao não considerar eventualmente o liberalismo ou conservadorismo como ideologias: alego que este último é apenas o resultado da vida em sociedade ao longo dos séculos, enquanto o primeiro seria verdadeiro pensamento de prostituta – dinheiro na mão, calcinhas no chão. Uso tal estratagema para criar nítida linha divisória que isole o conservadorismo dos demais pensamentos que podem ser-nos prejudiciais. É muito mais fácil compreender que “ideologias” são um mal a ser combatido do que discutir cada uma delas.

Do mesmo modo, em fatos mais cotidianos, aponto minha artilharia contra a esquerda, os partidos e personagens desta ala e abordo de maneira bastante superficial – pequenos salpicos, na verdade – questões cruciais como as terríveis pretensões da rediviva UNASUL, Pátria Grande, URSAL, Foro de São Paulo, Grupo de Puebla e toda a arquitetura projetada para a sovietização da América Latina e entrega da mesma, como verdadeira colônia, a russos e chineses – sim, o espectro é grande e terrível demais para ser digerido em pequenos vídeos ou mesmo em lives mais demoradas, eis que o ser humano naturalmente rejeita aquilo que parece-lhe demasiadamente medonho. Assim, é mais produtivo incentivar a repulsa a instituições e personagens esquerdistas como PT, PSOL, Lula e tantos outros, do que aprofundar-me em tais abismos. Na verdade, o resultado pode ser justamente o contrário do que pretendemos: desalento e inação, adversários grandes demais e, portanto, invencíveis. Tal desânimo já pode ser notado nas principais redes sociais nestes últimos dias, e isso é preocupante.

Haveremos de encontrar rapidamente um meio de sanar este estado de espírito ou estaremos condenando o Brasil ao calabouço ditatorial e trevoso da esquerda.

É preciso que os formadores de opinião – os quais, pelo enorme número, tornaram-se massa difusa e não-confiável – tenham a coragem de infundir o sentimento de reatividade: reagir é urgente, o desânimo é fraqueza e a falta de fé, heresia patriótica.

Estamos em um daqueles momentos decisivos, onde separam-se os homens dos meninos.


Walter Biancardine


MAIS OLAVO, MENOS OLIVA - Agora você pode ler!

As Forças Armadas brasileiras - mais especificamente o Exército - tem longo e infeliz currículo de traições à Pátria, na maioria das vezes jamais vistas como tal por total incompreensão dos fatos e razões das mesmas, por parte do povo. 
Neste livro enumero e explico todos estes atos, com base no que aprendi com o filósofo Olavo de Carvalho e mesmo por experiência própria, ao longo de tantos anos de jornalismo. 

As verdadeiras causas de tais traições, o retrato sem retoques da mentalidade militar expostos nesta obra mostrarão ao leitor as razões jamais discutidas sobre aqueles que portam as armas que defendem a nós e nossa família.

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segunda-feira, 29 de maio de 2023

BEAU GESTE

 


Chega o carnaval e o brasileiro, sem nenhum pudor ou vergonha, recruta três, quatro, cinco amigos – no máximo – para saírem às ruas travestidos de mulher com batons borrando metade da cara, vestidos rotos da irmã mais nova e a peruca da avó em verdadeiro bloco de sujo, alegre e confiante que mais gente se unirá a eles pelo caminho, afinal é o reinado de Momo!

Infelizmente toda essa audácia some quando o assunto é defender o país onde vive: este mesmo descarado folião cobre-se de pudores insuspeitos, vergonhas inauditas e uma timidez virginal que o impede de juntar os mesmos três, quatro ou cinco gatos pingados para irem às ruas protestar contra um governo ditatorial e instituições putrefatas.

- O que pensarão de mim? - alega o agora acanhado menininho, que nenhuma preocupação teve sobre isso ao sair pelas ruas, tal e qual orangotango fêmea, entoando hinos e marchinhas batucadas em uma lata de Nescau.

Está na hora de nos tornarmos adultos, está na hora de nos atrevermos a um “beau geste”, um belo gesto em favor da pátria e de nossos próprios traseiros, bem como os de nossa família. Tal como no filme homônimo “Beau Geste”, de 1939, é o momento de nos oferecermos à luta mesmo sem esperanças de medalhas e glórias – tal qual aqueles que se alistavam na temerária Legião Estrangeira e que antecederam as palavras de Sir Winston Churchil, ao conduzir uma desgraçada Inglaterra contra a fúria alemã: “Nada ofereço além de sangue, suor e lágrimas”.

Não esperemos líderes e, muito menos, que congressistas nos conduzam pois a política atual é a covardia travestida de ponderação. Igualmente não esperem que um simplório youtuber – por mais culto, preparado e bem intencionado que seja – tenha o mesmo tônus moral de um Olavo de Carvalho para fazer estalar o chicote da vergonha em nossas costas.

Igualmente esqueçam Bolsonaro, e não se trata de renegá-lo pois ele é um alvo vivo e, por enquanto, ainda desfruta do benefício da dúvida quando o vemos “negociar um armistício com o STF”, mesmo sabendo que seu destino é, no mínimo, a inelegibilidade por oito longos anos.

É hora de irmos às ruas – que seja em blocos de sujo – e protestarmos. Faixas e cartazes em inglês, visando criar o constrangimento internacional e, com sorte e milhares de brasileiros nas ruas, dar a um Congresso inerte e apavorado a gasolina que precisa para tomar alguma atitude “baseado nas exigências do povo”. Só assim conseguiremos quebrar a maldita inércia e hipnose do medo que se abate sobre nós, desde o pérfido 8 de janeiro.

O Brasil caminha a passos largos para sermos a “Pátria Grande”, a “Ursal” tal como planejada pelo Foro de São Paulo – e a chave do cofre mais gordo está nas mãos de um de seus idealizadores. Mas não duvidem: não só tal coisa acontecerá – se nada fizermos – como também, em sequência, medonha guerra civil se abaterá sobre nós, pois legumes globalistas – chuchus, por exemplo – não aceitarão serem escanteados.

É hora de crescer, é hora de agir, é hora de um “beau geste”.

Bonne chance.


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CORRUPÇÃO É O DE MENOS

O maior problema do Brasil não é nem nunca foi a corrupção.

Qualquer raciocínio primário deduzirá que o ato de corromper - ou ser corrompido - com tamanha naturalidade, hoje em voga no país, é apenas consequência da IMPUNIDADE.

Não há punições efetivas, e tal vezo se estende a todos os crimes praticados pelos apaniguados do sistema. É natural, faz parte da dinâmica da vida humana, que esta "naturalidade" no cometimento de crimes sem punição se estenda por toda a sociedade e se transforme em verdadeiro símbolo de um "jeitinho brasileiro", em graus variados.

Para puxar ainda mais tal fio, devo acrescentar que alguém que "assimila" e aceita a corrupção como algo "tipicamente brasileiro" é nada menos que VÍTIMA de programada e executada DESTRUIÇÃO MORAL, extinção de princípios e valores oriundos, em última análise, do propalado "Estado laico".

Convenhamos: o que é mais importante? a corrupção ou o absurdo índice anual de assassinatos - sem elucidação - em nosso pais?

O que vale mais? punir a propina ou encarcerar assassinos?

Gorjeta ou a vida humana?

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terça-feira, 23 de maio de 2023

NÃO USE DROGAS


Paixões são fugazes, amores são eternos.
É uma verdade que, aceite você ou não, faz parte da vida.
Renegá-la, fingir que nada mais sente por alguém que um dia amou apenas reduzirá você àquela "criaturinha sebosa" da quinta série colegial, na vã tentativa de refugar verdades e absolutos duramente comprovados, até filosoficamente.
A prova de tal e natural recusa humana é o fato de eu escrever isso sob efeito de poderoso e lisérgico remédio para enxaqueca, tomado ontem.
Lúcido, jamais admitiria.
"When somebody loves you
It's no good unless he loves you...
When somebody needs you
It's no good unless he needs you...
Who know where the road will lead us
Only a fool would say
But if you'll let me love you
It's for sure I'm gonna love you - ALL THE WAY"

segunda-feira, 8 de maio de 2023

SE EU CAIR, CAIREI ATIRANDO -


Os mais próximos sabem da desgraça que se abateu sobre minha vida pessoal e que, desde já há alguns meses, me obriga a uma existência de monge trapista.

De forma mais pública, também sabem que meu sustento - o canal no YouTube - foi desmonetizado, teve 26 vídeos excluídos, está em "shadow ban" e, por conta disso tudo, perdeu inúmeros inscritos, as visualizações despencaram e ainda fui objeto de matéria caluniosa da UOL, me insultando e usando meu trabalho como exemplo de propagador de fake news.
Estou em minha terceira conta no Twitter - as duas anteriores foram deletadas às vésperas de eleições - e mesmo plataformas mais "isentas" como o Rumble e, pasmem, Telegram extinguiram meus canais no passado. Para completar, meu blog não foi considerado apto a monetização por "não apresentar conteúdo relevante".
Vivo hoje morando de favor, às custas do imposto que você paga - Bolsa Família - e eventuais doações via PIX, apostando no único talento que Deus me deu: a escrita. Por isso e pela literatura ainda não ser alvo de tantas e tamanhas perseguições, em breve lançarei meu terceiro livro, "Mais Olavo, Menos Oliva".
Tudo isso somado à absoluta solidão que vivo poderia facilmente ter me lançado na loucura mas - Deus é Pai e tudo acontece conforme ele assim o deseje - recebi hoje pagamento acima e além do merecido por meu trabalho, algo que não só me tira das trevas como mostra a mim e à todos os que divulgam suas opiniões publicamente a pesada, quase intolerável responsabilidade que temos: um comentário de um inscrito em meu canal no YouTube.
Tal comentário esfrega em minha cara a humildade que sempre preciso ter, a responsabilidade e o peso de cada palavra escrita ou proferida e mostra que nossas ações podem, sim, influenciar e beneficiar diretamente a vida, as decisões e mesmo a felicidade, paz de espírito e conforto de quem em nós busca algum lenitivo.
Neste exato momento, redivivo tal qual a Fênix de minha tatuagem - "Semper Vincit" - recobro todo o vigor e retorno a batalha, pouco se me dando o tamanho e poder dos adversários.

Tal estímulo, impagável, me dá a certeza de que posso até cair.
MAS CAIREI ATIRANDO.
"Não parar, não precipitar, não retroceder. Sabe quando é que vamos parar? Nunca. Nunca, nessa sua porca vida!"
(Olavo de Carvalho)

quarta-feira, 3 de maio de 2023

A DITADURA SE CONSOLIDA

 

É preciso muita ingenuidade para supor que o adiamento da votação do PL da censura, somado à suposta instalação de uma CPMI pelos ocorridos no 8 de janeiro nada tem a ver com o episódio grotesco do Judiciário, se abatendo sobre Bolsonaro e seu ajudante de ordens, no dia de hoje.

A motivação para apreensão de passaportes, apreensão de celulares, tablets e computadores de ambos visa apenas saber o que nosso ex-presidente anda conversando – e com quem. No mais, é público e notório que Alexandre de Moraes continuará se expondo até prender Bolsonaro, seus filhos e até mesmo Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. Digo “se expondo” porque os garantidores de sua audácia criminosa permanecem ocultos, protegidos e, eventualmente, um deles até almoça com generais vendidos e igualmente criminosos.

Não se faz acordo com comunistas, já dizia Olavo de Carvalho. O que não deu tempo para nosso professor dizer também é que não se negocia com globalistas, principalmente se estiverem em clara formação de quadrilha – por conveniências momentâneas – com os vermelhos.

É dever de todo estudioso da conjuntura política atual apresentar sua análise, por mais terrível que sejam suas conclusões – e é isto que faço aqui, cumprindo minha obrigação soterrado por verdadeira desesperança. Já dizia o antigo general Olímpio Mourão Filho (aquele, de 64): “a persistir esta forma de governo, um dia o gangsterismo e a máfia tomarão conta do Brasil, até que uma guerra, acionando forças exógenas, nos liberte”.

E tal é nossa situação: não há como o povo, sozinho, conseguir nada. Olavo de Carvalho já nos ensinava que, nos dias atuais, só assumindo o poder no Estado para se conseguir modificar o próprio Estado, ou meia dúzia de tanques debelarão a população fraca e desarmada.

O tráfico de drogas financia a esquerda, enquanto metacapitalistas como George Soros ou Bill Gates sustentam o veneno globalista. Ambos, agora unidos, são invencíveis.

Não há por quê Alexandre de Moraes parar. O Exército – sua cúpula – ficou de quatro e acovardou-se de maneira jamais vista em nenhum país do mundo. O Congresso nada fará, pois 99% dele está preso pelo STF via chantagem relativas a seus processos na referida côrte. A grande mídia – eterna patife, criminosa vulgar – endossa e tenta passar para o resto do mundo que tudo o que aqui ocorre segue o trâmite legal e estão apenas “saneando” o Brasil do “fascismo” de Bolsonaro e da quase totalidade do povo brasileiro, que nele votou.

Bolsonaro, seus filhos e mesmo Michelle serão presos. Congressistas serão proibidos de falar sequer em redes sociais – as quais estarão, definitivamente, caladas e mortas – e gente como eu, que faz videos abertamente conservadores, escreve artigos e publica livros seguirão, igualmente, para a cadeia ou seremos “casualmente” mortos em um “assalto”.

A única coisa que por enquanto podemos fazer é entupir as ruas – não para mostrar nada à mídia brasileira, mas sim à mídia internacional e, assim, tentar criar ao menos algum embaraço diplomático para os ditadores brasileiros. Trocando em miúdos, cair atirando.

Aproveite o pouco que ainda nos resta de liberdade nas redes sociais e nas ruas: venda caro sua derrota, vá às ruas com vizinhos e amigos, proteste.

Não chegaremos ao final de 2023 ainda podendo falar.


sexta-feira, 14 de abril de 2023

MESSAGE IN A BOTTLE

A ordem dada pelo governo às plataformas e redes sociais para banir e excluir imediatamente postagens definidas pela vaga classificação de "discurso de ódio" oficializa e torna legal a mais feroz censura que este país já viu.

Estamos agora proibidos de discordar, questionar, não gostar ou mesmo expor pontos de vista que não sejam a "opinião vigente", o "consenso obrigatório" - e aplaudindo tal arbítrio está a cumplicidade criminosa da grande mídia, tentando nos envergonhar e intimidar por pensarmos o que pensamos e termos a opinião que temos.

Estou certo que meus dias no YouTube - canal que está no ar desde 2009 - estão contados. Do mesmo modo minha terceira conta no Twitter - sempre excluídas às vésperas de eleições - seguirá pelo mesmo caminho. Com o Facebook acontecerá o mesmo, suponho, e até plataformas teoricamente mais "isentas" como o Rumble e o Telegram já extinguiram, no passado, meus canais.

Nada escapa da sanha persecutória da ditadura comunista que vivemos. Sequer a página onde publico meus artigos escritos - meu blog - foi poupada e o Google recusa-se a monetizá-la, alegando "conteúdo irrelevante".

Por isso aposto nos livros. Não apenas pela escrita ser a área que domino - jamais fui um primor de simpatia para ter sucesso no YouTube - como, por enquanto, creio ser pouco provável que os ditadores togados determinem a proibição de vendas e o recolhimento de exemplares em livrarias. Por enquanto, repito.

Dentro de uma ou duas semanas estarei lançando meu último livro de 2023, "Mais Olavo, Menos Oliva", onde traço um retrospecto das traições contumazes praticadas por nossas Forças Armadas contra o povo brasileiro, lastreada por análises filosóficas centradas no que aprendi como aluno de Olavo de Carvalho.

Tal livro é garrafa de náufrago, "message in a bottle" que lanço aos brasileiros para que não desistam. 

É a minha praia, é o tema que domino - análise política - e o meio o qual Deus deu-me o dom de expressar-me de modo correto.

Por isso peço união, resistência e coragem para reagir.

Ou tudo o que fizemos nos últimos anos terá sido apenas um breve suspiro de liberdade em um país irrespirável.

Walter Biancardine


Quer ler bons livros?

UMA BOA LEITURA!

O que aconteceria se um jornalista viajasse aos anos 60 e cobrisse 

o governo militar e a esquerda com os olhos de hoje?

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Tais causos – a versão roceira das lendas urbanas – foram por mim escutados desde muito jovem, na então pequena e desconhecida cidade de Cabo Frio, Região dos Lagos, Rio de Janeiro.

Não ouso dizer que nenhuma delas seja verdadeira, contudo tantas e tão repetidas vezes as ouvi que resolvi publicá-las em livro, para que ganhem a notoriedade – ou infâmia – merecida.

Divirtam-se com elas.

Mas se me perguntarem se é tudo verdade, jurarei que só ouvi dizer.

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domingo, 9 de abril de 2023

CRUX VACUA EST… SURREXIT!

 


Em nossa egolatria cotidiana, por vezes aspiramos a sabedoria e exibimos pretensões de adesivar toda a transcendência da Paixão de Cristo e da Páscoa às nossas misérias particulares, traçando similaridades entre o sofrimento do Verbo Encarnado e o nosso próprio.

Tal ato, embora vil e pretensioso, é compreensível e justificável pois não fosse esta possibilidade e a Palavra de Deus mofaria em alturas inacessíveis, a ninguém alcançando; é a forma primária de empatia, de sentir algo “semelhante” e identificar-se com o relato.

Não escapei de tal tentação e defini o atual momento de minha vida como uma longa sexta feira de trevas, vendo-me despojado de tudo, escarnecido e cumprindo uma espécie de condenação, ao viver no mais baixo degrau da condição humana. Minha soberba vai além e move tal identificação para o fato de, semelhante ao Cristo, ver-me nu mas conservando a integridade interior – no meu caso, a do intelecto – e direciona toda essa conjuntura, quase herética, à fé que me trará a Páscoa, a ressurreição, o reerguimento pessoal quando obtiver novamente uma vida normal.

A Páscoa é a passagem, o Pessach judeu, e consolo-me entendendo as privações atuais como apenas uma parte do caminho a percorrer, meus quarenta anos no deserto.

Condenem-me o quanto quiserem, pois é merecido. Apenas creio que não sou diferente de ninguém e, igual, busco desesperadamente lenitivos para as feridas abertas que tanto incomodam: no que erro, outros já erraram; em minha soberba, outros igualmente o foram; em meu egoísmo, outros também com nada mais preocuparam-se, além de si mesmos.

Hoje é domingo de Páscoa e a cruz foi vencida, junto com a morte. Jesus ressuscitou e nos salvou mas, ao descer os olhos sobre mim mesmo, nenhuma semelhança permanece. Eu, tal como milhões de outros humanos miseráveis, ainda não venci meu opróbrio. Permaneço em duradoura sexta feira de trevas e esta compreensão é o castigo por minha soberba.

Em minha cegueira, desconsidero o sacrifício de Jesus para salvar minha alma e preocupo-me, inconformado, com a salvação de meu bolso.

E esse texto, repleto de palavras como "eu", "meu", "mim" ou "minha" como tantos outros, é o atestado público de minha pequenez.


Walter Biancardine


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Não ouso dizer que nenhuma delas seja verdadeira, contudo tantas e tão repetidas vezes as ouvi que resolvi publicá-las em livro, para que ganhem a notoriedade – ou infâmia – merecida.

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Mas se me perguntarem se é tudo verdade, jurarei que só ouvi dizer.

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quarta-feira, 5 de abril de 2023

TRAGÉDIA NA CRECHE EM BLUMENAU: A DESUMANIZAÇÃO DA VIDA

 


O inexplicável exige explicações e o imponderável, que se pondere.

É dever de quem se propõe a buscar as causas primeiras das coisas manter um raciocínio límpido, isento das emoções mais que naturais provocadas pelos atos de um monstro, um desequilibrado que escolheu como vítimas de seu limbo interior as indefesas e inocentes crianças de uma creche, em Blumenau, SC.

Não vou remexer em semelhante podridão – o autor dos assassinatos – por considerar que legiões de “especialistas” povoarão em breve toda a grande mídia, na tentativa de emprestar algum viés político ao ato e sendo – eles próprios, os especialistas – portadores de teratologias da alma tão graves quanto as do desequilibrado criminoso, ao assim se comportarem diante da audiência de milhões de espectadores, chocados e assustados.

Assisti hoje, no bravo jornalismo da Jovem Pan Baurú comandado pelo excelente Pitolli, declarações recorrentes do mesmo, no sentido de haver um processo claro de “desumanização” das pessoas de Donald Trump e Jair Bolsonaro, levado á efeito pela grande mídia internacional. E qual intenção se esconde por trás de tais tentativas?

Em resumo: produzir no público a nenhuma emoção ou piedade sentida ao matar uma barata, pois estamos nos “livrando” de um inseto nocivo, que apenas causa problemas. Assim, sequer o impulso de ponderações primárias, em busca da certeza se condenações judiciais e morais seriam justas para tal dupla de ex-presidentes, sentiremos. Obedecendo ao nojo inspirado pela mídia, diremos sem dó: “condene-se!”

Contudo não percebe ainda, o insubstituível Pitolli, que idêntico processo já é exercido perante a população mundial, adestrada principalmente desde sua juventude, através de longas e permanentes “imersões” de dessensibilização pela própria vida humana.

Desde sempre soubemos que desgraças, tragédias, calamidades dão audiência. Não cabe aqui ponderar sobre este traço sombrio da psique humana mas sim lembrar de importante mudança neste processo dessensibilizador, ocorrido nos mais recentes anos: de livros narrando tragédias e guerras á filmes, obras de arte ou peças teatrais representando as mesmas desgraças, o público é “espectador”, ou seja, encontra-se em posição passiva com relação ao que se desenrola na obra exibida.

Já na recente e devastadora versão “games”, tal consumidor torna-se um agente ativo – é ele quem explode uma casa, rouba um carro ou metralha, impiedosamente, inimigos em sua própria decisão.

Por diversas vezes, no passado, escutamos alguns raros protestos contra a violência exibida pelos meios de comunicação de massas – cinema, TV e mesmo teatro – portanto nos é lícito lançar os mesmos questionamentos sobre tais “brinquedos”, ainda mais cientes de que o consumidor, neste caso e como já disse, é um agente ativo de tal violência: procura-a, diverte-se com ela e finaliza, normalmente vangloriando-se, com as inúmeras mortes de “inimigos” obtidas.

Trata-se, portanto, de um perfeito jovem “desumanizado”, o qual sequer necessita da mídia para julgar Donald Trump ou Jair Bolsonaro merecedores de nada mais que uma cadeira elétrica.

Falamos, entretanto, de pessoas com uma psique sadia – ao menos até serem presenteadas com tais artefatos. Cabe aqui ponderar, dentro do vasto elenco das patologias da alma humana, os efeitos destes mesmos brinquedos sobre psicopatas, exibicionistas, esquizofrênicos e tantos outros males possíveis de habitarem em nós.

Na única foto que tive em mãos, o assassino – já preso – ainda conserva ao redor do pescoço os fones de ouvido indicativos da obviedade de seu universo: celulares, redes sociais e, naturalmente, games. Sim, trata-se de suposição mas alicerçada pela semelhança impressionante de hábitos, exibida por toda uma geração de pessoas. Buscam fama, notoriedade, e desconhecem – por doença ou dessensibilização – quaisquer valores ou princípios que ainda regem a combalida sociedade ocidental.

Importante observar que tais atos de barbárie tem se tornado comuns entre os países livres, mas curiosamente raros dentre os que exercem pesada repressão nos meios de comunicação de massas e um completo controle cultural – citemos como breve exemplo Rússia e China.

A sugestão do admirável Pitolli – colocar detectores de metal nas escolas – embora ofensiva e brutal, pode provocar inibições em um primeiro momento mas exibe nossa rendição diante do poder da grande mídia e da guerra cultural que vivemos. Deste modo e sem cairmos no extremo censório oposto, concluímos que é urgente a necessidade de reação popular mundial, contra a guerra cultural.

Certamente interessados protestarão, acusando tal proposta de “censura”, mas discutir tais queixumes neste artigo nos levaria, fatalmente, a abordar a “censura seletiva” que estas mesmas pessoas já exercem, sobre as redes sociais e meios de comunicação – assim, não entrarei neste assunto.

Finalizando, deixo clara a necessidade de discussões profundas sobre o tema, desde que isentas de contaminações ideológicas ou políticas, ou o nosso triste caminho para a barbárie não encontrará resistências: seremos um mundo de trogloditas comandados por tecnocratas, felizes em nossas trevas e estreiteza de horizontes.

Afinal, como ambicionar o que desconhecemos?

E que Deus Pai, Todo Poderoso, acolha as almas destas criancinhas e console suas famílias e seus pais.

ERRATA: cometi engano quanto ao nome da cidade, o qual foi posteriormente corrigido. Obrigado pela compreensão.

Walter Biancardine


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Tais causos – a versão roceira das lendas urbanas – foram por mim escutados desde muito jovem, na então pequena e desconhecida cidade de Cabo Frio, Região dos Lagos, Rio de Janeiro.

Não ouso dizer que nenhuma delas seja verdadeira, contudo tantas e tão repetidas vezes as ouvi que resolvi publicá-las em livro, para que ganhem a notoriedade – ou infâmia – merecida.

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terça-feira, 4 de abril de 2023

QUERO UMA AUDREY HEPBURN PARA MIM. ONDE ENCONTRO?

 

Vejo-me hoje em idêntica situação a de um amigo, recém defenestrado por mulher que amava, ao queixar-se de suas desventuras amorosas em meus ouvidos prestimosos:

- Fiz tudo por ela, abri mão de minha vida, de meus amigos, de minha liberdade e tudo isso foi em vão! As mulheres sempre querem tudo! Querem você como um joguete em suas mãos, um fantoche bonitinho que possam exibir às amigas e se valer dele para cortar grama, carregar sacolas no supermercado, botar o lixo pra fora,,,chega! Não quero mais saber de mulher! Estou cansado disso tudo, nada que fazemos é reconhecido!

Solidário, resmunguei concordando:

- É verdade, tem certas horas que enche mesmo, parece que nada vale à pena…

- E não vale! Nunca vale! Estou cansado disso, chega!

- E o que vai fazer agora?

- Sei lá...queria, na verdade, largar tudo...largar emprego, sair da cidade...queria estar numa ilha deserta…

E completou, esperançoso:

- Numa ilha deserta...só eu e uma mulher bem gostosa ao meu lado…


A lucidez que não me abandona faz com que eu veja claramente as minhas nenhumas condições de, sequer, ter uma namoradinha – a menos que o pipoqueiro da pracinha divida o pagamento em 3X sem juros.

Igualmente esta mesma lucidez me ofende com a velhice evidente, que insiste em contaminar meu rosto todas as vezes que olho no único e quebrado espelho que possuo, pois é fato que namoradinhas disponíveis para fósseis vivos como eu, beirando os 60 anos, só encontrarei no brechó.

Entretanto, movido pela necessidade de virar uma página traumática e irresolvível de minha vida, apelo para os postulados da física – dois corpos não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo, no espaço – e decidi apostar esperanças em alguma criatura com a qual eu possa desalojar incômoda lembrança de fugaz paixão, nutrida desde meus 8 anos de idade – sim, coisa passageira.

A fé nos impele a crer no impossível, e é neste átimo de probabilidade que aposto: darei um jeito em minha vida, terei como pagar um aluguel e, quem sabe, até comprar um Gol bolinha 1996 para passear com a nova escolhida!

E quanto à nova eleita, nada mais de olhos verdes! Olhos de gazela, tais como os da inatingível miss Hepburn!

E que venham acompanhados de toda sua classe, feminilidade, etiqueta, doçura, fragilidade e que nenhuma vergonha tal moça tenha de depositar em mim toda a pesada responsabilidade de cuidá-la, protegê-la, alimentá-la, guardá-la – que jamais esconda sua completa dependência de mim, pois o homem é dependente da dependência da mulher!

Para que um homem não termine por esquecer que é homem, a mulher deve dizer, diariamente e sussurrante, que precisa dele, que confia nele e nele abriga todo o seu mundo, o sagrado e secreto universo feminino que as "emancipadas" de hoje soterraram, ao tornaram-se “resolvidas”.

Sim, nada mais de mulheres fortes, bem sucedidas e donas de seu próprio – e emproado – nariz!

Que venham as frágeis, as que tem medos tímidos, as que poderíamos dobrar e guardar no bolso, em um gesto de amor!

Mas a lucidez é maior que qualquer fé, e um velho de 60 anos que ambicione tal ninfa acabará preso em jaula imunda, acompanhado por 46 negões solícitos.

A lucidez é maior que a fé e se não resolvi minha vida até agora, não será nos poucos dias que me restam sobre a terra que o farei.

A lucidez é invencível e se assassinei todos os relacionamentos anteriores é porque sou incompatível com a vida à dois – e já cumpro a pena de solidão perpétua, devidamente julgado e condenado, sem direito à progressão de regime.

A lucidez prevalece, mas posso sonhar: quero uma Audrey Hepburn para mim!

Alguém sabe onde encontro?


Walter Biancardine


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sábado, 1 de abril de 2023

BERGOGLIO É UMA COISA, CATOLICISMO É OUTRA – E BEM DIFERENTE

 

O pecado original, com o qual a serpente tentou Eva, não é o conhecimento do bem e do mal. Tal interpretação desta passagem do Gênesis é, em última análise, gnóstica. O que a serpente prometeu a Adão e Eva era o conhecimento Divino do mesmo mas nós, em nossa ignorância, tomamos tal versículo como a capacidade cotidiana de cometer ou deixar de cometer tal ato ou de considerar determinado objeto como bom ou mal.

Cabem as perguntas: é assim que Deus conhece o bem e o mal? Existe algo que esteja fora de Deus, para que ele venha a conhecer?

Não. Em Deus, o conhecimento do bem e do mal é seu poder de instaurá-lo, determinar que tal coisa ou tal ato é bom ou mal e, esta sim, foi a tentação oferecida aos nossos avós bíblicos.

Não cabem dúvidas quanto a isso: Adão e Eva conheciam já o mesmo bem e mal que entendemos hoje. Deus disse que “tudo era-lhes permitido, menos comer dos frutos daquela árvore no meio do jardim” – assim instruídos, pois, a nossa concepção de bem e mal já existia no primeiro casal.

Mas a tentação de tal poder, de determinar o que é bom ou mal e deter um “conhecimento” Divino, além do humano, foi maior e assim resultou na expulsão de ambos do Paraíso.

Não é de hoje que o pecado original – esta pretensão em possuir um conhecimento que não é mental e sim faz parte da própria estrutura da realidade criada por Deus – habita entre nós, mortais. Podemos dizer que o avanço mais feroz de tal ambição se deu no Iluminismo pós Revolução Francesa, gênese de tantos descaminhos filosóficos que pariram o cientificismo – divinizado – e o empirismo como instâncias últimas das luzes humanas.

Esta certeza arrogante produziu criaturas tão díspares, à primeira vista, quanto Bergoglio e Alexandre de Moraes, por exemplo. Um, independente das circunstâncias que o elevaram à mais alta Corte de Justiça de um país, arroga-se a capacidade de determinar o bem e o mal, o válido e o não-válido nos jogos de poder cotidianos da nação segundo seu bel-prazer – e o mesmo se passa entre seus colegas, todos formados em idênticos caldos acadêmicos, portanto teoricamente Divinos, de cultura.

Bergoglio entretanto cumpre a triste e pior sina, já observada pelo filósofo Olavo de Carvalho, de fazer parte do tipo de ameaça mais séria contra a Igreja Católica Apostólica Romana: “Se você estudar a história da Igreja desde seu surgimento, verá que o maior problema que ela enfrenta não são aqueles que a atacam, mas os que a falsificam” – e o cidadão que faz, atualmente, as vezes de Vigário de Cristo na terra, é um deles e assim atua despudoradamente.

A infiltração esquerdista dentro da Igreja Católica produziu tais frutos e nem mesmo a sólida formação filosófica de seus sacerdotes teve força superior à potência das ambições ideológicas pois, ao fim e ao cabo, ideologias sempre favorecem aquilo que de mais obscuro o ser humano possui, em sua alma.

Minha afirmação é comprovada exatamente pela referência feita a “frutos”, no parágrafo anterior: qual a justificativa para que um Santo Padre se imiscua, dê palpites e faça julgamentos de valor sobre os acontecimentos políticos de um país? Alguma catástrofe humanitária se abateu sobre tal nação? Tragédias naturais? Guerras terríveis? Não, e nada disso importa à Bergoglio, que faz vistas grossas à perseguição e morticínio de católicos na Àfrica e no oriente, bem como igualmente cala-se diante das condições desumanas de vida enfrentadas pelos povos de Cuba, Venezuela e outros tantos. Cala-se diante de desgraças nacionais como nos países citados mas opina sem meias medidas sobre a política de outros, e tudo isso motivado pelo único fato de que, em comum, tais nações são governadas por “companheiros” ideológicos – tal como a própria esquerda diz, “ninguém larga a mão de ninguém”, e a canalha mundial se ajuda.

Mas, parafraseando um ilustre do passado, podemos perguntar: quantos tanques tem o Papa? Quais os seus exércitos?

Bergoglio – tal como a unanimidade da governança contraventora e subversiva atual – dispõe de um poder muito maior e mais letal que qualquer canhão já inventado: ele tem, em seu apoio, a grande mídia mundial e a mesma já faz troar seus obuses cá no Brasil, publicando em destaque as críticas bergoglianas à um julgamento supostamente “injusto” e proclamando – sim, este é o termo – a inocência do maior ladrão que já governou o país.

Por mais desmoralizada que esteja, é impossível fazer pouco ou desdenhar da força que a grande mídia ainda possui pois, como dizia Hitler, “uma mentira contada mil vezes torna-se verdade” e hoje impera, nas redações dos grandes conglomerados e “consórcios” midiáticos a preguiçosa e conveniente política profissional do “copia e cola”: o que um jornal publica, em minutos estará replicado em todos os outros veículos de informação do país – e o poder da multiplicação das mentiras é o retrato em negativo de tudo o que Bergoglio um dia aprendeu no seminário.

E há muito esqueceu.


Walter Biancardine


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sexta-feira, 31 de março de 2023

SEXTA, SÓ. SÓ SEXTA.

E chega a noite de sexta feira, as horas vão passando e a noite avança.

A primeira estrela, minha companheira desde a juventude, apareceu e fiz o pedido diário. Não mais alguém que me livre da solidão, como pedia desde meus 15 anos, mas meu sustento.

Sim, pois voltando à dignidade, poderei morar onde mora gente e encontrar, por mim mesmo, alguém que me queira.

Mas o relógio nunca pára e a noite seguiu.

Há muito qualquer chance de avistar alguém – um boiadeiro ou peão qualquer – já se foi. Normalmente não são vistos e em uma noite de sexta, desaparecem por direito e merecimento.

Saio de minha casinha e olho em torno: só escuridão, grilos cantando em coro com os sapos da lagoa e nem mesmo as amigas vacas ou os compadres cavalos estão por aí. Um deserto.

Um alucinante, silencioso e pesado deserto que pior fica ao lembrar-me que, em um raio de quilômetros, sou eu a única alma viva a contemplar a imensidão de nada a minha volta.

Me afasto de casa, caminhando lentamente e falando sozinho, como faço todas as noites. Aproveito a brisa fresca, entro pelo pasto onde só a lua o ilumina e procuro um cupinzeiro para sentar.

Continuo falando sozinho, resmungando confiante em minha decisão de virar a página, mas a lua não perdoa e enxergo claramente os quilômetros de vazio, que fazem as saudades da vida que tive crescerem em igual proporção à sua grandeza.

Sexta feira e não mais uma viagem com quem amo. Sexta feira e não mais um chope com amigos. Sexta feira e não mais receber alguém na casa que um dia tive. Sexta feira e não mais a conversa fiada no sofá da sala, ambos exaustos após um dia de trabalho – só eu e quem um dia me amou.

Sexta feira e não mais nada, solitário entre quilômetros de angústia, uma sentença perpétua medida em hectares. Em algum momento da madrugada o sono vencerá a solidão e adormecerei, eu e eu, dando boa noite a mim mesmo.

Mas amanhã é sábado e o sol nascerá novamente – só para mim, sozinho, andando pela estrada deserta e muda.

Eu fiz um pedido á minha estrela, ela não costuma falhar.

Quero resultados dos meus trabalhos, dos livros que escrevi, dos artigos que publiquei, dos vídeos tão perseguidos. Quero um emprego. Quero pagar aluguel.

Não peço mais ninguém em minha vida, pois bem sei o que sou.

Só quero dignidade.

Walter Biancardine


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