As Forças Armadas do Brasil conseguiram superar o triste recorde da outrora gloriosa Polícia Federal e despencaram vertiginosamente, em queda livre, sem freios ou pára-quedas, do céu ao inferno do desprezo - e até mesmo ódio - popular, com rapidez jamais vista.
Não satisfeitas com as declarações desastrosas e alinhamentos verdadeiramente traiçoeiros com a atual ditadura judiciária em vigor, feitas pelo Alto Comando - com destaque especial à birra infantil em decidir bloquear nas redes sociais aqueles que critiquem a instituição, ameaçando jogá-los à sanha carnívora e arbitrária do STF - todos os responsáveis pelo Alto Comando das três Forças, de motu proprio, mergulharam de cabeça no pior dos lamaçais: serem os causadores da morte de centenas de crianças, idosos e adultos que esperavam um resgate que jamais veio, ilhados na maior tragédia humanitária já acontecida no Rio Grande do Sul.
Não só este resgate nunca chegou - desculpas pífias como "as estradas estão alagadas e não podemos passar" foram a tônica, sem jamais lembrarem-se que estes mesmos caminhões foram projetados para trafegar em quaisquer condições, bem como o "esquecimento" em utilizarem helicópteros - como, pasmem, decidiram bloquear civis munidos de botes, canoas, jetskis que voluntariamente arriscavam suas vidas em operações de salvamento, exigindo "habilitação para a condução" de tais embarcações - e isto é assassinato premeditado, com dolo explícito e requintes de crueldade e tortura para aqueles que, empoleirados nos tetos de suas casas, viram as águas subirem até os alcançarem e levarem-nos para a morte.
Impossível acreditar em incompetência militar, desorganizações na logística ou carência de meios (viaturas, helicópteros ou mesmo contingente) pois, por muito menos - a vergonhosa perfídia do 8 de janeiro em Brasília - demonstraram um planejamento e coordenação cinicamente impecáveis, mobilizando um imenso contingente de praças fardados para levarem presos - sob a pútrida mentira que "os deixariam em um lugar seguro" - velhinhas com a Bíblia nas mãos, inválidos e multidão que chegou aos quatro dígitos de gente, cujo único crime foi protestar rezando o Terço.
Ainda não foram divulgadas notícias se este mesmo Alto Comando assassino estaria, de algum modo, tentando impedir atitudes humanitárias como a do empresário Luciano Hang (dono da Havan), por exemplo, que disponibilizou seus três helicópteros para tentar resgatar o maior número possível de vítimas do desastre - mas o auxílio jurídico da mais inconstitucional das Cortes, o STF, pode ser providencial: não duvidem se Alexandre de Moraes baixar algum decreto que simplesmente impeça o socorro prestado por cidadãos comuns - sim, algumas prefeituras gaúchas já fazem isso e seria coerente com sua fala recente, verdadeiramente autocrática, de que "anunciaria medidas para o Rio Grande do Sul".
Na rede X, antigo Twitter, a catarinense Larissa de Luca divulga que, em alguns lugares, as águas já chegam ao quinto andar dos prédios, enquanto o Alto Comando positivista de nossas Forças Armadas delicia-se em sua vingança contra o povo brasileiro e Alexandre "o Glande" exibe, para quem quiser ver, a realidade de quem manda, de fato, nesta pobre ditadura.
Vivemos uma inegável anomia institucional, onde não somente as forças de segurança como, igualmente, todo o estamento burocrático vive seus dias sob o único propósito de consolidarem a mais tenebrosa e soviética das ditaduras já impostas nas Américas - é apenas uma questão de tempo até que o impensável de hoje seja nosso pesadelo - e causa mortis - de amanhã.
Obviamente a brutalidade da atual conjuntura, amparada pelo recurso recorrente e impune à pura e simples ilegalidade, não será exorcizada por meios institucionais (lembrem-se: não temos mais instituições, o Congresso está fechado pela força do dinheiro e do STF) pacíficos e ordeiros. A melhor e mais "tranquila" solução que podemos conceber será a vitória de Donald Trump nos EUA e algum auxílio externo (norte americano) que nos salve de tais absurdos - e mesmo assim haverá choro e ranger de dentes.
Não há como impor o impeachment de onze ministros do STF, de três oficiais dos Altos Comandos das FFAA, dos presidentes da Câmara e do Senado, do Presidente da República e de mais um batalhão de militantes infiltrados em todas as nossas instituições - seria o mesmo que pretender resolver o problema de uma casa infestada por baratas matando-as, uma por uma, com um chinelo.
Um novo Tribunal de Nuremberg seria necessário mas - peculiariedades brasileiras - não temos homens honestos em quantidade suficiente para tal empreitada, a verdadeira dedetização que poderia resolver a realidade felliniana em que vivemos. E o quê nos resta?
Desde que Jair Bolsonaro começou a declarar que tudo teria de ser resolvido "dentro das quatro linhas da Constituição", discordo e escrevo em meus artigos que Moisés não teria libertado os judeus do Egito se obedecesse as ordens de Faraó. Somente um povo em combate, firmemente decidido a derrubar a atual ditadura, seus sequazes e militantes, poderá - talvez - resolver. E não se iludam: nossas "gloriosas" Forças Armadas estarão à postos, prontas para defenderem os ditadores e seus inúmeros filhotes, pendurados em suas generosas tetas. Será, portanto, um combate duro e que certamente custará o sangue (como já previra o Gen. Figueiredo no passado) de milhares de brasileiros.
Parece que, ao menos, as máscaras caíram e as FFAA finalmente revelam sua verdadeira e tenebrosa face positivista (ideologia prima-irmã do comunismo), a qual denunciei, tempos atrás, em meu livro "Mais Olavo Menos Oliva", impresso pela editora Clube de Autores e com o link postado nesta minha página pessoal, basta procurar na coluna do lado direito.
O que nos resta fazer é tentar - ao menos tentar - salvar a vida de nossos irmãos gaúchos e desobedecer, descaradamente, toda e qualquer ordem advinda de guarnições militares. Você tem uma canoa? Vá, e que se dane.
Milhares de brasileiros estão em vias de morrer, outros tantos já pereceram - alguém disse, no local, que após as águas baixarem a cidade se tornará um verdadeiro campo de batalha, com milhares de cadáveres espalhados pelas ruas - enquanto Lula bebe, Janja desfila com Anitta no show da Madonna e Alexandre, "o Glande", masturba-se para sua própria onipotência, diante do espelho.
Algo precisa ser feito e não podemos ser como nossos inimigos: simplesmente omissos.
Se você tem um mínimo de condições, vá e faça! Por nossos irmãos gaúchos, por sua honra, sua família, pelo Brasil e por Deus!
Walter Biancardine
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