segunda-feira, 20 de maio de 2024

AS BENDITAS EMERGÊNCIAS DA ESQUERDA -

 


É inegável o peso psicológico e emocional de situações excepcionais, ao surgirem no cotidiano das pessoas. A rotina pacata – ou mesmo torturante – dos nossos dias é, na triste realidade, uma das únicas referências de estabilidade e segurança em nossas vidas.

Entretanto, quando catástrofes – climáticas, políticas, biológicas (COVID) ou mesmo sociais – se abatem sobre o ser humano comum suas reações são, invariavelmente, as mesmas: entregam-se, pressurosos, aos cuidados do “Estado Grande” e confiam suas vidas, as vidas de seus amados, seu patrimônio e destinos a quem “sabe o que é melhor para nós”.

Toda e qualquer nota ou comunicado expedido por qualquer órgão público é considerado uma verdade incontestável; notícias divulgadas pela grande mídia – sempre cúmplice de governos – passam a ser indiscutíveis e quaisquer atrevidos que tenham ideias ou soluções diferentes entram na conta de verdadeiros hereges, traidores que merecem uma surra, ao menos. O Estado é “pai”.

Não há dúvidas sobre a infantilidade endêmica do povo brasileiro. Nossa imaturidade, a ausência quase completa de coragem física e moral em grande maioria da população e uma verdadeira cultura da covardia, fazem coro com o comodismo preguiçoso tipicamente brasileiro – “vou ficar quieto, alguém vai fazer algo primeiro. Se alguém for, eu vou” – e estes são os traços mais negros de nosso caráter nacional, verdadeira pedra, que nos soterra e condena uma nação inteira à mediocridade e miséria.

O estamento burocrático muito bem conhece tais traços, e aproveita-se disso sempre que o acaso – muitas vezes um “acaso” cuidadosa e diabolicamente planejado – o favorece.

Desnecessário falar sobre o verdadeiro e trágico apocalipse psíquico mundial, provocado pelos governos do planeta, quando do surgimento da COVID; pagamos e pagaremos o preço de tal descalabro ainda por algumas décadas, acrescida da paranoia ambiental cotidianamente incutida nas mentes, pela grande mídia e cultura de massas. Considerando as consequências judiciais de quaisquer comentários sobre isso – sim, o Brasil vive em um “estado de exceção”, lembra-se? - melhor é a abstenção, restringindo as análises à tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul.

Não é segredo que um decadente e alcoólatra mandatário tenciona comprar arroz – provavelmente da Venezuela, China ou de algum califado muçulmano amigo – para “evitar o desabastecimento do mercado, devido aos problemas com as enchentes”. Isso é o que ele, entre um Engov e doses de chá de boldo, alega.

Imediatamente os produtores gaúchos se levantaram e tornaram público o fato da colheita ter ocorrido antes das enchentes, que prejudicaram apenas 11% da safra – percentual insignificante, no todo. Ainda assim, a proposta persiste por duas grandes razões, a saber o ódio infinito da atual gestão ao agronegócio e a oportunidade – em ano eleitoral – de distribuir arroz com embalagens devidamente “carimbadas” com a funesta estrela vermelha de nossa ditadura esquerdista. Sim, propaganda pura, atingindo onde mais dói: na fome de cada família.

Ora, tal atitude idiota advém de uma “emergência climática”, que fornece a desculpa perfeita para compras sem licitação, importações desnecessárias, propaganda eleitoral gratuita e muito, muito dinheiro no bolso.

Não bastasse tal desvergonha, este mesmo governo pretende agora declarar “estado de emergência” no Rio Grande do Sul – isso depois de ter apeado o frouxo e subserviente governador local e imposto um “interventor”, antes mesmo de quaisquer decretos neste sentido.

Na prática, os gaúchos já se encontram sob intervenção, o que agora pretendem é apenas a regularização do fato em trâmites burocráticos, para que comece a farra das compras sem licitação, contratações sem concurso, decisões arbitrárias e unipessoais e verdadeiras montanhas de dinheiro destinadas a sabe-se lá qual bolso – mas sempre sob as mais nobres e humanitárias intenções.

Tão tentador é o aspecto “situação emergencial” que mesmo nosso ditador de plantão – calvo e togado, pertencente a um poder completamente alheio e sem ingerência sobre este tipo de ocorrência, o judiciário – não resistiu e deixou escapar, em ato falho, que “tomaria providências quanto à questão do Rio Grande”. Sim, compreendemos: é por demais tentador exibir poder e entupir bolsos, todos querem enfiar suas colheres nesse pirão.

Em raia completamente à parte, desprestigiadas e acéfalas, correm nossas Forças Armadas. É público e notório o desprezo que nosso governante – aquele assim vendido como tal, não o de fato – dedica à farda. Mesmo com todas as advertências do maléfico José Dirceu de que “deveriam cooptá-los”, o alcoólatra prefere insistir na criação de sua própria guarda pretoriana, aos moldes da “Guarda Nacional” do ditador Maduro da Venezuela.

Movidas pela obrigação constitucional de auxiliarem e socorrerem o povo em tais catástrofes, nossas pobres FFAA revelam o mais bisonho descomando, nenhum profissionalismo, nenhuma liderança e mesmo total incapacidade de manejar os equipamentos que dispõem – resultando disso tudo um grotesco e quase cômico espetáculo de uma soldadesca perdida, a baterem cabeças uns contra os outros, nada mais provocando além de tristeza, desamparo e, mesmo, piadas e memes.

Sim, o pensamento positivista instilado no ensino militar do Alto Comando – verdadeira sífilis que corrói brios e valores dos mais altos estrelados – provocou tal estado de coisas, e muito detalhadamente expliquei isso em meu livro “Mais Olavo, Menos Oliva”(1), onde demonstro o parentesco consanguíneo entre o positivismo, o comunismo e mesmo o pensamento globalista, que hoje financia tudo isso.

Ao fim e ao cabo vivemos hoje em verdadeira anomia institucional, consequência inevitável da crise civilizacional imposta ao povo brasileiro pela grande mídia. Quando tudo está fácil demais, relaxar e entregar-se à esbórnia – dinheiros, poder, ausência de princípios – é algo líquido e certo. E um “estado de emergência” só torna tudo mais fácil.

Infelizmente, os prognósticos que faço para o desenrolar desta tragédia gaúcha – bem como para nosso futuro como nação – não são dos melhores. Somando-se os feios traços brasileiros de caráter, expostos acima e que resultaram em nossa crise civilizacional, com a já citada anomia institucional e as contingências conjunturais de nossa política – ditadura judiciária, dominância política totalitarista de esquerda, grande mídia criminosa e um Alto Comando das FFAA imersos no carreirismo e vácuo de valores e princípios – torna-se impossível, aos meus olhos, uma saída eficaz para tal situação. Importante lembrar que toda e qualquer “solução política” de nosso impasse passará, necessariamente, pela acomodação dos interesses daqueles que estão no poder, atualmente, e nada mais será que continuar o mesmo jogo com atores diferentes.

Claro e óbvio que podemos e devemos analisar tais e feias hipóteses, mas não apenas este artigo já vai por demais longo como, também, assunto tão importante merece estudos aprofundados – bem mais agudos que simples parágrafo em laudas aleatórias.

Que fique, para o leitor, os seguintes pontos: toda “emergência” é uma porta aberta para o esbulho e exercício de poder ditatorial, se somos governados pela esquerda. Igualmente, o poderoso agronegócio gaúcho já demonstrou que não haverá desabastecimento e o arroz “vermelho” é, portanto, apenas roubalheira e fraude eleitoral.

Já quanto as preciosas vidas, esqueçam as FFAA pois vale o ditado: “civil salva civil”, por mais desvirtuado que a mídia o tenha tornado. O aplauso é merecido, e o heroísmo de alguns poucos não haverá de fazer com que esqueçamos a covardia de tantos.

Que Deus esteja com os heróis do sul, e acolha as almas dos que faleceram em tal descalabro criminoso.



Walter Biancardine


(1) Livro "Mais Olavo, Menos Oliva", disponível na Editora Clube de Autores, no link abaixo.

https://clubedeautores.com.br/livro/mais-olavo-menos-oliva-2


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