De volta aos escritos, após longo e negro túnel, motivado por tocante coincidência de pequenos detalhes. Para alguns, pouco ou nada podem significar mas, para mim, carregam em si o resumo de uma felicidade que há muito joguei fora.
Cerca de quinze minutos atrás liguei a cafeteira para passar um novo e fresco café, tendo saído logo em seguida para buscar o almoço, sempre generosamente fornecido por seu Dail de quinta á domingo. Ao voltar e abrir a porta de casa - eram exatas 17:05h - o cheiro do café recém coado invadiu-me as narinas, o coração e a alma.
Tal como acontecia quando jovem, voltando da padaria e com minha mãe tirando o café da velha Bender.
Tal como acontecia até recentemente quando, ao voltar da rua trazendo paçoquinhas, minha (ex) mulher cobria a mesa com a toalha e lá colocava a garrafa térmica recém abastecida, um cesto de pães e manteiga "Aviação".
Tal como acontecia quando eu era homem, gente, indivíduo prestante, com gente que eu amava ao meu redor.
Sozinho, sentei na cama, sorri e agradeci a Deus.
Muitos sequer boas lembranças possuem.
Amanhã é outro dia.
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