E então ela plantou uma gardênia em meu coração.
Joaninhas vieram e lá habitaram.
Seus olhos verdes viram que era bom,
e passou anos plantando.
Preparou a terra, arou, semeou
e pediu que eu cuidasse.
Meu egoísmo me fez esquecer,
não reguei, não cuidei,
restaram sementes secas
e as joaninhas se foram.
A chuva em que me viste, entretanto,
enxarcado à beira da estrada,
despertou as sementes, e floresceram.
Agora sou um jardim,
mais cheio de amor do que jamais,
gritando, em desespero,
pela volta das joaninhas.
Pouse em mim, olhos verdes.
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