Recentemente, após escutar na Jovem Pan Baurú que o Dr. Cláudio Luis Caivano havia encerrado seu canal no YouTube por falta de condições, expus apressada indignação com este fato. Ora, se eu e minha porca vida pessoal ainda subsistimos, por que ele – famoso advogado – não poderia considerar-se em condições para tanto?
A verdade é que, impulsionado por privações próprias, não tomei os cuidados básicos de um jornalista, não averiguei por completo o fato – sim, porque a notícia induziria qualquer um a conclusões semelhantes às que cheguei. Somente há poucos dias atrás, e nem sei movido por quais motivações, busquei saber o quê, de fato havia acontecido – assisti uma participação do mesmo, na já citada Jovem Pan Baurú – onde ele explicou a realidade cruel que enfrenta.
Obviamente que o renomado Dr. não vive de Bolsa-Família como eu, mas a verdade é que perdeu todos – todos! – os clientes em seu escritório de advocacia e, suponho, esteja hoje sendo obrigado a tentar manter-se á tona sobrevivendo de eventuais palestras ou participações em programas e eventos diversos.
E quando digo “manter-se á tona” é algo muito sério: certamente vive em uma boa casa, com despesas obrigatórias bastante altas e – de fato, não sei – talvez mulher e filhos, que nada tem a ver com o atrevimento do Doutor em defender o Brasil e fazer com que fosse jogado ao limbo. Sim, há um padrão de vida a manter!
Certamente enfrenta um dobrado, o sósia barbudo do Marcos Mion, mas o fato é que todo e qualquer corte de despesas é bem vindo, e todo o tempo a mais que puder dispor para tais participações em palestras, seminários, eventos ou mesmo programas representa, ao fim e ao cabo, mais alguns trocados na surrada conta bancária de Caivano. Nada mais natural, portanto, que esconda seu canal do YouTube no fundo da gaveta, até que a coisa se normalize ou, ao menos, se estabilize.
Fui precipitado, imprudente, injusto e faço aqui um mea-culpa por tamanho escorregão jornalístico.
Walter Biancardine
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