Suponha que você é torcedor do Flamengo e vai assistir a um jogo de seu time contra o Vasco da Gama. Obviamente reclamará como injustas todas as faltas, impedimentos ou cartões contra o escrete de seu coração e vibrará se o juiz apontar um pênalti contra o cruzmaltino. É uma reação mais que natural, é o puro e simples óbvio - ou você não torceria por ninguém. E isto, meus caros, é o que a esquerda reclama ser a "polarização" das eleições - você vota em Bolsonaro e quer que Lula ou associados se lasquem. Algo errado?
Não, nada de errado. O que acontece é a velha "novilíngua" em ação, uma arma insidiosa, pérfida, que busca emprestar novas e automáticas correlações entre algumas palavras e fatos políticos que desejam realçar ou denegrir, conforme as conveniências da esquerda.Assim procederam com "genocida", que deixou de denotar verdadeiros monstros que, deliberadamente, promoveram a matança de milhões de seres humanos - tal como Stalin e seu holodomor ou Mao Tse Tung e seus 20 milhões de cadáveres, pós-revolução comunista chinesa.
Do mesmo modo o já ridicularizado adjetivo "nazista" - esforço desmedido e desesperado da esquerda para descolar de suas costas o fato de um dos maiores carrascos da história, Adolf Hitler, pregar o "nacional-SOCIALISMO". E o mesmo e vexaminoso esforço fracassado também pode se encaixar na tão usada pecha de "fascista", termo derivado dos "fascios de combate" de Benito Mussolini, um comunista que achava Stalin muito manso e resolveu agir de modo mais efetivo, criando sua própria versão do comunismo.
Já o termo "negacionista" é um derradeiro empenho esquerdista para mostrar-se "culta", se valendo de uma expressão que remete qualquer um que tenha completado o segundo grau à confusas e vagas lembranças de algo relativo à Idade Média, alquimistas, cientistas e suas dúvidas quanto à existência de Deus - sendo, por isso, eternizados na história como "vítimas da inquisição". Sim, em última análise, quando ouvimos alguém ser acusado de "negacionismo", imediatamente nos vem à mente a correlação entre esta pessoa e uma postura de negação ímpia e empedernida. Ou sou apenas eu que penso assim?
FInalizando este artigo, que já vai longo, lembremos de todos os termos terminados em "fóbico": homofóbico, transfóbico, xenófobo e por aí vai. Pois raciocinemos: alguém mais concorda comigo que vai uma grande diferença entre simplesmente não gostar de algo e ter verdadeira fobia pelo mesmo? Eu não gosto de torcedores fanáticos por futebol, mas nada faço. Os tolero e pronto. Por outro lado, sofresse eu verdadeira "fobia" pelos mesmos, eu os caçaria nas ruas armado de uma AK-47, disposto a fuzilá-los, um por um - e tal extremo desmedido, beirando o irracional, é o que podemos classificar de modo verdadeiro como "fobia" - e não a palhaçada apelativa empregada pela esquerda, já com esta dolosa intenção.
Por isso caro leitor, que me brindou com sua paciência e chegou ao final deste artigo: não aceite, não tolere e - principalmente - vigie seu próprio vocabulário para que jamais use, ou permita que usem, a "novilíngua" esquerdista, ou em breve estará chamando norte-americanos de "estadunidenses".
Quando você domina e impõe um linguajar, você domina um povo e impõe também sua ideologia.
Walter Biancardine

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