sexta-feira, 25 de julho de 2025

O EFEITO MAGNITSKY: UMA ANÁLISE FRIA -

 


O COLAPSO DIRIGIDO: COMO O SISTEMA DE PODER NO BRASIL ESTÁ SENDO CERCADO POR SANÇÕES, OCUPAÇÃO E CONTRAGOLPE ESTRANGEIRO
Um ensaio sobre o destino da elite brasileira diante da Lei Magnitsky e do xadrez geopolítico global


I. SANÇÃO COMO DECLARAÇÃO DE INVIABILIDADE

A imposição da Lei Magnitsky contra membros do Supremo Tribunal Federal ou seus coligados não é um gesto simbólico. É uma sentença internacional de ilegitimidade, aplicada não a um país inteiro, mas a um núcleo de poder específico – e tóxico.

Ao ser sancionado, o indivíduo perde a capacidade de operar financeiramente no sistema global, viajar, manter vínculos com bancos internacionais e, principalmente, perde o direito de ser levado a sério por qualquer ator relevante do cenário diplomático ou comercial ocidental.

No momento em que os EUA acendem esse sinal vermelho sobre o Brasil, o que se inicia não é uma crise – é uma contagem regressiva.


II. A BUSCA PELA TÁBUA DE SALVAÇÃO E O ENCONTRO COM O TUBARÃO

A elite brasileira sancionada busca, naturalmente, uma válvula de escape. Olha para o leste e sussurra “China”, “Rússia”, “Oriente Médio”, “multipolaridade”.

Mas o que encontra não são braços estendidos – são predadores, colonizadores esperando a hora certa.

A China - 

Ao mesmo tempo que reforça acordos comerciais com o Brasil, a China negocia com os EUA para suavizar as tarifas que Trump promete reimpor. Não irá arriscar sua economia por causa de um punhado de ministros brasileiros, marcados como párias. O que oferece ao Brasil é crédito seletivo, compra de commodities, facilitação logística – desde que o país aceite vender terras, cadeias produtivas e ceder, silenciosamente, sua soberania.

A Rússia

Mestre da retórica antiocidental, a Rússia também vem sinalizando disposição para moderar conflitos com os EUA, mesmo em meio à guerra. Viu na Venezuela um campo experimental: ali financiou fábricas de armamento leve e firmou parcerias militares camufladas. No Brasil, fará o mesmo – se a desorganização institucional atingir um ponto em que ninguém possa mais dizer “não”.

As Potências Islâmicas

Capital sem pátria e sem moral, financiariam projetos, ONGs, mesquitas, obras “filantrópicas” em regiões periféricas e reforçarão sua imigração. Não trariam apoio estratégico, mas cravariam bandeiras discretas em territórios esquecidos pelo Estado brasileiro.


III. O QUADRO MUDA: QUEM VINHA SALVAR, VEM OCUPAR -

Não haverá salvação, mas ocupação predatória, camuflada de parceria estratégica.
O que antes era “tábua de salvação” se tornará “alavanca de domínio”.

A China colonizará o agro, a Rússia infiltrará armamento e presença militar leve. Já os islâmicos exercerão sua influência no subsolo social.

E tudo isso com consentimento tácito de um sistema desesperado para sobreviver – mesmo que ao custo da entrega silenciosa do país.


IV. A REAÇÃO AMERICANA -

Os EUA observam mas não dormem, pois o Brasil não é irrelevante: é a peça-chave da América Latina. Se cair sob influência eurasiana, o efeito dominó se espalhará até o Panamá.

Por isso, a reação americana será em camadas – precisa, silenciosa, mas provavelmente brutal:

1. Contrainteligência e desestabilização interna

Agentes da CIA e da NSA desmontarão o sistema por dentro: cooptação de parlamentares, ativação de vazamentos, manipulação de mídia e empresários “arrependidos”.

2. Pressão econômica e reputacional

Agronegócio cortado do mercado americano. Crédito internacional bloqueado.
Empresários passam a ver o sistema como risco de vida – e saltam fora.

3. Blindagem geográfica

Bases aliadas reativadas nos vizinhos. Monitoramento militar do entorno.
O Brasil vira um “caso de contenção estratégica”, como a Ucrânia de 2014.

4. Ruptura institucional disfarçada de transição

Não haverá golpe militar. Haverá implosão política controlada.
O sistema cai, mas com narrativa: “contra a corrupção, pela democracia”.
Quem substitui? Um consórcio tecnocrático, limpinho, internacionalmente aprovado.


V. O DESFECHO: COLAPSO DIRIGIDO

O sistema sancionado desmorona sem glória, sem guerra, sem mártires.
Primeiro é ignorado pelos bancos. Depois pelos empresários. Depois pelos aliados.
Finalmente, é oferecido como
sacrifício político necessário – e descartado.

A nova ordem será montada com apoio do empresariado, endosso de Washington e retórica de “refundação da República”.

Mas o país, nesse meio tempo, já terá sido loteado:

  • Terras sob controle chinês.

  • Instalações técnicas sob presença russa.

  • Regiões periféricas sob influência árabe.

Uma soberania esvaziada de dentro para fora.


VI. CONCLUSÃO FINAL: A ÚLTIMA MORTE É SEM SOM -

A elite brasileira acreditava ser inatingível, buscou apoio onde só havia interesse e, por fim, não foi derrubada – foi abandonada.

Ao fim e ao cabo, não será o inimigo que a destruirá mas o aliado oriental, que virou dono.
E o povo, como sempre, assistirá calado.

A história não será épica, apenas real.
E terminal.

Resumindo: após a passagem da esquerda pelo poder, nada mais será como antes.

Aliás, sequer o Brasil será mais nosso.

E sobre como resolver o dilema de um país tutelado pelos EUA mas sangrado em sua infra-estrutura por China, Rússia e ditaduras muçulmanas, já é um assunto para um novo artigo.


Walter Biancardine




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