Toda e qualquer solução para nossa atual ditadura que seja "dentro das quatro linhas da Constituição", por "meios democráticos" ou pior, preservando o "Estado Democrático de Direito" apenas nos condena a jogarmos no campo do adversário, com a bola do inimigo e sob suas regras - é pedir para apanhar.
Desafio o amigo leitor a me mostrar o exemplo de algum país - um só, apenas um- que tenha derrubado uma ditadura através de eleições, projetos de lei ou por meio de seus "valorosos" (?) congressistas: mostre-me apenas um, e eu me calarei.
Do mesmo modo, nossos protestos "pacíficos e ordeiros" apenas reforçam a narrativa do sistema que alega "estarmos numa democracia pujante" - certamente que sim, ou tais manifestações seriam violentamente reprimidas, ordeiras ou não. O último dia 6, por exemplo, serve como belo troféu das "virtudes democráticas" de nossos feitores comuno-globalistas, que pouco se importam com Trump ou sua lei Magnitski diante da legião de "laranjas" à sua disposição.
Por quê a comunidade internacional se preocuparia com nossos clamores - sempre "ordeiros e pacíficos" e realizados sem nenhum impedimento das autoridades? Onde está, afinal, esta ditadura?
Certamente houveram condenações injustas, ações indevidas na liberdade de expressão de particulares nas redes sociais, mas não há "dramaticidade" - e o falecido Clezão que me perdoe, pois a geopolítica exige mais, muito mais cadáveres para começar a se coçar.
O fato é que estamos sob ditadura e, dentro da lei, dela não sairemos.
Temos apenas duas escolhas: irmos às ruas com sangue nos olhos, dispostos ao sacrifício, e tentarmos tirá-los de lá através da adesão providencial de um Exército amotinado contra seu Alto Comando, ou - se o "Braço Forte, Mão Amiga" continuar omisso, mantermo-nos em sacrifício na luta, até que a contagem de cadáveres sensibilize a comunidade internacional.
É morrer ou morrer - e o Presidente João Batista Figueiredo já havia nos alertado disso.
Para os que não estão dispostos à isso, sugiro que então ocupem-se admirando o ensaio fotográfico de nosso "Führer", ostentando toda sua grandeza, glória e poder.
Walter Biancardine
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