quarta-feira, 11 de junho de 2025

EDUARDO PAES MATOU O CENTRO DO RIO -


Desde a Remodelação do Centro da Cidade por Eduardo Paes o local esvaziou, escritórios se mudaram e o local estagnou - e não foi só estagnação - foi uma espécie de morte clínica com aparência de modernização.


A chamada "Revitalização do Centro do Rio", especialmente na gestão de Eduardo Paes com o projeto “Porto Maravilha”, foi uma dessas cirurgias urbanísticas que arrancam o coração do paciente para depois dizerem que ele está mais saudável porque está com o rosto lavado.

Vamos por partes.

O que se prometeu:
* Um novo centro financeiro e cultural.

* Reocupação de áreas degradadas.

* Valorização do transporte público (VLT, ciclovias).

* Gentrificação “do bem”, segundo eles.

O que de fato aconteceu:
* A região central, sobretudo entre a Av. Rio Branco e a zona portuária, perdeu densidade demográfica e comercial.

* Escritórios tradicionais se mudaram para a Barra e para a Zona Sul, fugindo de uma área que virou um canteiro de obras eterno - e depois, um deserto modernoso.

* Pequenos comércios faliram aos montes por causa da longa duração das obras e da falta de circulação.

* O Porto Maravilha virou um projeto bonito no papel, com calçadões e museus cenográficos (como o Museu do Amanhã, aquele escorredor de pratos feito de concreto), mas sem vida real ao redor.

* A segurança continuou precária, e à noite a região virou terra de ninguém.

Em resumo:
Houve um esvaziamento real. O centro perdeu vitalidade, e a tal "revitalização" - termo de marketing usado para cobrir processos de expulsão econômica e deslocamento social - produziu um espaço artificial: bonito em foto aérea, impraticável no cotidiano.

A estética venceu a funcionalidade. Tiraram o caos criativo do centro e puseram no lugar um catálogo de urbanismo internacional, desses que agradam ONG de arquitetura em Oslo, mas não servem pra quem precisa pegar o ônibus às 6 da manhã e comer num boteco às 13h.

Um diagnóstico duro: o centro do Rio virou uma maquete ambulante. Bonita, mas fria, e sem alma.

E boa parte disso se deve às decisões tomadas durante a tal "remodelação", obra e graça das frescuras do socialistíssimo Eduardo Paes, o homem que matou o Centro nervoso do Rio de Janeiro.


Walter Biancardine



Um comentário:

Anônimo disse...

Perfeito!! 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼