segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O que seria o último "Da Redação"

Uma nota:

O texto abaixo seria o último artigo da coluna "Da Redação", cujo nome passou a ser utilizado não mais para veiculação de sátiras livres e ferozes, sendo hoje espaço destinado à trivialidades.
O nome me foi - ao menos naquele veículo - expropriado, e o texto que se segue, censurado.
A coluna "Da Redação" voltará, tão feroz quanto antes, no novo jornal OPINIÃO, que será lançado em breve.

Ele voltou, o Boêmio voltou novamente!

É isso aí, caro leitor! Para horror e pasmo de nossos incontáveis cripto-admiradores e para pasto e gáudio dos verdadeiros amigos, nós voltamos!
Após um longo e tenebroso período de abstinência motivada por razões que fomos proibidos de falar, como sejam, os incontáveis processos que nos obrigaram a calar a boca sob pena de sermos chibateados no Pelourinho Municipal, a coluna mais badalada e cult de Cabo Frio retorna às bancas caroneada pela volta do melhor jornal da praça, para tormento dos encastelados no poder e seus serviçais da mídia – mais especificamente Odacir Gagau, é bom deixar bem claro porque o rapaz é doentinho, coitado, e pode não entender a indireta.
Aliás, é bom que se diga que nós – o “Da Redação” e o Lagos Jornal, as espinhas do robalo que o blogueiro Obronho engoliu e ainda se engasga – jamais nos prestaremos a ser alvo de piadinhas oriundas de uma libido defunta como a do rotundo senhor, que sugere nossa marca como o nome de um novo periódico da região. Calma Bloblonho, vai sobrar pra você também, chora não!
Que nossos desafetos não se enganem: mesmo que estejamos impedidos de citar os inúmeros processos de cala-boca movidos contra nós, voltamos com o mesmo ímpeto e verve de outrora. Não é porque os inúmeros processos que não podemos falar nos tiraram do circuito durante meses que enfiaremos o rabo entre as pernas, afinal os processos que nos calaram a voz e não podemos citar são apenas isso: processos que nos calaram a voz e não podemos citar.
Assim, esqueçamos os tristes e pífios processos que nos calaram a voz e não podemos citar e toquemos as bolas pra frente – no bom sentido, é claro – afinal de nada mais posso reclamar, eis que recuperei meu emprego, finalmente poderei pagar o aluguel do muquifo onde me homizio e já tardiamente darei entrada em minha bicicleta, já que um conceituado homem de imprensa como eu, apesar dos inúmeros processos que me calaram a boca e não posso citar terem me falido, não pode descer de seu pedestal e andar à pé.
Alvíssaras! Alegria! Homessa! Cáspita! Agora é hora de comemorar, abraçar os amigos e até os desafetos de estimação, como Odacir Gagau e Obronho (se eu tiver braços longos o bastante para sua circunferência), e danar a cometer os impropérios de sempre.
Nós somos a mosca que pousou em vossas sopas, encastelados no poder!
Mesmo com o porrilhão de processos que nos calaram a voz e não estou autorizado a citar, estamos de volta!
Nós voltamos! O boêmio voltou novamente!
Odacir, bota água no feijão e abre umas Brahmas!
Obronho, se ajeita!
Estamos chegando!