segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Imprensa Marrom

Michael não morreu!


Morreu Elvis Jackson!!
O mundo da música foi varrido pela notícia que devastou trilhões de fãs: a morte do Rei do Rock – ou Pop, sei lá, Michael Presley.
Mesmo com seu comportamento esquisitão, trancafiado e sempre mudando de forma tal qual um Transformer, o grande Elvis Michael conseguia manter um grande número de admiradores, boquiabertos com sua capacidade de inchar como um baiacu em seus shows da década de setenta em Las Vergas, emagrecer até afigurar-se uma gazela – como na gravação de seu clip na boca de fumo do Dona Marta – ou mesmo ao se rememorar toda a sua trajetória de artista político, ou seja, com inúmeras faces. Vejamos algumas:

A trajetória de Michael Presley
Jackson Presley começou como um pobre e louro motorista de caminhão em Memphis, Tennesse, que só queria gravar um disco de rock – ou pop, sei lá – para dar de presente à sua madrinha, Diana Ross. Tamanho foi o sucesso obtido com a música que ele, cada vez mais envolvido com a Black Music, morfou-se em um neguinho que, junto com seus irmãos gêmeos mortos prematuramente, tornou-se um “black singer”, ou seja, um cantor negro que estourou no mundo inteiro com seu grupo Jackson’s Five.
Entretanto seu pai, Coronel Parker – que o espancava e arremessava-o contra as paredes nas horas de folga – obrigou o já então mega pop – ou rock, sei lá – star a servir o Exército. E novamente Elvis Jackson começou a morfar, virando um afrescalhado mauriçola branquelo, sempre de shortinhos e colares hawaianos da Praia de Zuma, junto com Frank Avalon e Sandra Dee. E aí começou a decadência:

A decadência do Rei do Pop – ou Rock, sei lá
Deprimido e de cara quebrada pelas surras do pai, solitário após sua renúncia aos ideais comunistas, que ao menos permitiam que ele comesse criancinhas burguesas-decadentes-cooptadas-pelo-capitalismo-que-aceita-acordos-de-20-milhões-de-dólares-pra-fechar-o-bico, falido, gordo – ou esquálido, a depender do dia – e perseguido pela imprensa de escândalos, nada mais restou ao ex-Rei do Rock – ou Pop, sei lá – do que se empanturrar de analgésicos, remédios pra engordar, emagrecer, ficar preto, ficar branco, black or white yeah, yeah, yeah!, e ter como único passeio suas constantes visitas ao Tribunal e aos hospitais mais próximos.
E este foi o triste fim de Michael Presley, quando uma parada militar cardíaca impôs uma ordem unida aos seus pés.
O ex-Rei daquele monte de música iniciou agora sua última mutação, morfando-se em um saco de dinheiro para seus herdeiros, advogados e gravadoras.
Descanse em paz – mas não no Céu, que lá é cheio de anjinhos.