Parece que chegamos ao fim. A indicação de Flávio Dino para o STF é apenas o último ato desta ópera bufa, do teatro farsesco que é a república brasileira.
Sem nenhum disfarce, o sistema age contra o povo – que o sustenta – em verdadeiras operações de guerra declarada, que muitos ainda enxergam como “vingança” ou mera ostentação de poder. Não, tal interpretação é primária.
Em primeiro lugar, existe a necessidade do grupo esquerdista conseguir equilibrar forças dentro do atual núcleo de mando da ditadura, o STF, empurrando um seu soldado para lá. Alexandre de Moraes ganhou a notoriedade atual justamente por sua audácia como um combatente globalista, indicado por Michel Temer, e não seriam os tênues – ainda que maléficos – Zanin, Lewandowski ou o despachante Toffoli que conseguiriam equilibrar tais forças: eles precisavam de alguém tão bruto quanto.
Flávio Dino tem o talhe, arrogância e desfaçatez cínica, necessários para equilibrar o jogo de poder dentro da cúpula ditatorial do STF – basta lembrar que, para chegar à Presidência, o Capo José Dirceu teve de implorar a soltura de Lula (o único cuja popularidade, no passado, justificaria a fraude das urnas) e aceitar um papel coadjuvante no sistema atual. Assim, uma vez aprovado seu nome na teatral “sabatina” do Senado, teremos dois rinocerontes a chifrarem-se mutuamente e equilibrando o jogo de forças, no núcleo duro da ditadura – para pasto e gáudio de José Dirceu, chineses, Foro de São Paulo, tráfico internacional de drogas (Cartel de Los Soles), Putin et caterva.
No corner oposto deste ringue de luta pelo poder, temos o até então invicto Alexandre de Moraes amparado pelos globalistas internacionais da NOM – Nova Ordem Mundial – e financiados por gente como Bill Gates, George Soros, Klaus Schwab, Ford Foundation e toda a cultura de massa e grande mídia mundial. E, em meio ao choque de tais locomotivas, está o desinformado, despreocupado e medroso povo brasileiro.
As chances que o Senado barre tal excrescência – a última vez que um postulante ao STF foi barrado tem a distância de um século – são mínimas, em decorrência não apenas de “rabos presos” mas, igualmente, da covardia e falta de um espírito de sacrifício patriótico, por parte dos congressistas.
O surpreendente comparecimento do povo brasileiro às ruas neste último fim de semana, entretanto, pode ser um longínquo vislumbre de esperança, se o mesmo se repetir em frente ao Senado, no dia da sabatina.
Não creio, todavia, que na conjuntura das circunstâncias atuais – e sua dinâmica peculiar – tais parlamentares se deixem impressionar por quaisquer manifestações populares: habitantes de um outro planeta, pertencentes à uma verdadeira casta, tudo que os interessa é manterem-se como tal – ainda mais em momentos turbulentos como os que vivemos.
O Brasil está prestes a mergulhar nas mais longas e negras décadas de sua história republicana, e o país que conhecemos hoje, em breve, não mais o será como tal.
Se a chance de termos sucesso com o povo nas ruas é de 1%, então tentemos.
É só o que nos resta.
Walter Biancardine
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