“Ouve, ó Israel! IHVH, nosso Elohim, é o único IHVH”!
Este verso é o âmago do judaísmo e o centro das opiniões sobre a unidade de Deus. Os mártires, através das eras, assim clamavam quando eram mortos por seus inimigos.
Elas foram dadas por Deus a Moshe (Moisés) há 3.500 anos e tem sido recitadas em cada sinagoga, em todo o mundo, através dos anos. Ainda assim, não é um mandamento como tal mas, sim, um clamor para que Israel e todos os seguidores do Deus de Israel deem atenção à Torah, às instruções do eterno.
Ao contrário do Corão muçulmano, a palavra Torah não significa Lei como alguns pensam, mas é a palavra hebraica para “ensinamento” ou “direção” e, genericamente, refere-se aos cinco livros de Moshe, também conhecidos como Humash (literalmente, “um quinto”), o Pentateuco.
Este verso da Escritura foi incorporado à vida judaica e é usado nas orações, ao amanhecer e ao anoitecer, e neste trevoso crepúsculo espiritual que o mundo mergulha, é preciso clamar “Ouve, Israel!”
Sim, “Ouve, ó Israel”, porque no sangue muitos saciam sua sede de notoriedade, fama, admiração ou respeito. E nenhum respeito à seiva da vida, dada por Deus e cruelmente derramada no chão – sangue de crianças, sangue de mães, sangue de velhos, de puros e de pecadores, mas todos inocentes e filhos do Pai – nenhum respeito sentem tais hienas, ao contrário, pedem: “Mais! Mais!”
Igualam-se aos enlouquecidos e sanguinários carrascos do Hamas, um trabalho em sociedade onde um o derrama e outro o vende, nas mídias mundiais. Ambos abomináveis aos olhos dos homens e de Deus.
“Ouve, Israel”, porque nas palavras escorregadias de hipóteses loucas, nas teorias apóstatas e suspeitas criminosas também pastam outros chacais – creem-se limpos daquele sangue, mas não o são pois o bebem de segunda mão. E tais palavras ensombrecem espíritos, confundem ideias e jogam as pessoas em perdida peregrinação, em deserto intelectual do qual não sairão em quarenta anos, pois que inútil é aconselhar bêbados de juízo.
“Ouve, ó Israel”, pois pelo muito falar se perderam. Não é hora de hipóteses, de opiniões ou certezas compradas em redes sociais ou mídias.
“Ouve, Israel”, é chegada a hora de cobrar sangue por sangue, alma por alma, olho por olho e dente por dente. E aos omissos e covardes, aos mesmos Deus proverá seu merecido quinhão.
Não é guerra contra um país: é guerra contra Deus – o nosso Deus, que nos deu seu filho, Jesus, em holocausto por nossos pecados.
Christo nihil praeponere.
Walter Biancardine
Nenhum comentário:
Postar um comentário