Eventualmente acusam-me de fazer “tábula rasa” do meio acadêmico brasileiro, por eu desprezar todos os seus integrantes e, assim, exercer uma clara condenação da intelectualidade – tal como feito por Hitler e Mussolini, no exercício da consolidação de seus poderes ditatoriais.
A roda gira, o mundo dá voltas mas caímos sempre no mesmo ponto: o brasileiro médio está a tal ponto moldado pelo gramscismo, onipresente na grande mídia e cultura de massas, que sequer se dá conta do fato de seu comportamento ser evidente vassalagem aos ditames da esquerda – “Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é”.
Se houve um setor onde o expurgo de pensamentos dissidentes foi total, absoluto e impiedoso, este local foi o meio acadêmico. Entre as “paredes douradas” do saber acadêmico nacional, é absolutamente proibido “não ser de esquerda”. Alunos são ridicularizados nas salas de aula, discriminados pelos colegas, oprimidos e excluídos socialmente – por vezes ameaçados fisicamente – e, para piorar, seus trabalhos, estudos e teses merecem apenas o mesmo e abominável comportamento de seus mestres: nota zero, não aceitação de teses e, eventualmente, o uso de tal estudante como alvo de chacotas em sala de aula – bullying, para usar uma palavra que eles tanto gostam e “reclamam” de sofrer (lembre-se: “acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é”). E este processo – este sim – é o mesmo que Hitler e Mussolini utilizaram, em suas ditaduras.
Não é preciso que um eventual observador seja conservador ou mesmo liberal para se dar conta que as teses de pós graduação, por exemplo, são, absolutamente todas, de viés esquerdista. As mesmas ganham aprovação, menções honrosas, destaques e subsídios. São orgulhosamente publicadas por universidades que nada ensinam – apenas doutrinam – em seu fanatismo cego stalinista, e reduzem a produção acadêmica nacional ao nível de redações de quinta série ginasial, escritas por revoltado e espinhudo adolescente, desejoso de “parecer intelectual” e impressionar as meninas.
Tais teses foram vergonhosamente expostas por útil artigo publicado pela Gazeta do Povo, endossando o que digo há tempos, e que pode ser acessado através do link https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/dez-piores-teses-premiadas-pela-capes-em-2023/?utm_source=cpc&utm_medium=cpc&utm_campaign=fbklivre&fbclid=IwAR1cHJutcBd5Xf5jaLHHbMuTZWSKF4tDJt_fkC5f46j2q8LTSB1FsDsKg1A .
Já as teses imbuídas de outra ótica – não necessariamente conservadora – não estão disponíveis para que eu as exemplifique aqui: simplesmente não são aceitas. Ou o aluno se amolda à ideologia do Soviete Supremo ou esqueça quaisquer pretensões de posgrado.
A lógica mais primária nos permite concluir, com segurança, que as excelências acadêmicas superiores – seus “mestres” e, por vezes, renomadíssimos naquele círculo privé, denunciado no livro “O Imbecil Coletivo”, de Olavo de Carvalho – exalam o mesmo e pestilento viés, imposto aos alunos e reciprocamente lambido, entre os pares.
A academia é o lar da discussão. Lá, o debate deve ser livre e todos os tipos de pensamento e vieses devem – ou deveriam – ser estudados e debatidos com isenção, impondo ao professor sua obrigação natural: ensinar, orientar, e não doutrinar. Para deixar mais claro: o problema não é a exposição de teses esquerdistas e, sim, o seu monopólio nas universidades. As mesmas se resumem, portanto, em uma fábrica de imbecis monocórdios, tangidos por outros imbecis superiores que “chupam dialética” dia e noite, mas não a permitem. E isso é nazismo em estado puro.
Tais imbecis monocórdios são os que “orientam” o pensamento intelectual brasileiro desde meados da década de 60 e, portanto, nada mais natural que a sociedade em que vivemos tenha se barbarizado aos níveis horrorizantes que todos conhecemos, hoje.
Sem nenhum pejo, podemos pegar Cortellas, Karnais, Chauís e até pitadas de Paulo Coelho e adicionarmos à horrorosa e totalitarista sopa, cozinhada pelos Chefs do Supremo Tribunal Federal: todos eles são ervas daninhas da mesma rama, o veneno produzido é idêntico e consequência natural de sua correlação.
Mas quem se intoxica, vomita e não sai do banheiro, vitimado pelo piriri ideológico, é um só: nós, o povo.
Walter Biancardine
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