domingo, 9 de abril de 2023

CRUX VACUA EST… SURREXIT!

 


Em nossa egolatria cotidiana, por vezes aspiramos a sabedoria e exibimos pretensões de adesivar toda a transcendência da Paixão de Cristo e da Páscoa às nossas misérias particulares, traçando similaridades entre o sofrimento do Verbo Encarnado e o nosso próprio.

Tal ato, embora vil e pretensioso, é compreensível e justificável pois não fosse esta possibilidade e a Palavra de Deus mofaria em alturas inacessíveis, a ninguém alcançando; é a forma primária de empatia, de sentir algo “semelhante” e identificar-se com o relato.

Não escapei de tal tentação e defini o atual momento de minha vida como uma longa sexta feira de trevas, vendo-me despojado de tudo, escarnecido e cumprindo uma espécie de condenação, ao viver no mais baixo degrau da condição humana. Minha soberba vai além e move tal identificação para o fato de, semelhante ao Cristo, ver-me nu mas conservando a integridade interior – no meu caso, a do intelecto – e direciona toda essa conjuntura, quase herética, à fé que me trará a Páscoa, a ressurreição, o reerguimento pessoal quando obtiver novamente uma vida normal.

A Páscoa é a passagem, o Pessach judeu, e consolo-me entendendo as privações atuais como apenas uma parte do caminho a percorrer, meus quarenta anos no deserto.

Condenem-me o quanto quiserem, pois é merecido. Apenas creio que não sou diferente de ninguém e, igual, busco desesperadamente lenitivos para as feridas abertas que tanto incomodam: no que erro, outros já erraram; em minha soberba, outros igualmente o foram; em meu egoísmo, outros também com nada mais preocuparam-se, além de si mesmos.

Hoje é domingo de Páscoa e a cruz foi vencida, junto com a morte. Jesus ressuscitou e nos salvou mas, ao descer os olhos sobre mim mesmo, nenhuma semelhança permanece. Eu, tal como milhões de outros humanos miseráveis, ainda não venci meu opróbrio. Permaneço em duradoura sexta feira de trevas e esta compreensão é o castigo por minha soberba.

Em minha cegueira, desconsidero o sacrifício de Jesus para salvar minha alma e preocupo-me, inconformado, com a salvação de meu bolso.

E esse texto, repleto de palavras como "eu", "meu", "mim" ou "minha" como tantos outros, é o atestado público de minha pequenez.


Walter Biancardine


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quarta-feira, 5 de abril de 2023

TRAGÉDIA NA CRECHE EM BLUMENAU: A DESUMANIZAÇÃO DA VIDA

 


O inexplicável exige explicações e o imponderável, que se pondere.

É dever de quem se propõe a buscar as causas primeiras das coisas manter um raciocínio límpido, isento das emoções mais que naturais provocadas pelos atos de um monstro, um desequilibrado que escolheu como vítimas de seu limbo interior as indefesas e inocentes crianças de uma creche, em Blumenau, SC.

Não vou remexer em semelhante podridão – o autor dos assassinatos – por considerar que legiões de “especialistas” povoarão em breve toda a grande mídia, na tentativa de emprestar algum viés político ao ato e sendo – eles próprios, os especialistas – portadores de teratologias da alma tão graves quanto as do desequilibrado criminoso, ao assim se comportarem diante da audiência de milhões de espectadores, chocados e assustados.

Assisti hoje, no bravo jornalismo da Jovem Pan Baurú comandado pelo excelente Pitolli, declarações recorrentes do mesmo, no sentido de haver um processo claro de “desumanização” das pessoas de Donald Trump e Jair Bolsonaro, levado á efeito pela grande mídia internacional. E qual intenção se esconde por trás de tais tentativas?

Em resumo: produzir no público a nenhuma emoção ou piedade sentida ao matar uma barata, pois estamos nos “livrando” de um inseto nocivo, que apenas causa problemas. Assim, sequer o impulso de ponderações primárias, em busca da certeza se condenações judiciais e morais seriam justas para tal dupla de ex-presidentes, sentiremos. Obedecendo ao nojo inspirado pela mídia, diremos sem dó: “condene-se!”

Contudo não percebe ainda, o insubstituível Pitolli, que idêntico processo já é exercido perante a população mundial, adestrada principalmente desde sua juventude, através de longas e permanentes “imersões” de dessensibilização pela própria vida humana.

Desde sempre soubemos que desgraças, tragédias, calamidades dão audiência. Não cabe aqui ponderar sobre este traço sombrio da psique humana mas sim lembrar de importante mudança neste processo dessensibilizador, ocorrido nos mais recentes anos: de livros narrando tragédias e guerras á filmes, obras de arte ou peças teatrais representando as mesmas desgraças, o público é “espectador”, ou seja, encontra-se em posição passiva com relação ao que se desenrola na obra exibida.

Já na recente e devastadora versão “games”, tal consumidor torna-se um agente ativo – é ele quem explode uma casa, rouba um carro ou metralha, impiedosamente, inimigos em sua própria decisão.

Por diversas vezes, no passado, escutamos alguns raros protestos contra a violência exibida pelos meios de comunicação de massas – cinema, TV e mesmo teatro – portanto nos é lícito lançar os mesmos questionamentos sobre tais “brinquedos”, ainda mais cientes de que o consumidor, neste caso e como já disse, é um agente ativo de tal violência: procura-a, diverte-se com ela e finaliza, normalmente vangloriando-se, com as inúmeras mortes de “inimigos” obtidas.

Trata-se, portanto, de um perfeito jovem “desumanizado”, o qual sequer necessita da mídia para julgar Donald Trump ou Jair Bolsonaro merecedores de nada mais que uma cadeira elétrica.

Falamos, entretanto, de pessoas com uma psique sadia – ao menos até serem presenteadas com tais artefatos. Cabe aqui ponderar, dentro do vasto elenco das patologias da alma humana, os efeitos destes mesmos brinquedos sobre psicopatas, exibicionistas, esquizofrênicos e tantos outros males possíveis de habitarem em nós.

Na única foto que tive em mãos, o assassino – já preso – ainda conserva ao redor do pescoço os fones de ouvido indicativos da obviedade de seu universo: celulares, redes sociais e, naturalmente, games. Sim, trata-se de suposição mas alicerçada pela semelhança impressionante de hábitos, exibida por toda uma geração de pessoas. Buscam fama, notoriedade, e desconhecem – por doença ou dessensibilização – quaisquer valores ou princípios que ainda regem a combalida sociedade ocidental.

Importante observar que tais atos de barbárie tem se tornado comuns entre os países livres, mas curiosamente raros dentre os que exercem pesada repressão nos meios de comunicação de massas e um completo controle cultural – citemos como breve exemplo Rússia e China.

A sugestão do admirável Pitolli – colocar detectores de metal nas escolas – embora ofensiva e brutal, pode provocar inibições em um primeiro momento mas exibe nossa rendição diante do poder da grande mídia e da guerra cultural que vivemos. Deste modo e sem cairmos no extremo censório oposto, concluímos que é urgente a necessidade de reação popular mundial, contra a guerra cultural.

Certamente interessados protestarão, acusando tal proposta de “censura”, mas discutir tais queixumes neste artigo nos levaria, fatalmente, a abordar a “censura seletiva” que estas mesmas pessoas já exercem, sobre as redes sociais e meios de comunicação – assim, não entrarei neste assunto.

Finalizando, deixo clara a necessidade de discussões profundas sobre o tema, desde que isentas de contaminações ideológicas ou políticas, ou o nosso triste caminho para a barbárie não encontrará resistências: seremos um mundo de trogloditas comandados por tecnocratas, felizes em nossas trevas e estreiteza de horizontes.

Afinal, como ambicionar o que desconhecemos?

E que Deus Pai, Todo Poderoso, acolha as almas destas criancinhas e console suas famílias e seus pais.

ERRATA: cometi engano quanto ao nome da cidade, o qual foi posteriormente corrigido. Obrigado pela compreensão.

Walter Biancardine


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terça-feira, 4 de abril de 2023

QUERO UMA AUDREY HEPBURN PARA MIM. ONDE ENCONTRO?

 

Vejo-me hoje em idêntica situação a de um amigo, recém defenestrado por mulher que amava, ao queixar-se de suas desventuras amorosas em meus ouvidos prestimosos:

- Fiz tudo por ela, abri mão de minha vida, de meus amigos, de minha liberdade e tudo isso foi em vão! As mulheres sempre querem tudo! Querem você como um joguete em suas mãos, um fantoche bonitinho que possam exibir às amigas e se valer dele para cortar grama, carregar sacolas no supermercado, botar o lixo pra fora,,,chega! Não quero mais saber de mulher! Estou cansado disso tudo, nada que fazemos é reconhecido!

Solidário, resmunguei concordando:

- É verdade, tem certas horas que enche mesmo, parece que nada vale à pena…

- E não vale! Nunca vale! Estou cansado disso, chega!

- E o que vai fazer agora?

- Sei lá...queria, na verdade, largar tudo...largar emprego, sair da cidade...queria estar numa ilha deserta…

E completou, esperançoso:

- Numa ilha deserta...só eu e uma mulher bem gostosa ao meu lado…


A lucidez que não me abandona faz com que eu veja claramente as minhas nenhumas condições de, sequer, ter uma namoradinha – a menos que o pipoqueiro da pracinha divida o pagamento em 3X sem juros.

Igualmente esta mesma lucidez me ofende com a velhice evidente, que insiste em contaminar meu rosto todas as vezes que olho no único e quebrado espelho que possuo, pois é fato que namoradinhas disponíveis para fósseis vivos como eu, beirando os 60 anos, só encontrarei no brechó.

Entretanto, movido pela necessidade de virar uma página traumática e irresolvível de minha vida, apelo para os postulados da física – dois corpos não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo, no espaço – e decidi apostar esperanças em alguma criatura com a qual eu possa desalojar incômoda lembrança de fugaz paixão, nutrida desde meus 8 anos de idade – sim, coisa passageira.

A fé nos impele a crer no impossível, e é neste átimo de probabilidade que aposto: darei um jeito em minha vida, terei como pagar um aluguel e, quem sabe, até comprar um Gol bolinha 1996 para passear com a nova escolhida!

E quanto à nova eleita, nada mais de olhos verdes! Olhos de gazela, tais como os da inatingível miss Hepburn!

E que venham acompanhados de toda sua classe, feminilidade, etiqueta, doçura, fragilidade e que nenhuma vergonha tal moça tenha de depositar em mim toda a pesada responsabilidade de cuidá-la, protegê-la, alimentá-la, guardá-la – que jamais esconda sua completa dependência de mim, pois o homem é dependente da dependência da mulher!

Para que um homem não termine por esquecer que é homem, a mulher deve dizer, diariamente e sussurrante, que precisa dele, que confia nele e nele abriga todo o seu mundo, o sagrado e secreto universo feminino que as "emancipadas" de hoje soterraram, ao tornaram-se “resolvidas”.

Sim, nada mais de mulheres fortes, bem sucedidas e donas de seu próprio – e emproado – nariz!

Que venham as frágeis, as que tem medos tímidos, as que poderíamos dobrar e guardar no bolso, em um gesto de amor!

Mas a lucidez é maior que qualquer fé, e um velho de 60 anos que ambicione tal ninfa acabará preso em jaula imunda, acompanhado por 46 negões solícitos.

A lucidez é maior que a fé e se não resolvi minha vida até agora, não será nos poucos dias que me restam sobre a terra que o farei.

A lucidez é invencível e se assassinei todos os relacionamentos anteriores é porque sou incompatível com a vida à dois – e já cumpro a pena de solidão perpétua, devidamente julgado e condenado, sem direito à progressão de regime.

A lucidez prevalece, mas posso sonhar: quero uma Audrey Hepburn para mim!

Alguém sabe onde encontro?


Walter Biancardine


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sábado, 1 de abril de 2023

BERGOGLIO É UMA COISA, CATOLICISMO É OUTRA – E BEM DIFERENTE

 

O pecado original, com o qual a serpente tentou Eva, não é o conhecimento do bem e do mal. Tal interpretação desta passagem do Gênesis é, em última análise, gnóstica. O que a serpente prometeu a Adão e Eva era o conhecimento Divino do mesmo mas nós, em nossa ignorância, tomamos tal versículo como a capacidade cotidiana de cometer ou deixar de cometer tal ato ou de considerar determinado objeto como bom ou mal.

Cabem as perguntas: é assim que Deus conhece o bem e o mal? Existe algo que esteja fora de Deus, para que ele venha a conhecer?

Não. Em Deus, o conhecimento do bem e do mal é seu poder de instaurá-lo, determinar que tal coisa ou tal ato é bom ou mal e, esta sim, foi a tentação oferecida aos nossos avós bíblicos.

Não cabem dúvidas quanto a isso: Adão e Eva conheciam já o mesmo bem e mal que entendemos hoje. Deus disse que “tudo era-lhes permitido, menos comer dos frutos daquela árvore no meio do jardim” – assim instruídos, pois, a nossa concepção de bem e mal já existia no primeiro casal.

Mas a tentação de tal poder, de determinar o que é bom ou mal e deter um “conhecimento” Divino, além do humano, foi maior e assim resultou na expulsão de ambos do Paraíso.

Não é de hoje que o pecado original – esta pretensão em possuir um conhecimento que não é mental e sim faz parte da própria estrutura da realidade criada por Deus – habita entre nós, mortais. Podemos dizer que o avanço mais feroz de tal ambição se deu no Iluminismo pós Revolução Francesa, gênese de tantos descaminhos filosóficos que pariram o cientificismo – divinizado – e o empirismo como instâncias últimas das luzes humanas.

Esta certeza arrogante produziu criaturas tão díspares, à primeira vista, quanto Bergoglio e Alexandre de Moraes, por exemplo. Um, independente das circunstâncias que o elevaram à mais alta Corte de Justiça de um país, arroga-se a capacidade de determinar o bem e o mal, o válido e o não-válido nos jogos de poder cotidianos da nação segundo seu bel-prazer – e o mesmo se passa entre seus colegas, todos formados em idênticos caldos acadêmicos, portanto teoricamente Divinos, de cultura.

Bergoglio entretanto cumpre a triste e pior sina, já observada pelo filósofo Olavo de Carvalho, de fazer parte do tipo de ameaça mais séria contra a Igreja Católica Apostólica Romana: “Se você estudar a história da Igreja desde seu surgimento, verá que o maior problema que ela enfrenta não são aqueles que a atacam, mas os que a falsificam” – e o cidadão que faz, atualmente, as vezes de Vigário de Cristo na terra, é um deles e assim atua despudoradamente.

A infiltração esquerdista dentro da Igreja Católica produziu tais frutos e nem mesmo a sólida formação filosófica de seus sacerdotes teve força superior à potência das ambições ideológicas pois, ao fim e ao cabo, ideologias sempre favorecem aquilo que de mais obscuro o ser humano possui, em sua alma.

Minha afirmação é comprovada exatamente pela referência feita a “frutos”, no parágrafo anterior: qual a justificativa para que um Santo Padre se imiscua, dê palpites e faça julgamentos de valor sobre os acontecimentos políticos de um país? Alguma catástrofe humanitária se abateu sobre tal nação? Tragédias naturais? Guerras terríveis? Não, e nada disso importa à Bergoglio, que faz vistas grossas à perseguição e morticínio de católicos na Àfrica e no oriente, bem como igualmente cala-se diante das condições desumanas de vida enfrentadas pelos povos de Cuba, Venezuela e outros tantos. Cala-se diante de desgraças nacionais como nos países citados mas opina sem meias medidas sobre a política de outros, e tudo isso motivado pelo único fato de que, em comum, tais nações são governadas por “companheiros” ideológicos – tal como a própria esquerda diz, “ninguém larga a mão de ninguém”, e a canalha mundial se ajuda.

Mas, parafraseando um ilustre do passado, podemos perguntar: quantos tanques tem o Papa? Quais os seus exércitos?

Bergoglio – tal como a unanimidade da governança contraventora e subversiva atual – dispõe de um poder muito maior e mais letal que qualquer canhão já inventado: ele tem, em seu apoio, a grande mídia mundial e a mesma já faz troar seus obuses cá no Brasil, publicando em destaque as críticas bergoglianas à um julgamento supostamente “injusto” e proclamando – sim, este é o termo – a inocência do maior ladrão que já governou o país.

Por mais desmoralizada que esteja, é impossível fazer pouco ou desdenhar da força que a grande mídia ainda possui pois, como dizia Hitler, “uma mentira contada mil vezes torna-se verdade” e hoje impera, nas redações dos grandes conglomerados e “consórcios” midiáticos a preguiçosa e conveniente política profissional do “copia e cola”: o que um jornal publica, em minutos estará replicado em todos os outros veículos de informação do país – e o poder da multiplicação das mentiras é o retrato em negativo de tudo o que Bergoglio um dia aprendeu no seminário.

E há muito esqueceu.


Walter Biancardine


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sexta-feira, 31 de março de 2023

SEXTA, SÓ. SÓ SEXTA.

E chega a noite de sexta feira, as horas vão passando e a noite avança.

A primeira estrela, minha companheira desde a juventude, apareceu e fiz o pedido diário. Não mais alguém que me livre da solidão, como pedia desde meus 15 anos, mas meu sustento.

Sim, pois voltando à dignidade, poderei morar onde mora gente e encontrar, por mim mesmo, alguém que me queira.

Mas o relógio nunca pára e a noite seguiu.

Há muito qualquer chance de avistar alguém – um boiadeiro ou peão qualquer – já se foi. Normalmente não são vistos e em uma noite de sexta, desaparecem por direito e merecimento.

Saio de minha casinha e olho em torno: só escuridão, grilos cantando em coro com os sapos da lagoa e nem mesmo as amigas vacas ou os compadres cavalos estão por aí. Um deserto.

Um alucinante, silencioso e pesado deserto que pior fica ao lembrar-me que, em um raio de quilômetros, sou eu a única alma viva a contemplar a imensidão de nada a minha volta.

Me afasto de casa, caminhando lentamente e falando sozinho, como faço todas as noites. Aproveito a brisa fresca, entro pelo pasto onde só a lua o ilumina e procuro um cupinzeiro para sentar.

Continuo falando sozinho, resmungando confiante em minha decisão de virar a página, mas a lua não perdoa e enxergo claramente os quilômetros de vazio, que fazem as saudades da vida que tive crescerem em igual proporção à sua grandeza.

Sexta feira e não mais uma viagem com quem amo. Sexta feira e não mais um chope com amigos. Sexta feira e não mais receber alguém na casa que um dia tive. Sexta feira e não mais a conversa fiada no sofá da sala, ambos exaustos após um dia de trabalho – só eu e quem um dia me amou.

Sexta feira e não mais nada, solitário entre quilômetros de angústia, uma sentença perpétua medida em hectares. Em algum momento da madrugada o sono vencerá a solidão e adormecerei, eu e eu, dando boa noite a mim mesmo.

Mas amanhã é sábado e o sol nascerá novamente – só para mim, sozinho, andando pela estrada deserta e muda.

Eu fiz um pedido á minha estrela, ela não costuma falhar.

Quero resultados dos meus trabalhos, dos livros que escrevi, dos artigos que publiquei, dos vídeos tão perseguidos. Quero um emprego. Quero pagar aluguel.

Não peço mais ninguém em minha vida, pois bem sei o que sou.

Só quero dignidade.

Walter Biancardine


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sábado, 25 de março de 2023

É PRECISO FORÇA PARA CONTINUAR MORTO


O fato é raro mas, por vezes, acontece: o telefone toca, é alguém querendo falar comigo.

Em dias de comunicação verbal quase extinta e isolado como um náufrago, em ilha de solidão cercada de pastos por todos os lados, a campainha surpreende e gratifica.

Como é bom saber que alguém quer nos falar algo! Principalmente: falar, e não digitar abreviações engraçadinhas e incompreensíveis, em redes sociais ou aplicativos eternamente vigilantes de suas opiniões.

Difícil é, para quem jamais enfrentou a solidão compulsória – pois que a opcional é privilégio – compreender a sensação de ser um cadáver que respira: você sente fome, toma banho, arruma sua cama, escreve, fuma, descansa ou pensa – sozinho, sempre – no que fazer. Lê uma notícia, quer comentar e não tem com quem. Termina um texto, precisa de opiniões, mas não há ninguém para dar. Está com fome, pensa em algo para comer, mas não há companhia e muito menos quem sugira um prato diferente. Chega o fim do dia, você deita na cama, acende um cigarro e quer conversar. E o monolito gigantesco da solidão rola por sobre sua cabeça, esmagando sua energia de vida.

E no dia seguinte você acorda e não há com quem partilhar o café. Sim, tudo se repetirá, ao logo de semanas, meses, enterrando o solitário cada vez mais fundo em sua lápide até que – seja por sorte ou piedade – o telefone toque.

Mas tal fato, como disse, é raro. O mais das vezes, as maravilhas da tecnologia fazem companhia ao pobre náufrago, o defunto que ainda perambula: escolhe-se uma web rádio – particularmente, com músicas antigas, aquelas que continham coisas estranhas como melodias e poesias metrificadas em letra de música – para ter-se algum som, algum ruído que não o mugir de vacas, relinchar de cavalos ou o uivo fantasmagórico do vento, sempre a lembrar de nossa morte – se não de fato, ao menos de direito. Mas a emenda sai-nos pior que o soneto, pois antigas canções sempre evocam lembranças, dias felizes, épocas em que éramos vivos e amados, onde nossa presença era não apenas notada como esperada.

Então, um dia, sentenciado por juiz que só deseja o bem de todos, resta-nos cumprir a sentença de solidão perpétua e morte virtual – para o bem de todos, é bom repetir.

Ou somos passionais ou somos justos, não há meio termo. Justiça sem temperança é vingança, e ouso perguntar o quão escuras serão as trevas que conceberam tal sentença. E tal vingança se dá em revanche desigual, numericamente: juntam-se dezenas de mágoas para abater, surrar um só e indefeso amor.

Mas é para o bem de todos, importante lembrar. E não há apelação.

É preciso equilíbrio emocional, uma fé sem tamanho, para um ser humano sobreviver a tal regime de vida – e a ajuda de Deus também, pois que ontem foi dia do telefonema! E a tal ponto lembrou-me do bom que é estar vivo que, após o mesmo, saí de minha ilha de mato e solidão rumo à estrada para – sim, é verdade – ver os carros passarem! Ver gente! Ver movimento!

Ontem pude respirar, foi um bom dia. A tampa da lápide foi levantada por breves instantes, conversei ao telefone, vi carros passando na estrada, caminhões buzinaram me cumprimentando – sim, eles me viram!

Ontem foi um bom dia. Pude respirar, ganhar forças para continuar morto.

A vida é assim.

Walter Biancardine


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domingo, 19 de março de 2023

PLATAFORMAS DONAS DE NOSSAS VIDAS -


A liberdade de opinião e de expressão, garantida pela Constituição Federal, é solenemente ignorada pelo YouTube.

Tal plataforma que, na prática, detém o monopólio da hospedagem de canais de vídeo, ignora completamente tal direito e vai além: hoje, muitas pessoas se valem dos vídeos como sustento e eu sou um desses. Meu canal foi desmonetizado às vésperas do Natal e não só assim permanece como - além dos 11 vídeos excluídos ano passado - outros 15 foram igualmente deletados pela plataforma, de ontem para hoje.


Deste modo o YouTube tirou meu sustento, como um deus todo-poderoso que decide sobre nós, reles mortais, quem poderá comer amanhã ou sofrerá a punição da fome e indigência.
Tal plataforma igualmente condena à indigência as opiniões de quem busca seus vídeos para informar-se ou expressar seu entendimento - que não é mais livre: devemos obedecer à "opinião padrão" determinada pelo STF, partidos de esquerda, globalistas e grande mídia.
Segundo o que fui informado, estou proibido de postar até o início de abril - e se minha audiência já era baixa, após esse sumiço ficará ínfima.



Luto com todas as minhas forças para terminar meu livro "Mais Olavo, Menos Oliva" apenas para cumprir meu dever, pois sou um autor iniciante e minhas duas publicações anteriores, "Pretérito Perfeito" e "Gislaine dos 3 Verões" nada me renderam, em termos de direitos autorais. Com o livro que estou terminando, não creio que será diferente.

Não sei o que farei e, francamente, prefiro não pensar.

Esta virada de março para abril será, de fato, decisiva em minha vida pois, em última análise, ainda tenho o sagrado direito dos fracassados na vida, que é simplesmente desistir de tudo.

Se a partir de abril nada mais encontrarem de mim, é porque terei feito o que a antiga canção ensina: "Boots are made for walking".

Que Deus me dê aquilo que mereço.

Walter Biancardine

NOTA: ATÉ O MOMENTO (20:59 terça feira, 21 MARÇO) 15 VÍDEOS FORAM REMOVIDOS PELO YOUTUBE - NÃO DE UMA VEZ, MAS UM A CADA 30 MINUTOS, APROXIMADAMENTE.
A INTENÇÃO É ESSA: CAUSAR DOR, SADISMO DIGITAL.

Quer ler bons livros?

Pretérito Perfeito:

Uma incrível viagem aos anos 60 pode levar alguém a rever seus valores?
Heróis e histórias antigas perdem o brilho quando vistos por nossos próprios olhos?
Amores do passado duram para sempre?
O que escolher: o amor de sua vida ou sua redenção?

https://clubedeautores.com.br/livro/preterito-perfeito-4


EM E-BOOK:

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UM E-BOOK DELICIOSO: GISLAINE DOS 3 VERÕES

Esta é uma coletânea de contos, escritos entre 2007 e 2010, que reproduzem as histórias e causos que, invariavelmente, escutamos ao ambientarmo-nos em alguma cidade pequena e fazermos amigos.

Tais causos – a versão roceira das lendas urbanas – foram por mim escutados desde muito jovem, na então pequena e desconhecida cidade de Cabo Frio, Região dos Lagos, Rio de Janeiro.

Não ouso dizer que nenhuma delas seja verdadeira, contudo tantas e tão repetidas vezes as ouvi que resolvi publicá-las em livro, para que ganhem a notoriedade – ou infâmia – merecida.

Divirtam-se com elas.

Mas se me perguntarem se é tudo verdade, jurarei que só ouvi dizer.

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domingo, 12 de março de 2023

NON XILICATUR

 


Não acredito em energias, boas vibrações ou forças da Luz.

Nada me pedem, nada me ensinam e posso continuar dormindo tranquilo, sem que sequer minha consciência incomode com meus pecados, erros ou esqueletos no armário, trancados por toda uma vida.

Do mesmo modo não entro em templos que oferecem a resolução de meus problemas financeiros, que em troca de dízimos fará com que Deus me dê um emprego, carro ou a paz em minha família.

Sorrio diante de quem se atemoriza com a inveja alheia, maus-olhados, “trabalhos” ou o que o valha – crê verdadeiramente, esta pessoa, que tais sombras sejam mais poderosas que o Deus único?

Não quero as vibrações do cosmo, não peço um emprego em troca de dízimos e pouco se me dá batuques ou velas na encruzilhada, pois o único que pode nos dar ou tirar qualquer coisa ou pessoa é Jesus Cristo, o Alfa e o Ômega, o que É antes de tudo existir.

Dois milênios de existência mostram o quanto nada sabemos do Pai – já que, se O entendêssemos, obviamente seriamos como Ele, deuses também! 

Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino estabeleceram os alicerces do entendimento da vida, da sociedade como a entendemos – conjugação Divina do pensamento socrático, platônico e aristotélico com os ensinamentos da Bíblia – mas insistimos em crenças vãs, materialistas ou tribais porque nada nos exige de transcendente, de mergulho em si mesmo, da salvação de sua própria alma.

Não, nenhuma dessas crenças fala em redenção, em salvação da alma e, muito menos, contam o maior tesouro de Deus que é nossa alma imortal! E o mundo esqueceu - ou jamais percebeu - que o catolicismo é a mais introspectiva das religiões!

O trabalho duro nos imuniza contra pessoas invejosas; este trabalho duro – regrado pelos ensinamentos de Cristo – traz prosperidade sem que paguemos dízimos, e a comunhão com o Deus de todas as coisas nos tranquiliza com a paz de espírito tão desejada.

Temos dois mil anos de base moral, valores e conceitos para ajustarmos nossas vidas e a ignorância dos mesmos não é desculpa. Trabalhe duro, seja uma boa pessoa e temente a Deus que tudo será feito na medida e no dia em que Ele determinar.

Julgue a si mesmo antes de pedir o que não merece.

O senhor dá, o Senhor tira. Louvado seja seu nome.


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Não ouso dizer que nenhuma delas seja verdadeira, contudo tantas e tão repetidas vezes as ouvi que resolvi publicá-las em livro, para que ganhem a notoriedade – ou infâmia – merecida.

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Walter Biancardine



quinta-feira, 2 de março de 2023

ESTUPIDEZ ARTIFICIAL


Recentemente escrevi artigo sobre o embuste representado pela nova sensação cibernética chamada ChatGPT e, ao que parece, meu julgamento vem se confirmando.

Penso que o assim chamado “ChatBot” responde, à priori, sempre obedecendo à visão politicamente correta e submissa aos novos e vigentes padrões de opinião – sim, acredite – que nos foram impostos pela grande mídia. Se em algum momento encontra pela frente mentes lúcidas, ainda não entregues à sanha de pensamento dominante, e esta o confronta com argumentos perfeitamente naturais, lógicos, coerentes e válidos, a solução da plataforma é adotar um comportamento idêntico ao de políticos em entrevistas, se confrontados: jamais ser categórico. Ou seja, a resposta do Chat é essa, “mas a sua pode ser válida também, em algumas ocasiões…”

Em recente entrevista ao site The Information (https://www.theinformation.com/articles/fighting-woke-ai-musk-recruits-team-to-develop-openai-rival) o bilionário Elon Musk – que foi um dos fundadores do ChatGPT mas afastou-se logo após a entrada em atividades da plataforma – teceu duras críticas à orientação imposta pelos lideres da companhia, no tocante à ótica das respostas fornecidas aos consulentes. Segundo ele, “a OpenAI (o sistema de inteligência artificial desenvolvido pela companhia) é um exemplo de como treinar uma inteligência para ser lacradora” – “to be woke”, em suas palavras.

Durante a última live que fiz em meu canal no YouTube (https://www.youtube.com/c/OPNewsTV) afirmei que o propósito de tal empreendimento é apenas e tão somente reforçar os meios tradicionais de doutrinação e lavagem cerebral da população trazendo algo de novo e entusiasmante, que possa angariar algum crédito em suas respostas – já que os veículos tradicionais como TV, rádio, jornais e mesmo plataformas como Google, possuem um viés ideológico notório e conhecido pela população mundial.

Vejamos um exemplo prático, clicando no link abaixo:

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

O QUE ESCREVEMOS EM VIDA, IMPRIME-SE NA ETERNIDADE

 


Relendo comentários meus que o Facebook – para o melhor ou pior – não nos deixa esquecer, acusando-nos de termos escrito aquilo naquela data, encontrei alguns que podem ser interessantes se lidos já sob a ótica dos dias atuais. Senão, vejamos:


Em 28 de fevereiro de 2019

* Não vejo a esquerda como nenhum sinal de inteligência intrínseca. Apenas contam com um livro, uma ideologia que os une muito mais em sentimentos, em enfermidades da psique do que em crenças. A direita, por ser apenas o resultado natural da vida em sociedade, jamais teve esta síntese. Falta-nos um livro.


* Por vezes penso que a direita só sabe impor seus conceitos via mando pessoal, ditadura. Na falta de uma ideologia clara, sintetizada em livro, catalisa-se os anseios na figura de um homem. Esta é a obra que Olavo de Carvalho poderia fazer mas, sábio, recusa-se.


* Perambulando pelo YouTube, acessei o canal muito bom de Leda Nagle e lá estava ela, entrevistando Mario Sérgio Cortella.

É o Lair Ribeiro das faculdades, embrulhado em papel de seda tucano.


* Temo as possíveis semelhanças entre boa parte de nosso generalato e o de Maduro.


* Chegará o momento em que o deslumbre da direita com o poder, associado á sua "generosidade democrática" com arreganhos da mídia e acolhimento de infiltrados em suas fileiras, acabará por alijá-la desse breve e inglório instante de mando.


* Intervenção militar seria uma solução? Só se a mesma fosse levada a frente por oficiais com graduação máxima de Coronéis. Os generais, para serem assim designados, dependem da aprovação da Presidência da República. Quais Bolsonaro promoveu?


* Passada a euforia, percebemos que o clamor dos brasileiros nada adiantou, tudo permanece igual e os mesmos se arranjam em seus lugares. Antes de condenar Bolsonaro, bom lembrar de condenar o sistema, muito mais forte e auto-protetor. E contra o sistema, apenas balas resolvem.


* "Analistas políticos" que criticam a exacerbação dos partidários de Bolsonaro sofrem de miopia incurável: não enxergam tais demonstrações de raiva como a legítima expressão do clamor que elegeu o novo presidente, o desejo de que tudo mude já, radicalmente, sem concessões, diálogos ou outros subterfúgios infiltradores de comunistas. Condenar esta "fúria" nas redes sociais é burrice. Preferem, estes analistas, o povo nas ruas quebrando tudo?


* A direita precisa aprender a mandar.

Impor pontos de vista não se traduz em socos na cara nem tanques na rua.

Ser democrático não significa ser um arregão, bunda mole traidor.


* Nem a extrema-imprensa e muito menos o povo vê qualquer problema em um governo de esquerda indicar apenas simpatizantes ou militantes seus para compor os quadros.

Quando a direita assim igualmente procede, é acusada de polarização, partidarismo e - pasmem - "ideologizar" a administração!


* De apoiadores que confundem a justa crítica com um "romper em definitivo" até o próprio governo, que supõe ser "democrático" o ato de trair seus pontos de vista, temo que a direita logo perderá o (pouco) poder, e Bolsonaro apenas cumprirá tabela até o fim do jogo.

Não sabemos ganhar, muito menos exercer o poder.


28 de fevereiro de 2013

* Da institucionalização da ignorância, cafajestice, absolutismo ditatorial e cleptomania implantados por Lulla, passando pela insistência com que este patético déspota de oficina insiste em permanecer nas manchetes - com a conivência da grande mídia - tudo isso nos remete á constatação abismada de que não temos um só homem que aglutine forças políticas em contrário. O quadro sombrio se complementa com o verdadeiro golpe federativo sofrido pelos estados do RJ e ES, os quais apenas esboçam reações canhestras - obviamente sob o beneplácito do personagem Dilma. Da encruzilhada de roubos ao erário, ditaduras ensaiadas, censura e controle de mídia e assalto aos direitos dos Estados da Federação, restam-nos aparentemente apenas dois caminhos sombrios: o separatismo ou a força das armas. Falta apenas um líder.


Walter Biancardine

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Olavo tem razão. E isso está virando rotina.

 

Aconselhado por meu professor e filósofo Olavo de Carvalho, fiz voto de pobreza em matéria de opiniões, nos encontros sociais. Agora, quem quiser saber o que penso, que me siga nas redes.

Entretanto e mais uma vez seguindo tal sabedoria, que parece dirigida com dolo sobre minha pessoa,  valho-me das palavras do mestre – ainda que tardias – sobre notória incompetência sentimental que possuo:

Amor é uma atitude de fomento da existência do outro. É propiciar o fortalecimento do outro.
Entretanto, frequentemente as pessoas não querem exercer o amor, mas apenas senti-lo, o que é um sinal de imaturidade, de perspectiva infantil, doentia. Devemos compreender que uma atitude de amor exige satisfação na renúncia, em abdicar de algo em benefício do outro. Em suma, é limitar o próprio espaço em favor do outro e gostar de fazer isso.”

Resta-me curar o narcisismo auto piedoso para alcançar a grandeza de apreciar a solidão em que vivo.

Walter Biancardine

domingo, 26 de fevereiro de 2023

MINHA CONVERSA NO ChatGPT – VOCÊ O CONHECE?

 

Não há uma só publicação que se leia hoje não contendo referências – muitas delas deslumbradas – á mais nova ferramenta tecnológica da atualidade: o ChatGPT. E o que é o mesmo?

Segundo suas próprias palavras, “sou um modelo de linguagem de inteligência artificial treinado pela OpenAI. Fui criado para responder perguntas e realizar conversas com pessoas de maneira natural e fluente, usando a linguagem humana. Meu treinamento envolveu a análise de vastas quantidades de texto em vários idiomas, o que me permite fornecer respostas precisas e relevantes para uma ampla variedade de perguntas e tópicos.

Ora, é um Oráculo de Delfos!

Pois bem: não é preciso ser um intelectual para saber que os tradicionais meios de formação da opinião pública – TV, jornais, rádios e cultura de massa – foram impiedosamente desmascarados pela voz do homem comum, nas redes sociais. Tal projeto, ostentando ambições futurísticas como o uso da inteligência artificial (ao que parece, a natural foi extinta), tem o objetivo de se tornar a nova referência mundial em termos de formação de consensos. O Google ostentou, por um breve momento, esse lugar e creio ter sido essa a origem de tal ideia: um Google que respondesse o consulente de uma maneira mais, digamos, intimista – mais “fofa” e amiga.

Não pretendo estender-me aqui em considerações sociológicas sobre esta iniciativa, apenas limito-me a lembrar que toda máquina – computadores principalmente – foram programados por alguém que, por sua vez, foi pago por outro alguém.

No mais, reproduzo o interessante “debate filosófico” que tive com a maravilhosa “inteligência artificial”, deixando as conclusões sobre tudo isso com vocês.

Quer se divertir? Clique abaixo!

sábado, 25 de fevereiro de 2023

A ESQUERDA É FALSISTA!

 


Antes que seja acusado de analfabetismo, esclareço que o termo é esse mesmo: falsista, ou seja, uma ideologia baseada em tudo que é falso, mentiroso, desonesto.

Seus ideólogos, desde o princípio – ainda no distante século XIX – se valem da premissa básica de qualquer ideologia, que é vender a mentira de um paraíso na terra que virá tão logo tais iluminados cheguem ao poder, executem todos os dissidentes ou opositores e imponham o mando vertical, ditatorial, sempre baseado na “necessidade do momento” que, uma vez resolvida, “trará o céu na terra”.

Para tanto cavalgam o medo, o pavor, tal qual fosse um cavalo em disparada louca de mentiras e boatos, cujo único fundamento é criar o temor geral de algo terrível prestes a acontecer – mas que apenas eles possuem a solução. E não se contentam apenas com a difusão de uma única mentira: o mal nascido século XXI conta com uma farta variedade delas, mas basta-me citar as mais recentes – COVID, plano para assassinar Lula em sua posse, o “Capitólio” brasileiro em 8 de janeiro, as máscaras e vacinas obrigatórias, OVNI’s, Putin “conservador” e Zelenski “libertador”, bombas nucleares em Yellowstone para acabar com o planeta, e por aí segue a longa lista.

O medo é a ferramenta de domínio das massas mais poderosa que existe sobre a terra: espalhe uma boa e terrível mentira e você terá, sob seu controle, milhões de cidadãos – uns verdadeiramente apavorados, outros indisfarçavelmente covardes – dispostos a obedecerem todas as suas ordens cegamente. E tal poder tem nome: engenharia social.

A mesma é praticada todos os dias, diante de nossas fuças, através dos maiores e mais poderosos cúmplice dos “falsistas”, que são a grande mídia e a cultura de massas. Elas fornecem o endosso aos absurdos engendrados por tais aspirantes a ditadores, baseada em confiança adquirida ao longo de mais de cem anos junto ao povo – “se deu no jornal ou saiu na TV, então é verdade”!

E a grande mídia e seus sócios – cinema, games, teatro, música, etc. - bombardeia-nos diariamente com informações apavorantes, disseminando um medo que permanece latente mesmo em nossas horas de lazer e diversão. Mas o diabo sabe chutar com os dois pés, e não se satisfaz apenas com isso: há que se mostrar claramente ao pobre ser humano que tudo aquilo que o mesmo acreditou no passado de nada vale ou é nocivo e prejudicial. E aí entram os “nazicistas” – essência do nazismo, ou seja, o narcisismo mais descarado possível.

Está a cargo dos “nazicistas” concentrar em suas personas – sempre conhecidas, famosas – todos os atos, declarações e opiniões as mais absurdas, chocantes, indecentes ou imorais possíveis – um ego intumescido, inflado e podre, orgulhoso de seu mau cheiro. Gente como Bill Gates, Zuckerberg, Macron, George Soros ou mesmo um sub-cova como Joe Biden espalham disparates nojentos e imorais pelas mídias do planeta, até chegarmos ao paroxismo de um sujeito – que se diz Papa mas que lá só chegou via golpe de Estado no Vaticano, apoiado por Obama – fardado de “Vigário de Cristo”, dizer que “Deus preparou um lugar no céu para os pedófilos”.

Pois basta somar o medo com a desorientação moral para termos o típico homem da atualidade. Tal espécime, em estrondosa maioria de 95% da população planetária, é incapaz de possuir valores internos e orientação do que é certo ou errado. Seu bom senso foi extinto pela grande mídia e tal criatura guia-se apenas por aquilo que esta mesma o aponta como certo ou errado, ou pelas opiniões dos amigos – o infame “consenso” – sendo tais amigos formados exatamente por doutrinações desta mesma mídia. Eis o gado falsista-nazicista que habita, atualmente, o planeta terra.

Um homem apavorado, que não sabe o que é certo ou errado e igualmente desprovido de bom senso não saberá como agir: ele precisa de um líder, de alguém que o guie e conduza seus destinos à segurança de seu comodismo habitual. E o mesmo está ao alcance de suas mãos através da mídia e dos políticos, desde que digam palavras doces à sua preguiça.

Haverá quem condene meus escritos afirmando que não podemos considerar tudo como mentira, pois seria um radicalismo perigoso. Pois bem, tal pessoa, com tal opinião, já demonstra que igualmente não possui bom senso nem valores: é óbvio que a capacidade de julgar, por si mesmo, aquilo que pode ou não ser verdade é essencial, e derivada destes mesmos bom senso e valores. Se tal pessoa externa esse temor, nada faz além de mostrar-se incapaz de tal julgamento e presenteia, a si mesmo, com o atestado de gado falsista-nazicista.

Só há uma pedra no sapato dessa gente, hoje: é a internet. Eis porque o “combate ao discurso de ódio” é tão propalado pela grande mídia.

Seu bom senso indicará por onde se orientar e formar sua própria opinião.


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