Um dos integrantes da Boca Maldita afirma que, toda vez que escuta Cauby Peixoto cantar, sente até uns arrepios. Pobre rapazinho. Mas o fato é que, saudades do Cauby à parte, no meio jornalístico (no bom sentido, é claro) só se fala em outra coisa: o sumiço de Odacir Gagau.
Nós outros aqui do Da Redação andamos muito carentes da sua presença, de seus escritos completamente insanos em sua tripinha de papel na qual ele debulha seu vale de lágrimas. Como sabemos que ele também sente nossa falta, puxando assunto quando andamos sumidos, mandamos nosso alô para o conhecido empresário boteco-etílico-evanescente-jornalístico: volte para seu vale de lágrimas, sentimos sua falta. Até porque, considerando o salário pago em sua nababesca folha, sustentada por anúncios-vagalume (aparecem ou somem, segundo as conveniências), vale é uma coisa que não deve faltar por lá.
Falando em falar...
Foi o que se viu: as elites encasteladas no Poder desembarcaram de três ônibus com sua farofinha, seu óleo diesel de bronzear, sua bola pra bater pelada e correram – em hordas – pela praia, formando um verdadeiro arrastão de VIP’s de primeiro escalão ocupando, incomodamente, todos os espacinhos nas estações de rádio e TV.
Os farofeiros do Poder batucavam na lataria das rádios e TV’s gritando que com eles ninguém podia e acabaram incomodando o sono de muita gente, inclusive o sono da Dona Justa, que tirava um cochilinho ali perto. Perguntada pelos nossos inúmeros repórteres sobre o que ela achou da confusão, a senhora – que, mesmo deficiente visual e muda, enxerga longe e o que diz tem peso – respondeu de modo lacônico: “Não quero conversa com vocês”
Mau-humor desgraçado, essa mulher.
Hospitalidade
O verão já está pegando o ônibus na Rodoviária Novo Rio e daqui a pouquinho bate ás portas de Cabo Frio, caros co-anfitriões. O problema é que, como todo veranista, o verão é um cara muito abusado e que gosta de bagunçar nosso coreto aqui na terrinha. Vai daí, um dos piores hábitos desta criatura inconveniente é o de, além de só aparecer uma vez por ano, quando vêm passa três meses direto, mexe em nossos relógios e ainda traz aquele amigo chato, o mosquito da dengue.
Precisamos dar um jeito nisso e fazermos com que essa turma bote a cabeça no lugar. Simancol é bom e esse mosquito é um cara muito enjoado. Por isso, antes que eles cheguem trazendo sua farofinha, esvazie as garrafas que você guarda no fundo do quintal; venda aqueles pneus velhos, que empoçam água, pro borracheiro; não deixe a água empoçar naquele vaso em que seu vizinho esquisitão plantou aquela coisa estranha que parece um pé de mamona e, principalmente, fique de olho vivo pra ver se acha algum fumacê rodando por aí, porque eles só gostam de passar onde tem restaurante, pra esfumaçar a comida dos outros e gozar da cara dos clientes.
Um conhecido empresário, careca-restauranteur, disse que vai criar a picanha defumada por conta desses carros. Como diria Odacir, então tá.
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