terça-feira, 4 de novembro de 2008

Da Redação


Meio ambiente é metade de um ambiente?

Muita gente boa ainda acha que cuidar do meio ambiente é coisa daqueles eco-chatos que proliferaram por aí a partir da década de 80. Desde naturebas que não comiam carne para não maltratar os bichinhos até as ações do Green Peace, marqueteiro que só ele, com muitas dessas intervenções claramente questionáveis – quase com um cheirinho terrorista – aprendemos que pode até ter acontecido algum exagero, do tipo promover um concerto reunindo Sting, Bono Vox e o U2 para salvarem as baleias canhotas do Afeganistão, mas a causa em si é mais que justa: é uma questão de sobrevivência do planeta, e quem não acredita nisso é por pura ignorância.

Uma ótica mais real e palpável

A distância anestesia, é um fato. Ver pingüins besuntados de petróleo após a catástrofe do Exxon Valdez, mesmo sendo uma imagem chocante, não nos causa tanto impacto como vermos, ao vivo e em nossas barbas – ou melhor – em nossas praias e matas, a natureza apodrecer e morrer. E o que é pior: por nossa culpa.

Já há um bom tempo setores da sociedade se mobilizam para conscientizar o público do perigo que objetos aparentemente inofensivos se tornaram, para o meio ambiente. Pilhas, baterias de celulares, garrafas pet ou sacolas plásticas se transformam em verdadeiras placas do pior colesterol, entupindo e sufocando as artérias do planeta após serem descartados. No caso das garrafas pet e das sacolas plásticas, o mundo acaba e elas continuarão lá, indestrutíveis, contaminando, poluindo e enfeiando mais ainda um planeta sem vida.

Selecionando o alvo

Vamos apontar com uma mira mais seletiva: as sacolas plásticas. Além do risco óbvio que elas representam nas mãos de crianças – qualquer plantonista da emergência de um hospital pode atestar a quantidade absurda de atendimentos de urgência feitos – elas se incluem na funesta categoria dos materiais praticamente indissolúveis, isto é, uma vez jogados no lixo lá permanecerão por milhares de anos, sem sofrer alterações significativas com o passar do tempo. E aí cabem algumas perguntas: quantas sacolas plásticas você utiliza e joga fora, por ano? Quase sempre, o destino final destas sacolas é servir de saco de lixo. Pois bem: você conhece o destino final de seu lixo doméstico? Existe algum programa de coleta seletiva ou mesmo de tratamento de resíduas em sua cidade? Será que as lojas e supermercados não poderiam contribuir, adotando outros tipos de embalagens para você carregar suas compras?

Procure saber, pois perguntar não ofende.

Esmiuçando

Nós outros aqui no Da Redação e no Lagos Jornal resolvemos começar a escarafunchar o assunto. Isso não significa que iremos sair por aí vasculhando o lixo alheio em busca de pistas comprometedoras, como os agentes secretos da TV ou de alguns governos, mas sim através de matérias e reportagens sobre o assunto. Vamos levantar dados técnicos, estatísticos, tomar declarações de pessoas relacionadas ao tema, enfim, trazer para você leitor o quadro real que convivemos e causamos todos os dias, com nossas ações ou mesmo omissões.

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