Meio ambiente é metade de um ambiente?
Uma ótica mais real e palpável
A distância anestesia, é um fato. Ver pingüins besuntados de petróleo após a catástrofe do Exxon Valdez, mesmo sendo uma imagem chocante, não nos causa tanto impacto como vermos, ao vivo e em nossas barbas – ou melhor – em nossas praias e matas, a natureza apodrecer e morrer. E o que é pior: por nossa culpa.
Já há um bom tempo setores da sociedade se mobilizam para conscientizar o público do perigo que objetos aparentemente inofensivos se tornaram, para o meio ambiente. Pilhas, baterias de celulares, garrafas pet ou sacolas plásticas se transformam em verdadeiras placas do pior colesterol, entupindo e sufocando as artérias do planeta após serem descartados. No caso das garrafas pet e das sacolas plásticas, o mundo acaba e elas continuarão lá, indestrutíveis, contaminando, poluindo e enfeiando mais ainda um planeta sem vida.
Selecionando o alvo
Vamos apontar com uma mira mais seletiva: as sacolas plásticas. Além do risco óbvio que elas representam nas mãos de crianças – qualquer plantonista da emergência de um hospital pode atestar a quantidade absurda de atendimentos de urgência feitos – elas se incluem na funesta categoria dos materiais praticamente indissolúveis, isto é, uma vez jogados no lixo lá permanecerão por milhares de anos, sem sofrer alterações significativas com o passar do tempo. E aí cabem algumas perguntas: quantas sacolas plásticas você utiliza e joga fora, por ano? Quase sempre, o destino final destas sacolas é servir de saco de lixo. Pois bem: você conhece o destino final de seu lixo doméstico? Existe algum programa de coleta seletiva ou mesmo de tratamento de resíduas em sua cidade? Será que as lojas e supermercados não poderiam contribuir, adotando outros tipos de embalagens para você carregar suas compras?
Procure saber, pois perguntar não ofende.
Esmiuçando
Nós outros aqui no Da Redação e no Lagos Jornal resolvemos começar a escarafunchar o assunto. Isso não significa que iremos sair por aí vasculhando o lixo alheio em busca de pistas comprometedoras, como os agentes secretos da TV ou de alguns governos, mas sim através de matérias e reportagens sobre o assunto. Vamos levantar dados técnicos, estatísticos, tomar declarações de pessoas relacionadas ao tema, enfim, trazer para você leitor o quadro real que convivemos e causamos todos os dias, com nossas ações ou mesmo omissões.
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