quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Da Redação

Lá vem Obama

Os americanos escolheram ontem o novo presidente da nação mais fuderosa do planeta, Barak Hamilton. Após uma longa e árdua campanha eleitoral, “uma verdadeira maratona”, conforme a mídia americana classificou, Lewis Obama atribuiu sua vitória ao fato de ser filho de um queniano: “Nas maratonas, só dá Quênia”, disse ele.

Lá e cá

Seguro de sua vitória, o senador havaiano pelo estado do Illinois fez um pequeno discurso, dizendo que se "alguém ainda duvida que alguma coisa é possível para os EUA, hoje veio sua resposta. É a resposta que veio das escolas e igrejas, de pessoas que ficaram de três a quatro horas em filas, muitos pela primeira vez", em referência aos eleitores que votaram nesta terça.

Ele falou sobre as vozes que fizeram a diferença, "brancos, negros, hispânicos, gays, héteros. A América manda uma mensagem para o mundo que não é uma coleção de indivíduos, mas sim os Estado Unidos da América".

"Essa é a resposta para aqueles que tinham dúvidas, e eram cínicos acerca do que poderíamos alcançar na esperança de dias melhores (...). Hoje, pelo que fizemos nesta eleição, a mudança virá para a América", disse Obama.

Brasil, sempre o pioneiro

O Brasil precedeu os EUA na imposição de minorias no poder, sentando na cadeira de presidente o ex-retirante, ex-torneiro mecânico, ex-sindicalista e ex-perto Luizinácio, o Lula. Só que, ao contrário do discurso engravatado e sisudo do primeiro afro-presidente crioulo-americano, nosso ex-tadista tropical preferiu uma fala muito mais descontraída, cheia de suíngue e simpatia, mais de acordo com a malemolência do brasileiro: chorou e agradeceu "o primeiro diproma que recebia na vida", que era justo o de presidente.

Devemos, entretanto, parar de considerar diplomas e graduações como quesitos indispensáveis ao homem público. Se fosse assim, estaríamos em clara vantagem, pois o Obama fez apenas uma faculdade, enquanto nosso presidente fez três . Mas ao começar a fazer a quarta, acabou o tijolo.

No cafôfo de Obama

Um bom tema para meditação sobre os novos tempos do mundo foi sugerido pelo inoxidável professor Sepúlveda, em recente artigo: Barak Lewis Obama Hamilton, com sua elegância de Paulinho da Viola do Illinois, será o primeiro presidente negro e crioulo a governar na Casa Branca.

Para pensar no boteco:

"Barak Hamilton só não é hoje um alvo-ambulante porque ele é crioulo. Então é um negro-ambulante"

John Harvey Oswald, neto de Lee Oswald, que acabou de adquirir uma carabina Uzi novinha.

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