As coisas em minha vida parecem vir por atacado, em lotes: no dia 15 de novembro de 2022 perdi - em 3 dias - a mulher que amo, minha casa, minha família, referências e história de vida. Tive de implorar um local, na roça, para viver de favor.
No dia 24 de dezembro deste mesmo ano, meu canal no YouTube foi desmonetizado, a plataforma excluiu 26 vídeos meus, ficou com meu dinheiro das visualizações e superchat e, para completar, recebi email do Governo Federal ameaçando cancelar meu Bolsa-família. No dia seguinte, a UOL publica matéria me difamando e me usando como exemplo de punição aos divulgadores de fake news.
Esta semana, após ficar muito feliz com a possibilidade de escolher trabalhar na Revista Oeste ou em conceituado jornal paulista, recebo a notícia que fui rejeitado em ambos - ou seja, sequer a única coisa que acreditava ser competente, eu realmente era. Uma farsa, em suma.
Desconsolado, buscava aleatoriamente vídeos no YouTube para assistir quando vi alguns que tratavam sobre narcisismo, e lembrei que um dia me acusaram disso.
Confesso que não sabia a real extensão da coisa, para mim um narcisista era apenas alguém extremamente vaidoso e fiquei chocado ao perceber que o portador deste transtorno de personalidade é um psicopata, incapaz de amar, que usa todos em volta, os manipula e que pode significar até mesmo uma real ameaça física e psicológica a quem convive com ele.
Muitos vídeos apresentavam verdadeiros "planos de fuga" para se livrar de tais doentes - basicamente arrumar outro lugar para morar e só comunicar o fato ao doente no dia da partida. Após isso, cortar de maneira radical toda e qualquer possibilidade de comunicação (redes sociais, telefones, etc.).
E então tudo fez sentido para mim. As peças do longo e doloroso quebra-cabeças - buscava uma explicação da maneira inflexível com que foi decretado o fim de meu casamento - se encaixaram e entendi que não apenas sou considerado um doente mental, manipulador como, também, uma ameaça física.
Não bastasse descobrir que sou um incompetente em minha profissão, vi que sou igualmente considerado um psicopata pela mulher que amo e, certamente, por toda a minha família.
É preciso ser blindado como um tanque de guerra para resistir a tudo isso, com o agravante da a solidão absurda, da miséria e desesperança.
Peço a Deus forças. Ou minha morte, tanto faz.
Todos tem um limite. E cheguei no meu.
Walter Biancardine
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