Existem homens que passam uma vida bêbados de si mesmos;
Bêbados de suas vontades, de suas birras, de seus mimos e caprichos.
Aparentam lucidez, ponderação e bom senso, mas é a moeda que usam para pagar o próximo engradado de um ego em garrafas.
E seguem os dias de festa, o eterno brinde solitário, até que a sobriedade da desgraça os faça cair - não "em", mas "de" si.
E terão o resto de seus miseráveis dias de velhice e solidão para curar a ressaca de sua existência;
Que se evaporou como álcool.
Walter Biancardine
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