sábado, 8 de outubro de 2022

UMA ANÁLISE INCÕMODA, MAS REAL - PARTE II


LULA ELEITO, ESQUEÇA O CONGRESSO

Em uma apresentação estranha da “Síndrome de Estocolmo”, onde o sequestrado afeiçoa-se ao sequestrador, a grande mídia em geral e os raros veículos razoavelmente conservadores em particular tem relativizado, diariamente, as consequências de uma eventual vitória e posse do criminoso Luis Inácio nas urnas.

Alegam, em uníssono, que Lula e seus cúmplices não teriam como impor suas pautas contra um Congresso – leia-se Senado e Câmara dos Deputados Federais – de “centro-direita” (sic). Baseiam sua crença no fato notório que este mesmo Congresso, na presente legislatura, boicotou e sabotou todas as ações do Governo Bolsonaro que por lá passaram, valendo-se das tristes características parlamentaristas de nossa natimorta Constituição socialista.

Realmente, tudo isso se deu mas esquecem tais analistas algumas particularidades que desmontam, por completo, tais análises: em primeiro lugar o Presidente Bolsonaro respeita as leis, a Constituição, e jamais incorreu no crime implícito de “governar por coalizão”. Não ofereceu cargos, loteou ministérios ou – pior – comprou apoios. E é justamente apontando para este último item que entra a segunda particularidade a ser analisada.

A primeira providência de Luis Inácio ao assumir seu primeiro mandato foi fechar o Congresso Nacional.

Sim, o termo é esse e tal golpe contra a democracia se deu não por força de armas mas pela sedução do dinheiro – Lula comprou o parlamento e governou sem oposição. Ao menos, uma oposição real, efetiva, e o subsequente escândalo do Mensalão revelou a medonha extensão da ditadura silenciosa imposta ao povo brasileiro, até hoje não compreendida em toda sua gravidade pelos cidadãos.

Poderíamos ter a certeza de que as atuais bancadas da Câmara e Senado “jamais venderiam seus ideais”? Pensar assim é de uma inocência que beira o medo de enxergar a verdade. Alguns, pouquíssimos, certamente não cederiam mas a grande maioria sim – pois que assim podre é o homem, desde as primeiras dentadas de Eva na maçã e as desinteligências entre Caim e Abel. Desnecessário dizer que raras e eventuais contrariedades no Congresso seriam prontamente resolvidas por parlamentares saltitantes, que endereçariam seus queixumes ao STF.

Esta última casa citada – STF – acomodará gostosamente mais dois integrantes indicados pelo alcoólatra, indiferentes a sabatinas pagas por neo-mensalão 2.0 turbo. Não se espantem se proposta posterior, de aumento do número de Ministros, venha a ser considerada e aprovada por este mesmo Congresso de “centro-direita”.

Para coroar, e evitando o “erro” já admitido pelo terrorista José Dirceu, toda a cúpula das Forças Armadas será substituída por um generalato mais, digamos, compreensivo e progressista.

Quanto á grande mídia – amiga ou nem tanto – estas serão regiamente subornadas e não sobrará nenhuma voz discordante: ou aplaude ou fecha. Esta afirmativa se aplica em particular às redes sociais, cujo controle e pesada censura será exercido sem nenhuma vergonha ou contrariedade: imitadores de foca viscejarão em mares de 100 milhões de seguidores, enquanto as plataformas banirão canais “antidemocráticos” que ameaçarão o país, graças aos seus 10, 20 mil inscritos formadores de “gabinetes do ódio”.

Em meio a todo este cozido horroroso estamos nós, povo brasileiro, esperando que “algum líder” nos conclame para irmos ás ruas gritar para o TSE que sabemos o que fizeram. Abrimos mão de nossa livre iniciativa de protestar e aguardamos, covardemente, que Bolsonaro tenha sua candidatura cassada por pedir isso aos cidadãos.

O Presidente jurou fidelidade ao povo brasileiro – mas ninguém entendeu.

3 comentários:

Ruy C. Giraldes Neto disse...

Texto bastante coerente. Tanto que, chega a "dar calafrios".

Revista Opinião disse...

Muito obrigado por seu comentário, sr. Ruy.
Tenho canal no YouTube mas o valor de quem lê um texto é incomparável!

Unknown disse...

Um texto "raiz"!
Uso o termo para enfatizar o "pé no chão" e não a alienação do repetido "já ganhou".
Uma crítica que dói, mas não nos derrota ainda.
Parabéns pelo texto.