Em um momento agnóstico-ateu-melancólico-exibicionista, nós outros no “Da Redação” resolvemos ostentar nossos conhecimentos em latim, considerando que é uma língua morta e que um cadáver lingüístico seria o ideal para espelhar em comentários o falecimento de nossas crenças mais sagradas, como sejam: Papai Noel, Duendes, Mula-sem-cabeça, Urnas Eletrônicas e Saci-Pererê.
Nosce te ipsum “Conhece a ti mesmo”
Audi, vide, tace, si vis vivere in pace, "Ouve, vê e cala, se quiseres viver em paz"
Relendo antigos textos, é possível constatar queixas incomodamente freqüentes sobre fumaças de ditadura nos ares da região. Considerando as atuais circunstâncias, nós aqui do “Da Redação” – cientes de nossa condição de café-pequeno-raia-miúda – entendemos por bem calar nossa boca, antes que entre uma mosca municipal.
Prudência e caldo de galinha, já dizia vovó...
Ecce homo, "Eis o homem".
Olho vivo gente, que cavalo – e muito menos burro – não desce escada...
Aquila non captat muscas, "A águia não cata pega moscas", isto é, uma pessoa importante não se incomoda com minudências
Odacir Gagau agora nem se dá ao trabalho de olhar para a plebe ignara que o cerca. Impando de soberba, o empresário boteco-etílico-mediúnico-jornalistico passa ao largo da turba e ruma em seu iate, o “Blood Mary”, sem escalas para a Bahia. Segundo consta, ele teria que quitar algumas dívidas no Gantois. Saravá, zi fio.
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