Solidão é o tamanho do espaço que sobra em sua vida
Irritação é a medida desse mesmo espaço que falta
Pequenez é saber-se sem dono, ninguém que pergunte por você.
E quando todos perguntam, dependem?
Doar sangue ou hemorragia,
Toda hora, todo dia,
Tudo é uma questão de escala.
Quanto sangue pode ser sugado?
Quanto amor pode ser cobrado – e não ser dado?
Quanto talento é preciso para comover uma mulher?
E na falta da rima perfeita, os homens se matam.
Se rasgam, escrevem sandices.
Que o tempo não passa, nunca existiu,
Relógios, distâncias,
Que diriam de mim?
Morram os vizinhos,
Que o inferno é certo
E o céu não é perto.
Quem pede e não toma
Nunca chega a Roma
Felicidade é roubada,
Amor é tomado,
Tanto amor, que até por piedade é aceito.
Tanto amor, que vale o escondido,
Vale o proibido, tudo é permitido.
O coração nunca teve vergonha na cara, mesmo.
Walter Biancardine é jornalista e acha que deve haver algo de doente em uma sociedade cuja moral foi criada por um psicopata sexual canonizado santo.
Saulo, Saulo, por que me persegues?
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