domingo, 8 de setembro de 2024

NOVOS HORIZONTES -

 


Estranhará o leitor minha longa ausência destas páginas, mas não se trata de relaxamento ou descuido com a atenção que sempre me deram: como sabem, nos últimos tempos uma misericordiosa sucessão de bons acontecimentos fez com que tivesse eu de desviar todo meu tempo e atenções para assuntos que podem decidir e impor novos rumos em minha vida.

Neste mês de agosto último tive a grata satisfação de ser convidado para escrever na prestigiada revista do Vale do Aço mineiro, Carta de Notícias. É uma demanda forte, artigos diários inclusive aos domingos, mas não reclamo – esta é minha vocação. Igualmente, neste mesmo mês, a prestigiada publicação portuguesa ContraCultura – um site que reúne refinados pensadores europeus e brasileiros – igualmente convocou-me para a honra de publicar meus desatinos tupiniquins em seu renomado espaço. Reconheço que a periodicidade é menor, apenas terças, quintas e domingos, mas o nível é outro e muito mais acima do corriqueiro.

Cabe ao leitor imaginar a exaustão cerebral de quem escreve, diariamente, durante oito ou mais horas para tais renomadas publicações e ainda, por puro atrevimento e porque sempre termino o que ousei começar, mete-se a continuar seu épico e inglório labor de escrever três – sim, três! - livros ao mesmo tempo.

Certamente quem me acompanha nestas mal-traçadas saberá de meus rabiscos a respeito do “Livre Arbítrio e o Determinismo Behaviorista”, bem como a introspectiva “Solidão e Transcendência” e o rebelde “Estilo e Ideologia”, todos eles teses filosóficas em maior ou menor profundidade, e que serão livros que publicarei.

Igualmente saberá o leitor, se me acompanha, dos artigos que cedi à bela Miss Jay – senhorita que está às voltas com teses em seu pós-doutorado em Letras, focando na “Análise do Discurso” e que solicitou os mesmos como “case history” para os debates com seus colegas, também pós-doutores (coisa que, confesso, sequer sabia da existência de tal graduação), infelizmente a milhares de quilômetros de mim  e que a mesma permita-me tal ousadia.

Fácil será concluir as razões de meu desaparecimento destas fedorentas páginas, ainda mais considerando a possibilidade – ainda um pouco distante, reconheço – de que tamanha atividade acabe por me levar a uma mudança de endereço, mais precisamente a uma mudança de cidade e que, devo admitir, muito me alegra. O quarto de século que vivi em Cabo Frio muito me ensinou, tirando-me tudo e aprisionando-me numa gaiola dourada de sonhos que, ao fim e ao cabo, revelaram-se pesadelos. Mas, tal como recentemente escrevi em meu perfil no Facebook, “A dor irá embora assim que eu aprender”, e ela está de malas prontas.

Que o leitor perdoe minha ausência e compreenda que o máximo que poderei fazer será – ao menos pelo próximo ano – republicar, nestas páginas, seleções de artigos já penosamente escritos para as outras publicações que participo.

A vida segue e conto com a companhia de vocês.

A dor irá embora assim que eu aprender



Walter Biancardine



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